Buscar

A PRÁTICA DOCENTE DA LEITURA E DA ESCRITA NO 2 º ANO -TG-UNIASSELVI

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

A PRÁTICA DOCENTE DA LEITURA E DA ESCRITA NO 2 º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL
 
 
Autora
CRISTINA ALVES
Profa. T utora Externa: Rejane Brito Barbosa
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso – Pedagogia (PED 0535/7)
A PRÁTICA DOCENTE DA LE ITURA E DA ESCRITA NO 2 º ANO
DO ENSINO FUNDAMENTAL
Autora
CRISTINA ALVES
Profa. T utora Externa: Rejane Brito Barbosa
Centro Univers itário Leonardo da Vi nci – UNIASSELVI
Curso – Pedagogia (PED 0535/7)
1. INTRODUÇÃO
V ive mos num a mb ie nte d e interaçõe s soc ia is e co le tiva s q ue é a esco la, nesse 
Conte xto o pr inc ipa l obje t ivo é e ns inar pa ra as no va s gera ções c urr íc ulos e xp líc ito s e, de 
modo ta lve z ne m tão imp líc ito, for ma s de ser e esta r e m nossa soc iedade, po is esta 
passa por consta nte muda nças e na ma ior ia das ve ze s tão rá p ida q ue to r na- se difíc il 
ap licá- la no co nte xto q ue o ed uca ndo est á inse r ido . A esco la é um espaço par a o dese nvo lvime nto ed ucat ivo, visa ndo à q ua lidade de vida do ind ivíd uo, e la te m a respo nsab il idade de rea liza r at ividade s re lac io na das ao ple no dese nvo lvime nto da c idada nia , inc lus ive co m a le it ur a e a e scr ita uma ve z q ue estas ser virão por toda a s ua vida , q ue é se u marco, e s im e m todo o de corre r da vida esco lar do ind ivíd uo, fa to q ue a esco la te nde a ignora r, e xigindo do a luno desde o iníc io de s ua vida esco lar, uma esc r ita padrão, desca rta ndo e co ns ide ra ndo e rro t udo q ue não se enq uadre nes sa visão. Para rea liza r este trab a lho tere mos co mo ob jet ivo ger a l r e fle t ir q ua is as dific uldades e nfre ntada s pe los doce nte s do 2º ano do E ns ino F unda me nta l na prá t ica da le itura e da e scr ita. A lé m dos obje t ivo s espec ífic os : Re fe re nc iar a utores q ue e xp lore m as metodo lo gias de e ns ino da Língua Po rt uguesa ; Ide nt ifica r as d ific uldades dos pro fesso res e m de se nvo lve r me todo lo gias nas a ulas d e L íngua Port ugue sa e nfatiza ndo a le itura e a es cr ita; 
 As que stõe s que a soc iedad e moder na co loca par a a ciê nc ia não per mite m, no 
enta nto, ma is so luções fra gme ntada s. Q uestõe s q ue b usca m respo stas para prob le mas 
rea is da soc iedade e do se r huma no e não ape nas te mas pa ra ilus trar o esp ír ito o u ate nder à ló gica inter na desta o u daq ue la d isc ip lina , aq ui dest acare mos a Língua Portuguesa. 
Dessa fo r ma b usca mos ta l q uest io na me nto : Q ua is as d ific uldades e desa fios 
enfre ntado s pe lo s ed ucado res do 2º a no do Ens ino F unda me nta l na metodo lo gia do 
ens ino da le itura e da esc r ita? Essa etapa da ed uc ação, o u seja, os a no s inic ia is fa z p arte, a ind a, do d ire ito a 
infor mação, aos ins tr ume ntos, rec urso s e conhe c ime ntos par a uma vida d igna e de 
just iça soc ia l, pa ra q ue o ed uca ndo des e nvo lva nor ma lme nte as s ua s pró ximas fases da 
vid a. Tor na- se r e le va nte a impo rtâ nc ia des te traba lho para or ie ntar o ed ucador para o 
uso da me todo lo gia do e ns ino da le it ura e da escr ita no 2º a no do Ens ino F unda me nta l, 
uma ve z q ue a c r ia nç a prec isa de de sa fio s, br incade iras, ace sso à c ult ur a, per te nc ime nto, 
reco nhec ime nto do mundo le trado. 
 
 
2 . FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 BREVE HISTÓRICO SOBRE A LEITURA E A ESCRITA 
 Desde q ue co meço u a ser pra t icad a, a le it ura te m s ido assoc iada à escr ita e m 
sua s ma is d iversas fo r mas e ocorr ê nc ias. E m me ados do século XVI, co m o sur gime nto 
e o adve nto da imp re nsa, a partir de G ute nb er g, o livro se to r no u a pr inc ip a l fo nt e de 
te xtos e scr itos d ispo níve is pa ra par te da pop ulação aba stada. O u se ja, naq ue le mo me nto, 
a hab ilidade da le itura não esta va d ispo níve l pa ra que m q uises se dese nvo lvê - la, po is 
esta va ace ss íve l so me nte a uma peq ue na pa rce la da soc iedad e. 
 Ent re os séc ulo s XV I e XI X, as prát icas de le it ura est ivera m co nd ic io nadas às 
prát ic as esco lares, à s opções re lig iosas e ao c resce nte r it mo de ind us tr ia liza ção. O 
século XIX co nhece um a ume nto no vo lume dos mode los de le it ura e m virt ude do 
cresc ime nto ge ra l da a lfab et ização e do uso da c ultura impre ssa por no va s c la sses de 
le ito res ( as mulheres, as cr ia nças, os op erár ios). 
 C om a e xpa nsão da esco lar ização ( na s década s de 60, 70 e 80 do séc ulo XX, 
na rea lidade bras ile ira ), a alfabet ização passo u a ser vis ta co mo s inô nimo de le it ura, 
dando pre st ígio àq ue le s que do mina va m o cód igo escr ito e ma r gina liza ndo os q ue a e le 
não t inha m acesso ao mundo le trado. D ife re nte me nt e do pa ssado, a le it ura já não é ma is o p r inc ipa l ins tr ume nto de acult ur ação à d ispos ição do ho me m co nte mpor â neo, uma ve z q ue o livro e os de ma is produtos impre ssos tê m d ia nte de s i um p úb lico rea l e po te nc ia l q ue se nut re de o utras expe r iê nc ias info r ma t iva s e que passo u a co ntar co m o ut ros proces sos de ac ult uração, entre os q ua is es tão c ita mo s os me ios a ud io vis ua is de co munic ação. Sabe mos q ue as cr ia nças q ue tê m co ntato co m livros e m cas a, desde a infâ nc ia, 
e são estimula das por pa is le ito res, ma ntê m a mp la va nta ge m sobre aq ue las q ue não 
dispõe m de rec ursos ma ter ia is e m se us lare s, o u q ue poss ue m pa is não le itores o u não a lfabe t izados, mas isso não imp lica q ue e las, ao ser e m es t imulada s, não pos sa m 
desenvo lver s ua capac idade de le r, me s mo q ue tard ia me nte. 
 
Ferna ndo Se ffne r (1999) a fir ma : 
p ara q ue o in d iv íduo in teraja co m o mu ndo é prec iso que e le seja 
ma is do qu e a lfab e tizad o. Cab e ao p rof esso r e stimu lar a leitur a pa ra 
a lém d o livro d idá tico e a inda , da s a la de a u la para qu e s eja 
d e sen vo lvid a a c apa c idade do a lun o de assimila r g ên eros tex tua is 
d if e ren tes ao longo d e sua trajetória. 
 
. 
A d iss e minação da prá t ica da le it ura na e sco la torna - se funda me nta l para a 
busca do e xerc íc io da c idad a nia e a conq uista de uma rea lidade me nos des igua l, 
porta nto, ma is justa. De ssa for ma , a cap ac idade de ler tor na - se um impor ta nte 
instr ume nto de pode r, po is c r ia espaço para q ue o c idadão te nha ve z e vo z: seja um 
suje ito q ue intera ja na soc iedade. 
 
 Magda Soa res e xp ressa q ue (1999, p. 19), 
 e m nossa cu ltura g raf oc ên trica, o ace sso à le itur a é co nside ra do 
co mo in trin se ca me n te bom. Atribu i-s e à le itura u m v a lor po sitivo 
a bso luto: e la tr a r ia be nef ício s ób v io s e ind iscu tíve is a o ind iv ídu o e à 
so c ied ad e – for ma de la ze r e de p ra ze r, de aq u isiçã o d e 
conhec imen tos e d e e nriqu ec ime n to cu ltur a l, de amp lia ção das 
cond içõ e s de c on v ívio so c ia l e d e in teração . 
 
 
Tra ta- se de um p úb lico q ue es tá a costumado a le r me nsa ge ns e m mo vime nto. 
Porta nto, as no vas p ráticas d e le it ur a dos no vos le itore s não pode m de ixar de so fre r as 
influê nc ias dos no vo s co mpo rta me ntos c ult ura is. 
A escr ita não pode ser, se gundo S mo lka (2000, p. 45), ape nas um “obje to de 
conhec ime nto na esco la ”. É nece ssár io fa zê - la func io na r co mo inte ração e inter loc ução, 
É cr uc ia l q ue a esco la b usq ue at ividade s cr iadoras de a uto no mia e 
tra ns fo r maç ão soc ia l, permit indo à c r ia nç a adq uir ir a e scr ita de uma fo r ma espo ntâ nea, 
atra vés de te xto s, b ilhet es, na rra t ivas, not íc ia s de jor na l, d iários, po es ia s, me nsa ge ns, 
entre o ut ros. É necessá r io propo rc io na r co nd içõe s para q ue essa cr ia nça s inta - se livre para cons tr uir s ua próp r ia lingua ge m de ma ne ira re fle xiva, vis lumb ra ndo q ue co municar - se é cons tr uir um mundo a tra vés do d iá lo go co m o o utro, o q ue imp lic a e m co ns idera r a lingua ge m co mo uma capac idade q ue o ind ivíd uo des e nvo lve e m um co nte xto soc ia l e cult ura l. A prá t ica da le itura e nvo lve uma série de q ues tões q ue tra nsce nde m o p rocesso 
de a lfabe t iza ção. Is so, par t indo do p ress upos to de q ue ser a lfabe t izado s ignif ica do minar 
o código da língua escr ita e, que, para a co mpree ns ão do s ignificado de um te xto é 
nece ssár io ma is do q ue isso. O ind ivíd uo let rado co nse gue e nte nd er uma c har ge, uma p iada, um a núnc io de jor na l, e nfim, co nse gue se re lac io nar nos ma is d ifere nc iados co nte xto s soc ia is, intera gindo co m d isc ursos esc r itos e or a is q ue e stão pos tos no mundo, à nossa vo lta. A le itura é, nessa persp ect iva, um p rec io so me io de se ins t iga r a prát ica da 
re fle xão no a luno, s uje ito- le itor e é a pa rt ir da inte rpret ação dos te xto s lidos q ue o 
a luno - le ito r co nst ró i se us va lore s e cre nças, co nse guindo d istinguir e se pos ic io nar 
pera nte a so c iedade. 
 
2.2 A AQ U ISIÇ ÃO D A ESC RI TA P E LA C RI ANÇ A X S UAS I MPLICAÇ Õ ES 
 
N o iníc io, a co municação se de u e m for ma de dese nhos, o nde o s ho me ns 
de mo nstra va m os se us fe itos at ra vés de p icto gra mas. Es tes p ic to gra mas es ta va m 
assoc iados às ima ge ns e não aos so ns das repres e ntaçõe s. S o me nte ha via a idé ia do que 
quer ia rep rese ntar, se m a gre gar um s ignificado rea l fo nét ico e s im p ictór ico, dese nhado. 
Em se guida, o s ho me ns dese nvo lvera m uma for ma ma is aprimo rada de 
represe ntar se us pensa me ntos e ações d iár ias : inic ia - se, ass im, na his tória, a fase 
id eo grá fica, o nde os dese nho s rep rese nta va m a fa la das pessoas e co m isso, todo s se 
fa zia m e nte nder. E ra um método ma is c r iter io so, po is o deta lha me nto e xis te nte era 
gra nd ioso. o se u na sc ime nto. As s im, a pa rt ir d esta s hipó tese s, a mes ma ade ntra no mundo da Escr ita, e labor a ndo a s ua próp r ia “C o ns tr ução da e scr ita ”. O aprend izado da le itura e da escr ita não ter mina q ua ndo se co mp leta o per íodo da alfabet ização es te nde - se por toda a vida esco lar, a liás, por toda a vida, po is a cada mo me nto, esta mos apr e nde ndo a lgo no vo, pa la vra s no vas, s ignif icados no vo s. Q ua ndo uma c r ia nça apre nd e a fa lar e a escr e ver, e la co meç a a do minar um s iste ma lingüís t ico e aos pouco s co mpree nde a re gular id ade que se apre se nta na escr ita. Aos po ucos, va i co meça ndo a co nviver co m e ssas re gra s, te sta ndo- as, e labora ndo s uas hipó tese s a apree nde ndo a es cr ita. Uma das r e gras q ue va i aparece r be m r ap ida me nte é que não e scre ve mos co mo fa la mos. Desse modo, a q ua ndo fa z uma le it ura, e la o fa z de acordo co m s ua me mór ia, o u seja, e la pode ide nt ifica r um ró t ulo de um prod uto co nhec ido, mes mo a ind a não sabe ndo ler e e scre ve r, po is é de se u uso freq üe nte. Para Caglia r i, “a esc r ita, se ja e la co mo for, te m o ob jet ivo pr ime iro de per mit ir a le it ura ” (2004 :13 ). A lguns t ipos de esc r ita va le m a pena s ere m co me ntados. Há te xtos q ue se preo c upa m co m a e xpres são ora l e ta mbé m co m a tra ns mis são de s ignific ados e spec íficos, dec ifrado s por q ue m é hab ilitado, co mo por e xe mp lo, os s ina is de trâ ns ito. Há ta mb é m, te xto s q ue s ão baseado s no s igni fica nte, co mo a tra nsc r ição grá fica de uma língua de sco nhec id a. Sabe- se que ness e proc esso de aq uis iç ão da escr ita muita s cr ia nças pas sa m por conflitos ao se de fro ntar e m co m uma no va rea lidade lingu ís t ica, po is ge ra lme nte aprese nta m uma e scr ita a lta me nte influe nc iada pe la fa la, se ndo o perc urso da ora lidade à escr ita ne m se mpre co mpree nd ido pe lo pro fe ssor, q ue base ia se u e ns ino e m métodos pré- estabe lec idos e co rreçõe s e m c r it ér io s da nor ma padrão. É notór io q ue já não há ma is luga r nas esco las para um e ns ino meca nizado, repet itivo, q ue co ns ide re a esc r ita co mo ob jeto d e uma instr ução s iste mática, co m ê nfase apena s nos a spectos grá ficos, o u seja, decod ificaç ão e cod ific ação dos so ns da fa la e m gra fia s. É p rec iso ir a lé m, e nte nde r a língua de fo r ma co nte xt ua lizada e soc ia lizada, na qua l o s uje ito at ue co mo um ser a t ivo e d ia ló gico, co nst r uindo e mod ifica ndo a s ua lingua ge m, na b usca da co nstr uç ão do se nt ido. Sendo ass im, um de se nho ta mbé m pode rá se r co ns ider ado um esc r it o, desde q ue a lgué m o interp rete e re lac io ne a e xpres sões da fa la. Para o a uto r, “a mot ivação da escr ita é s ua p rópr ia ra zão de se r; a dec ifra ção co ns t it ui ape nas um asp ecto mecâ nico de seu func io na me nto ”. (2004 :105 ) correta s de gra far pa la vras, mas p ress upõe e req ue r um proces so at ivo de apre nd iza ge m. (Mora is, 1997, 2000). 
Tra ta ndo, a go ra, da se gme ntação da e scr ita, é bo m le mbra r q ue as cr ia nças, 
not ada me nte no proc esso de aq uis ição, e nco nt ra m- se e m co ns ta nte co nflito q ua nto às 
re lações e ntr e as pa usas na fa la e as pa usas na escr ita : “As pa usa s da fa la ne m se mpre 
tê m cor respo ndê nc ia fixa co m a s pa usas o u s ina is de pa usas ( vír gulas, po ntos) da 
escr ita. A se gme ntação das p a la vr as na esc r ita, ind icada pe lo espaço e m bra nco, 
correspo nde me nos a inda a pa usas o u se g me ntações na fa la. ” (Ca gliar i, 19 98, p. 127). 
A esc r ita pos s ui funções linguís t ica s q ue d ife re m da or a lid ade, t a nto na es tr ut ura 
co mo no modo de or ga nização, lo go a cr ia nça necess ita de te mpo para inte r na lizar os 
perc ursos co ncer ne ntes à esc r ita, e ne m se mp re is so é respe itado p e la es co la. 
 
2.3 AÇ ÃO E A TU AÇÃO DO S P RO F ESS O R ES N O PRO C ESS O DE EN S INO 
APR EN DI Z AG EM DA LEI TURA E D A ESC RI TA X M ETO DO LO G IA 
 
A nt iga me nte pe nsa va se q ue os a lunos vinha m à e sco la só para apr e nder a ler e 
escre ver. Hoje já se sabe q ue, a lé m de apre nde r, desde o iníc io da esco lar ização os 
a lunos de ve m ta mbé m de se nvo lve r s ua e xp ressão o ra l. É no táve l q ue o a luno a inda no 2º ano do E ns ino Fund a me nta l ap rese nt a uma des co ne xão e m se us te xtos o ra is. 
 Sit uações e stas, q ue pro vê m e m s ua ma io r ia da fa lta de ma t ur idade o u de 
a mb ie ntes des fa vo rá ve is. Le r, pr inc ipa lme nte nos pr ime iros a nos da esco lar ização, co m 
certe za, é uma at ividade tão impo rta nte q ua nto à p rod ução te xt ua l, visto q ue as d ua s são 
ind issoc iá ve is, co mo mos tra o PC N de L íngua portugue sa (2 001, p. 52). 
Le it ura e escr ita são pra t icas co mp le me nta res, for te me nte re lac io nadas q ue se 
mod if ica m mut ua me nte no proce sso de le tra me nto. A esc r it a t ra ns fo r ma a fa la (a 
cons t it uição da “fa la le trada ”) e a fa la inf lue nc ia a e scr ita (o apa rec ime nto de “tra ço s da 
ora lidad e ” nos te xtos escr ito s), s ão prá t ic as q ue per mite m ao a luno co ns tr uir se u 
conhec ime nto sob re os d ifere nt es gê ne ros, sob re os proced ime ntos ma is adeq uados para 
tê - lo s e escr e vê- lo s e sobre as c irc unst â nc ias d e uso da esc r ita. 
Seffner (1999) co loca a po ss ib il idade de ha ve r nas sa la s de a ula a luno s q ue es tão 
a lfabe t izados, ma s q ue não inte gra m o rec urso da le it ura e da es cr ita à s ua ma ne ira de ser e de es tar no mundo, de pe ns ar e de a gir. Co mo co nseq uê nc ia muitos a lunos 
a lfabe t izados pode m ter d ific uldades de apre nde r na es co la, ler meca nica me nte e não 
intera gir co m o q ue es tá se ndo lido. de Freire (2005) é ino vadora, po is pro voca o ind ivíd uo para que co ns tr ua a s ua histó r ia, de fo r ma a t iva, a partir de se us co nhec ime ntos. 
A esco la não co nse gue d ar co nta de todo o pro gra ma a se guir, po is o mes mo é 
muito e xt e nso e qua ndo um a luno apre se nta a lguma d ific uldade é ‘a trope lado’ pe los 
conte údos e co m isso acaba ‘ fa ze ndo de co nta’ q ue ap re nde. Julga- se impor ta nte esta q ues tão da co nst r ução d a esc r ita e da le it ura aq ui enfat iza mos a s ua impor tâ nc ia, po is se m co nse guir or ga nizar corr eta me nte as pa la vra s a cons tr ução de um t e xto, a lé m da le itura, tod a a vida esco la r do educa ndo fica co mpro me t ida : todas as d isc ip linas são per meadas pe la escr ita, co mpre e nsão e interp retaç ão. 
 
 
3. M ETODO LO GIA 
 
 Para ate nder ao s objet ivos des ta pesq uisa, fo i rea lizado um es t udo de caso 
qua nt itat ivo, a aborda ge m me todo ló gica ut iliza da fo i à re visão b ib lio grá fica, 
cons ulta ndo- se fo nte s de dados online, art igos c ie nt íficos, re vista s, livro s e bib lio tecas 
para o de vido e nr iq uec ime nto do tr aba lho, a tra vés d e uma le itura se let iva. 
 C onfor me Ca ldas (1986, p. 15) a pesq uisa b ib lio grá fica repr ese nta a “co le ta e 
ar ma ze na ge m d e dados de ent rada para a re vis ão, processa ndo - se med ia nte 
le va nta me nto das p ub licaçõ es e xis te nt es sobre o as s unto o u prob le ma e m est udo, 
se leção, le it ura e fic ha me nto das info r maçõe s re le va ntes ”. 
 A pesq uis a b ib lio grá fica é, co mo se vê, uma fase da re visão de lit erat ura, ass im 
co mo é fase inic ia l para d iver so s t ipos de pesq uisa. O c ic lo co meça co m a de ter minação 
e de limitação do te ma e se gue co m o le va nta me nto e a p esq uis a b ib lio grá fica. 
As d is c ussões do s res ultados fora m fe itas a pa rt ir da pesq uisa e m vár io s ba ncos 
de dados. O s res ultados ba se ia m- se na s co ntr ib uições dos s uje itos pesq uisado (Re visão 
Bib lio grá fica ) pa ra co mpo r a funda me ntação teór ica, d e ntre e le s pode mo s des taca mos : 
Car los C aglia r i, P a ulo Fre ir e, E mí lia Fer re ir o, Sônia K ra me r, Isabe l So lé, Ma gda 
Soares, Fer na ndo S e ffner, de ntre o utro s. A lé m de re flet ir sob re os es tá gios / p rát icas 
pedagó gicas obse r vadas no s mes mos da ndo ê nfase a le it ura e a e scr ita no 2º a no do 
Ens ino F unda me nt a l as s im descr ito na p rát ica rea lizad a no Ed uca ndár io T ia Ma ra . 
 
4 R ES ULT ADO E D IS CUSSÃ O 
 
De mo ns tra ndo o co nhec ime nto adq uir ido d ura nte a re visão b ib lio grá fica des te 
traba lho, rea lizo u- se uma le it ur a se le t iva, a tra vés do ba nco de dados pr e via me nte 
se lec io nado, fic ha me nto e ntre o utra s a notaçõe s. A se guir se rão desc r it as s intet ica me nte 
as prá t icas rea liza das d ura nte os e stá gios na s esco las esco lhidas de aco rdo co m cada 
mod a lid ade de e ns ino, co nfor me or ie ntaç ão da univers idade. Ele ncare mos três s it uações 
que serão apre se ntada s e m fo r ma de ca te gor ias : P rá t ica Doce nte d a Ed ucação I nfa nt il; Prát ica Doce nte na Ed uc ação de Jo ve ns e Ad ultos (E JA); P rát ica Doce nte no Ens ino 
Funda me nta l; 
 
4.1 CATEGO R IAS 
 
4.1.1 PRÁTICA DOCE NTE DA ED UCAÇÃO I NFA NT IL 
 
O está gio fo i rea lizado na Esco la Ado na i, s it uada na R ua Pr ima vera S /N no 
ba irro do Sobr ad inho. 
A I nst it uição co nta co m 7 pro fes sores e ntre e le s Coorde nadora e D ire tora co m 
níve l s uper io r, pos s ui ta mbé m e m méd ia 100 a luno s d istr ib uído s nos p er íodo s : mat ut ino 
e vesp ert ino resp ect iva me nte. 
A estr ut ura fís ica da Esco la Ado na i é co mposta de sa las, sec reta r ia co m 
ar már ios de aço, b ib lio teca, re fe itór ios co m mesa e ba ncos, á rea e xte r na co m 
parquinhos, sa las deco radas e ba nhe iro. A mes ma func io na das 7 :50 h da ma nhã, ne ste 
horá r io a a ula é inic iad a pe lo p ro fes sor a té às 11 :45 h q ua ndo vão par a casa e no horá r io 
do vespe rt ino se gue das 13 :00 às 16 :45 h. 
D ura nt e o pe r íodo do está gio fo i obs er vado de q ue ma ne ira era ap licada a 
ava liação na Ed uca ção I nfa nt il, q ua is os ins tr ume ntos util izados p e los ed ucadore s, a lé m 
de uma e ntr e vis ta co nte ndo 10 q ue stões co m ind a gações par a sere m respo nd idas de 
fo r ma d isc ur s iva, no s q ua is as ed ucado ras re gis trara m sob re as co nc epções pe da gó gicas, 
a co ncepção de a va liaç ão, as prá t ica s e os inst r ume ntos a va liat ivos ado tados pe la 
Inst ituiç ão. 
N o segundo mo me nto aco ntece u uma inter ve nção peda gó gica na sa la d e a ula, 
poster ior me nte a s infor mações fora m a na lisad as à luz da s co ntr ib uições teór ic as para 
co mpor a e laboração do pap er. 
 B usco u- se rea liza r uma pesq uisa e m livr os, inter net e a rt igos sobre o a ss unto 
para co leta r infor mações q ue j ust ifiq ue m a impor tâ nc ia da a va liação na Ed ucação 
Infa nt il. Dessa for ma, os método s de ava liar e os inst r ume ntos ass ume m um pape l de 
extre ma impor tâ nc ia, te ndo e m vis ta q ue co nt r ib ue m par a uma re fle xão neces sár ia por parte dos pro fiss io na is acerc a do pro cesso de e ns ino. Fora m e le nc ados do is a utores 
pr inc ipa is os q ua is e xp ressa m sobre o ass unto, co nfor me a se guir : Did one t ( 2 006) c ha ma a ate nç ã o pa ra a a d oçã o de p roc e d ime nt os ava lia t ivos c om cria nç a s peq ue na s , de sta c a n do que e m h ipó tes e a lgu ma p o de se r de sc ons idera d o o ob je t ivo daed uc a çã o infa nt il, q ue é a fo rmaç ã o huma na , para a v ida e pa ra de sc o br ir o m u n do do 
conhec ime nt o pe la fa nta s ia e pe lo a s pec to lú d ic o. O mes m o a inda en fa t iza : “Esc o lhe r ou ac e itar u m t ip o de a va liaç ã o se m a n tes d isc ut ir o que s e prete nde c o nse g u ir c o m a s c r ia nç a s é uma dec isã o a rr isca da “ (DID ON ET , 2 0 06, p. 4 6). Consta no Re fere nc ia l C urr ic ula r N acio na l p ara a Ed ucação I nfa nt il (1998, p. 59) q ue : “Exis te m a inda no B ras il p rát icas na ed ucação infa nt il q ue po ss ue m um ente nd ime nto eq uivoc ado da ava liação nes sa etapa da ed ucação, o q ue ve m gera ndo sér ios p rob le mas, co m co nseq uê nc ias preo c upa ntes [...] ”. Part indo do pres s uposto da importâ nc ia da a va liação na Ed uca ção I nfa nt il, abordou- se as co nc epções peda gó gicas sobr e a va liação dese nvo lvida po r a lguns 
pesquisador es, a lé m de id e nt ifica r o ins tr ume nto ut ilizado na I nst ituição. 4.1.2 Prát ica Doce nte da Ed ucação de Jo ve ns e Ad ulto s Ta l inter ve nç ão fo i rea lizada na Es co la Ra ul R ibe iro, lo ca lizada na Faze nda Á gua Gra nde, D ist r ito de Mar ia Q uit ér ia s/ n no munic íp io de Fe ira de Sa nta na – Ba. O préd io é própr io se ndo ma nt ido pe la Pre fe it ura da c id ade, o me s mo e nco ntra-se e m boas co nd ições fís ica s poss uindo uma s a la para re uniõe s e soc ia liza ção de traba lho s, a lé m de um peq ue no a ud itór io . A Pr e fe it ura ta mbé m for ne ce ma ter ia is 
pedagó gicos e de li mpe za, fa rda me nto e la nc hes aos a lunos. 
que o e ns ino- apre nd iza ge m de sses a luno s este ja co mpro met ido co m a tr a ns for mação 
das rea is co nd içõe s e poss ib ilidades de vida. 
O educador da EJ A de ve es tar c ie nte d e s ua função no P ro gra ma E JA q ue é o 
de busca r rea liza r a inte ração na sa la de a ula co m as vár ias rea lidad es dos a lunos, ter 
consc iê nc ia de q ue de ntro d e uma sa la de a ula da EJ A, e xiste a lé m das d ife re nças 
cult ura is ta mbé m a var iab il idade cro no ló gica q ue ta nto d ific ulta a inte ração, mas cabe 
então ao ed uc ador dosa r os meca nis mo s, o u se ja, metodo lo gias q ue ve nha m de e nco ntro 
à mot ivação e ta mbé m à for mação inte gra l do se r huma no, numa pe rspec t iva sóc io 
intera c io na ista. 
 Tard if (2002, p. 10 ) a fir ma q ue “a q ues tão do sabe r dos p ro fes sores não pode 
ser separada das o utra s d ime nsõ es do ens ino, ne m do es t udo do traba lho rea lizado 
diar ia me nt e pe los p ro fes sores de p ro fissão (... ) ”. 
 Reco nhece ndo q ue a fo r mação doce nt e espe c ífica p ara a EJ A é a inda 
inc ip ie nte no Bras il, acred ito q ue e la va i a co ntece ndo na p rát ica da cot id ia nidade e na 
acumulação de saber es dos p ro fesso res - pesq uis adores ; poré m, no se nt ido de Ze ic hner 
(1998), há uma separaç ão pate nte e nt re o mundo acadê mico e o da esco la, o q ue fa z 
co m q ue o co nhec ime nto gerado nas pe sq uisa s co nd uzidas p e los pro fe ssores na e sco la 
ne m se mp re se ja respe itado e/o u co ns iderado pe los pe sq uisado res acadê mico s. 
Ao re flet ir mo s sobre o ens ino- apre nd iza ge m na EJA b usca mos a na lisa r a 
educaç ão numa p erspec t iva do le tra me nto os co nte údo s e pro jeto s a se re m 
desenvo lvido s de ve ndo respe itar o níve l de co mp ree nsão e unive rsa liza r os co nce itos de 
ma ne ir a q ue os ed uca ndos po ssa m t ra zer a s ua rea lidade pa ra a sa la de a ula , torna ndo -
o age ntes a t ivos na co nstr ução de s ua ap re nd iza ge m. 
 Para q ue essa tra ns for mação ocorra e haja adeq uado a te nd ime nto aos a lunos, 
pr inc ipa lme nte, co ns idera ndo as no vas co nd ições soc ia is e eco nô mica s e xigid as pe la 
soc iedade, ne cess ita - se de pe ssoas co m e xa t idão, capa zes de co mp ree nder o proce sso de traba lho na EJA co mo um todo. 
 
4.1.3 PRÁTICA DOCE NTE NO E NS INO F UNDA ME NTA L 
 
O prese nte está gio fo i rea lizado no Ed uca nd ár io Tia Mara, s it uado na R ua São Gera ldo, nº 95 no ba irro do S ob rad inho, um ba irro de co munidade c las se méd ia, onde as pe ssoas envo lvidas no pro c esso de e ns ino des ta esco la são : a lunos, 
pro fesso res, coorde nado ra, d ire tora e func io nár ios e m ger a l, e le s são basta nte 
e mpe nhados par a q ue a ed ucação a co nteça. 
A I ns t ituição func io na os do is t ur nos, no t ur no ma t ut i no o E ns ino 
Funda me nta l, no t ur no vespe rt ino a Ed ucação I nfa nt il, poss ui e m méd ia 95 a luno s, 6 
pro fesso res o q ua l a lguns tr aba lha m os do is tur nos, 1 por te ira e ser viços gera is, 1 
coorde nadora e a Ges tora. 
Q ua nto ao espaço fís ico é co mpo sta de 7 sa las, 1 sa la de le it ura, espaço de 
la zer cobe rto, esp aço para ap rese ntações de a rte, á rea verde, secre tar ia e ca nt ina. 
Est e fo i o mo me nto para repe nsa r a prátic a no Ens ino F unda me nta l. 
Percebe mos q ue cada e sco la se tor na re spo nsá ve l po r co nst r uir s ua metodo lo gia. A i nda 
se fa z per t ine nte sa lie ntar a impor tâ nc ia da for ma ção co nt inuada dos doce ntes nas 
esco las, po ss ib il ita ndo mo me ntos de re fle xão e de p la nej a me nto das a t ividades e 
readeq uação das propos tas peda gó gicas, q ue viab il ize m o dese nvo lvi me nto inte gra l das N este se nt ido, s ua função va i muit o a lé m de “e ns ina r ”, mas pro mo ve r um a mb ie nte de respe ito, to le râ nc ia e ace itaçã o às peculia r idade s e d ifer e nças dos o utro s , pro mo ve ndo projeto s de nt re e les d estac a mos a pre se nça no s me s mos da prát ica da le it ura e da escr ita de fo r ma inte rd isc ip linar. Concorda mos co m Ma gda Soa res, d ia nte d a pesq uisa at ra vés de se us te xtos qua ndo percebe mos, a inda, q ue o desenvo lvi me nto da escr ita na cr ia nça está re lac io nado às práticas cot id ia nas (soc ioc ult ura is) de par t ic ipação e m e ve ntos de le it ura e escr ita. N esta d ireção, os estudo s sobre let ra me nto (SO A RES, 1999 ) foca liza as dime nsõe s sóc io histór icas na aq uis ição da língua escr ita, most ra ndo q ue ind ivíd uos não a lfabe t izados, mas par t íc ipes das soc iedades le trada s (da cultura, dos modos de produç ão e dos va lores soc ia is) c o nst roe m co ncep ções a r espe ito do s iste ma de e scr ita e id e nt ifica m se us d ife re nte s usos e funções. Foi e xpo sto q ue o s ed ucadore s te m p le no co nhe c ime nto da s ua respo nsab ilidad e de fo r mado r de c idadãos, e m s ua ma io r ia são pro fessor es de níve l supe r ior, co m fo r maç ão e m peda go gia e letras o u es t uda nte s acadê micos do c urso de pedago gia. A lé m de co nta r co m o a uxilio da coorde nação e eq uipe gesto ra, que estão se mpre preoc upada s co m o de se mpe nho e dese nvo lvime nto ed ucac io na l, aco mpa nha ndo desde o p la nej a me nto das at ividad es até o res ultado fina l dos ed uca ndos. D ura nt e nosso s es t udo s pe rcebe mo s para q ue a c r ia nç a se tor ne le trada é prec iso q ue a sa la de a ula do 2º a no do E ns ino F unda me nt a l se tra ns for me num amb ie nte de le tra me nto, o u seja, a p rát ica de ve le var a cr ia nça ao mundo letrado atra vés do acesso a d ife re nte s for mas d e le it ura e de escr ita, a mp lia ndo se us sab eres lingü íst icos a part ir do uso re fle xivo da língua nas va r iada s s it uações de se u func io na me nto. U ma o utr a co ns ideração a se r fe ita é q ue “há d ifere ntes t ipos e níve is de letra me nto, depe nde ndo das necess idades, das d e ma ndas do ind ivíd uo e do se u me io, do conte xto c ult ura l” (SO ARES, 1998, p. 49). P o rta nto, o gra u d e le tra me nto pode var iar e m de corrê nc ia da var iação d as opo rtunid ades de par t ic ipação e m p rát icas soc ia is de uso s e fe t ivos da le it ura e da escr ita. Porta nto, ta l pesq uisa e nfa t izo u q ue os sabe res p ro fiss io na is do s pro fesso res no exe rc íc io da docê nc ia q ua nto a pr át ica e metodo lo gia da le it ura e da escr ita são impre sc ind íve is, a fim de q ue este s adq uira m me lho res co nd ições de co mpree nd er os conhec ime ntos/sabere s no d ia- a- dia e seja m cap a zes de e ns ina r a todos os a lunos, de acordo co m as s uas nece ss idade s. 
5. CON SID ER A ÇÕ ES F INAIS 
 
As r e fle xõ es aq ui apr ese ntad as co ns tata m a neces s idade de se abr ir esp aços, 
dentro da e sco la, para o estudo e a ná lise do p rocesso de aq uis ição da le itura e da escr ita, 
des loca ndo- se o e nfoq ue do co mo e ns inar par a co mo oco rre à ap re nd iza ge m do a luno. 
N este se nt ido, s ua função va i muit o a lé m de “e ns ina r ”, mas pro mo ve r um a mb ie nte de respe ito, to le râ nc ia e ace itaçã o às peculia r idade s e d ifer e nças dos o utro s , pro mo ve ndo projeto s de nt re e les d estac a mos a pre se nça no s me s mos da prát ica da le it ura e da escr ita de fo r ma inte rd isc ip linar. Concorda mos co m Ma gda Soa res, d ia nte d a pesq uisa at ra vés de se us te xtos qua ndo percebe mos, a inda, q ue o desenvo lvi me nto da escr ita na cr ia nça está re lac io nado às práticas cot id ia nas (soc ioc ult ura is) de par t ic ipação e m e ve ntos de le it ura e escr ita. N esta d ireção, os estudo s sobre let ra me nto (SO A RES, 1999 ) foca liza as 
dime nsõe s sóc io histór icas na aq uis ição da língua escr ita, most ra ndo q ue ind ivíd uos não 
a lfabe t izados, mas par t íc ipes das soc iedades le trada s (da cultura, dos modos de 
produç ão e dos va lores soc ia is) c o nst roe m co ncep ções a r espe ito do s iste ma de e scr ita e 
id e nt ifica m se us d ife re nte s usos e funções. Foi e xpo sto q ue o s ed ucadore s te m p le no co nhe c ime nto da s ua respo nsab ilidad e de fo r mado r de c idadãos, e m s ua ma io r ia são pro fessor es de níve l supe r ior, co m fo r maç ão e m peda go gia e letras o u es t uda nte s acadê micos do c urso de pedago gia. A lé m de co nta r co m o a uxilio da coorde nação e eq uipe gesto ra, que estão se mpre preoc upada s co m o de se mpe nho e dese nvo lvime nto ed ucac io na l, aco mpa nha ndo desde o p la nej a me nto das at ividad es até o res ultado fina l dos ed uca ndos. 
D ura nt e nosso s es t udo s pe rcebe mo s para q ue a c r ia nç a se tor ne le trada é 
prec iso q ue a sa la de a ula do 2º a no do E ns ino F unda me nt a l se tra ns for me num 
a mb ie nte de le tra me nto, o u seja, a p rát ica de ve le var a cr ia nça ao mundo letrado atra vés 
do acesso a d ife re nte s for mas d e le it ura e de escr ita, a mp lia ndo se us sab eres lingü íst icos 
a part ir do uso re fle xivo da língua nas va r iada s s it uações de se u func io na me nto. 
U ma o utr a co ns ideração a se r fe ita é q ue “há d ifere ntes t ipos e níve is de 
letra me nto, depe nde ndo das necess idades, das d e ma ndas do ind ivíd uo e do se u me io, do 
conte xto c ult ura l” (SO ARES, 1998, p. 49). P o rta nto, o gra u d e le tra me nto pode 
var iar e m de corrê nc ia da var iação d as opo rtunid ades de par t ic ipação e m p rát icas soc ia is 
de uso s e fe t ivos da le it ura e da escr ita. Porta nto, ta l pesq uisa e nfa t izo u q ue os sabe res p ro fiss io na is do s pro fesso res no exe rc íc io da docê nc ia q ua nto a pr át ica e metodo lo gia da le it ura e da escr ita são impre sc ind íve is, a fim de q ue este s adq uira m me lho res co nd ições de co mpree nd er os conhec ime ntos/sabere s no d ia- a- dia e seja m cap a zes de e ns ina r a todos os a lunos, de acordo co m as s uas nece ss idade s. 
6. R EFER ÊN CI AS 
 
BR ASI L, M inisté r io da Ed ucação e do Despor to. Pa râ me t ros Curric ula re s Nacionais 
– Te mas T ra ns ve rs ais . Bras ília, D.F. : Sec reta r ia de ed uc ação F unda me nta l, 1998. 
BR ASI L, M EC (1996). Le is e Decre tos. LD B - Le i de D ire tr izes e Bases d a Ed uc ação 
N acio na l, Le i 9.394 /96, de 4 de de ze mbro de 1996. 
_______, (1996). Le i de D ire t ri ze s e B ases da Educação N ac iona l. Le i nº 9.394, de 
20 de deze mbro de 1996. Bra s ília. 
CALDAS , Ma r ia Aparec ida Est e ves. Es tudos de re vis ão de lite rat ura: funda me ntação 
e estra té gia metodo ló gic a. São Pa ulo : H uc itec, 1986. 
CAGLIA RI, L uiz C ar lo s. Alfabe t ização & lingüís t ica. 10.ed. São Pa ulo : Sc ip io ne, 
2004. __________________.A lfabet iza ndo se m o bá, bé, b i, bó, b u. 1.ed. São Pa ulo : 
Scip io ne, 1999. 
FAR ACO , Car los A lber to. Es c ri ta e alfabe ti zação. São Pa ulo : Co nte xto, 1994 
(Pro gra ma Nac io na l Bib lio teca do Pro fesso r M EC - F AG- 1994 – distr ib uiç ão gratuita ). 
FREIRE, P a ulo. Pe dagog ia do O pri mi do . 49 ed. R io de Ja ne iro, P a z e Ter ra, 2005. 
FER R EI RO , Emilia. Co m to das as le tras . São Paulo C or te z, 1992. 
 __________. R e fle xões s obre alfa be ti zação. São Pa ulo Corte z, 1994. 
GES TAR - Pro gra ma Ges tão da Ap re nd iza ge m Esco la r. Gesta r II. Líng ua Po rt ug ue s a. 
Cade rno de Te oria e Prá tica 1 e 2 . Minis tér io da Ed ucação, Secre tar ia de Ed ucação 
Bás ica, 2008. 
GIM EN O , J. O cur r íc ulo : uma re fle xão sob re a prá t ica. Po rto A le gre : Art med, 2000. 
HEL LER, A gnes. O cot id ia no e a Histó r ia. São Pa ulo : Ed itora Pa z e Te rra, 1992. 
K RAM ER, Sônia (2000 ) : “Es cr ita, e xpe r iê nc ia e fo r mação – múlt ip las po ss ib il idades de 
cr iação de es cr ita ”. I n: Lingua ge ns, e spaços e te mpos no e ns inar e ap re nder /Enco ntro 
N acio na l de D idát ica e Pr át ica de E ns ino (EN D IPE). R io de Ja ne iro : DP &A . 
MATEN C IO, Mar ia do Lo urdes M e ire lle s. L e it ura, prod ução d e te xto e a esco la : 
re fle xõe s sobre o p rocesso de let ra me nto. C a mp inas - S P : Mercado d e Le tra s. Ed. 
A utore s As soc iado s, 1994. 
MAR T IN S, Mar ia He le na. O que é le it ura? – 3ª Ed – S ão Pa ulo : B ras ilie nse, 1997 
MORAIS Ar t ur Go mes de (2000) : O rto gra fia : e ns inar e apr e nder. S ão Pa ulo : Á t ic a. . 
SO LÉ, I sabe l. Es tra té gias d e Le it ura. Port o A le gre : Ar t med, 1998. 
SO ARES, Ma gda Becke r. As co nd ições soc ia is da le it ura : uma re fle xão e m 
contrapo nto. I n: Le itura : persp ect ivas interd isc ip lina res. ZI L BE RM AN , Re gina & 
SILVA, Ezeq uie l Theod oro da (or gs. ). – 5ª Ed. – S ão Pa ulo : Á t ic a, 1999. 
 
SMO LK A, A. L. B. A C r ia nç a na Fase I nic ia l d a E scr ita : a a lfabe t ização co mo p rocesso 
disc urs ivo. 9. ed. São P a ulo : C or te z, C a mp inas : Univer s idade Es tad ua l de C a mp inas, 
2000. S O AR ES, M. B. Lingua ge m e esco la. U ma perspect iva soc ia l. 5. ed. S ão Pa ulo : 
Át ica, 1988. 
 
SEF FN E R, F er na ndo. I n: NE VES, Iara da Co nce ição Bit e nco urt N e ves et. a lli, (1999) 
Ler e e scre ve r; C o mp ro misso de tod as as á reas. Por to Ale gre : Ed ito ra da 
U niver s idade /UF RGS. 
TA R DIF, Ma ur ice. Sabe res doce ntes e fo r mação p ro fiss io na l. Pe trópo lis, RJ : Vo zes, 
2002. 
UN ESC O . Dec la ração de Ha mb ur go e Age nda p ara o F ut uro. Conferê nc ia I nter nac io na l 
de Ed ucação de Ad ultos. Ha mb ur go (A le ma nha), 1997. D ispo níve l e m: Aces so e m 30 
de ma io de 2015 
ZEIC HN ER, K . M. E nt re vis ta co nced ida ao G EP EC – Gr upo d e Pesq uis as sobre 
Ed ucação Co nt inuada, no Hote l da Glór ia, C axa mb u- MG, 23 se t.1997. I ntérpr etes e 
med iador as : To ma z Tade u da S ilva, Luc ío la L. C. P . Sa nto s e Cor inta Ge ra ld i, 
respect iva me nte.

Outros materiais