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10_Reflex_es_sobre_economias_perifericas_o_pensamento_cepalino

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RODRIGUEZ, O. A Concepção do sistema centro-periferia e Teoria de deterioração dos termos de intercâmbio. In: RODRIGUEZ, O. Teoria do subdesenvolvimento da CEPAL. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1981.
	Para os autores da CEPAL (Comissão Econômica para America Latina e o Caribe, uma das cinco comissões econômicas da ONU) desenvolvimento econômico é a expressão do aumento do bem-estar material (aumento da renda e crescimento da produtividade média do trabalho). 
	Para a Cepal o sistema econômico mundial é composto por centro e periferia, baseando-se no desenvolvimento desigual originário. 
	Centro – Países em que as técnicas de produção capitalista (tecnologia, técnicas e organização) penetraram (ui rsrs) primeiro. Estrutura diversificada e homogênea (alto nível técnico, diversas áreas do comércio mundial).
	Periferia – Atraso inicial no domínio das técnicas capitalistas de produção. Tal domínio ocorre primeiramente no setor de exportação de produtos primários (agricultura e etrativismo). Especialização e heterogeneidade (Concentração dos recursos se destina a ampliação do setor exportador de produtos primários. Evolução das técnicas desigual – ultrapassado e novidade convivem.
	O caráter dinâmico da relação centro-periferia é diretamente influenciado pela desigualdade do sistema, reforçado pelo fato de que no centro a incorporação do progresso técnico ao processo produtivo é mais intensa. 
	A deteriorização dos termos do intercâmbio se dá pela troca de bens primários de exportação (periferia) por bens industriais (centro) > Ocorre, então, uma redução do poder de compra de bens industriais, por parte da periferia, além do que, ao longo do tempo, diminui o intercâmbio de valores (isso faz pouca diferença para o centro, mas tem conseqüências negativas para a periferia). Essa deterioração também perpetua a situação de dependência econômica dos países pobres aos ricos.
	Causas da deterioração (não há consenso), existem pelo menos duas fortes vertentes:
	1 – Negociação da Força de trabalho	
1.1 Excedente de mão-de-obra na periferia > reduz salários, pois a oferta é grande;
	1.2 No centro, onde a oferta de mão-de-obra é menor e os sindicatos mais organizados > ampliação os salários > causa preços maiores nos produtos que futuramente serão exportados para a periferia.
 	1.3 Cresce o consumo de produtos manufaturados em detrimento ao menor crescimento do consumo de bens primários, em virtude das matérias primas sintéticas, melhor aproveitamento de matérias primas...
	1.4 Há pouca integração dos setores produtivos, na periferia, e desemprego estrutural (o que aumenta a desorganização sindical).
	2 – A outra causa na deterioração dos termos de intercâmbio atribui-se a Disparidade entre as elasticidade-renda* da demanda de importações da periferia e do centro. (* Variação da demanda/consumo em virtude da variação na renda do consumidor, ou seja, quando aumenta a renda do consumidor aumenta o consumo de algumas coisas.) 
		
	Desenvolvimento para dentro:
	- Fator histórico: Livre mercado no século XX.
	- Duas Guerras mundiais (1914 e 1939) e políticas cambial e aduaneira restrita > Substituição de importações – Impulso industrial na América Latina
	Para CEPAL, a industrialização é vista como via necessária para o desenvolvimento das economias periféricas. Partindo do modelo agro-exportador vigente nas economias periféricas, os cepalinos, defendem também a reforma agrária.
	
O principal ator na industrialização deve ser o Estado, se organizando, articulando e garantindo infra-estrutura mínima para a expansão industrial. – Caráter nacionalista e defesa de um estado interventor (Crítica: favorece a burguesia industrial nacional, mas quem precisa de criticas para essa prova?).

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