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FUNDAMENTOS BÁSICOS 
EM ENFERMAGEM 
 
 
Normas e Procedimentos 
 
Guia de Bolso 
 
 
Sebenta das aulas práticas da disciplina de 
Fundamentos Básicos em Enfermagem I e II 
 
 
 
 
 
Escola Superior de Saúde 
Faculdade de Ciências da Saúde 
Universidade Fernando Pessoa 
2006 
 
Nota inicial: 
 
Este Guia de Bolso não é (nem nunca será) um “produto” acabado. Nele 
estão incluídas muitas das Normas e Procedimentos que são 
leccionadas nas disciplinas de Fundamentos Básicos em Enfermagem I 
e II, na Universidade Fernando Pessoa. Contudo, outras irão sendo 
incluídas oportunamente. Além disso, a evolução do conhecimento faz 
com que, muitas vezes, seja necessário proceder a alterações em 
diferentes passos das Normas; e também essas alterações serão feitas, 
conforme as oportunidades. 
Note que as Normas e Procedimentos não surgem neste Guia por 
nenhuma ordem sequencial pré-estabelecida. Assim, deverá procurar no 
Índice a página em que cada Norma pode ser consultada. 
 
Considere então este Guia não como um Livro com Introdução e 
Conclusão, mas como uma Sebenta que irá sendo construída ao longo 
do tempo, em função das circunstâncias. 
 
3 
ÍNDICE 
 
ÍNDICE 3 
MOBILIZAÇÕES 6 
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA 10 
AVALIAÇÃO DO PULSO 15 
AVALIAÇÃO DA TENSÃO ARTERIAL 18 
AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO 22 
AVALIAÇÃO DA DOR 25 
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES 29 
OXIGENOTERAPIA 36 
NEBULIZAÇÃO 39 
ENTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA 42 
ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA 47 
ALGALIAÇÃO (INSERÇÃO DE CATÉTER VESICAL) 53 
COLOCAÇÃO DA APARADEIRA OU URINOL 61 
COLOCAÇÃO DE SONDA DE GASES 64 
ENEMA DE LIMPEZA (CLISTER OU ENTEROCLISTER) 67 
BALANÇO HÍDRICO 75 
CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO 80 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA 86 
 
4 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, 
VIA ORAL 88 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, 
VIA RECTAL 92 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIAS 
PARENTÉRICAS 95 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA 
PARENTÉRICA, VIA INTRADÉRMICA 97 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA 
PARENTÉRICA, VIA SUBCUTÂNEA 101 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA 
PARENTÉRICA, VIA INTRAMUSCULAR 105 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA 
PARENTÉRICA, VIA ENDOVENOSA 109 
ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME 113 
COLHEITA DE URINA 116 
NORMA DE EXECUÇÃO DE PENSOS 120 
LIGADURAS 127 
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 142 
NORMA DE ADMISSÃO DE UM DOENTE 148 
NORMA DE AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM 151 
NORMA DE BANHO NO LEITO 154 
NORMA DE HIGIENE ORAL NO DOENTE INCONSCIENTE 166 
 
5 
NORMA DE REALIZAÇÃO DE CAMA OCUPADA 169 
NORMA DE POSICIONAMENTOS 176 
NORMA DO PRIMEIRO LEVANTE 183 
NORMA DE COLHEITA DE FEZES 187 
NORMA DE COLHEITA DE AMOSTRAS POR 
ZARAGATOA 190 
NORMA DE LAVAGEM DAS MÃOS 192 
NORMA DE CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS 197 
NORMA DE UTILIZAÇÃO DE BATA ESTERILIZADA 199 
 
 
 
6 
MOBILIZAÇÕES 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam manter/aumentar a força muscular, 
a resistência e tolerância ao esforço e a amplitude articular, aumentar a 
amplitude respiratória, diminuir a tensão psíquica e muscular, incentivar o 
auto-cuidado e prevenir complicações. 
 
OBJECTIVOS 
• Manter/aumentar a força muscular; 
• Manter/aumentar a resistência/tolerância ao esforço; 
• Manter/aumentar a amplitude muscular; 
• Aumentar a amplitude respiratória; 
• Diminuir a tensão psíquica e muscular; 
• Incentivar o auto cuidado; 
• Prevenir complicações. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, pelo enfermeiro 
especialista em Reabilitação ou pelo doente/família após 
ensino. 
• A mobilidade é fundamental no equilíbrio (fisiológico e químico) 
do organismo, sendo que a imobilidade provoca alterações 
nesse equilíbrio. 
• Há três tipos de mobilizações: 
o Mobilizações activas – são todos os movimentos 
realizados pelo doente, sem ajuda. 
o Mobilizações activas assistidas – são todos movimentos 
realizados pelo doente, mas com ajuda. 
o Mobilizações passivas – são todos os movimentos 
realizados ao doente, sem que ele participe. 
 
7 
• São algumas manifestações provocadas pela imobilidade: 
sensibilidade alterada, actividade motora diminuída, labilidade 
do SNC autónomo, diminuição da força muscular, atrofia 
muscular, osteoporose, anquilose das articulações, úlceras de 
decúbito, etc. 
• Ao satisfazer as suas necessidades humanas básicas (higiene 
pessoal, vestir, despir, alimentação e locomoção) ou ao 
colaborar nelas, o doente, ao mesmo tempo que progride na 
sua autonomia, mobiliza as articulações e massas musculares. 
• A locomoção a pé (marcha) tem como benefícios: 
o Combater a osteoporose (através da carga óssea); 
o Treinar o equilíbrio; 
o Fortalecer os músculos da bacia e membros inferiores. 
• Para o treino da marcha, pode recorrer-se a meios auxiliares 
de marcha, como p andarilho, canadianas ou bengala. 
• As mobilizações estão indicadas em doentes que apresentem 
enfraquecimento muscular, na prevenção e tratamento de 
posições viciosas. 
• As mobilizações estão contra-indicadas em doentes com 
taquicardia, osteoporose muito avançada (risco fractura). Em 
situações de fracturas de membros ou da coluna e na patologia 
articular aguda. 
• Os exercícios podem ser efectuados com o doente deitado, 
sentado ou de pé. O doente deve usar roupas largas, 
confortáveis, de modo a facilitar a execução das mobilizações. 
• Para os exercícios na posição de sentado utilizar banco ou 
cadeira (o sofá diminui a liberdade de movimentos). 
 
MATERIAL 
• Não existe equipamento específico para as mobilizações. 
• Meios auxiliares de marcha, se necessário. 
 
8 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Movimentos do pescoço Justificação 
1. Flexão lateral. 
2. Rotação. 
3. Flexão anterior /dorsiflexão. 
Proporciona relaxamento e 
conforto. 
Descontrai a cintura escápulo-
umeral. 
Mobilizar a coluna cervical. 
Movimentos do tronco Justificação 
1. Flexão lateral. 
2. Rotação. 
3. Flexão anterior/dorsiflexão. 
Mobilizar os músculos do 
tronco. 
Mobilizar a coluna a nível 
dorso-lombar 
Movimentos dos membros 
superiores 
Justificação 
1. Elevação pela flexão. 
2. Elevação pela abdução. 
3. Rotação do ombro. 
Fortalecer os músculos do 
ombro e peitorais. 
Mobilizar a articulação 
escapulo-umeral. 
Movimentos do cotovelo Justificação 
1. Extensão/flexão. Mobilizar os músculos e a 
articulação do cotovelo. 
Movimentos do antebraço Justificação 
1. Pronação/supinação. Mobilizar o antebraço. 
Movimentos do punho Justificação 
1. Flexão/dorsiflexão. Mobilizar o punho. 
Movimentos da mão Justificação 
1. Flexão/extensão. Mobilizar a mão. 
Movimentos dos membros 
inferiores 
Justificação 
 
9 
1. Flexão/extensão/ 
hiperextensão. 
2. Rotação interna/externa. 
3. Abdução/adução. 
Mobilizar os músculos da anca 
e coxa, vem como a articulação 
coxo-femural. 
Movimentos do joelho Justificação 
1. Flexão/extensão. Mobilizar o joelho. 
Movimentos da articulação 
tíbio-tarsica 
Justificação 
1. Inversão/eversão. 
2. Flexão/dorsiflexão. 
Mobilizar a articulação tíbio-
tarsica. 
Executar os dois movimentos 
em simultâneo. 
Movimentos da bacia Justificação 
1. Báscula anterior. 
2. Báscula posterior. 
Mobilizar a coluna lombo-
sagrada. 
Obrigar a contracção músculos 
perineais e nadegueiros. 
 
 
REGISTOS 
• Procedimento (data e hora). 
• Programa de mobilizações. 
• Ensino. 
• Reacções do doente. 
• Avaliação da colaboração do doente. 
• Complicações 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
10 
______________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA TEMPERATURA 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na colocação de um termómetro com a finalidade de obter 
dados que permitam uma estimativa o mais exacta possível do estado 
térmico interno de uma pessoa. 
 
OBJECTIVOS 
• Despistar complicações orgânicas 
• Quantificar a temperatura corporal 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Este procedimento é realizado pelo Enfermeiro. 
• O horário da sua realização é estabelecido em cada serviço, 
no entanto geralmente este procedimento realiza-se de 
manhã pelas 7h e no turno da tarde pelas 16h. 
• Se não houver inconveniente informe sempre o doente do 
resultado da temperatura. 
• Confirme a temperatura se o resultado obtido for notoriamente 
diferente do das leituras anteriores. 
 
 
 
11 
MATERIAL 
• Termómetro: vidro, digital, auricular 
• Compressas 
• Lubrificante hidrossolúvel (temperatura rectal) 
• Capas protectoras (temperatura timpânica) 
• Álcool 
• Relógio 
• Recipiente /saco de sujos 
• Luvas (temperatura rectal) 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
a) Preparar o termómetro 
→ Termómetro de vidro 
Verificar que esteja abaixo 
de 35,5ºC 
→ Termómetro digital 
Pressionar botão para 
anular a leitura anterior 
→ Termómetro auricular 
Retirar da recarga 
Colocar cápsula protectora 
 
 
b) Posicionar a pessoa: 
→ Expor braço (temperatura 
axilar) 
→ Expor região anal 
(temperatura rectal) 
→ Decúbito lateral 
→ Prevenir erros de leitura 
 
O termómetro deve estar 
abaixo de 35,5ºC 
 
→ Activa o termómetro 
 
→ Evita infecções cruzadas e 
activa o termómetro 
 
 
 
 
→ Na avaliação da temperatura 
axilar, o termómetro não 
deverá ser colocado sobre a 
roupa 
→ Medição cómoda e correcta da 
 
12 
direito/esquerdo – (temp. oral 
/ temp. rectal / temp. 
timpânica) 
→ Sentada – (temp. axilar / 
temp. oral / temp. timpânica) 
→ Decúbito dorsal – temp. 
axilar, temp. oral 
 
 
c) Colocar correctamente o 
termómetro: 
• Temperatura oral : 
→ Perguntar à pessoa se 
ingeriu líquidos quentes ou 
frios recentemente 
 
→ Bolsa sublingual 
direita/esquerda 
 
 
→ Pedir para fechar a boca 
(lábios) sem trincar 
 
 
• Temperatura rectal 
→ Lubrificar a ampola do 
termómetro (2,5 a 3,5) 
→ Calçar luvas de protecção 
→ Afastar as nádegas da 
pessoa 
→ Introduzir lentamente a 
temperatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ A ingestão recente de líquidos 
quentes ou frios interferem na 
avaliação correcta da 
temperatura oral 
→ As bolsas sublinguais são as 
áreas com maior fluxo 
sanguíneo, portanto mais 
quentes 
→ Trincar o termómetro poderá 
provocar lesão traumática da 
mucosa e intoxicação por 
mercúrio 
 
→ Reduz o atrito, evitando 
traumatismo da mucosa 
 
→ Permite a visualização do 
ânus 
 
 
13 
ampola do termómetro sem 
forçar em direcção ao 
umbigo (2,5 a 3,5 cm no 
adulto e nas crianças 1,5 cm) 
→ Solicitar à pessoa que 
respire lenta e 
profundamente 
 
 
 
• Temperatura axilar 
→ Secar a axila 
 
 
 
→ Colocar termómetro no 
centro da axila 
→ Baixar um membro 
mantendo-o em contacto 
com o corpo 
 
• Temperatura timpânica 
→ Puxar o pavilhão auricular 
para trás (no adulto) 
→ Puxar pavilhão auricular para 
baixo e para trás, (na 
criança) 
→ Ajustar o sensor ao canal 
auditivo 
→ Pressionar o botão de 
medição 
 
 
 
 
→ Permite uma maior exposição 
do termómetro aos vasos 
sanguíneos das paredes do 
recto 
 
 
 
→ A evaporação do suor provoca 
arrefecimento, interferindo na 
avaliação da temperatura 
 
→ A pele fica em contacto directo 
com a ampola do termómetro 
→ Permite uma melhor 
exposição do sensor do 
termómetro ao tímpano 
 
 
→ Permite medir a energia de 
infravermelhos 
 
 
 
→ Evitar acidentes por rotura do 
termómetro especialmente na 
temperatura, oral e rectal 
 
 
14 
 
 
d) Manter o termómetro 
→ Permanecer junto da pessoa 
→ Esperar: 
3m (temp. oral, temp. axilar) 
2m (temp. rectal com 
termómetro de vidro 
Termómetro digital - até ao 
aparecimento do sinal 
sonoro 
Termómetro auricular - até 
ao aparecimento do sinal 
sonoro 
 
 
e) Retirar o termómetro 
→ Retirar com compressas o 
lubrificante e fezes – (temp. 
rectal) 
→ Limpar região anal com 
compressa 
→ Retirar com compressa a 
saliva (temp. oral) 
 
f) Efectuar Leitura 
→ Colocar termómetro ao nível 
dos olhos – termómetro de 
vidro 
 
g) Registar de forma gráfica 
 
 
 
→ Evitar acidentes em crianças 
ou pessoa idosa agitadas 
→ Stephen e Sexton (1985) 
concluíram que as variações 
depois de 3 minutos não têm 
significado (temp. axilar e 
oral). 
→ Hollzelaw recomenda 2 
minutos (temp. rectal) 
 
 
 
 
 
→ Evitar erros de leitura óptica 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Os dados são necessários 
para a avaliação diagnóstica e 
para a continuidade de 
cuidados 
→ Registo descritivo 
 
15 
ou descritiva a leitura 
efectuada 
 
 
 
 
Ex.: 
Temp (ax.) – 37ºC 
Temp.(Timpânica) – 37,5ºC 
Temp. (Rectal) – 37,5ºC 
Temp. (Oral) – 37,5ºC 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
AVALIAÇÃO DO PULSO 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na avaliação das características do pulso, ou seja, frequência 
cardíaca, profundidade e regularidade do pulso. 
 
OBJECTIVOS 
• Monitorizar a frequência cardíaca; 
• Avaliar o pulso; 
• Avaliar o estado hemodinâmico. 
 
 
 
16 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; 
• O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, 
aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do 
doente o justifique (Ex. 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos); 
• Existem 2 métodos de avaliação do pulso: 
o Electrónico – através da monitorização contínua, 
mas não oferece avaliação sobre profundidade; 
o Manual – avaliam-se as três características do 
pulso. 
• Os locais onde é mais fácil avaliar o pulso são a artéria 
temporal, a carótida, a femural, a poplítea, a pediosa, sendo 
que o local de eleição pela facilidade de abordagem e por não 
expor o doente é a artéria radial. 
• O pulso apical avalia-se usando o estetoscópio, auscultando-se 
o coração na região do ventrículo direito (5º espaço intercostal, 
na linha média clavicular). 
• Em função das características observadas, assim se define o 
pulso: 
o Ritmo 
� Regular ou rítmico 
� Irregular ou arrítmico 
o Frequência 
� Taquicardia – acima de 120 bpm 
� Bradicardia – abaixo de 60 bpm 
o Volume (profundidade) 
� Forte, cheio 
� Fraco, filiforme 
 
MATERIAL 
- Relógio com ponteiros segundos 
 
17 
- Estetoscópio, se necessário. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Colocar o doente em 
repouso; 
→ Explicar procedimento; 
 
→ Manter local calmo e sem 
distracções e privado; 
→ Colocar 2 ou 3 dedos sobre 
a artéria (excluir polegar); 
 
→ Fazer ligeira pressão ate à 
palpação do pulso; 
→ Contar ate 60 segundos, 
avaliando a frequência, a 
profundidade e o ritmo 
durante este tempo; 
→Manter o doente em posição 
confortável; 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Registar. 
 
 
 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções; 
 
→ Mantém doente calmo; 
 
→ Mantém clima de confiança, 
reduz ansiedade; 
→ Mantém privacidade; 
 
→ A utilização do polegar pode 
confundir a pulsação do 
doente com a do avaliador; 
 
 
→ Em doentes com arritmias 
evita desvios nos resultados. 
Se há duvida repetir a 
avaliação. 
 
 
→ Prevenção infecção. 
 
→ O registo permite uma 
avaliação temporal. Registar 
graficamente ou 
descritivamente. 
 
18 
→ Pulso Apical 
→ Mesmas intervenções até ao 
ponto 5; 
→ Ter o diafragma do 
estetoscópio com 
temperatura adequada; 
→ Colocar o diafragma no local 
adequado; 
→ Contar durante um minuto; 
→ Ter atenção ao ritmo e 
frequência; 
→ Realizar procedimentos 9, 10 
e 11. 
 
 
 
 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
AVALIAÇÃO DA TENSÃO ARTERIAL 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na avaliação da pressão que é exercida pelo sangue dentro das 
artérias. 
 
19 
 
OBJECTIVOS 
• Monitorizar a tensão arterial; 
• Avaliar a tensão arterial; 
• Avaliar o estado hemodinâmico. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; 
• O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, 
aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do 
doente o justifique (Ex. 5 em 5 ou de 10 em 10 minutos); 
• A tensão arterial é pulsatil, variando entre cada batimento 
cardíaco, com subidas e descidas mais ou menos acentuadas 
após cada contracção do ventrículo (sístole), a tensão aumenta 
até determinados valores (pressão sistólica), diminuindo depois 
até ao momento antes de uma nova sístole (pressão 
diastólica); 
• A tensão arterial é, assim, constituída por 2 valores: 
o Pressão sistólica – pressão máxima à qual a artéria 
está sujeita 
o Pressão diastólica – pressão mínima à qual a artéria 
está sujeita 
• Existem 2 métodos de avaliar a tensão arterial: 
o Método directo – utilizando um cateter artéria em 
que avalia constantemente a TA directamente 
dentro da artéria; 
o Método auscultatório 
� Uma braçadeira que envolve o braço 
acima do cotovelo 
� Uma tabuladura ligada à coluna ou 
manómetro 
 
20 
� Um dispositivo de câmara de ar 
� Imprime-se uma pressão à braçadeira 
capaz de interromper o fluxo de sangue 
no interior da artéria 
� Auscultar a parte distal da artéria 
� Ouvir os sons de KOROTKOV 
• Som do primeiro fluxo através 
da artéria comprometida 
(pressão sistólica) 
• O som torna-se mais 
constante – tipo murmúrio 
• O som torna-se mais alto 
• Os sons ficam abafados 
• Os sons desaparecem 
(pressão diastólica) 
 
MATERIAL 
- Equipamento de avaliação de TA 
o Manómetro aneróide 
o Manómetro de coluna de mercúrio 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Colocar o doente em 
repouso; 
→ Explicar procedimento; 
 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções; 
 
→ Mantém doente calmo; 
 
→ Mantém clima de confiança, 
reduz ansiedade; 
 
21 
→ Manter local calmo e sem 
distracções e privado; 
 
→ Colocar o braço a nível 
cardíaco, devendo estar 
apoiado. 
→ Colocar o manómetro ao 
nível dos olhos do 
observador, principalmente 
se é de mercúrio; 
→ Palpar a artéria braquial; 
→ Colocar a braçadeira com o 
centro da câmara de ar no 
centro da artéria, 2,5 cm 
acima da flexura; 
→ Insuflar a braçadeira até se 
deixar de sentir o pulso; 
→ Colocar o diafragma do 
estetoscópio sobre a artéria 
distal, cerca de 2,5 cm 
abaixo da braçadeira; 
→ Retirar lentamente a pressão 
da braçadeira (2 a 3 mm por 
segundo); 
→ Determinar os valores; 
→ Retirar todo o ar da 
braçadeira; 
→ Manter o doente em posição 
confortável; 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Mantém privacidade; 
 
 
→ O doente deve estar sentado e 
repousar 5 minutos; 
 
→ Uma coluna inclinada origina 
erros de leitura; 
 
 
→ Obter pulso de referencia; 
→ Obstruir completamente a 
artéria; 
 
 
→ É a pressão suficiente para 
obstruir a artéria; 
→ Evita erros; 
 
 
 
→ Evita erros; 
 
 
 
 
 
 
 
22 
→ 17. Registar. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
AVALIAÇÃO DA RESPIRAÇÃO 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na avaliação das características da respiração, isto é, 
frequência respiratória, da profundidade e da regularidade da respiração 
de forma a avaliar o processo de ventilação. 
 
OBJECTIVOS 
• Monitorizar a frequência respiratória; 
• Avaliar a respiração; 
• Avaliar o estado hemodinâmico. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; 
• O horário da sua realização é estabelecido pelo serviço, 
aquando da avaliação inicial ou sempre que o estado do 
doente o justifique; 
• Frequência respiratória – numero de ciclos respiratórios por 
minuto. O normal situa-se entre os 14 a 18 cpm. 
 
23 
• Profundidade – avalia o volume de ar corrente que é inspirado 
(Normal, superficial ou profunda); 
• Regularidade – avalia o ritmo respiratório (rítmico ou 
arrítmico); 
• Em função desta avaliação destas características determina-se 
o tipo de respiração: 
o Eupneia – frequência, profundidade e ritmo normal 
o Dispneia – dificuldade na respiração. Normalmente 
o ritmo está aumentado e pode ser acompanhado 
de outros sinais e sintomas (cianose e adejo nasal) 
o Taquipneia – aumento da frequência acima dos 
valores normais para idade 
o Bradipneia – diminuição da frequência acima dos 
valores normais para idade 
o Hiperpneia – aumento da profundidade 
o Hiperventilação – aumento da profundidade e 
frequência respiratória 
o Hipoventilação - diminuição da profundidade e 
frequência respiratória 
o Respiração de Cheyne Stokes – ciclos com 
períodos de hiperventilação e de hipoventilaçao, 
seguido de um período de apneia 
o Respiração de Kussmaul – respiração difícil e 
arfante com aumento da frequência e da 
profundidade respiratória 
o Apneia – ausência de respiração 
• A respiração pode avaliar-se: 
o Por inspecção visual, observando as expansões e 
contracções do tórax 
o Por auscultação, utilizando um estetoscópio 
 
24 
o Por palpação, colocando as mãos sobre o tórax e 
sentindo os movimentos deste 
• O doente estará menos tenso se não souber que estamos a 
avaliar a sua frequência respiratória, pelo que, sempre que 
possível, deveremos utilizar o primeiro método. 
 
MATERIAL 
- Relógio com ponteiros segundos 
- Estetoscópio, se necessário. 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Colocar o doente em 
repouso; 
→ Explicar procedimento; 
 
→ Manter local calmo e sem 
distracções e privado; 
→ Avaliar: 
→ - Frequência 
→ - Profundidade 
→ - Ritmo 
→ - Outras características 
→ Lavagem higiénica das 
mãos; 
→Registar. 
 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções; 
 
→ Mantém doente calmo; 
 
→ Mantém clima de confiança, 
reduz ansiedade; 
→ Mantém privacidade; 
 
→ Estes dados avaliam a 
respiração; 
 
 
 
→ Prevenção infecções; 
 
→ O registo permite uma 
avaliação temporal. 
 
25 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA DOR 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na avaliação e registo da intensidade da dor experiênciada pela 
pessoa, através da utilização de escalas aferidas para o efeito. 
 
OBJECTIVOS 
• Optimizar a terapêutica analgésica. 
• Melhorar a qualidade de vida do doente. 
• Dar segurança à equipa prestadora de cuidados de saúde. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• As escalas propostas aplicam-se a doentes conscientes e 
colaborantes, com idade superior a 3 anos. 
• A escala utilizada para um determinado doente, deve ser 
sempre a mesma. 
 
26 
• É fundamental que o enfermeiro assegure que o doente 
compreenda correctamente o significado e a utilização da 
escala 
• A intensidade da dor é sempre a referida pelo doente. 
• A intensidade da dor , à semelhança dos sinais vitais, refere-se 
ao momento da sua colheita. 
 
MATERIAL 
Escalas de avaliação da dor. 
Folha de registos de sinais vitais. 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Aplicar uma escala à 
pessoa 
 
1) Escala Visual Analógica 
-Linha horizontal, ou vertical, 
com 10 centímetros de 
comprimento, com a 
classificação “Sem Dor 
“numa extremidade e na 
outra a classificação “Dor 
Máxima” 
-O doente deve fazer uma 
cruz, ou um traço 
perpendicular, no ponto 
que representa a 
intensidade da sua dor. 
-Mede-se posteriormente 
→ Monotorizar a dor 
 
 
 
27 
em centímentros a 
distância entre o início da 
linha, que corresponde ao 
zero e o local assinalado. 
Assim, de acordo com a 
localização, o doente 
poderá ter uma Dor Média, 
Dor Intensa ou ausência 
de dor. 
2) Escala Numérica 
-A escala numérica consiste 
numa régua dividida em 
onze partes iguais, 
numeradas 
sucessivamente de 0 a 10. 
-O doente deve fazer uma 
equivalência entre a 
intensidade da sua dor e 
uma classificação 
numérica, em que a 0 
corresponde a 
classificação “Sem dor” e a 
10 a classificação “Dor 
Máxima”. 
3) Escala Qualitativa 
-Nesta escala, solicita-se ao 
doente que classifique a 
intensidade da sua Dor de 
acordo com os adjectivos : 
- SEM DOR 
- DOR LIGEIRA 
 
28 
- DOR MODERADA 
- DOR INTENSA 
- DOR MÁXIMA 
4) Escala de Faces 
-Na escala de faces, solicita-
se ao doente que 
classifique a sua Dor de 
acordo com a expressão 
desenhada.Assim, à 
expressão de felicidade 
corresponde a 
classificação “Sem Dor “ e 
à expressão de máxima 
tristeza corresponde a 
classificação “Dor Máxima” 
-Regista-se o número 
equivalente à face 
seleccionada pelo doente. 
 
REGISTOS 
• Procedimento (data e hora). 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
29 
 
 
 
ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES 
 
DEFINIÇÃO 
Intervenção de enfermagem que consiste na permeabilização das vias 
aéreas (cavidade oral, nasal ou laríngea) através da aspiração mecânica 
das secreções. 
 
OBJECTIVOS 
• Manter permeabilidade das vias aéreas; 
• Prevenir complicações; 
• Colher espécimes para análises. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro ou por dois 
enfermeiros; 
• Utilização de técnica asséptica se aspiração por tubo 
endotraqueal ou traqueostomia. Técnica limpa se aspiração de 
secreções na orofaringe. 
• A existência de roncos sugere estase de secreções em 
brônquios de grande calibre. 
• A pressão de aspiração não deve ultrapassar: 
o 60-80 mmHg para crianças com menos de 1 ano; 
o 80-120 mmHg para crianças com idade entre 1 e 8 
anos; 
o 120-150 mmHg para os adultos; 
o 80-120 mmHg para adultos com mais de 75 anos. 
• Antes de cada aspiração deve ser efectuada hiper oxigenação, 
para prevenir hipoxia, excepto em doentes com DPCO. 
 
30 
• A duração de cada aspiração não deve ultrapassar os 15 
segundos. 
 
MATERIAL 
• Aspirador (vacuómetro, reservatório de recolha e tubos de 
conexão) 
• Conexão em y ou similar 
• Sondas de aspiração: 12-18 fr para adultos; 
• 8-10 fr para crianças; 
• 5-8 fr para lactentes. 
• Sonda cânula (sonda usada para a aspiração da cavidade 
oral) 
• Frasco de soro fisiológico +/– 100 cc ou água destilada 
• Luvas esterilizadas / luvas não esterilizadas 
• Máscara de protecção 
• Resguardo de protecção 
• Saco de sujos 
• Compressas esterilizadas 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Reunir o material 
→ Explicar as etapas do 
procedimento à pessoa e 
outros significativos 
→ Diminui a ansiedade e 
melhora a colaboração da 
pessoa 
→ Posicionar a pessoa → No caso da aspiração oral, a 
posição em Semi-Fowler e 
cabeça voltada para um dos 
lados, proporciona conforto 
e permite melhor acesso, 
 
31 
evitando riscos associados. 
→ Na aspiração nasal deverá 
colocar-se o pescoço em 
hiper extensão. 
→ Vigiar respiração 
→ Monitorizar saturação de 
oxigénio 
→ Vigiar pulso 
→ Estas actividades permitem 
avaliar o “status” ventilatório 
da pessoa e fornecem uma 
linha de base para posterior 
avaliação da eficácia do 
procedimento 
→ Executar procedimentos 
associados (se 
necessário): 
→ Instruir tosse eficaz 
→ Instruir exercícios 
respiratórios 
→ Oxigenoterapia 
→ Facilitar a remoção das 
secreções 
→ Aumentar o nível de O2 
inspirado antes de aspirar 
(prevenir Hipóxia) 
→ Abrir frasco de soro ou 
água destilada 
 
→ Preparar sonda de 
aspiração (abrir o seu 
invólucro e conectar a 
sonda ao tubo de 
aspiração através da 
peça em Y ou similar) 
 
→ Colocar resguardo de 
protecção sobre o tórax 
→ Prevenir a contaminação da 
roupa do doente com 
secreções 
→ Lavar as mãos → Diminui a transmissão de 
microorganismos 
→ Calçar luvas esterilizadas → Quando se pretende aspirar 
 
32 
/ não esterilizadas 
 
a orofaringe / nasofaringe, 
não permitindo que a sonda 
desça a um nível inferior ao 
da faringe, utilizam-se luvas 
não esterilizadas de uso 
único. Quando se pretende 
aspirar a traqueia através da 
boca ou nariz deverão ser 
utilizadas luvas esterilizadas, 
pelo risco aumentado de 
infecção. 
→ Verificar o comprimento 
da sonda de aspiração a 
introduzir. 
→ Esta medição é realizada 
entre o ápice nasal e o 
lóbulo da orelha. O valor 
encontrado aproxima-se da 
distância a percorrer pela 
sonda até ao início da área 
traqueal. 
→ Regular pressão de 
aspiração 
→ 60 – 80 mm Hg em 
crianças com menos de 
um ano de idade 
→ 80 - 120 mm Hg em 
crianças com idades 
compreendidas entre 1 e 
8 anos 
→ 95 - 110 mm Hg nos 
adolescentes 
→ 120 – 150 mm Hg nos 
adultos 
→ Em função do local que se 
pretende aspirar, da 
consistência das secreções, 
da presença de riscos 
associados (hemorragia e 
lesão da mucosa) e tendoem consideração outros 
diagnósticos médico, assim 
se deve programar a 
pressão de sucção, de modo 
a evitar o traumatismo da 
mucosa. 
 
33 
→ 80 – 120 mm Hg em 
adultos com mais de 75 
anos 
→ Instruir pessoa a inspirar 
profundamente 
→ Administrar à pessoa 
oxigénio suplementar (se 
indicado) 
→ Esta actividade visa 
proporcionar um aumento da 
oxigenação imediatamente 
antes da aspiração, de 
forma a reduzir os riscos de 
hipóxia 
→ Inserir a sonda de 
aspiração na solução de 
soro fisiológico 
→ Permite lubrificar a sonda, 
facilitando a sua progressão, 
assim como testar a 
funcionalidade do aparelho e 
o ajuste de pressões 
→ Inserir a sonda (através 
do nariz ou da boca) 
→ Segurar a extremidade 
distal da sonda com a 
mão dominante, 
lentamente e com 
movimentos rotativos, 
progredir a sonda através 
da traqueia até se 
encontrar resistência ou a 
tosse seja estimulada. 
→ A sonda é introduzida no 
ponto máximo da inspiração 
sem utilizar sucção, de 
forma a permitir as trocas 
gasosas antes de obstruir o 
fluxo aéreo com a sonda. A 
sucção durante a introdução 
da sonda causa traumatismo 
dos tecidos e remove ar, 
aumentando o risco de 
hipóxia 
→ Aspirar secreções → A sucção é exercida 
enquanto se clampa e 
desclampa a conexão em Y 
ou similar, executando-se 
simultaneamente, 
movimentos giratórios da 
 
34 
sonda. 
→ Esta sucção intermitente, 
que deverá ser executada 
num período nunca superior 
a 10 – 15 segundos, diminui 
o risco de lesão tecidual e 
de hipoxémia, permitindo 
também uma maior eficácia 
na aspiração. 
→ Limpar a sonda e a 
tubuladura da fonte de 
vácuo 
 
→ A limpeza da sonda com 
solução salina evita a 
proliferação de 
microorganismos e facilita a 
remoção de secreções da 
tubuladura do sistema de 
aspiração. Devem ser 
usados fluidos esterilizados 
para remover secreções da 
sonda, quando esta vai ser 
re-introduzida no tracto 
respiratório. 
→ Desconectar a sonda: 
→ Enrolar a porção proximal 
na mão dominante 
→ Retirar a luva envolvendo 
a sonda e rejeitar 
 
→ Retirar 
toalhete/resguardo de 
protecção e dar destino 
adequado a todo o 
material 
 
 
35 
→ Promover período de 
repouso 
 
→ Instruir e incentivar a 
inspirar profundamente 
 
→ Incentivar a pessoa a 
tossir 
 
→ (Re) inserir sonda de 
aspiração (se necessário) 
ou sonda cânula 
 
→ Lavar a boca 
→ Vigiar características das 
secreções 
 
→ Registar o procedimento → O registo do procedimento 
poderá incluir: 
→ Alterações de sinais vitais 
durante o procedimento 
→ Características das 
secreções (tipo, cor, 
quantidade, consistência e 
cheiro) 
→ Tolerância e colaboração do 
doente 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
36 
 
OXIGENOTERAPIA 
 
DEFINIÇÃO 
Intervenção de enfermagem que consiste no fornecimento de oxigénio 
suplementar à pessoa, de forma a prevenir e controlar situações de 
hipoxia. 
 
OBJECTIVOS 
• Prevenir a hipoxia dos tecidos; 
• Corrigir a hipoxia dos tecidos; 
• Prevenir complicações. 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; 
• A necessidade de O2 é baseada em três aspectos: 
o Monitorização de sinais e sintomas de hipoxia; 
o Valores de gasimetria arterial; 
o Valores de saturação de O2. 
• Indicações para administração de O2: 
o O2 reduzido no sangue arterial; 
o Obstrução das vias aéreas; 
o Edema pulmonar; 
o Falência respiratória aguda; 
o Insuficiência respiratória aguda; 
o Distúrbios cardíacos e metabólicos; 
o Shock. 
• A administração de O2 pode ser efectuada através de: 
o Baixo Fluxo: 
� Mascara facial 
� Cateter nasal 
 
37 
� Tubo endotraqueal ou cânula de 
traqueostomia 
o Alto fluxo: 
� Máscara de Venturi 
� Ventilador mecânico. 
Cateter Nasal Fi O2 (%) 
1 litro 24 
2 litros 28 
3 litros 32 
4 litros 36 
5 litros 40 
6 litros 44 
 
MATERIAL 
• Fonte de oxigénio 
• Sistema de administração 
(cânula nasal, mascara de Venturi, e cateter nasal...) 
• Humidificador 
• Debitómetro / Fluxómetro 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Reunir o material 
→ Posicionar a pessoa, 
optimizando a ventilação 
→ Se possível, a pessoa é 
colocada em posição de semi 
– Fowler, Fowler ou Fowler 
elevado, de forma a facilitar a 
expansão diagramática, 
melhorando a ventilação e 
assim a distribuição das 
 
38 
partículas aerossolizadas por 
todas as regiões pulmonares. 
→ Vigiar respiração 
→ Monitorizar saturação de 
oxigénio 
→ Vigiar pulso 
→ Monitorizar pressão arterial 
→ Vigiar coloração das 
extremidades 
→ Monitorizar consciência 
→ Estas actividades permitem 
avaliar o “status” ventilatório 
da pessoa e fornecem uma 
linha de base para posterior 
avaliação da eficácia do 
procedimento 
→ Explicar o procedimento à 
pessoa e outros 
significativos 
→ Informar pessoa das 
sensações prováveis 
durante o procedimento 
→ Diminui a ansiedade e 
promove a colaboração da 
pessoa 
→ Colocar sistema de 
administração 
 
→ Pesquisar alteração da 
integridade cutânea, 
provocada pelo sistema de 
administração 
→ Todos os sistemas de 
administração de oxigénio 
podem provocar lesões ao 
nível dos locais de apoio dos 
respectivos sistemas 
(pavilhões auriculares, 
nariz...) 
 
39 
→ Registar o procedimento → O registo do procedimento 
poderá incluir: 
→ O método de administração 
de oxigénio 
→ O volume e percentagem de 
administração 
→ Tolerância e colaboração do 
doente. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NEBULIZAÇÃO 
 
DEFINIÇÃO 
Intervenção de enfermagem que consiste na pressurização de uma 
solução líquida formando um aerossol, que é projectado em finas 
partículas, nas vias respiratórias, com a ajuda de um dispositivo. A 
nebulização permite hidratar as vias aéreas, fluidificar e mobilizar 
secreções, ajudar à expectoração, e aliviar o bronco espasmo. 
 
OBJECTIVOS 
• Fluidificar e facilitar a remoção de secreções; 
 
40 
• Humidificar as vias respiratórias; 
• Administrar terapêutica. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Procedimento que é realizado pelo enfermeiro; 
• O horário varia com a prescrição médica, por períodos de 15 a 
30 minutos. 
• O cloreto de sódio a 0,9% previne o bronco espasmo, pelo que 
se preconiza a sua utilização. 
• Na nebulização por micro nebulizador, todo o circuito (copo, 
mascara, tubuladura) deve ser substituído após utilização. 
• As nebulizações devem ser executadas com ar comprimido. A 
utilização de O2 para nebulização pode ser indicada em alguns 
casos, mas carece de prescrição médica. 
 
MATERIAL 
• Fonte de oxigénio ou ar 
• Nebulizador 
• Kit de nebulização 
• Solução para nebulização – soro fisiológico 
• Saco de sujos 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Reunir o material 
→ Vigiar respiração 
→ Monitorizar saturação de 
oxigénio 
→ Vigiar pulso 
→ Monitorizar pressão arterial→ Estas acções permitem 
avaliar o “status” ventilatório 
da pessoa e fornecem uma 
linha de base para posterior 
avaliação da eficácia do 
 
41 
procedimento 
→ Explicar o procedimento à 
pessoa e outros 
significativos 
→ Diminui a ansiedade e 
melhora a colaboração da 
pessoa 
→ Posicionar a pessoa 
optimizando a ventilação 
→ Se possível, a pessoa é 
colocada em posição de semi 
– Fowler, Fowler ou Fowler 
elevado, de forma a facilitar a 
expansão diagramática, 
melhorando a ventilação e 
assim a distribuição das 
partículas aerossolizadas por 
todas as regiões pulmonares. 
→ Preparar e colocar 
nebulizador 
 
→ Incentivar inspirações 
profundas 
→ As inspirações profundas 
facilitam a dispersão das 
partículas aerossolizadas. 
→ Incentivar pessoa a tossir 
(salvo contra-indicação) 
 
→ Registar o procedimento → O registo do procedimento 
poderá incluir: 
→ Aerossol, tempo e 
quantidade da administração 
→ Tolerância e colaboração do 
doente. 
→ Resposta ao procedimento 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
42 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
ENTUBAÇÃO NASOGÁSTRICA 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na introdução de uma sonda através do nariz até ao estômago, 
para estabelecer a comunicação deste com o exterior. 
É uma técnica limpa e invasiva, considerada uma intervenção 
interdependente, isto é, depende da prescrição de outros técnicos de 
saúde (médicos), mas que resulta da mesma forma do juízo diagnóstico 
do enfermeiro face a uma determinada circunstância ou conjunto delas, 
que requeiram a sua intervenção, por exemplo, vómitos incoercíveis ou 
incapacidade de deglutir e, consequentemente de se alimentar. 
 
OBJECTIVOS 
• Alimentar o doente; 
• Hidratar o doente; 
• Drenar conteúdo gástrico; 
• Prevenir náuseas e vómitos; 
• Aliviar náuseas e vómitos; 
• Diminuir ou prevenir a distensão abdominal; 
• Realizar a lavagem gástrica; 
• Monitorizar e tratar a hemorragia digestiva; 
• Prevenir a bronco aspiração; 
• Administrar fármacos; 
• Colher espécimes para análise. 
 
43 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• O material a utilizar varia consoante a finalidade da entubação 
naso-gástrica e o tipo de drenagem (passiva ou activa). 
• Para facilitar a progressão da sonda pode colocá-la no 
frigorífico (congelador) de forma a ficar mais rígida. 
• Substituir a sonda de 7 em 7 dias (dependendo do tipo de 
sonda), alternando as narinas. 
• Seleccionar o calibre da sonda de acordo com o objectivo da 
entubação. 
• Se verificar a existência de vapor de água no interior da sonda 
ou se o doente ficar nauseado, a sonda estiver enrolada na 
boca, se sentir muita resistência deverá retirar a sonda até à 
oro faringe, ou mesmo suspender a intervenção. 
• Presença de sangue pode indicar lesão ulcerativa. 
• Presença de laivos sanguíneos sugere traumatismo da 
entubação. 
• Cheiro fecalóide pode indicar fístula gástrica ou obstrução 
intestinal. 
• Líquido com resíduos alimentares não digeridos pode sugerir 
estase gástrica ou obstrução pilórica. 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro inox com: 
• Sonda naso-gástrica (2); 
• Luvas de protecção não esterilizadas; 
• Seringa de 100cc; 
• Compressas; 
• Lubrificante hidrossolúvel; 
• Estetoscópio 
• Resguardo; 
 
44 
• Tesoura; 
• Adesivo; 
• Recipiente para sujos; 
• Tampa da sonda; 
• Saco colector não esterilizado, se necessário. 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Isolar o doente; 
→ Colocar o doente em 
posição de fowler, se a 
sua situação o permitir; 
→ Colocar resguardo 
impermeável absorvente, 
sobre o tórax do doente; 
→ Fornecer ao doente lenços 
para que este realize 
limpeza das fossas nasais 
ou proceder à higiene 
nasal; 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções 
cruzadas; 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade e 
obter a sua colaboração; 
 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a progressão da 
sonda; 
→ Evitar gastos 
desnecessários de roupa; 
 
→ Facilitar a progressão da 
sonda e evitar a obstrução 
por secreções; 
 
 
 
45 
→ Pedir ao doente que tape 
uma narina de cada vez e 
expire (se possível); 
→ Fornecer ao doente saco 
ou recipiente para utilizar 
em caso de vómito; 
→ Calçar luvas de uso único 
não esterilizadas; 
→ Calcular a porção de 
sonda a introduzir; 
→ Colocar a cabeça do 
doente em flexão anterior; 
 
 
 
→ Lubrificar com água ou 
lubrificante hidrossolúvel a 
extremidade da sonda; 
 
 
→ Introduzir a sonda 
orientando-a na direcção 
da orelha do doente 
pedindo-lhe para: a) 
inspirar profundamente; ou 
b) ) fazer movimentos de 
deglutição se o doente 
ingerir líquidos. 
→ Aspirar conteúdo gástrico, 
ou introduzir 5 a 10 ml de 
ar através da sonda 
→ Detectar qual a narina mais 
permeável; 
 
→ Prevenir contaminação da 
roupa e proporcionar 
conforto; 
→ Prevenir infecção 
nosocomial; 
→ Adequar a porção de sonda 
a introduzir; 
→ Facilitar a progressão e 
prevenir a entrada da sonda 
na árvore traqueobrônquica; 
→ Reduzir o atrito e facilitar a 
progressão; 
→ Facilitar a progressão, 
introduzir a sonda com o 
mínimo de traumatismo e 
facilitar o relaxamento 
prevenindo o vómito; 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Verificar localização e 
permeabilidade da sonda; 
 
 
46 
auscultando 
simultaneamente a região 
epigástrica (aspirar de 
seguida) ou, ainda, colocar 
a extremidade livre da 
sonda junto do ouvido e 
verificar a ausência de 
sons respiratórios; 
→ Colocar a tampa, adaptar 
saco colector ou aspirador 
de baixa pressão; 
→ Proceder à fixação da 
sonda; 
→ Proceder à fixação do 
sistema ao lençol 
permitindo a mobilidade do 
doente; 
→ Fazer higiene oral e nasal 
se necessário; 
→ Recolher e dar destino 
adequado a todo o 
material e equipamento 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dar cumprimento ao 
prescrito; 
 
→ Evitar deslocações; 
 
→ Evitar o desconforto e evitar 
deslocação da sonda; 
 
 
→ Proporcionar o conforto e 
prevenir infecção; 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida; 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
 
47 
Procedimento (data e hora); 
Local de colocação da sonda; 
Reacção do doente; 
Líquido aspirado/drenado e suas características; 
Mencionar eventual colheita de espécimes; 
 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
ALIMENTAÇÃO ENTÉRICA 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam proporcionar um meio de nutrição 
quando a via oral é impraticável, manter e repor o equilíbrio hidro-
electrolítico e prevenir complicações. 
 
OBJECTIVOS• Proporcionar um meio de nutrição quando a via oral é 
impraticável. 
• Manter o equilíbrio hidro-eletrolítico. 
 
48 
• Repor o equilíbrio hidro-eletrolítico. 
• Prevenir complicações. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• A alimentação entérica pode ser administrada em perfusão 
contínua, em perfusão intermitente e em bólus, aconselhando-
se uma pausa nocturna, não superior a 4/6 horas. 
• A alimentação por bólus provoca frequentemente náuseas, 
vómitos, diarreia e cólicas, devendo por isso ser evitada. 
• A alimentação contínua deve usar-se em doentes 
hemodinâmicamente instáveis e em doentes com 
duodenostomia ou jejunostomia, diminuindo o risco de 
aparecimento de náuseas, vómitos, diarreia e cólicas. 
• O peso do doente deve ser avaliado antes de se iniciar a 
alimentação entérica e 2 vezes por semana (se possível). 
• Para avaliar a presença de ruídos peristálticos deve ser feita 
auscultação abdomina1 a fim de ser ou não iniciada a 
alimentação entérica. Para estimular o peristaltismo podem 
ser administrados pequenos bólus de alimentos (10 - 20CC), 
se a situação do doente o] permitir. 
• O controlo da existência de conteúdo gástrico deve ser 
efectuado antes de cada, refeição e, de 4 em 4 horas quando 
a alimentação é contínua. Nos doentes ventilados, durante a 
pausa nocturna e após ter sido digerido o conteúdo alimentar, 
o sistema de alimentação deve ser colocado em drenagem 
passiva, para se prevenir a distenção gástrica. 
• Se o doente estiver nauseado e se existir conteúdo gástrico 
superior ou igual da quantidade de alimentos administrados 
na refeição ou hora anterior, deve retardar-se uma hora a 
nova administração, ou suspender durante uma hora a 
alimentação contínua! Procedendo a nova verificação do 
 
49 
conteúdo gástrico. O conteúdo residual aspirado deve ser 
sempre reintroduzido, para prevenir perdas excessivas de 
electrólitos. 
• Se o doente tiver diarreia (fezes líquidas ou semi líquidas e/ou 
um número de dejecções superior ao seu padrão habitual) 
deve aumentar-se a pausa alimentar ou diminuir--se o débito 
de administração. Nunca substituir a fórmula alimentar 
seleccionada por leite, chá, sopa ou outro alimento líquido, 
excepto se indicação médica. 
• Verificar se os alimentos se encontram à temperatura 
ambiente antes da sua administração. 
• Antes de alimentar o doente, e desde que a sua situação o 
permita, deve-lhe ser administrado por via oral, uma pequena 
quantidade de alimentos, para que a salivação] seja 
estimulada, a digestão facilitada e prevenida a parotidite. 
• Deve dar-se ao doente pastilha elástica, rebuçados ou gelo, 
no intervalo das refeições se a sua situação clínica permitir, 
para estimular o reflexo de mastigação, sucção e deglutição e 
prevenir parotidites. 
• Na alimentação contínua devem preparar-se os alimentos, 
numa quantidade que não ultrapasse as 3 horas de 
administração, para prevenir o desenvolvimento bacteriano. 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro inox com: 
o - Seringa 100cc. 
o - Copo plástico de uso único com água. 
o - Guardanapos de papel ou similar. 
o - Spigot /clamp (se necessário). 
o - Recipiente com alimentação. 
 
50 
• Sistema para alimentação entérica ou sistema de soro sem 
filtro. 
• Bomba de alimentação entérica ou bomba infusora. 
• Material para higiene oral. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente e 
conferir a rescrição: tipo de 
alimentação, forma e 
duração da administração. 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos. 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente. 
→ Explicar ao doente todos os 
procedimentos. 
→ Proporcionar um ambiente 
calmo, sem cheiros 
desagradáveis e apresentar 
os alimentos em recipientes 
adequados. 
→ Aspirar o conteúdo gástrico 
e reintroduzi-lo, excepto se 
contra-indicado. 
 
 
 
→ Introduzir 2cc (em crianças) 
→ Evitar erros. 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada. 
 
→ Economizar tempo. 
 
 
→ Diminuir a ansiedade. Obter a 
sua colaboração. 
→ Facilitar a ingestão dos 
alimentos 
 
 
 
→ Verificar a posição e 
permeabilidade da sonda. 
→ Avaliar a quantidade de 
conteúdo gástrico residual. 
→ Prevenir perdas excessivas 
de electrólitos 
→ Verificar a localização e 
 
51 
a 10cc de ar auscultando 
simultaneamente a região 
epigástrica (aspirar de 
seguida), se não existir 
conteúdo gástrico residual. 
→ Posicionar o doente em 
semi-Fowler. 
 
 
 
→ Verificar a temperatura dos 
alimentos a administrar. 
→ Preparar e conectar o 
sistema de alimentação à 
sonda. 
→ Regular o ritmo da 
administração de acordo 
com a prescrição. 
→ Lavar a sonda injectando 5 
a 30CC de água após 
terminar a administração. 
→ Lavar o sistema de 
alimentação após cada 
utilização. Reutilizá-lo 
apenas durante 24 horas. 
→ Proporcionar higiene oral 
uma vez por turno e SOS. 
 
 
→ Manter o doente com a 
cabeceira elevada pelo 
permeabilidade da sonda. 
 
 
 
 
→ Prevenir desconforto e 
distensão abdominal. 
→ Facilitar a progressão dos 
alimentos. Prevenir a sua 
regurgitação e aspiração. 
→ Prevenir complicações. 
 
→ Iniciar a alimentação 
 
 
→ Prevenir complicações. 
 
 
→ Despistar sinais de 
intolerância gástrica. 
 
→ Prevenir obstrução da sonda. 
→ Prevenir obstrução do 
sistema. 
→ Prevenir complicações. 
→ Proporcionar conforto. 
→ Prevenir secura e fissuras da 
mucosa oral. Prevenir 
infecção. 
→ Favorecer o esvaziamento 
gástrico. 
 
52 
menos a 30°, em decúbito 
lateral direito ou decúbito 
semi-dorsal direito, durante 
30' após a alimentação. 
→ Recolher e dar o destino 
adequado a todo o material 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos. 
→ Prevenir a regurgitação e 
aspiração dos alimentos. 
 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente. 
→ Prevenir infecção cruzada. 
 
REGISTOS 
• Procedimento (data/hora). 
• Tipo de alimentação. 
• Quantidade. 
• Duração. 
• Reacção do doente. 
• Data de substituição do sistema. 
• Complicações. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
53 
 
ALGALIAÇÃO (INSERÇÃO DE CATÉTER VESICAL) 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na introdução de um cateter da uretra até á bexiga. É uma 
técnica asséptica e invasiva. Sendo uma intervenção interdependente, 
isto é, depende da prescrição de outros técnicos de saúde (médicos), 
resulta do juízo de diagnóstico do enfermeiro face a uma determinada 
circunstância ou conjunto delas, que requeiram a sua intervenção. O 
doente com cateter vesical deve ser alvo de um conjunto de cuidados 
que promovam o bem-estar, bem como, que permitam a manutenção da 
drenagem em condições de segurança, evitando posteriores 
complicações, como por exemplo infecções secundárias. 
 
OBJECTIVOS 
• Esvaziar a bexiga em caso: 
o De retenção urinária 
o Antes da cirurgia em estruturas circunjacentes 
o Facilitar a cicatrização, após intervenção cirúrgica, a 
nível do aparelho urinário. 
• Determinar o volume residual 
• Monitorizar o débito urinário 
• Permitir a execução de exames auxiliares de diagnóstico e 
terapêutica 
• Prevenir complicações 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Utilizar técnica asséptica 
• Confirmar o objectivo da algaliação de modo a seleccionar 
correctamente o material 
 
54 
• A principal causa de infecção urinária adquirida no hospital é a 
algaliação• Os microorganismos que, com maior frequência são 
responsáveis pela infecção urinária são: 
o Echerichia coli 
o Klebsiella 
o Proteus 
o Enterococcus 
o Pseudomonas 
o Enterobactéria 
o Serratia 
o Cândida 
• A probabilidade de infecção aumenta com o tempo de 
cateterização, devendo a algália ser retirada o mais 
precocemente possível. 
• Utilização de técnica asséptica com uso de máscara cirúrgica. 
• A incontinência urinária não é uma indicação para a 
algaliação. 
• A lavagem higiénica das mãos, antes e após o manuseamento 
do sistema de drenagem é uma das medidas mais 
importantes na prevenção da infecção. 
• O sistema de drenagem urinária deve manter-se sempre 
fechado de forma a diminuir o risco de infecção. 
• Observação da drenagem livre da urina para o saco colector 
graduado e proceder a nova algaliação em caso de obstrução 
da algália. 
• Em situações de desconexão acidental ou rotura do sistema, 
deve proceder-se à sua substituição utilizando técnica 
asséptica após a desinfecção com álcool a 70o da junção da 
algália com o sistema. 
 
55 
• A utilização de um colector graduado de urina com filtro anti 
bacteriano e válvula anti-refluxo diminui o risco de infecção. 
• A higiene dos órgãos genitais deve ser efectuada com água e 
sabão ou cloreto de sódio a 0,9%, seguida de secagem. 
• Evitar a manipulação desnecessária da algália durante a 
limpeza perineal, uma vez que a infecção urinária resulta da 
entrada de bactérias entre o cateter e a parede da uretra. 
• A selecção do tipo de algália depende do objectivo da 
algaliação: 
 
Algália 
Objectivo Folley 
Látex 
Folley 
Silicone 
Duplo e 
triplo 
lúmem 
Bequille 
 Esvaziamento por 
retenção urinária 
X X 
 Avaliação do 
volume residual 
X X 
 Controlo do débito 
urinário 
X X 
 Prevenção da 
reestenose 
X X 
 Exames auxiliares 
de diagnóstico 
X 
 Irrigação X 
 Algaliação difícil X 
 
• O calibre da algália depende das características do doente e 
do objectivo da algaliação. 
 
 
56 
CALIBRES ACONSELHADOS 
� Criança – CH 6, 8 ou 10; 
� Adolescentes – CH 10,12,14; 
� Mulheres – CH 14,16,18; 
� Homens – CH 18,20,22. 
• Deve usar-se o calibre menor, no sentido de permitir uma 
drenagem adequada, minimizando o risco de traumatismo da 
uretra. 
• A substituição das algálias depende da constituição das 
mesmas e das características do doente: 
 
Constituição da algália 
Periodicidade de 
substituição 
� Látex 
� Com revestimento de 
silicone 
� Silicone 
� - 10 em 10 dias 
� - 30 em 30 dias 
 
� - 3 em 3 meses 
 
• O esvaziamento da bexiga deve ser realizado gradualmente, 
alternando a drenagem de 100 a 300 ml com a clampagem, 
até ao máximo se 500 a 800 ml/hora, no sentido de prevenir o 
traumatismo da bexiga (hematúria) e reacção vagal. 
• Manter uma fixação correcta do sistema de forma a permitir o 
fluir livre da urina, evitar traumatismos e diminuir o aporte de 
bactérias. Evitar angulações no sistema de drenagem, e 
colocar o saco colector de urina abaixo do nível da bexiga em 
suporte adequado, de forma a não estar em contacto com o 
pavimento. 
• Ensino ao doente algaliado em relação à necessidade de 
manter o saco colector sempre abaixo do nível da bexiga, 
 
57 
aquando deambulação, evitando clampagem ou tracção do 
sistema e contacto com o pavimento. 
 
MATERIAL 
Carro de higiene ou tabuleiro com: 
• Toalhete impregnado de sabão; 
• Toalha; 
• Resguardo; 
• Luvas não esterilizadas de uso único; 
• Luvas esterilizadas (2 pares); 
• Máscara cirúrgica; 
• Cuvete esterilizado 
• Seringa 
• Cloreto de Sódio a 0,9% (SF) 
• Compressas esterilizadas 
• Cateter vesical (algália) (2) 
• Adesivo hipoalérgico 
• Lubrificante (Lidocaína gel) 
• Saco colector ou saco graduado 
• Gancho 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Preparar todo o material 
necessário e transportá-lo 
para junto do doente; 
→ Explicar ao doente o 
→ Evitar erros 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Obter a sua colaboração; 
 
58 
procedimento; 
→ Isolar o doente; 
→ Expor unicamente a região 
perineal; 
→ Colocar o doente em 
decúbito dorsal com 
membros inferiores 
flectidos (se possível); 
→ Colocar luvas de vinil (uso 
único); 
→ Proceder à lavagem dos 
genitais, com água e sabão 
ou cloreto de sódio a 0,9%: 
No homem: retrair o 
prepúcio, expor a 
glande e lavar o meato, 
a glande, o sulco balano 
prepucial, utilizando 
uma compressa de 
cada vez. 
Na mulher: lavar no 
sentido descendente na 
direcção do ânus: 
primeiro os grandes 
lábios, os pequenos 
lábios e por fim o meato 
urinário, utilizando uma 
compressa de cada vez. 
→ Secar. 
→ Descalçar as luvas; 
→ Colocar máscara cirúrgica 
 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Respeitar a privacidade e 
diminuir o desconforto; 
→ Facilitar a visualização dos 
órgãos genitais, facilitar a 
higiene; 
 
→ Prevenir a infecção 
nosocomial; 
→ Prevenir complicações e 
proporcionar conforto; 
→ Prevenir infecção cruzada; 
→ Técnica asséptica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
59 
→ Calçar luvas esterilizadas 
→ Destacar a extremidade do 
invólucro e aplicar o 
lubrificante hidrossolúvel 
na extremidade da algália 
→ A introdução da algália 
implica previamente: 
No homem: segurar no 
pénis elevando-o a uma 
posição vertical para 
desfazer o ângulo 
peniano-escrotal ao 
sentir resistência na 
progressão da algália 
Na mulher: afastar os 
grandes lábios 
→ Introduzir o cateter vesical 
de forma suave e com 
movimentos rotativos. 
→ Adaptar o cateter vesical 
ao saco colector de urina. 
→ Aquando da saída de urina 
introduzir a algália mais 1 a 
2 cm. 
→ Introduzir a quantidade de 
água destilada ou SF no 
cateter, no balão da 
algália. 
 
→ Puxar suavemente a 
algália, até esta se fixar. 
 
→ Prevenir complicações 
(traumatismo) e 
proporcionar conforto 
(facilita a progressão do 
cateter); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
→ Assegurar a permanência da 
algália na bexiga 
 
→ Fixar internamente a algália 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente 
→ Prevenir a desalgaliação 
acidental 
 
 
 
60 
→ Retirar luvas 
→ Fixar o sistema de 
drenagem na posição 
correcta 
No homem: na região 
supra púbica 
desfazendo o ângulo 
peniano-escrotal e na 
face anterior da coxa. 
Na mulher: na face 
interna da coxa. 
→ Reposicionar o doente de 
acordo com a sua situação 
clínica e preferência; 
→ Recolher e dar destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Promover o conforto do 
doente 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente 
 
→ Prevenir infecção cruzada. 
 
 
 
 
REGISTOS 
• Procedimento (data/hora); 
• Características da urina; 
• Reacções do doente; 
• Integridade cutânea; 
• Existência de exsudados e suas características; 
• Sinais vitais. 
 
61 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
COLOCAÇÃO DA APARADEIRA OU URINOL 
 
DEFINIÇÃO 
Colocação de dispositivo externo, que permite ao doente satisfazera 
necessidade de eliminação fecal e/ou vesical. 
 
OBJECTIVOS 
• Permitir a eliminação vesical e/ou intestinal do doente. 
• Material necessário para a execução de normas. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Quem Executa: 
• Auxiliar de acção médica; 
• O Enfermeiro; 
• Auxiliar de acção médica e enfermeiro. 
 
Orientações quanto à execução 
• Verificar a limpeza da aparadeira ou urinol 
 
 
62 
MATERIAL 
• Aparadeira 
• Urinol 
• Papel higiénico 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente, 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Isolar o doente, 
→ Posicionar correctamente 
o doente; 
 
 
→ Calçar as luvas 
 
→ Colocar o doente na 
aparadeira, ou urinol, 
conforme a situação do 
doente, colocando a 
campainha junto dele; 
→ Retirar dispositivo, ajudar 
o doente a lavar o períneo, 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter a 
sua colaboração e envolve-lo 
na prestação de cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento, Respeitar a 
privacidade do doente; 
→ Prevenir a infecção 
nosocomial; 
→ Proporcionar segurança e 
conforto; 
 
 
 
→ Proporcionar limpeza e 
conforto ao doente – 
 
63 
vestir-se e posicionar 
confortavelmente; 
→ Arejar o quarto ou 
enfermaria; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
 
conforme grau de 
dependência; 
→ Eliminar odores; 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade da 
intervenção desenvolvida. 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Data e hora da dejecção; 
• Características da dejecção ou eliminação vesical; 
• Reacção do doente; 
• Registar e comunicar alterações como: dor, alteração das 
características das fezes, etc. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
64 
COLOCAÇÃO DE SONDA DE GASES 
 
DEFINIÇÃO 
Introdução de uma sonda, no intestino grosso, inserida através do ânus, 
para promover a saída de flatos. 
 
OBJECTIVOS 
• Permitir a eliminação de flatos do trato intestinal. 
• Material necessário para a execução de normas. 
• Aliviar desconforto relacionado com distensão abdominal. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Quem Executa: 
• O Enfermeiro; 
 
MATERIAL 
Tabuleiro inox com: 
• Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado) 
• Lubrificante hidrossolúvel 
• Clamp 
• Resguardo impermeável 
• Luvas de palhaço ou látex 
• Papel higiénico 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente, 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Preparar o material e 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Economizar tempo; 
 
65 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Isolar o doente, 
→ Posicionar correctamente 
o doente, colocando-o em 
dec. lateral esq. ou dorsal 
com MI dobrados. 
→ Calçar as luvas 
 
→ Colocar o doente na 
aparadeira, conforme a 
situação do doente; 
→ Lubrificar a sonda; 
 
→ Separa as nádegas e 
introduzir a sonda com 
suavidade, pedindo ao 
doente que inspire 
profundamente e expire 
lentamente 
→ Fim do procedimento na 
ausência de saída de flatos 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter a 
sua colaboração e envolve-lo 
na prestação de cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento, Respeitar a 
privacidade do doente; 
→ Prevenir a infecção 
nosocomial; 
→ Proporcionar segurança e 
conforto; 
 
→ Reduz a fricção nas paredes 
e mucosa intestinal; 
→ A inserção lenta da sonda 
reduz os espasmos 
 
 
 
 
→ À palpação, abdómen menos 
timpanizado e doloroso 
 
 
 
 
 
 
 
66 
RETIRAR A SONDA DE GASES 
 
Intervenções Justificação 
→ Clampar a sonda e retirar 
com movimentos suaves 
enrolando em papel 
higiénico; 
→ Retirar aparadeira, ajudar 
o doente a lavar o períneo, 
vestir-se e posicionar 
confortavelmente, retirar 
as luvas; 
→ Arejar o quarto ou 
enfermaria; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
→ Evitar estimular o 
peristaltismo 
 
 
→ Proporcionar limpeza e 
conforto ao doente – 
conforme grau de 
dependência; 
 
→ Eliminar odores; 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade da 
intervenção desenvolvida. 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Data e hora do procedimento; 
• Efeito do procedimento; 
• Reacção do doente; 
• Actualização do plano de cuidados. 
 
 
67 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
ENEMA DE LIMPEZA (CLISTER OU ENTEROCLISTER) 
 
DEFINIÇÃO 
Introdução de uma sonda, no intestino grosso, inserida através do ânus, 
para instilação de uma certa quantidade de solução variável, em função 
dos objectivos a atingir. 
 
INDICAÇÕES 
• Obstipação; 
• Preparação do intestino para exames; 
• Preparação do intestino para cirurgia; 
• Preparação do intestino para parto; 
• Preparação do intestino para clister opaco; 
• Preparação do intestino para estabelecimento do padrão de 
evacuação, normalmente, durante um programa de treino 
intestinal. 
 
OBJECTIVOS 
• Remoção de sólidos e/ou gases acumulados no trato 
intestinal inferior; 
• Estimular o peristaltismo intestinal; 
• Acalmar e tratar a mucosa irritada; 
 
68 
• Limpar o intestino para exames, intervenções cirúrgicas, parto 
entre outras; 
• Pesquisar a presença de hemorragia gastrointestinal 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
• Infecção aguda do intestino; 
• Cancro do recto; 
• Após rotura bolsas da água 
• Doente com hemorróides; 
• Nos períodos digestivos 
• Com fistulas anais 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Quem Executa: 
• O Enfermeiro; 
Horário: 
• Segundo prescrição médica e/ ou protocolos dos serviços; 
• Em SOS. 
Orientações quanto à execução 
• A solução administrada para o enema, fragmenta o material 
fecal e estimula o peristaltismo e o desejo de defecar, pela 
distensão abdominal. 
 
 Quantidades utilizadas no enema: 
 
IDADES VOLUME 
Adultos 1000 cc 
<13 anos 500 cc 
< 7 anos 250 cc 
 
69 
< 3 anos 100 cc 
< 2 anos 50 cc 
< 1 ano 20cc 
 
NOTA: verificar sempre a prescrição médica 
 
• A preparação psicológica do doente é importante para a 
execução desta intervenção; 
• As substâncias usadas para estimular o peristaltismo, devem 
ser usadas com rigor, pois actuam como irritantes da mucosa. 
A mistura incorrectaou incompleta pode causar irritação; 
• A temperatura da solução deve rondar os 40º a 43º graus. O 
calor é eficaz para estimular os reflexos nervosos da mucosa 
intestinal; 
• Explicar sempre ao doente a importância de o Enfermeiro 
confirmar a dejecção, para avaliar e registar as características 
da mesma; 
• Explicar ao doente que deve reter a solução administrada 
entre 10 a 15 minutos, para aumentar o efeito da mesma; 
• Durante a introdução da sonda rectal, se verificar resistência 
não forçar. Se a resistência for de material fecal, aguardar 
para que este dilua e continuar com a progressão da sonda. 
Se a resistência se mantém pode ser um fecaloma ou tumor – 
PARAR e avisar o médico; 
• Introduzir a sonda rectal: 
o Adulto -7.5 a 10 cm; 
o Criança – 4 a 7 cm. 
• A introdução de toda a solução a utilizar no enema, deve ser 
realizada lentamente (pelo menos 10 minutos), 
 
70 
para evitar complicações como cólicas, distensão 
abdominal rápida e dor. 
 
Tipos de enema 
• Evacuadores 
• Simples 
• lubirritantes (aumentam o peristaltismo) 
• Lubrificantes (amolecem o material fecal) 
• Medicamentosos 
• Alimentares – em desuso 
• Opacos – para exames radiológicos 
• Barris ou de retorno evacuadores 
Termos técnicos 
• Melena – fezes escuras (tipo ”borra do café”) decorrentes de 
hemorragia; 
• Abdómen timpanizado – distensão do intestino, por gases 
com sonoridade exagerada á percussão; 
• Flato – eliminação de gases formados no tubo digestivo 
através do recto ou colostomia; 
• Flatulência – distensão abdominal devido ao acumulo de 
gases no intestino; 
• Fecaloma – fezes endurecidas; 
• Disenteria – Dejecção do tipo líquida e constante, com muco e 
sangue, acompanhada de cólicas e dores abdominais; 
• Diarreia – Dejecção do tipo líquida em quantidade abundante, 
com aumento do número de dejecções; 
• Obstipação – emissão de fezes duras e moldáveis, diminuição 
da fruquência de eliminação; 
• Encoprese – fluxo e defecação voluntária e inapropriada de 
fezes, incontinência de fezes sem causa orgânica, défice ou 
doença; 
 
71 
• Incontinência fecal – fluxo involuntário e defecação 
incontrolada de fezes, associada a um relaxamento 
inadequado, pouco ou nenhum exercício, fraca nutrição, 
tensão neuro muscular relacionada com esforço ou défices 
músculo esqueléticos e doenças; 
• Enterorragia – Hemorragia do trato intestinal; 
• Tenesmo intestinal – sensação dolorosa na regiãp anal devido 
ao esforço para evacuar. 
 
MATERIAL 
 
Tabuleiro inox com: 
• Irrigador e tubo de ligação 
• Sonda ou cânula rectal (de tamanho apropriado) 
• Jarro com solução prescrita (soro fisiológico, água tépida, etc) 
• Lubrificante hidrossolúvel 
• Clamp 
• Resguardo impermeável 
• Lençol de pano 
• Luvas de palhaço ou látex 
• Papel higiénico 
 Necessário: 
• Aparadeira ou cadeira sanita 
• Suporte de irrigador 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Verificar prescrição e 
→ Evitar erros; 
→ Permitir a individualização 
 
72 
objectivos; 
→ Verificar o registo da 
última dejecção 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Isolar o doente; 
→ Verificar a temperatura da 
solução; 
→ Posicionar correctamente 
o doente, decúbito lateral 
esquerdo; 
 
 
 
 
→ Expor unicamente a região 
necessária à execução do 
enema; 
→ Colocar resguardo 
impermeável absorvente, 
sob as nádegas; 
→ Pendurar o irrigador no 
suporte cerca de 45 a 60 
cm acima do nível da 
cama. 
dos cuidados; 
→ Avaliar o grau de obstipação 
 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter a 
sua colaboração e envolve-lo 
na prestação de cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Evitar complicação e/ou não 
efeito do enema; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento, permitindo 
uma melhor progressão da 
sonda e retenção da solução 
na ansa sigmóide e cólon 
descendente; 
→ Respeitar a privacidade do 
doente; 
 
→ Evitar contaminação e evitar 
gastos desnecessários de 
roupa; 
→ A gravidade facilita o fluir da 
solução 
 
 
 
73 
→ Calçar as luvas → Prevenir a infecção 
nosocomial; 
→ Adaptar irrigador, tubo de 
ligação e sonda, retirar o 
ar do tubo e sonda, antes 
de inserir no recto; 
→ Lubrificar a sonda; 
 
→ Separa as nádegas e 
introduzir a sonda com 
suavidade, pedindo ao 
doente que inspire 
profundamente e expire 
lentamente 
→ Abrir o clamp e iniciar a 
administração. Se o 
doente se queixar com 
cólicas ou desejo de 
evacuar, fechar o 
compressor e aguardar 
que passe o estímulo e 
reiniciar a administração; 
→ Verificar se a solução está 
a ser introduzida; 
 
→ Verificar se a solução está 
a ser administrada 
lentamente; 
→ Findo o enema fechar a 
torneira ou compressor 
para não entrar ar; 
→ Clampar a sonda e retirar 
com movimentos suaves 
enrolando em papel 
→ O ar pode distender em 
excesso as paredes do 
intestino o que causa mal-
estar; 
→ Reduz a fricção nas paredes 
e mucosa intestinal; 
→ A inserção lenta da sonda 
reduz os espasmos 
 
 
 
 
→ A distensão e irritação da 
parede abdominal produz 
actividade peristáltica com 
desejo de evacuar; 
 
 
 
 
→ Caso não aconteça, elevar 
um pouco o irrigador e/ou 
rodar a sonda; 
→ Evitar complicações como 
peristaltismo violento ou 
perfuração do intestino. 
→ O ar no cólon causa mal-
estar; 
 
→ Evitar estimular o 
peristaltismo; 
 
 
74 
higiénico; 
→ A solução deve 
permanecer no cólon o 
tempo desejado ou 
prescrito; 
 
→ Aumentar o efeito; 
 
→ Retirar as luvas e proceder 
à lavagem higiénica das 
mãos; 
→ Colocar o doente na 
aparadeira, cadeira sanita 
ou ida à casa de banho, 
conforme a situação do 
doente, colocando a 
campainha junto dele 
→ Observar os resultados do 
enema 
→ Ajudar o doente a lavar o 
períneo, vestir-se e 
posicionar 
confortavelmente; 
→ Arejar o quarto ou 
enfermaria; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
→ Evitar infecção cruzada; 
 
 
→ Proporcionar segurança e 
conforto; 
 
 
 
 
→ Registar as características da 
ou das dejecções 
→ Proporcionar limpeza e 
conforto ao doente; 
 
 
→ Eliminar odores; 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade da 
intervenção desenvolvida. 
 
75 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Tipo de enema; 
• Data e hora; 
• Quantidade de solução administrada; 
• Características e hora da/s dejecção/ões; 
• Efeito do enema; 
• Reacção do doente; 
• Registar e comunicar alterações como: dor, alteração dos 
sinais vitais, alteração das características das fezes, etc; 
• Actualização do plano de cuidados. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
BALANÇO HÍDRICO 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na medição e registo de todas entradas e saídas (E e S) de 
líquidos durante um período de 24 horas. 
 
OBJECTIVOS 
 
76 
� Registar os líquidosentrados – total de líquidos administrados 
por via oral, gástrica ou alimentação entérica e soluções 
parentéricas. 
� Registar os líquidos saídos - total de urina(incluindo 
incontinência urinaria), diarreia, vómitos, aspiração, drenagem 
de feridas e outras drenagens. 
� Fornecer uma correcta e completa avaliação do estado 
hídrico, electrolítico e acido-base. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
� Não há contra indicações para a medição das entradas e 
saídas. 
� Pode ser uma prescrição médica ou uma intervenção 
independente da Enfermagem. 
� Deverá ser iniciada em qualquer doente que corra o risco de 
entrar em desequilíbrio hidroelectrolítico ou ácido-base. 
� Todos os elementos da equipa devem estar informados 
sempre que um doente está com balanço hídrico e devem 
comunicar com rigor tudo quanto foi administrado e eliminado. 
� Explicar ao doente 
• O objectivo do balanço; 
• Que o rigor na medição é essencial tanto para a 
Enfermagem como para o Médico, no planeamento 
dos cuidados; 
• A importância de não despejar, total ou 
parcialmente, o conteúdo dos recipientes, sem que 
as quantidades sejam registadas; 
• A importância de guardar o que foi eliminado antes 
de ser registado; 
• Como proceder para medir e registar as entradas e 
saídas, tendo em vista o auto-cuidado. 
 
77 
� Verificar os diagnósticos, Médico e de Enfermagem e o 
objectivo do balanço. 
� Prestar atenção às prescrições relativamente às medições e 
registos. 
 
MATERIAL 
• Folhas de registo de balanço hídrico 
• Canetas 
• Recipientes de medida com tamanhos variados 
• Dispositivos para colheita de eliminados 
• Luvas irrecuperáveis 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
Medição e Registo das Entradas 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Antes de retirar o tabuleiro da 
refeição, verificar se, de facto, 
o doente está sob controle de 
balanço hídrico. Usar as 
equivalências do impresso e 
medir e registar com precisão 
as quantidades de líquido 
ingerido incluindo a hora, tipo e 
quantidade de cada líquido 
consumido; 
→ Registar as porções de todos 
os líquidos e alimentos 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Manter o rigor da medição e 
seu registo, sem omissões ou 
duplicações; 
 
 
 
 
 
 
 
→ Ajudar a garantir o rigor na 
ingestão de quilo calorias total; 
 
78 
ingeridos à refeição, de acordo 
com as normas da instituição, 
se o doente está com controle 
de calorias; 
→ Medir e registar, em intervalos 
regulares, a hora, tipos e 
quantidades de todos os 
líquidos ingeridos durante o 
turno (água, alimentos 
ingeridos, nutrientes pela 
sonda, líquidos endovenosos, 
líquidos utilizados na diluição 
dos medicamentos; 
→ No fim de cada turno e de cada 
24 horas, fazer o total 
numérico para todos os 
líquidos entrados, seguindo as 
orientações da instituição ou 
serviço; 
 
 
 
 
→ Quanto mais frequentemente 
forem registadas as entradas, 
menores as possibilidades de 
omissões; 
 
 
 
 
 
→ A avaliação do estado hídrico é 
feita comparando os totais de 
cada tipo de líquido entrado em 
24 horas, bem como o total de 
líquidos administrados; 
 
Medição e Registo das Saídas 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Proceder à lavagem 
higiénica das mãos; 
→ Calçar luvas descartáveis; 
 
→ Medir, usando um recipiente 
de medida de tamanho 
apropriado os líquidos 
eliminados. Utilizar um saco 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Prevenir infecção 
nosocomial; 
→ Manter o rigor da medição e 
seu registo; 
 
 
 
79 
colector com uma câmara 
de medição quando for 
necessário fazer medição 
de hora a hora; 
→ Tratar os líquidos 
eliminados de acordo com 
as normas da instituição 
→ Limpar e desinfectar os 
recipientes de medida; 
 
→ Fazer o cálculo da 
quantidade, se o produto 
eliminado provém de feridas 
que drenam, incontinência 
urinária (por exemplo, 
número de fraldas 
molhadas, quantidade de 
roupa molhada, número e 
tamanho de pensos 
molhados). Se for 
necessário grande rigor, 
comparar o peso do 
material molhado com o do 
material limpo; 
→ Registar a hora, a 
quantidade e o tipo de 
produto eliminado. Nos 
casos em que a quantidade 
é calculada, acrescentar a 
palavra “aproximadamente” 
junto à mesma; 
 
 
 
 
→ Ajudar a prevenir infecções 
cruzadas; 
 
→ Reduzir os riscos de mau 
cheiro e contaminação do 
ambiente; 
→ A pesagem está, geralmente, 
indicada quando o equilíbrio 
hídrico é crucial; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ O registo rigoroso ajuda a 
assegurar o rigor total de 
saídas; 
 
 
 
 
 
80 
→ No fim de cada turno e de 
cada 24 horas, fazer o total 
numérico para todos os 
líquidos saídos, seguindo as 
orientações da instituição 
ou serviço; 
→ A avaliação do estado hídrico 
é feita comparando os totais 
de cada tipo de líquido saído 
em 24 horas, bem como o 
total de líquidos saídos; 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
CATETERISMO VENOSO PERIFÉRICO 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam a administração de fluídos de forma 
intermitente ou contínua, a administração de terapêutica, a colheita de 
amostras de sangue e a prevenção de infecções. 
Consiste na introdução de um cateter num vaso sanguíneo venoso 
periférico. 
 
OBJECTIVOS 
• Administrar fluídos de forma intermitente ou contínua; 
• Administrar terapêutica; 
• Permitir colheita de sangue; 
 
81 
• Prevenir infecções. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Confirme a finalidade do cateterismo. 
• Escolha o material e iluminação adequados. 
• Respeite a privacidade do doente. 
• Cateterize o mais distal possível, para preservar o vaso. 
• Evite as zonas de flexão. 
• Verifique a localização, profundidade, espessura e distensão 
do vaso através da observação e palpação. 
• Cateterize se possível, vasos no membro não dominante do 
doente. 
• No doente com insuficiência renal crónica, não cateterize o 
membro do acesso vascular(fístula artério-venosa). 
• No doente com insuficiência renal aguda, evite cateterizar o 
membro superior esquerdo porque este pode vir a ser 
utilizado para efectuar a fístula artério-venosa. 
• Nas doentes mastectomizadas, com remoção de gânglios 
axilares, não cateterizar o membro superior do lado da 
mastectomia. 
• Substitua os cateteres e locais cateterizados de 4 em 4 dias, 
para prevenir infecção e lesão do vaso. 
• Evite administrar substâncias quimicamente irritantes através 
dos cateteres periféricos. 
• Verifique sempre a permeabilidade do cateter antes de 
administrar terapêutica. 
• Não force a entrada de qualquer solução. 
• Se a situação clínica e/ou os sinais vitais se alterarem, 
suspenda a administração da terapêutica e chame o médico. 
 
82 
• Retire o cateter se surgirem sinais de flebite e/ou infecção, 
seleccione novo vaso mais proximal e substitua todo o circuito 
venoso. 
• O penso do local de inserção do cateter venoso periférico, 
deve ser sempre efectuado de 48/48h e/ou SOS (ver técnica 
de penso). 
• Se a administração de fluídos for contínua, substitua o 
circuito, com técnica asséptica, de 48/48h e SOS e de 24/24h 
em doentes imunodeprimidos. 
• Utilize prolongadores venosos únicos, apenas com o 
comprimento necessário e suficiente,à mobilização do 
doente. 
• Heparinize o cateter (de acordo com o protocolo dos serviço) 
quando não for necessária a perfusão continua e 
reheparinize-o após cada utilização. 
• Inutilize sempre o aspirado de um cateter heparinizado. 
• Nas administrações intermitentes de fluídos utilize na 
extremidade do cateter uma tampa com membrana ou um 
obturador para cateter. 
• Os locais mais comuns da caterização são: dorso da mão, 
antebraço, região antecúbital e braço. 
 
MATERIAL 
Tabuleiro inox com: 
• Garrote; 
• Material de tricotomia (se necessário); 
• Material para higiene local (se necessário); 
• Luvas esterilizadas; 
• Resguardo impermeável; 
• cateter venoso periférico n.º 16G ou n.º 18G; 
• Compressas esterilizadas pequenas; 
 
83 
• Penso poroso; 
• Adesivo; 
• Soluto de perfusão, sistema, torneira, prolongador ou 
obturador (de acordo com a finalidade do cateterismo); 
• Solução desinfectante; 
• Contentor de cortantes e perfurantes. 
 
Se necessário: 
• Suporte para soros; 
• Bomba infusora; 
• Seringa de 5cc; 
• Heparina 
• Cloreto de sódio a 0,9% - 1 ampola de 10 ml. 
 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Verificar a prescrição; 
→ Identificar o doente; 
→ Explicar o procedimento ao 
doente; 
 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar e colocar junto do 
doente todo o material 
necessário; 
→ Colocar o garrote para 
→ Evitar erros; 
→ Evitar erros; 
→ Preparar psicologicamente o 
doente; diminuir a 
ansiedade; obter 
colaboração; 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Permitir correcta selecção do 
 
84 
observação e palpação do local 
a cateterizar e retirá-lo 
posteriormente; 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
→ Colocar resguardo protector 
sob o local a cateterizar;; 
→ Tricotomizar o local a 
cateterizar, se estritamente 
necessário; 
→ Fazer higiene do local (se 
necessário); 
→ Recolocar o garrote 15 a 20 cm 
acima de local a cateterizar; 
→ Desinfectar o local do centro 
para a periferia, com 
movimentos circulares com 
compressas embebidas na 
solução desinfectante; 
→ Calçar luvas esterilizadas; 
 
→ Cateterizar por cima ou ao lado 
da veia com o bisel da agulha 
para cima fazendo um ângulo 
de 25 a 45º; ao cateterizar 
diminua o ângulo para 10 a 20º; 
→ Fixar com a outra mão a veia 
enquanto cateteriza; se utilizar 
cateter faça-o progredir 
exteriorizando simultaneamente 
local; 
 
 
→ Proporcionar conforto; 
facilitar a execução da 
técnica; 
→ Evitar a contaminação; evitar 
gasto desnecessário de 
roupa; 
→ Facilitar a fixação; prevenir 
infecção e dor; 
 
→ Prevenir a infecção; 
→ Facilitar visibilidade e 
distensão do vaso; 
→ Prevenir a infecção; 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção 
nosocomial; 
→ Permitir uma correcta 
cateterização; diminuir a 
lesão dos tecidos; facilitar a 
execução da técnica; 
 
→ Prevenir perfuração do vaso; 
 
 
 
 
85 
o mandril; 
→ Verificar a colocação correcta 
do cateter através do refluxo de 
sangue; 
→ Retirar o garrote; 
 
 
→ Proceder à fixação do cateter e 
protecção do local cateterizado 
com: 
o penso poroso 
o adesivo em ansa 
→ Adaptar o sistema da perfusão 
e regular o fluxo da infusão de 
acordo com as necessidades 
do doente e/ou prescrição 
clínica; 
→ Ou 
o Adaptar obturador ou 
heparinizar o circuito de 
acordo com o protocolo 
do serviço; 
→ Limpar o membro do doente; 
→ Reposicionar o doente; 
→ Remover e dar destino 
apropriado ao material; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
 
→ Prevenir complicações; 
 
 
→ Evitar desconforto, 
congestão venosa e 
extravasamento de sangue; 
→ Prevenir a infecção, 
desadaptação e 
repuxamento; 
 
 
→ Manter permeabilidade do 
cateter; adaptar as infusões 
às necessidades do doente; 
 
 
 
→ Manter permeabilidade do 
sistema; prevenir infecção; 
 
 
→ Proporcionar conforto; 
→ Proporcionar conforto; 
→ Evitar contaminação do 
ambiente; 
→ Prevenir infecção cruzada. 
 
 
 
 
86 
REGISTOS 
 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Procedimento (data, hora e local de colocação do cateter); 
• Características do local cateterizado; 
• Calibre e tipo de cateter utilizado; 
• Heparinização (data / hora); 
• Data da substituição do cateter; 
• Reacção do doente; 
• Tipo de solução em perfusão, hora, ritmo e horário de 
términus. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam a preparação, administração e 
registo de substâncias químicas com fins terapêuticos a administrar ao 
doente. 
Esta administração pode ser efectuada por diferentes vias as quais são: 
VIA PARENTÉRICA; endovenosa, intramuscular, intradérmica, 
 
87 
subcutânea; VIA ENTÉRICA: oral e rectal e VIA TÓPICA: pele, mucosas 
e transdérmica. 
 
OBJECTIVOS 
• Administração de terapêutica, conforme prescrição e 
finalidade. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Verifique se há coerência entre a prescrição do processo 
clínico e a da folha de terapêutica. 
• Verifique sempre a terapêutica prescrita através da folha de 
terapêutica e/ou cartão de medicação para garantir que se trata 
do MEDICAMENTO CERTO, DA DOSE CERTA, DO HORÁRIO CERTO, VIA 
CERTA E UTENTE CERTO. 
• Coloque um visto (V) na folha de terapêutica relativamente ao 
medicamento que vai administrar. 
• Proceda à lavagem das mãos antes da preparação, antes e 
após a administração terapêutica. 
• Consulte o índice terapêutico para clarificar qualquer dúvida. 
• Explique ao doente a finalidade e o procedimento a realizar. 
• Coloque o doente em posição confortável. 
• A preparação da medicação deve ser realizado num local 
arejado, limpo e tranquilo com o mínimo de distracção. 
• Verificar a existência de alergias. 
• Não administrar medicação preparada por outro profissional de 
saúde. 
• Não preparar ou administrar medicação de um recipiente não 
devidamente rotulado. 
• Verificar sempre a data de validade da medicação. 
• Preparar e administrar a medicação conforme as normas 
instituídas no local de trabalho. 
 
88 
• Registar a medicação administrada o mais cedo possível. 
• Não registar a medicação antes de ser administrada. 
• Registar sempre que a medicação não foi administrada, 
quando prescrita e porquê. 
 
Medidas Métricas Medidas caseiras 
1ml 15 gotas/gts 
2 ml 1 colher de café 
5ml 1 colher de chá/ c/c 
10ml 1 colher de sobremesa 
/c/sob 
15ml 1 colher de sopa/c/s 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA ORAL 
 
FINALIDADE 
• Administrar terapêutica por via entérica. 
 
 
89 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• É a via mais segura, conveniente e relativamente mais 
económica. 
• Em caso de erro ou ingestão excessiva voluntária, grande 
parte da medicação pode ser eliminada, numperíodo razoável 
de tempo, após a administração. 
• A principal desvantagem desta via é o menor e lento nível de 
absorção, assim como, o início da acção terapêutica. 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Copos de plástico de medicação; 
• Copos graduados; 
• Cartão de medicação; 
• Copo com água, se necessário; 
• Recipiente de sujos 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
o medicamento a administrar; 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai 
preparar; 
→ Colocar os cartões no 
tabuleiro ordenados 
→ Proceder à lavagem higiénica 
 
→ Evitar erros e facilita a 
execução; 
 
 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
90 
das mãos; 
→ Comparar o medicamento 
com o cartão de medicação, 
verificando os 5 certos; 
→ Colocar a dose individual de 
medicamento sem 
conspurcar; as formas sólidas 
devem conservar o invólucro; 
as formas líquidas devem ser 
colocadas em copo graduado 
e a leitura da sua quantidade 
deve ser avaliada ao nível dos 
olhos; 
→ Recolocar a caixa ou frasco 
do medicamento no armário 
confirmando novamente o 
rótulo. 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Certificar-se que o doente não 
tem problemas de deglutição, 
náuseas ou vómitos; 
→ Certificar-se que o doente não 
tem lesões bocais ou 
esofágicas; 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Evitar infecção, manter a 
assepsia mínima; evitar 
erros; obter dose correcta; 
 
 
 
 
 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Obter eficácia terapêutica; 
 
 
→ Promover conforto; 
 
 
 
91 
→ Posicionar o doente; 
→ Administrar um medicamento 
de cada vez com água; 
→ Permanecer junto do doente 
até ele deglutir todos os 
medicamentos; 
→ Reposicionar o doente 
→ Arrumar o material; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Proceder ao respectivo registo 
→ Promover conforto; 
→ Facilitar a deglutição; 
facilitar a absorção; 
→ Certificar-se que a 
terapêutica foi ingerida; 
 
→ Promover conforto; 
→ Evitar a contaminação do 
ambiente 
→ Evitar infecção cruzada. 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida. 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica 
instituída e outros aspectos essenciais á intervenção. 
• Procedimento com data, hora, medicamento, via e local – 
caso de administração em SOS. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
92 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA ENTÉRICA, VIA RECTAL 
 
FINALIDADE 
• Administrar terapêutica por via entérica 
• Preparação pré-operatória 
• Preparação para realização de exames de diagnóstico 
• Estimular movimentos peristálticos. 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Luvas não esterilizadas; 
• Compressas; 
• Medicação prescrita; 
• Saco de sujos. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
o medicamento a administrar 
 
→ Evitar erros; 
 
 
93 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai 
preparar; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Comparar o rótulo do 
supositório com o cartão ou 
folha de terapêutica; 
→ Cortar o invólucro do 
supositório; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Explicar a finalidade da 
terapêutica a administrar; 
→ Explicar todos os 
procedimentos e como 
colaborar (ex. não evacuar 
logo após a introdução do 
supositório ou enema); 
→ Promover privacidade; 
→ Posicionar o doente em 
decúbito lateral esquerdo; 
→ Calçar as luvas 
→ Introduzir lentamente o 
supositório envolvido numa 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Facilitar a execução 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Diminuir ansiedade; 
 
→ Obter colaboração; 
 
 
 
 
→ Promover conforto; 
→ Facilitar a execução; 
 
→ Protecção do profissional 
→ Evitar traumatismo e dor; 
 
 
94 
compressa; 
→ Pedir ao doente para contrair 
o esfíncter anal; 
→ Retirar as luvas e 
reposicionar o doente 
→ Arrumar o material; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Efectuar os registos 
 
→ Obter eficácia; 
 
→ Promover conforto; 
 
→ Evitar a contaminação do 
ambiente; 
→ Evitar infecção cruzada 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica 
instituída e outros aspectos essenciais á intervenção. 
� procedimento com data, hora, tipo de enema, solução 
utilizada, quantidade. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
95 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIAS PARENTÉRICAS 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Na preparação de injectáveis poderá estar perante uma 
simples ampola ou perante um hermeticamente fechado. 
• Se está perante uma ampola deve: fazer um movimento 
rotativo para que todo o líquido drene para a base. Proteja a 
parte superior com algodão antes de a partir, e aspire o 
conteúdo com seringa e agulha previamente adaptadas tendo 
sempre o cuidado de não tocar com esta na ampola. 
• Se está perante um hermeticamente fechado deve: proceder 
de acordo com o descrito anteriormente para o solvente; limpar 
com algodão alcoolizado a borracha do frasco do soluto; 
introduzir a agulha na zona central e injectar o solvente para 
que se misture com o soluto; agitar bem para obter uma 
mistura uniforme; aspirar o conteúdo com o frasco invertido. 
• Trocar sempre de agulha se a medicação é retirada de um 
hermeticamente fechado; 
• Verificação das características da medicação; 
• Verificação da condição física e estado mental do doente; 
• Preparação física e psicológica do doente; 
• Seleccionar uma área com pele integra; 
• Realizar a antissépsia da pele e deixar secar – álcool a 70%; 
• Injectar líquido lentamente, permitindo que se espalhe a baixa 
pressão; 
 
96 
• Colocar uma compressa com o antisséptico junto da agulha e 
contra a pele, retirando a agulha rapidamente; 
• Medir com cuidado a quantidade de medicação aadministrar: 
� Não injectar mais de 0,1 ml de medicação por via 
parentérica; 
� Não injectar mais de 1 ml de medicação por via 
subcutânea; 
� Não injectar mais de 5 ml de medicação por via 
intramuscular; 
• Garantir a assepsia com a lavagem das mãos, manutenção da 
esterilidade do material, desinfecção do local (com movimentos 
circulares do centro para a periferia); 
• Preparação e selecção do material adequado e necessário 
para a administração de medicação; 
• Ter em consideração a viscosidade da medicação a 
administrar; 
• Aspirar a medicação após abertura da ampola; 
• Nunca guardar ampolas abertas. 
• Iniciar SEMPRE o procedimento com: 1. identificação do 
doente, para evitar erros; 2. explicar o procedimento ao doente, 
diminuindo a ansiedade; 3.lavagem higiénica das mãos, 
evitando a infecção. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
97 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA 
INTRADÉRMICA 
 
FINALIDADE 
• Administrar terapêutica 
• Realizar testes de sensibilização 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Via utilizada, essencialmente, para diagnóstico; 
• Avaliar os locais disponíveis; 
• LOCAIS UTILIZADOS: região anterior do antebraço, 
omoplatas, região lateral/posterior do braço ou supramamária;; 
• Evitar: áreas irritadas, muito pigmentadas e onde a roupa 
possa irritar a pele. 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Cuvete; 
• Contentor de cortantes e perfurantes; 
• Algodão; 
• Álcool; 
• Cápsula; 
• Seringa de 1ml calibrada em unidades de 0,01ml; 
• Agulhas 25G. 
 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
98 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de terapêutica 
para verificar qual o 
medicamento a administrar 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai preparar 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proteger a ampola com algodão 
e parta a extremidade ou 
proceda como um 
hermeticamente fechado; 
→ Acoplar a agulha à seringa 
respeitando norma asséptica; 
→ Aspirar o conteúdo da ampola; 
→ Retirar o ar da seringa; 
→ Substituir a agulha; 
→ Confirmar novamente, o utente, 
o medicamento, a dose, a via e 
o horário; 
→ Colocar no tabuleiro; 
→ Fazer rótulo com: nome do 
doente, n.º da cama, nome do 
medicamento. 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Prevenir lesões; 
 
 
 
→ Prevenir lesões e manter a 
assepsia; 
→ Obter dose correcta; 
→ Evitar complicações; 
→ Prevenir a infecção; 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Evitar erros; 
 
 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
 
99 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Proprocionar privacidade ao 
doente; 
→ Apreciar estado geral do 
doente; 
→ Seleccionar o local de 
administração 
→ Limpar local de eleição com 
algodão alcoolizado de cima 
para baixo ou em movimento 
circular de dentro para fora; 
→ Deixar secar a pele; 
 
→ Esticar e fixar a pele; 
→ Introduzir a agulha lentamente 
com o bisel virado para cima, 
fazendo um ângulo de 10 a 15º; 
o bisel deve ficar visível através 
da pele; 
→ Administrar lentamente o 
medicamento (formando um 
botão); 
→ Retirar a agulha sem pressão; 
se necessário marcar o bordo 
do botão dérmico com uma 
caneta; 
→ Colocar a agulha no contentor; 
→ Arrumar o material; 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Promover conforto; 
 
→ Facilitar a eleição do local 
de administração; 
→ Evitar erros; promover boa 
absorção; 
→ Evitar infecção; 
 
 
 
→ Promover actuação do 
álcool; 
→ Facilitar a execução; 
→ Facilitar a execução; evitar 
lesões; 
 
 
 
→ Permitir leitura 
posteriormente; 
 
→ Obter eficácia; 
 
 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Evitar a contaminação do 
 
100 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Efectuar os registos 
ambiente 
→ Evitar infecções cruzadas. 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção desenvolvida 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e 
comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica 
instituída e outros aspectos essenciais á intervenção; 
� Local exacto da administração da medicação, para 
permitir a rotatividade dos locais. 
• Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso 
de administração em SOS. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
101 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA 
SUBCUTÂNEA 
 
FINALIDADES 
• Administrar terapêutica. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Importante a rotatividade dos locais para evitar: Lipodistrofia e 
formação excessiva de tecido cicatricial; 
• Em casos de auto-administração: educação para a saúde 
adequada ao doente; 
• Injectar a medicação de forma segura: 
� Comprimir e elevar o tecido subcutâneo, a partir do 
músculo; 
� Inserir a agulha com ângulo entre os 90 a 45º; 
� Libertar a pele pinçada; 
� Puxar o êmbolo para aspirar; em caso de sangue 
retirar a agulha e inserir novamente; 
� Administrar a medicação lentamente 
� Retirar a agulha respeitando o trajecto de inserção; 
� Exercer ligeira pressão com a compressa 
• LOCAIS UTILIZADOS: terço médio externo da coxa, abdómen 
(zona periumbilical superior a 3cm), tórax anterior ou face 
externa do terço médio do braço; 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Cuvete; 
• Contentor de cortantes e perfurantes; 
• Algodão; 
• Álcool; 
 
102 
• Cápsula; 
• Seringa; 
• Agulhas 25G. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
o medicamento a administrar 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai preparar 
→ Confirmar o rótulo do 
medicamento com o cartão ou 
folha de terapêutica; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proteger a ampola com 
algodão e parta a extremidade 
ou proceda como um 
hermeticamente fechado; 
→ Acoplar a agulha à seringa 
respeitando norma asséptica; 
→ Aspirar o conteúdo da 
ampola; 
→ Retirar o ar da seringa; 
→ Substituir a agulha; 
→ Confirmar novamente o 
medicamento, a dose, a via e 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Prevenir lesões; 
 
 
 
→ Prevenir lesões; 
 
→ Obter dose correcta; 
 
→ Evitar complicações; 
→ Prevenir a infecção; 
→ Evitar erros; 
 
 
103 
o horário; 
→ Colocar no tabuleiro; 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Fazer rótulo com: nome do 
doente, n.º da cama, nome do 
medicamento. 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Proprocionar privacidadeao 
doente; 
→ Apreciar estado geral do 
doente; 
 
→ Seleccionar o local de 
administração 
→ Limpar local de eleição com 
algodão alcoolizado de cima 
para baixo ou em movimento 
circular de dentro para fora; 
→ Deixar secar apele; 
→ Fazer uma prega com a mão 
esquerda; 
→ Introduzir a agulha com um 
movimento rápido num ângulo 
de 45 a 90º; largar a prega, 
segure a seringa com a mão 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Promover conforto; 
 
→ Facilitar a eleição do local 
de administração; 
 
→ Evitar erros; promover boa 
absorção; 
→ Evitar infecção; 
 
 
 
→ Promover actuação do 
álcool; 
 
→ Facilitar a execução; 
delimitar a zona; 
→ Facilitar a execução; evitar 
lesões; 
 
104 
esquerda e com a direita 
aspirar; 
→ Administrar lentamente o 
medicamento; 
→ Aspirar a meio da 
administração; 
→ Colocar algodão alcoolizado 
sobre o local da administração 
e exercer ligeira pressão ao 
retirar a agulha; 
→ Colocar a agulha no 
contentor; 
→ Arrumar o material; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos 
→ Efectuar os registos 
 
 
→ Evitar lesões; 
 
→ Evitar complicações; 
 
→ Evitar lesões; 
 
 
 
→ Evitar acidentes; 
 
→ Evitar a contaminação do 
ambiente 
→ Evitar infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica instituída e 
outros aspectos essenciais á intervenção; 
� Local exacto da administração da medicação, para permitir a 
rotatividade dos locais. 
 
105 
• Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso 
de administração em SOS. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA 
INTRAMUSCULAR 
 
FINALIDADES 
• Administrar terapêutica. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• LOCAIS UTILIZADOS: região deltóide, dorsoglúteo, vasto 
lateral ou ventroglúteo; 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Cuvete; 
• Contentor de cortantes e perfurantes; 
• Algodão; 
• Álcool; 
 
106 
• Cápsula; 
• Seringa de 2cc 5cc ou 10cc. 
• Agulhas 21G ou 23G. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
o medicamento a administrar 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai preparar 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proteger a ampola com 
algodão e parta a extremidade 
ou proceda como um 
hermeticamente fechado; 
→ Acoplar a agulha à seringa 
respeitando norma asséptica; 
→ Aspirar o conteúdo da 
ampola; 
→ Retirar o ar da seringa; 
→ Substituir a agulha; 
→ Confirmar novamente o 
medicamento, a dose, a via e 
o horário; 
→ Colocar no tabuleiro; 
→ Fazer rótulo com: nome do 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Prevenir lesões; 
 
 
 
→ Prevenir lesões; 
 
→ Obter dose correcta; 
 
→ Evitar complicações; 
→ Prevenir a infecção; 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Evitar erros; 
 
107 
doente, n.º da cama, nome do 
medicamento. 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Proprocionar privacidade ao 
doente; 
→ Seleccionar o local de 
administração Limpar local de 
eleição com algodão 
alcoolizado de cima para 
baixo ou em movimento 
circular de dentro para fora; 
→ Deixar secar apele; 
→ Na administração no deltóide, 
em adultos magros e crianças 
fazer uma prega com a mão 
esquerda, delimitando assim o 
local a puncionar; 
→ Introduzir a agulha com um 
movimento rápido com um 
ângulo de 90º; 
→ Aspirar antes de iniciar a 
administração; 
→ Administrar lentamente e 
aspirar a meio da 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Promover conforto; 
 
→ Facilitar a eleição do local 
de administração; Evitar 
erros; promover boa 
absorção; 
 
 
→ Evitar infecção; 
→ Facilitar a execução; 
 
 
 
 
→ Facilitar a execução; 
 
 
→ Certificar o procedimento; 
→ Evitar complicações; 
→ Prevenir complicações; 
 
 
108 
administração; 
→ Colocar algodão alcoolizado 
sobre o local da administração 
e exercer ligeira pressão ao 
retirar a agulha; 
→ Colocar a agulha no 
contentor; 
→ Reposicionar o doente 
 
→ Promover hemostase; 
 
 
 
→ Evitar lesões; 
 
→ Promover conforto; 
→ Arrumar o material; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Efectuar registos 
→ Evitar a contaminação 
ambiente; 
→ Evitar infecção cruzada. 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica instituída e 
outros aspectos essenciais á intervenção; 
� Local exacto da administração da medicação, para permitir a 
rotatividade dos locais. 
• Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso 
de administração em SOS. 
 
 
 
109 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE TERAPÊUTICA, VIA PARENTÉRICA, VIA 
ENDOVENOSA 
 
MATERIAL 
• Tabuleiro; 
• Cuvete; 
• Contentor de cortantes e perfurantes; 
• Algodão; 
• Álcool; 
• Cápsula; 
• Seringa de 10ml 
• Agulha 18G; 
• Curita. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
 
→ Evitar erros 
 
 
110 
o medicamento a administrar 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai preparar 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proteger a ampola com 
algodão e parta a 
extremidade; 
→ Acoplar a agulha à seringa 
respeitando norma asséptica; 
→ Aspirar todo o conteúdo da 
ampola; 
→ Retirar o ar da seringa; 
→ Substituir a agulha; 
→ Confirmar novamente o 
medicamento, a dose, a via e 
o horário; 
→ Colocar no tabuleiro; 
→ Fazer rótulo com: nome do 
doente, n.º da cama, aditivos 
de medicação caso existam, 
hora e inicio da perfusão caso 
se trate de soluções de 
grande volume. 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção 
cruzada; 
→ Prevenir lesões; 
 
 
→ Evitar infecção;→ Obter dose correcta; 
 
→ Evitar complicações; 
→ Prevenir a infecção; 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
111 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
 
→ Doente com cateter venoso 
periférico obturado ou 
heparinizado: 
� retirar obturador ou 
remover o soro 
heparinizado com uma 
seringa e rejeitá-lo; 
� administrar lentamente 
o medicamento; 
� introduzir 5ml de NaCl 
a 0,9% 
 
 
� Colocar novo 
obturador ou 
heparinizar o cateter 
→ Doente com perfusão de soro: 
� verificar se a infusão é 
simples ou composta; 
� se simples, abrir a 
torneira e administrar 
o medicamento e 
voltar a fechar a 
torneira; 
� se composto, deve 
interromper a 
perfusão, introduzir 
10ml de NaCl 0,9%; 
proceder à 
→ Atenção: 
 
 
� evitar 
hipocoagulação; 
 
 
� evitar lesão do 
vaso sanguíneo; 
� evitar interacções e 
certificar 
administração da 
dose correcta; 
� manter 
permeabilidade do 
cateter; 
→ Atenção 
� evitar interacções 
medicamentosa; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
112 
administração; e 
reintroduzir novamente 
10ml de NaCl 0,9%; 
fechar a torneira e 
reiniciar a perfusão; 
→ Doente sem cateter venoso 
periférico: ver cateterismo 
venoso periférico; 
→ Proceder à administração do 
medicamento lentamente e 
aspire a meio da 
administração.; 
→ Verificar reacção do doente; 
 
→ Retirar a agulha fazendo 
pressão com o algodão 
durante 1 min.; 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Prevenir lesão do vaso 
sanguíneo e verificar a sua 
permeabilidade 
 
→ Despistar de reacções 
indesejáveis; 
→ Promover hemostase; 
→ Colocar o curita sobre o local 
cateterizado; 
→ Colocar a agulha no 
contentor; 
→ Arrumar o material; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos 
→ Proceder aos respectivos 
registos 
→ Evitar infecções; 
 
→ Evitar acidentes; 
 
→ Evitar a contaminação do 
ambiente 
→ Evitar infecções cruzadas. 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida 
 
 
 
113 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
� reacção do doente; 
� a eficácia à resposta terapêutica; 
� sinais e sintomas adversos do medicamento e 
comunicar; 
� a educação para a saúde em relação á terapêutica 
instituída e outros aspectos essenciais á intervenção; 
� Local exacto da administração da medicação, para 
permitir a rotatividade dos locais, em caso de 
administração sem cateter venoso periférico. 
• Procedimento com data, hora, medicamento, via e local - caso 
de administração em SOS. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
ADMINISTRAÇÃO DE SOLUÇÕES DE GRANDE VOLUME 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam a administração de fluidos de forma 
intermitente ou contínua. 
 
 
114 
OBJECTIVOS 
• Administrar terapêutica por via parentérica; 
• Perfusão de soroterapia. 
 
MATERIAL 
• Ver cateterismo venoso periférico. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
Preparação: 
→ Consultar a folha de 
terapêutica para verificar qual 
o medicamento a administrar; 
→ Colocar um “V” na folha de 
terapêutica relativo ao 
medicamento que vai 
preparar; 
→ Confirmar a solução prescrita 
com o cartão ou folha de 
terapêutica; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Desinfectar a rolha de 
borracha do frasco de soro; 
→ Conectar o sistema de soro 
ao frasco atendendo à norma 
asséptica; 
→ Clampar o sistema de 
perfusão; 
→ Colocar o frasco de soro no 
 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Evitar erros; 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Prevenir infecção; 
 
→ Prevenir infecção; 
 
 
→ Evitar entrada de ar; 
 
→ Facilitar execução; 
 
115 
suporte; 
→ Preencher a câmara de fluxo 
até 1/3 da sua capacidade, 
pressionando-a; 
→ Desclampar o sistema e 
preencha-o com soro tendo 
em atenção a eliminação de 
todas as bolhas de ar; 
→ Colocar no tabuleiro; 
→ Fazer rótulo com: nome do 
doente, n.º da cama, hora e 
composto se existir. 
 
Administração: 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder à identificação do 
doente, questionando o seu 
nome e/ou verificando a 
pulseira de identificação; 
→ Proprocionar privacidade ao 
doente; 
→ Verificar permeabilidade do 
cateter venoso periférico; 
→ Certificar se não há lesão do 
vaso sanguíneo; 
→ Adaptar o sistema de soro ao 
cateter; 
→ Fixar o cateter e o sistema 
com penso estéril e/ou 
adesivo; 
 
→ Evitar complicações; 
 
 
→ Evitar complicações; 
 
 
 
→ Evitar acidentes; 
→ Evitar erros; 
 
 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Evitar erros; 
 
 
 
→ Promover conforto; 
 
→ Evitar lesões; economizar 
material e tempo; 
→ Evitar erros; prevenir 
complicações; 
→ Permitir a perfusão; 
 
→ Evitar acidentes; 
 
 
 
116 
→ Regular o débito da perfusão 
de acordo com a prescrição; 
→ Colocar o rótulo no frasco de 
soro; 
→ Arrumar o material; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Obter dose correcta; 
 
→ Facilitar o controle; 
 
 
→ Evitar infecção cruzada. 
 
REGISTOS 
• Rubrique com letra legível na folha de terapêutica; 
• Registe em notas de enfermagem: 
• Reacção do doente; 
• Procedimento com data, hora e tipo de solução. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
COLHEITA DE URINA 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na recolha de um determinado volume de urina para a 
realização de exames de diagnóstico. 
 
 
117 
 
OBJECTIVOS 
Realização exames complementares de diagnóstico. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Quem Executa: 
• O Enfermeiro; 
• O doente. 
 
MATERIAL 
• Aparadeira 
• Urinol 
• Frasco de urina esterilizado 
• Papel higiénico 
 
TÉCNICAS COLHEITA 
Existem vários tipos de analises que se podem realizar à urina, como 
uroculturas, sumário de urina e urina de 24 horas. Destas só as 
uroculturas necessitam cuidados especiais. Para esta existem 3 técnicas 
de colheita da urina. 
• Técnica do jacto médio: 
o Homem: 
� Expor a glande e lavar a área em redor 
do meato com água e sabão. Remover o 
sabão e limpar com compressas 
esterilizadas. 
� Instruir o doente a abrir correctamente o 
frasco esterilizado, tendo em atenção em 
não tocar no seu interior, nos bordos ou 
na tampa; 
 
118 
� Desperdiçar a primeira porção de urina e, 
de preferência, sem interromper o jacto 
colher para o frasco uma quantidade de 
20cc de urina. Termina a micção para a 
sanita ou urinol. 
o Mulher: 
� Separar os grandes lábios para expor o 
meato urinário; 
� Lavar e limpar, usando a técnica de 
limpeza da frente para trás; 
� Manter os lábios afastados e urinar de 
forma que a urina saia com pressão e em 
jacto, desperdiçandoo porção inicial. 
• Técnica através da introdução de cateter vesical 
o Só deve ser realizada quando a técnica do jacto 
médio não é possível; 
o Usar técnica asséptica rigorosa inerente a uma boa 
algaliação e colher a urina através da sonda vesical 
para o frasco esterilizado. 
 
• Técnica para o utente já algaliado 
o Com luvas desinfectar a parte destinada a punção 
da sonda; 
o Previamente clampar a sonda com pinça apropriada 
ou clampe apropriado; 
o Puncionar a sonda no local destinado e aspirar 
cerca de 20cc de urina; 
o Verter esta urina no frasco esterilizado. 
o NÃO colher a urina do saco pois pode não ser 
recente. 
 
 
119 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente, 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
 
→ Isolar o doente, 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
 
→ Utilizar a técnica de colheita de 
urina mais apropriada à 
condição do doente. 
→ Identificar o frasco e juntar a 
requisição; 
→ Arejar o quarto ou enfermaria; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções 
cruzadas; 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter 
a sua colaboração e 
envolve-lo na prestação de 
cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento, Respeitar a 
privacidade do doente; 
→ Cumprir norma; 
 
 
→ Evitar erros; 
 
→ Eliminar odores; 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
 
120 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
 
 
REGISTOS 
• Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Data e hora da colheita; 
• Características da eliminação vesical 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE EXECUÇÃO DE PENSOS 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam a prevenção de infecção, 
cicatrização de feridas e a minimização de lesões cutâneas. 
 
 
121 
OBJECTIVOS 
• Promover a cicatrização; 
• Minimizar lesões cutâneas; 
• Prevenir infecção. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Quem Executa: 
• O Enfermeiro; 
• O Médico com colaboração do Enfermeiro. 
Horário: 
• Segundo prescrição médica e/ ou protocolos dos serviços; 
• Em SOS. 
Orientações quanto à execução 
• Utilizar técnica asséptica; 
• Informar o médico em caso de: 
� Sinais de inflamação e/ ou infecção local; 
� Deiscência de bordos; 
� Zonas de necrose; 
� Existência de exsudado. 
• Manter a ferida e pele circundante sempre limpa e seca; evitar 
molhar o penso durante a higiene; 
• Os pensos repassados ou molhados devem ser executados 
imediatamente, excepto se indicação em contrário; 
• Nos pensos de safenectomia colocar ligaduras elásticas de 
contenção; 
• Utilizar adesivos esterilizados, no contacto directo com a ferida; 
• Os adesivos devem ser colocados sem tensão (excepto se 
indicação clínica em contrário) e do centro para as 
extremidades; 
• Utilizar sempre penso poroso estéril; 
 
122 
• Se a ferida tiver drenos, colocar penso poroso e reforçar com 
compressas esterilizadas o local de implantação dos drenos; 
• Se a ferida tem exsudado abundante, colocar compressas 
secas antes de aplicar o penso poroso; 
• Providenciar uma boa nutrição para facilitar o processo de 
cicatrização; 
• Evitar infectar a ferida aberta ou sem protecção, colocando 
máscara quando indicado; 
• Evitar procedimentos que dificultem a circulação sanguínea no 
local da ferida; 
• Limitar a circulação de pessoas no local onde se está a 
executar o penso; 
• Executar no mesmo doente os pensos de feridas limpas, em 
primeiro lugar, evitando o contacto com feridas infectadas; 
• Executar os pensos de feridas infectadas na unidade do 
doente; 
• Fixar drenos sem dobras ou ansas, permitindo a mobilidade do 
doente; 
 
 
MATERIAL 
Tabuleiro inox com: 
• Tabuleiro de penso simples ou composto de uso único; 
• Soluto desinfectante (solução iodopovidona ou clorohexidina); 
• Cloreto de sódio a 0,9% (ampola); 
• Resguardo absorvente e impermeável; 
• Recipiente para cortantes e perfurantes. 
Se necessário: 
• Compressas; 
• Saco de plástico branco; 
• Lâmina de bisturi; 
 
123 
• Máscara cirúrgica; 
• Luvas limpas; 
• Luvas esterilizadas (dois pares); 
• Ligaduras elásticas de contenção; 
• Tiras adesivas cutâneas esterilizadas; 
• Pensos esterilizados / compressas esterilizadas; 
• Adesivo hipo-alérgico; 
• Pomada, se prescrita. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Verificar plano de cuidados; 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
 
→ Isolar o doente; 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
→ Colocar resguardo 
impermeável absorvente; 
 
→ Evitar erros; 
→ Permitir a individualização 
dos cuidados; 
→ Prevenir infecções 
cruzadas; 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter 
a sua colaboração e 
envolve-lo na prestação de 
cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento; 
→ Evitar contaminação e evitar 
gastos desnecessários de 
roupa; 
 
124 
→ Expor unicamente a região 
necessária à execução do 
penso; 
→ Abrir o tabuleiro de penso e 
colocar: 
o Solutos; 
o Pensos; 
o Outro material 
necessário. 
→ Retirar o penso com luvas 
limpas em caso de ferida 
contaminada, procedendo à 
remoção do penso da periferia 
para o centro, humedecendo 
com cloreto de sódio a 0,9% se 
este estiver aderente; 
→ Colocar o penso removido no 
saco para sujos; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos após retirar o penso; 
→ Usar luvas esterilizadas em 
casos de: 
o Ferida aberta; 
o Doente portador de 
doença transmissível por 
via hematogénica: 
o Avaliar a ferida 
(recorrendo à visão, ao 
olfacto e ao tacto); 
→ Desinfectar e executar penso 
de acordo com prescrição 
→ Respeitar a privacidade do 
doente; 
 
→ Facilitar a execução da 
técnica; 
 
 
 
 
→ Evitar contaminação das 
mãos. Prevenir lesão 
cutânea e dor e interrupção 
do processo de cicatrização 
(rede de fibrina); 
 
 
→ Evitar contaminação do 
ambiente; 
→ Prevenir infecção; 
 
→ Prevenir infecção 
nosocomial; 
 
 
 
 
 
 
 
→ Analisar processo de 
cicatrização e prevenir 
 
125 
médica e/ou protocolo de 
serviço. Com cada compressa, 
limpar de cima para baixo e do 
centro para a periferia da 
ferida, com uma simples 
passagem. Substituir a 
compressa após cada 
passagem; 
 
 
 
 
→ Aplicar pomada, se prescrito; 
 
 
→ Aplicar penso esterilizado. 
Colocar uma compressa 
pequena directamente sobre a 
ferida. Uma vez colocada não 
a reposicionar. Cobrir com uma 
compressa maior, se 
necessário; 
→ Fixar o penso com adesivo ou 
ligaduras; 
 
 
 
 
→ Reposicionar o doente; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
complicações; 
→ Prevenir a infecção, 
promover a cicatrização e 
minimizar lesões cutâneas. 
Considerar a incisão mais 
limpa que a peleem seu 
redor. Os microrganismos 
da pele podem infectar a 
ferida. A pele intacta em 
redor das feridas infectadas 
normalmente serve de 
barreira; 
→ Aplicar a pomada no penso 
se for difícil de aplicar na 
ferida; 
→ Prevenir a infecção e 
facilitar a cicatrização. 
Mover o penso depois de 
colocado arrasta os 
contaminantes da pele para 
a ferida; 
 
→ O adesivo anti-alérgico 
reduz o risco de solução de 
continuidade da pele. Para 
pensos que necessitam de 
mudança frequente, usar 
ligaduras; 
→ Proporcionar conforto; 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
126 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos 
 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
→ Assegurar continuidade de 
cuidados e dar visibilidade 
da intervenção 
desenvolvida; 
 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Procedimento (data e hora); 
• Reacção do doente; 
• Tipo e características da ferida; 
• Líquidos drenados e suas características; 
• Avaliação / evolução da cicatrização; 
• Actualização do plano de cuidados. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
127 
LIGADURAS 
 
FINALIDADES 
É a aplicação manual de processos técnicos, com finalidade de carácter 
preventivo ou terapêutico. 
 
OBJECTIVOS 
• Obter a contenção de um penso 
• A suspensão de um membro ou de órgão 
• A imobilização de um doente 
• A compressão de vasos 
• Impedir a saída de órgão ou vísceras das suas cavidades 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
As ligaduras classificam-se consoante a sua forma, região que atingem, 
direcção e finalidade. 
 
Segundo a forma 
Simples Constituídas por tiras de pano mais ou menos longas e 
de larguras diversas, conforme as regiões a que se 
destinam 
Compostas Previamente elaboradas em formas diversas: em +, T, 
duplo T, triângulo, fundas ou suspensórios 
Inteiras Em forma de lenço que se dividem em quadrados, 
rectângulos, triângulos, gravatas, cordas e faixas 
enfestadas 
Mecânicas Dividem-se em ligadura elásticas (meias, joelheiras e 
cintas) e fundas herniárias. 
 
 
Segundo a região que atingem 
 
128 
Monossegmentares - Quando aplicadas num só segmento do corpo 
(exemplo: antebraço, dedo, braço). 
Bissegmentares - Atingem dois segmentos do corpo (exemplo: 
anca e coxa). 
Trissegmentares - Quando atingem três segmentos do corpo 
(exemplo: perna, pé e coxa). 
Polissegmentares - Quando atingem vários segmentos do corpo 
(exemplo: luva de mão). 
 
Segundo a direcção 
Circulares -Voltas sobrepostas 
Diagonais ou Oblíquas: 
Espirais 
Cruzado ou Oito 
 
 
Recorrentes 
 -Voltas oblíquas ascendentes e 
descendentes 
 -Voltas oblíquas que sobem e descem 
alternadamente, cruzando a anterior e à 
frente 
 -Voltas para trás e para a frente, seguras 
com circulares 
 
Segundo a finalidade 
Contenção -Seguram um penso ou suspendem um órgão ou 
membro 
Compressão -Quando é a própria ligadura o penso compressivo 
Imobilização -Quando aplicada para imobilizar um região 
 
Nas regiões em forma de cone a progressão do rolo exige a execução de 
cruzados, espirais ou inversões. 
Cada volta da ligadura cobre uma parte da volta anterior — 1/3, 1/2, 2/3, 
— conforme as exigências da região ou a finalidade da ligadura. 
 
129 
As ligaduras são tanto mais compressivas quanto maior for o número de 
voltas e a compressão deve ser feita sempre de forma homogénea. 
A passagem de um segmento para outro faz-se por meio de cruzados ou 
de leques. 
Se for necessário acrescentar a ligadura, sobrepõe-se totalmente a 
última volta da ligadura, que tinha terminado. 
Nos membros o rolo caminha da periferia para o centro, no tórax da parte 
inferior para a superior e no abdómen da região epigástrica para a bacia, 
ou seja, no sentido da circulação de retorno. 
Quando se liga um membro, os dedos devem ficar fora para despiste de 
complicações. 
As ligaduras retiram-se habitualmente no sentido oposto àquele em que 
foram enrolados. 
À medida que se vai retirando a ligadura passa-se esta de mão em mão 
formando ondas conforme se vai levantando. Nas pequenas ligaduras ou 
nas de imobilização em que seja penoso fazer movimentos 
intempestivos, é preferível cortar a ligadura em toda a sua extensão. 
Duas superfícies cutâneas devem ser ligadas separadamente uma vez 
que a humidade pode provocar deterioração dos tecidos; para isso 
devem-se utilizar porções de gaze ou algodão entre elas. 
 
Complicações das Ligaduras 
A correcta aplicação das ligaduras e o prévio almofadamento da região, 
previne possíveis complicações, tais como: edema e deficiente irrigação 
sanguínea da área. 
 
Precauções 
Inspeccionar com frequência as áreas distais às ligaduras (com a 
avaliação neurovascular de um membro). As ligaduras podem ficar 
muito apertadas (por causa do edema), devendo ser aliviadas ou 
removidas e substituídas de modo a evitar a morte dos tecidos ou 
 
130 
gangrena. As ligaduras apertadas demais são desconfortáveis, perigosas 
e podem causar dano permanente. 
 
Exame Neurovascular 
Os exames neurovasculares são avaliações breves que comparam um 
membro afectado com o seu oposto, identificando: 
� Diferenças de cor (especialmente palidez ou cianose); 
� Presença e grau de edema; 
� Diferenças de temperatura (a pele fria revela diminuição da 
circulação; a pele quente significa inflamação); 
� Rapidez de preenchimento capilar (deve ser inferior a 2 
segundos); 
� Frequência e características dos pulsos periféricos; 
� Capacidade de mover o membro executando a rotação da mão 
ou do pé, no punho ou tornozelo respectivamente e afastando 
os dedos das mãos e dos pés; 
� Queixas de formigueiro, dor, latejar ou quaisquer outras 
sensações pouco habituais. 
 
 
Avaliação da função de determinados Nervos 
Função Sensorial – utilizar 
um dispositivo pontiagudo, 
para testar a sensação nos 
seguintes locais 
Função Motora – pedir 
ao doente para mover 
activamente o segmento 
do corpo inervado pelos 
seguintes nervos 
 
Nervo Peronial 
No dorso do pé, testar a área 
entre o primeiro e o segundo 
dedo. 
Nervo Peronial 
Pedir ao doente para 
fazer a iflexão do 
tornozelo e 
 
131 
 
 
 
Nervo Tíbial 
Testar na direcção das 
superfícies interna e externa 
da planta do pé. 
 
 
Nervo Radial 
Testar a prega entre o 
polegar e o indicador. 
 
 
Nervo Cubital 
Testar a almofada distal do 
dedo mínimo. 
 
 
 
Nervo Mediano 
Testar a superfície distal dos 
dedos indicador e médio. 
hiperextensão dos 
dedos. 
 
Nervo Tíbial 
Pedir ao doente para 
fazer a extensão do 
tornozelo e a flexão dos 
dedos do pé. 
 
Nervo Radial 
Pedir ao doente para 
fazer a hiperextensão do 
polegar ou punho. 
 
Nervo Cubital 
Pedir ao doente para 
fazer primeiro a abdução 
e depois a adução de 
todos os dedos. 
 
Nervo Mediano 
Pedir ao doente que 
oponha o polegar e o 
dedo mínimo, flectindo o 
punho. 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 (Princípios gerais na técnica da aplicação de uma ligadura) 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente; 
→ Verificar plano de cuidados 
→ Evitar erros; 
→ Promover a 
 
132 
 
 
→ A escolha da ligadura, em 
comprimento, largura e 
material (elásticas tipo 
Velpeau ou Tarlatana) 
depende da região a ligar e do 
objectivo. 
→ Procederà lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
→ Isolar o doente; 
→ O enfermeiro coloca-se à 
direita do doente 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
→ Colocar resguardo absorvente 
e impermeável; 
 
→ Expor unicamente a região 
necessária á execução do 
penso; 
→ A área a ligar deve ser 
previamente almofadada; 
→ Com a mão direita segura o 
rolo da ligadura voltado para 
individualização dos 
cuidados 
→ Economizar tempo; 
Proporcionar tratamento 
adequado 
 
 
 
→ Prevenir infecções 
cruzadas; 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade e 
obter a sua colaboração; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Facilitar a execução do 
procedimento; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento; 
→ Evitar contaminação e 
gasto desnecessário de 
roupa. 
→ Respeitar a privacidade; 
 
 
→ Prevenir complicações; 
 
→ Facilitar a execução da 
técnica e economizar 
 
133 
si e com a esquerda a 
extremidade inicial (há 
excepções). Cada uma das 
mãos trabalha no semicírculo 
que lhe compete; a direita na 
face anterior e a esquerda na 
face posterior; 
→ A ligadura inicia-se por duas 
circulares sobrepostas — 
circulares iniciais. Toda a 
ligadura termina tal como 
começou por duas circulares 
sobrepostas — circulares 
terminais; 
→ A fixação das ligaduras faz-se 
sempre na face anterior (tiras 
de adesivo ou agrafos 
elásticos); 
 
 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Reposicionar o doente; 
→ Recolher e dar destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
tempo; 
 
 
 
 
 
 
→ Evitar deslocamento da 
ligadura; 
 
 
 
 
 
→ Evitar que a ligadura se 
desloque e que os 
adesivos ou agrafos 
elásticos fiquem presos 
noutras estruturas que não 
as ligaduras; 
→ Evitar contaminação das 
mãos; 
→ Proporcionar conforto; 
→ Prevenir a contaminação 
do ambiente; 
 
→ Prevenir infecção; 
 
 
 
 
 
134 
� Tipo de Volta 
 O tipo de volta utilizada no executar da ligadura depende da parte do 
corpo a envolver e do material de que a ligadura é feita. 
Circular – é a volta mais simples e mais usada. Utiliza-se para ligar 
porções do corpo circunferenciais como um braço. Utiliza-se quando 
se deseja cobrir completamente voltas anteriores. As extremidades 
iniciais e terminais ficam com a mesma localização. Usa-se numa 
porção pequena, e também para fixar o início de uma ligadura ou o 
seu termo, como ao começar ou terminar uma ligadura em oito ou em 
espiral. 
Espiral – a volta em espiral apenas se sobrepõe parcialmente à 
anterior. Usa-se mais frequentemente em porções cilíndricas. 
Espiral invertida – esta vira a ligadura a meio de cada volta. Usa-
se para ligar porções circunferenciais que vão aumentando de 
tamanho (ex. antebraço ou perna). É necessária para aplicar ligaduras 
não flexíveis (ex. de pano). Como se encontram hoje em dia 
disponíveis ligaduras mais adaptáveis, este tipo de volta raramente se 
usa hoje nos serviços. 
Volta em Oito – sobrepõe-se de uma forma obliqua e 
alternadamente ascendente e descendente. Cada volta cruza a 
anterior, formando um oito. Fica com um aspecto de um osso de 
arenque e usa-se para ligar e imobilizar articulações (ex. joelho, 
cotovelo). 
Espiga – é uma variante da volta em oito. Todas as voltas se 
sobrepõem num ângulo agudo e sobem e descem alternadamente. 
Usa-se para ligar a anca, coxa, virilha e polegar. 
Recorrente - utiliza-se em áreas arredondadas, como um coto 
após amputação, a cabeça ou, por vezes, os dedos. Começa-se por 
prender a ligadura com diversas circulares. Depois coloca-se o rolo no 
centro da porção a ser ligada. Faz-se meia volta segurando-a com o 
dedo. Passar o rolo para trás e para a frente sobre o topo do coto, ou 
 
135 
da cabeça, ou da ponta do dedo, da superfície anterior para a 
posterior, e de novo para trás. Segurar cada prega com o dedo, para 
não fugir. Sobreponha a ligadura de um lado e do outro até cobrir 
totalmente a porção a ligar. Terminar com várias circulares sobre as 
dobras. Prender com adesivo ou alfinete. Se a área ligada for grande, 
reforçar com tiras de adesivo aplicadas obliquamente (inclinadas). 
 
 
TIPOS DE LIGADURAS (Execução) 
 
� Ligaduras dos Membros Superiores 
Espiral de um dedo (2 a 3 cm) 
Inicia-se em torno do punho, em seguida a ligadura desce até à 
extremidade do lado esquerdo, do dedo a ligar. Aqui faz uma circular 
continuando a progressão da ligadura ao longo do dedo, da 
extremidade até à base, por meio de espirais que devem cobrir 2/3 
da passada precedente. Da base do dedo até ao punho, executa-se 
uma diagonal ascendente para terminar por duas circulares a 
sobrepor as iniciais. 
No caso de ser preciso cobrir a extremidade do dedo, fazem-se 
recorrentes na altura em que se faz com a ligadura a primeira 
diagonal descendente do punho à extremidade do dedo. 
Espiga do polegar (2 a 3 cm) 
Depois de concluídas as circulares em torno do punho, onde se 
inicia a ligadura, esta desce em diagonal até à extremidade do lado 
esquerdo do polegar, que contorna, cruza a anterior, para em 
seguida subir em diagonal até ao punho; repetir o trajecto o número 
de vezes necessário até à cobertura total do polegar, que é feita da 
extremidade para a base, cruzando a ligadura ao longo do dedo, 
pela sua face dorsal, onde faz espiga ascendente. 
Termina por duas circulares no punho, sobrepostas às primeiras. 
 
136 
Luva da mão ou espiral de todos os dedos (2 a 3 cm) 
Na mão direita inicia-se a ligadura pelo dedo mínimo; na mão 
esquerda pelo polegar. Inicia-se no punho para em seguida fazer a 
espiral do primeiro dedo mínimo ou polegar, conforme a mão. 
Concluída a cobertura de um dedo, como na espiral a ligadura vai 
ao punho, que contorna para descer à extremidade do segundo, 
onde vai repetir a técnica usada no primeiro. Repete-se esta 
manobra a cada um dos dedos, até ligar a todos, um por cada vez. 
Termina onde tinha iniciado. 
Nalguns casos é necessário fazer no polegar uma ligadura em 
espiga, já descrita, porque neste dedo dá mais segurança que as 
espirais. 
Cruzado do punho, anterior (5 a 7 cm) 
Com a palma da mão voltada para nós, inicia-se a ligadura em torno 
da mão, mas sem cobrir os dedos, que devem ficar livres. Em 
seguida segue uma diagonal ascendente do bordo da mão até ao 
punho, que circunda numa volta completa, para em seguida descer 
novamente em diagonal, a partir das circulares do punho até às da 
palma da mão. Faz mais duas diagonais ascendentes e duas 
descendentes que cruzam a fazer espiga, mas estas agora só fazem 
meia circular no punho e no dorso da mão. Termina no punho. 
Cruzado do punho, posterior 
O mesmo material e a mesma técnica da anterior, havendo apenas 
que colocar a mão com a face dorsal voltada para nós. Estes dois 
cruzados também se podem fazer no sentido descendente, isto é, a 
começar com duas circulares no punho, e a fazer a primeira 
diagonal descendente à mão. Nos doentes que tenham ferimentos 
na mão, esta técnica é superior. 
Ligadura ou recorrente da mão (7 cm) 
Inicia-se no punho, fazendo em seguida uma série de recorrentes à 
ponta dos dedos, a primeira ao centro e as seguintes que forem 
 
137 
precisas, uma para cada lado, até cobrir toda a extremidade do 
penso. Fazendo uma inversão com a ligadura, inicia-se um espiral 
em torno dos dedos, para arrematar e fixar as recorrentes. 
Chegando à palma da mão, fazem-se duas circulares para dar início 
a um cruzado do punho, que termina por duas circulares, no punho 
também, a sobrepor as primeiras. 
 
Cruzado do antebraço/espirais, cruzados ou inversões (7 cm) 
Começa pelo punho para em seguida prosseguir na coberturado 
antebraço por meio de uma espiral, inversões seguidas ou 
alternadas ou em cruzados, umas e outras sempre feitas na face 
posterior do antebraço e no sentido ascendente até junto da 
articulação do cotovelo; aqui termina por duas circulares, que não 
devem prejudicar os movimentos da articulação. 
Cruzado do cotovelo, anterior (7 cm) 
Inicia-se em torno do antebraço, um pouco abaixo da articulação, 
seguidas de uma diagonal ascendente ao braço um pouco acima da 
flexura onde faz uma circular, para em seguida descer em diagonal 
até às circulares iniciais. Repetir este oito em circulares, até que 
esteja coberto o cotovelo. Terminar acima da articulação. 
Cruzado do cotovelo, posterior 
O mesmo material e a mesma técnica do cruzada anterior, devendo-
se cobrir o cotovelo com a face posterior voltada para nós. 
Leque do cotovelo (5 a 7 cm) 
Braço em semi-flexão. Inicia-se em plena flexura, com duas 
circulares, seguidas de novas circulares abaixo e acima das 
primeiras, que na face posterior se vão distanciando umas das 
outras um a dois centímetros, formando abertura em leque 
divergente e que na face anterior se sobrepõem. Executa-se o 
número de voltas necessárias até se obter a cobertura do penso. 
Termina no braço. 
 
138 
Ligadura do braço/espirais, cruzados ou inversões (6 a 7 cm) 
Principia em torno do braço, logo acima da articulação do cotovelo. 
Em seguido realiza-se uma espiral, inversões ou cruzados ao longo 
da face externa do braço, a partir da parte inferior até atingir a raiz 
do braço. Termina aqui a ligadura com duas circulares a sobrepor. 
 
 
 
� Ligaduras dos membros inferiores 
Espiral de um dedo do pé (2 a 3 cm) 
Inicia-se a ligadura na região metatársica, seguida de uma diagonal 
descendente à extremidade do dedo. Concluído a cobertura do dedo 
executa-se uma diagonal, agora ascendente, até às duas circulares 
iniciais, onde a ligadura termina. 
Cruzado do pé (5 a 7 cm) 
Ligadura útil na contenção dos pés. Executa-se por duas 
modalidades: 
Ascendente - preferida para o início das ligaduras que atingem a 
perna. Inicia-se em torno da região metatársica, de forma que o 
bordo da ligadura passe a rasar a base de dedo mínimo. Segue-se 
uma diagonal ascendente da esquerda para a direita; até à região 
supra -maléolar, aqui faz-se uma circular e desce uma nova 
diagonal a cruzar a anterior ao bordo do pé. Repetir este oito pelo 
menos mais duas vezes, dando três passadas ascendentes, 
cobrindo 2/3 da precedente, que se cruzam no peito do pé. 
Descendente - preferida nas ligaduras dos ferimentos dos pés. A 
mesma técnica da anterior com as seguintes alterações: o início da 
ligadura é na região supra - maléolar seguindo-se uma diagonal 
descendente. 
Leque ou coifa do calcanhar 
Há três tipos de leque para o calcanhar: 
 
139 
Clássico (5 a 7 cm) - Inicia-se em pleno bordo do calcanhar 
do peito do pé, continuando a fazer circulares distanciadas 
umas das outras 2 cm na região do calcanhar e a sobrepor no 
peito do pé. Estas circulares, a abrir em leque posterior, 
alternadamente, ora para o lado da perna ora para o lado do 
pé, executam- se o número de vezes julgadas necessárias até 
cobrir o penso. Termina na região maléolar. 
De Arruda (5 a 7 cm) - Inicia-se na região metatársica, em 
seguida a ligadura oblíqua para o lado do calcanhar, para aí 
executar o leque com a técnica do anterior. 
De Chavesse (5a7 cm) – Inicia-se aplicando a ponta inicial da 
ligadura sobre o maléolo, que se encontra à esquerda 
(externo no pé direito, interno no esquerdo), conduz-se a 
ligadura pelo peito do pé, maléolo do lado oposto, vértice do 
calcanhar, até atingir a ponta inicial. Repete-se esta volta com 
a ligadura a sobrepor. Em seguida faz-se uma terceira volta 
que, no calcanhar, se afasta cerca de 3 cm para cima e uma 
quarta que se afasta para baixo. Estas 4 passadas cobrem o 
calcanhar e com o rolo no peito do pé conduz-se 
obliquamente até ao tendão de Aquiles, onde cobre o bordo 
superior das circulares, desde obliquamente, por debaixo do 
maléolo do nosso lado, até ao bordo do pé que atravessa por 
debaixo da planta, contorna o pé do lado oposto, atinge a face 
dorsal para seguir novamente ao tendão de Aquiles. Desce ao 
bordo do pé, de trás para diante e por debaixo do maléolo da 
lado oposto e daqui passa pela planta do pé até contornar de 
novo o bordo do nosso lado, sobe ao peito do pé e cruza a 
anterior. Termina na região maléolar. 
Ligadura recorrente do pé (7 cm) 
Ligadura que se destina a cobrir pensos que envolvem todo o pé. 
Inicia-se na região metatársica, depois e a começar a meio da face 
 
140 
dorsal do pé, executa-se uma série de recorrentes, isto é, a partir da 
parte central, onde se faz a primeira passada, à extremidade do 
penso, seguindo-se uma à direita e outra à esquerda e assim 
alternadamente até o cobrir totalmente. Estas recorrentes fixam-se 
com duas circulares a sobrepor as iniciais que servem de início a um 
cruzado ascendente, para terminar a cobertura do pé. Se for 
necessário cobrir o calcanhar, executa-se, a partir das duas 
circulares que fixam as recorrentes, um leque de Arruda, e só depois 
deste feito se conclui a ligadura com o cruzado, que termina em 
torno da perna. 
Ligadura da perna (6 a 7 cm) 
Ligadura destinada à contenção de pensos da perna. Inicia-se na 
região supra-maléolar, em seguida continua-se a progressão ao 
longo da perna por meio de espiral, cruzados ou inversões, seguidas 
ou alternadas. Atingindo a parte superior da perna, abaixo da 
articulação do joelho, termina-se. 
Cruzado anterior do joelho (7 cm) 
Destina-se à contenção de pensos no joelho e à imobilização da 
articulação. Começa-se em forno da perna, abaixo do joelho. Em 
seguida executa-se uma diagonal ascendente da esquerda para a 
direita, até atingir a parte inferior da coxa, aqui faz-se uma circular, 
para em seguida fazer nova diagonal, agora descendente, da coxa à 
perna, a cruzar a anterior. Continuam-se a executar diagonais 
ascendentes e descendentes, mas sem circulara a coxa, até cobrir 
totalmente o joelho. Termina na coxa a sobrepor a circular que foi 
feita no primeiro oito do joelho. 
Cruzado posterior do joelho (7 cm) 
Utiliza-se a mesma técnica da anterior, apenas com a diferença de 
que no posterior o cruzado, forma a espiga sobre a região poplítea. 
Esta ligadura executa-se com o doente em decúbito lateral, de forma 
que o membro inferior fique de lado. 
 
141 
Leque do joelho (7 a 8 cm) 
Destina-se à contenção de pensos no joelho e que permite 
aumentar a mobilidade normal da articulação. Coloca-se o membro 
em semi-flexão, inicia-se a ligadura a contornar o joelho, ao nível da 
rótula. Depois destas concluídas, continuam a fazer-se circulares 
que abrem em leque, para baixo e para cima na face anterior da 
articulação. Isto é, por cada passada circular a ligadura afasta-se na 
frente 1 a 2 cm, uma vez para o lado da perna e outra para o lado da 
coxa e assim o número de vezes necessárias até cobrir o penso. O 
afastamento é só na parte anterior do joelho. Na região poplítea, as 
passadas da ligadura sobrepõem-se. Conclui-se na coxa. 
Ligadura da coxa (10 a 12 cm) 
Ligadura destinada à contenção de pensos da coxa. Inicia-se em 
torno da coxa, logo acima do joelho. Em seguida, por meio de uma 
espiral, cruzados ou inversões, continua-se a ligadura ao longo da 
coxa até chegar à raiz do membro, onde se termina. 
Ligadura dos cotos de amputação (7 cm) 
Ligadura destinada à contenção dos pensos nos cotos dos membros 
amputados. Inicia-se em torno do membro um pouco acima da zona 
amputada. Seguidamente, iniciam-se uma série de recorrentes, 
sendo a primeira ao meio do coto e as restantes para um e outro 
lado a cobrir 2/3 da anterior, o número de vezes necessário até que 
fique completamente coberto todo o penso. Estas recorrentes 
seguram-se por meio de duas ou trêscirculares em torno do 
membro, a sobrepor as iniciais. 
Quando a amputação é feita na coxa, em zona alta, no terço médio 
ou superior, a ligadura continua-se com uma espiga da virilha no 
sentido ascendente. Isto é, depois de feitas as circulares terminais 
da coxa e partindo da face externa desta, inicia-se uma diagonal 
ascendente à crista ilíaca do lado oposto ao membro que se liga, 
contorna o dorso para descer ao longo da região inguinal a cruzar a 
 
142 
passada precedente até atingir a face interna da coxa para fazer 
uma circular. Repetir este oito pelo menos mais duas vezes, 
terminando em torno do abdómen, ao nível das cristas ilíacas. 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
• Procedimento (data e hora); 
• Reacção do doente; 
• Tipo e características da ferida 
• Líquido drenado e suas características; 
• Avaliação/evolução da cicatrização 
• Actualização do plano de cuidados 
 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
CÁLCULO DE MEDICAÇÃO 
 
Uma das actividades que o enfermeiro realiza frequentemente é a 
administração de medicamentos. Para fazê-lo correctamente, na dose 
exacta, muitas vezes ele deve efectuar cálculos matemáticos, porque 
 
143 
nem sempre a dose prescrita corresponde à contida no frasco. Os 
cálculos, todavia, não são muito complicados; quase sempre podem ser 
feitos com base na regra de três simples. 
 
Cálculo de medicação utilizando a regra de três simples 
Na regra de três simples trabalha-se com três elementos conhecidos, e a 
partir deles determina-se o quarto elemento. Algumas regras práticas 
podem-nos auxiliar no cálculo, como demonstram os exemplos 
1 e 2. 
 
Exemplo 1: 
O médico prescreve a um doente 150mg de Amicacina e no Hospital 
existem apenas ampolas contendo 500mg/2 ml. 
Resolução: 
a) Crie a regra de três dispondo os elementos da mesma natureza 
sempre do mesmo lado, ou seja, peso sob peso, volume sob volume; 
b) Utilize os três elementos para criar a regra de três e descubra o valor 
da incógnita x. Para facilitar a criação, pode fazer a seguinte reflexão: 
Se 500mg equivalem a 2ml, 150mg serão equivalentes a x ml: 
 
500mg = 2ml 
150mg = x 
 
Na regra de três, a multiplicação dos seus opostos igualam-se entre si. 
Assim, o oposto de 500 é x e o oposto de 150 é 2, portanto: 
 
(500) x (x) = (150) x (2) 
500x = 300 
 
Para se saber o valor de x é necessário isolá-lo, ou seja, colocar todos 
os valores numéricos do mesmo lado. Passa-se o valor 500, ou qualquer 
 
144 
outro valor que acompanhe a incógnita (x), para o outro lado da 
igualdade, o que vai gerar uma divisão. Assim: 
 
x = 300 / 500 
x = 0,6ml 
 
Portanto, o doente deve receber uma aplicação de 0,6ml de Amicacina. 
 
Exemplo 2: 
Prescrição: 200mg de um antibiótico EV de 6/6h. 
Frasco disponível no hospital: frasco em pó de 1g. 
Resolução: 
a) siga os mesmos passos do exemplo anterior; 
b) transforme grandezas diferentes em grandezas iguais, antes de criar a 
regra de três; neste caso, tem que se transformar grama em miligrama; 
1grama = 1.000mg 
Assim, temos: 
1.000mg = 5 ml 
200mg = x ml 
 
(1.000) x (x) = 200 x 5 
x = (200 x 5) / 1.000 
x = 1 ml 
 
Alguns exemplos de cálculo de medicamentos: 
• Ampicilina 
Apresentação: frasco-ampola de 1g 
Prescrição médica: administrar 250mg de Ampicilina 
Resolução: transformar grama em miligrama 
1g = 1.000 mg 
Diluindo-se em 4ml, teremos: 
 
145 
1.000 mg = 4 ml 
250 mg = x 
 
X = 1ml 
 
• Decadron 
Apresentação: frasco de 2,5ml com 10mg (4mg/ml) 
Prescrição médica: administrar 0,8mg de Decadron EV 
4 mg = 1 ml 
0,8 mg = x 
 
(4) x (x) = 0,8 x 1 
x = 0,8 / 4 
x = 0,2 ml 
 
 
• Penicilina Cristalizada 
Apresentação: frasco-ampola de 5.000.000U 
Prescrição médica: 3.000.000U 
Observação: a Penicilina de 5 milhões aumenta 2ml após a diluição. 
5.000.000U = 10 ml (8ml de diluente + 2ml) 
3.000.000U = x 
 
5.000.000. x = 3.000.000. 10 
x = 30.000.000 / 5.000.000 
x = 6ml 
 
• Permanganato de potássio (KMNO4) 
Apresentação: comprimidos de 100mg 
Prescrição médica de KMNO4 a 1:40.000 
Quantos ml de água são necessários para se obter a diluição prescrita? 
 
146 
1:40.000 significa: 1g de KMNO4 em 40.000 ml de água, ou 
1.000mg de KMNO4 em 40.000ml de água. 
Assim: 
1.000mg = 40.000ml 
100mg = x 
 
x = 100 x 40.000 / 1000 x = 4.000ml ou 4 litros 
 
Portanto, acrescentando-se 100mg (1 comprimido) em 4 litros de água, 
obtém-se solução de KMNO4 na concentração 1: 40.000. 
 
• Heparina 
Apresentação: frasco-ampola de 5ml com 25.000U (5.000/ml) 
Administrar 200U de Heparina EV. 
1 ml = 5000 U 
x ml = 200 U 
 
(5.000) x (x) = (1) x (200) 
x = 200 / 5.000 
x = 0,04 ml 
 
Cálculo de gotejamento da infusão venosa 
Exemplo: Calcular o gotejamento, para correr em 8 horas, de 500ml de 
solução glicosada a 5%. 
É possível calcular o gotejamento de infusões venosas pelos seguintes 
métodos: 
 
Método A 
1º passo - Calcular o nº de gotas que existem no frasco de solução, 
lembrando-se que cada ml equivale a 20 gotas. Com três dados 
conhecidos, é possível obter o que falta mediante a utilização de regra 
 
147 
de três simples: 
1ml = 20 gotas 
500ml = x 
 
x = 500 x 20 / 1 = 10.000 gotas 
 
2º passo - Calcular quantos minutos há em 8 horas: 
1h = 60 minutos 
8h = x 
 
x = 8 x 60 / 1 
x = 480 minutos 
 
Solução glicosada a 5% significa que em cada 100ml de solução existem 
5 gramas de glicose. 
3º passo - Calcular o número de gotas por minuto, com os dados 
obtidos da seguinte forma: 
10.000 gotas = 480 minutos 
x = 1 minuto 
 
x = 10.000 x 1/480 
x = 21 gotas/minuto 
 
• Cálculo de microgotas: multiplicar o resultado por 3 = 63 mgt/min 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
148 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE ADMISSÃO DE UM DOENTE 
 
DEFINIÇÃO 
O acolhimento do doente e dos seus familiares na instituição de saúde é 
um procedimento fundamental na medida em que facilita a integração 
quer do doente, quer dos familiares e o estabelecimento de uma relação 
terapêutica. 
Assim como se dever conhecer o funcionamento hospitalar, também se 
deverão conhecer a história dos doentes a admitir. Ainda que a maior 
parte das pessoas que possam ser admitidas no hospital, não sejam 
pessoas conhecidas, deve-se aceitar que há certas emoções e 
expectativas que são praticamente universais, entre aqueles que são 
admitidos. Compreender estas emoções e expectativas pode ajudar na 
preparação do seu primeiro encontro com um doente. Indubitavelmente, 
o primeiro contacto com um novo doente é importante. 
 É um processo importante para a construção da imagem da organização 
e contribui para a definição do grau de satisfação do doente e dos seus 
familiares. 
 
OBJECTIVOS 
Admitir o doente e a sua família tornando esta uma experiência positiva 
Integrar o doente no meio físico que o rodeia 
Prestar uma assistência personalizada ao doente 
Reunir condições para o internamento ser o maiscurto possível. 
 
 
149 
ACÇÕES DE ENFERMAGEM: 
� A recepção do doente deve ser sempre personalizada 
� O doente deve vir sempre acompanhado com o respectivo 
processo 
� Verificar se a unidade do doente está preparada 
� Ajudar o doente na transferência para a sua unidade 
� Apresentar-se a si e aos restantes elementos do serviço e 
respectivas funções 
� Orientar o doente dentro da sua unidade 
� Apresentar restantes doentes da enfermaria 
� Ensinar a utilizar os equipamentos - funcionamento da cama, 
mesa de refeições (...); 
� Monitorizar sinais vitais 
� Monitorizar peso 
� Colher espécimes urgentes e enviá-los ao laboratório 
� Fazer colheita de dados segundo folha protocolada pela 
instituição 
� Avaliação inicial de enfermagem requer uma colheita de 
dados completa para ajudar a uma boa prestação de 
cuidados. Estes dados incluem um relato subjectivo da 
história de saúde do doente e uma avaliação física objectiva 
� Fazer folha de plano de intervenções de Enfermagem 
� Explicar ao doente rotinas do serviço tais como: Horários de 
visita, Horários de refeições, Horário de deitar e acordar, 
Funcionamento das camas eléctricas, das campainhas, e 
televisor 
� Ajudar o doente a conservar a sua individualidade e a sua 
independência desde o início da hospitalização 
� Registar nome do doente na sua unidade 
� Atender sempre à privacidade dos doentes 
� Dar informações aos familiares e tranquilizá-los 
 
150 
� Pedir dieta prescrita, mencionando o número de refeições 
necessárias 
� Preencher folha de terapêutica 
� Preencher o quadro com os dados do doente 
� Fazer notas de admissão 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
Data / hora de admissão 
Quarto e unidade nos quais o doente foi admitido 
Como é que chegou ao serviço (pelo seu pé, cadeira de rodas ou 
maca) 
Tratamento do espólio 
Informação sobre os dados não habituais 
Ensino realizado 
Tratamentos imediatos 
 
Os enfermeiros dispõem de uma posição privilegiada entre aqueles que 
prestam cuidados na medida em que acolhem e avaliam o doente de 
uma forma holística e identificam todas as suas necessidades. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
151 
NORMA DE AVALIAÇÃO INICIAL DE ENFERMAGEM 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de dados obtidos no acolhimento feito pelo enfermeiro, 
com a finalidade de identificar os problemas do doente, relacionados com 
as necessidades em cuidados de enfermagem. 
 
OBJECTIVOS 
Proporcionar informação ao doente/família 
Fornecer ao enfermeiro um guia para a colheita de dados. 
Criar condições para um ambiente terapêutico 
Dar início ao plano de tratamento e alta 
Identificar problemas/necessidades do doente 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
É uma técnica executada pelo enfermeiro. 
A avaliação feita no momento da admissão deve incluir: 
• A identificação do doente 
• Uma descrição geral focando os aspectos sociológicos, 
psicológico, social e económico; 
• Os antecedentes pessoais e familiares; 
• Um resumo da situação actual 
• Observações consideradas importantes 
 
Fonte de dados: 
• O doente 
• A família, vizinhos ou amigos 
• Outros registos já existentes (processo clínico do doente) 
 
MATERIAL 
Folha de admissão de Enfermagem 
 
152 
Material para avaliação de Sinais Vitais 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Se o doente se puder 
deslocar, levá-lo para um local 
isolado, para que a entrevista 
decorra em ambiente privado, 
sem interferências. 
→ Cumprimentar o doente e 
família (se estiver presente). 
→ Proceder à sua apresentação 
pessoal como enfermeiro/a 
responsável. 
→ Explicar-lhe o objectivo da 
entrevista. 
→ Conduzir o diálogo de modo 
informal pondo o doente à 
vontade. 
→ Ouvir mais do que questionar. 
→ Dar oportunidade ao doente 
de expressar os seus 
sentimentos, dúvidas e 
preocupações. 
→ Avaliar a situação emocional 
do doente e, se necessário 
interromper a entrevista, mas 
completá-la sempre que 
possível no mesmo turno. 
→ Proporcionar condições 
para um ambiente 
terapêutico. 
→ Identificar problemas e 
necessidades do doente 
 
153 
→ Informar/esclarecer/ensinar, 
sempre que considere 
necessário. 
→ Estar atento à comunicação 
não verbal do doente (postura 
corporal, expressão facial 
procura ou fuga do contacto 
visual etc.). 
→ Completar a informação com 
os dados obtidos na, 
observação física do doente, 
servindo-se do guião de 
referência para avaliação das 
actividades de vida. 
→ Registar os dados colhidos em 
impresso próprio. 
→ Agradecer ao doente/família a 
informação e colaboração 
obtidas. 
→ Assinar e datar a folha de 
avaliação inicial de 
enfermagem. 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
154 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
NORMA DE BANHO NO LEITO 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na lavagem de toda/parte da superfície corporal de forma a 
satisfazer as necessidades de higiene e conforto do doente. É uma 
prática de higiene em que se procura remover o suor, a oleosidade, a 
poeira e os microorganismos da pele. Inclui por vezes, a massagem de 
toda a extensão corporal ou parte dela. 
 
FINALIDADES 
Manter a limpeza /higiene corporal durante a hospitalização. 
Proporcionar o máximo de conforto ao doente. 
Conservar a integridade cutânea. 
Promover a prática de hábitos higiénicos. 
 
OBJECTIVOS 
Proporcionar higiene e conforto. 
Estimular a circulação, a respiração cutânea e o exercício. 
Manter a integridade cutânea. 
Fazer observação física do doente. 
Favorecer/estimular a independência do doente. 
 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
155 
Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, podendo este ser 
auxiliado por um auxiliar da acção médica. 
É uma intervenção autónoma de enfermagem que se constitui de 
extrema importância para o bem-estar físico, psíquico e social do doente. 
É um momento de relacionamento interpessoal único, que ode e deve 
promover a comunicação e empatia com o doente. 
O horário deve ser adequado, não só à organização de cada instituição 
mas, sobretudo e primordialmente aos hábitos dos doentes. 
A sua execução é dependente de uma consulta ao processo e plano de 
cuidados no sentido de se identificar o nível de dependência do doente. 
Devem verificar-se as condições ambientais da unidade: temperatura, 
ventilação, iluminação... 
Respeitar as preferências e a privacidade do doente (mantendo-o 
sempre coberto com um lençol, evitando exposições desnecessárias). 
Observar o doente, interrogar, interpretar e relacionar. 
Mobilizar o doente para que se sinta seguro, usando movimentos rápidos 
e firmas, mas suaves. 
Fazer a higiene de modo a que todo o corpo fique lavado, começando 
das zonas mais limpas para as mais sujas. Mudar a água sempre que 
necessário. 
Secar bem, dando especial atenção às orelhas, axilas, umbigo, pregas 
cutâneas e espaços interdigitais. 
Colocar sempre a roupa suja directamente no saco adequado para o 
efeito. 
 
 
TIPOS 
Os cuidados de higienepodem classificar-se de acordo com a extensão 
corporal, com a ajuda e com o local onde são executados. Assim: 
 
 
 
156 
Segundo a extensão corporal: 
Total 
Parcial 
 
Segundo a ajuda: 
Total 
Parcial 
 
Segundo o local: 
Na cama 
No chuveiro 
Por exemplo podemos dizer que ao doente X foram prestados: 
 Cuidados de higiene totais, com ajuda total no chuveiro. 
 
 
AVALIAÇÃO INICIAL 
• Verificar indicações e precauções específicas em relação ao 
movimento e posicionamento. 
• Verificar entubações e localização dos cateteres I.V. 
• Avaliar a necessidade do banho. 
• Avaliar a capacidade de ajuda da pessoa; planear a ajuda 
apropriada. 
• Durante o banho na cama, deve realizar movimentos passivos 
(MPA) das articulações, conforme apropriado. 
• Avaliar a capacidade para compreender instruções. 
• Perguntar quais as preferências em produtos auxiliares de higiene 
(por exemplo, sabão). 
• Obtenha produtos auxiliares da higiene, roupa e equipamento. 
• Avaliar a temperatura e ventilação do quarto (ajuste se possível); 
feche as janelas e porta para prevenir correntes de ar. 
• Lavar as mãos antes de ir buscar a roupa. 
 
157 
• Usar mecanismos corporais correctos. 
 
PREPARAÇÃO da PESSOA e da UNIDADE 
• Explicar como é que a pessoa pode ajudar. 
• Explicar a sequência das actividades 
• Desimpedir a zona de trabalho. 
• Assegurar a privacidade. 
• Colocar o material necessário na cadeira ao lado da cama ou na 
mesa-de-cabeceira a uma altura confortável. 
• Ajustar a cama a uma altura confortável com as grades levantadas. 
• Posicionar o doente em decúbito dorsal, salvo contra-indicação. 
 
MATERIAL 
• Bacia para o banho 
• Sabão 
• Luvas 
• Carro de roupa limpa 
• Carro de roupa suja 
• 3 Toalhetes ou esponjas 
• 1 Toalha de rosto 
• 1 Toalha de banho 
• Camisa ou pijama 
• Produtos auxiliares de higiene (sabão, pó de talco, desodorizante, 
loção da pele) 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Remover a roupa de cima da 
cama. Cobrir a pessoa com o 
→ Usar o lençol de cima para 
cobrir se não houver lençol de 
 
158 
lençol de banho. 
� Desentalar a roupa de 
cima da cama nos pés; 
� Remover a colcha e 
cobertores; 
� Colocar uma das 
extremidades do lençol de 
banho nos ombros da 
pessoa. Se possível pedir 
ao doente para o fixar no 
lugar, enquanto retira o 
lençol; 
� Agarrar na parte superior 
do lençol por baixo do 
lençol de banho e traze-lo 
até aos pés. 
� Uma vez aos pés da 
cama dobre o lençol em 
trouxa. Colocar no saco 
da lavandaria. 
 
banho. 
 
 
� Mantém seca a roupa para 
substituição. 
� O lençol de banho 
providencia calor e 
privacidade. 
 
 
 
 
� Mantém a pessoa coberta 
enquanto se retira o lençol. 
 
 
→ Posicionar a pessoa perto da 
beira da cama mais próximos 
de nós. 
→ Evitar o afastamento 
desnecessário. 
 
→ Remover a camisa ou pijama 
enquanto se mantém o doente 
coberto. 
 
→ Se o doente tem cateter I.V, 
retirar primeiro a camisa do 
braço sem soro. Depois segurar 
na garrafa de soro e fazer 
deslizar a camisa pelo sistema 
até passar. Voltar a suspender 
e verificar o ritmo de perfusão. 
→ Colocar a mesa-de-cabeceira 
ou a cadeira em local 
→ Evita a torção e a extensão. 
 
 
159 
facilmente alcançável e 
posicionar a bacia e o 
recipiente com sabão. 
→ Retirar a almofada se o estado 
do doente o permitir. 
 
→ A remoção da almofada 
simplifica a lavagem dos 
ouvidos e pescoço. 
→ Colocar a toalha de banho 
debaixo da cabeça. 
→ Evita molhar a cama. 
 
→ Colocar as grades da cama 
para cima, se for necessário 
para a segurança, enquanto 
se vai buscar água para o 
banho. 
→ Encher a bacia de banho até 
um terço ou metade com água 
quente à temperatura de 43º a 
46º C. 
→ Lavar, passar por água e 
secar a cara e pescoço. 
� Lavar em torno dos olhos 
sem sabão. Com o toalhete 
em luva, colocar o dedo 
indicador no canto interno. 
Lavar da região exterior para 
a interior. 
� Lavar, passar por água e 
secar a testa, o rosto e à 
volta da boca. 
 
 
 
 
� Com a toalha enrolada na 
mão lavar, passar por água 
e secar as orelhas. Colocar 
dois dedos na parte anterior 
externa da orelha e o 
→ Encorajar a auto-ajuda 
apropriada. 
� Examinar os olhos. Usar um 
lado diferente da luva para 
cada olho. 
 
 
 
� Observar se há erupções da 
pele, secreções do nariz 
(registar cor), ou lábios 
ressequidos. Se os lábios têm 
secreções secas devem ser 
humedecidos para não 
traumatizar. 
� Um só movimento suave 
chega para lavar a parte 
anterior e posterior da orelha. 
Observar se há secreções do 
ouvido. Registar o estado da 
 
160 
polegar na região posterior 
desta. 
� Lavar a parte anterior e 
posterior do pescoço, se 
necessário levantar a 
pessoa para lavar a região 
posterior. Passar por água e 
secar. 
pele. 
 
� Observar se há erupções da 
pele, caspa no couro 
cabeludo e gânglios linfáticos 
aumentados de volume. 
 
→ Retirar a toalha de banho 
debaixo da cabeça. 
 
→ Lavar, passar por água e 
secar os membros superiores. 
� Colocar a toalha de banho 
ao comprimento debaixo de 
um dos membros, bem 
acima da axila. 
� Segurar no pulso e levantar 
o membro superior. 
 
� Usar o toalhete em luva para 
lavar e passar por água o 
membro superior. Usar 
movimentos longos e firmes 
na direcção do ombro e 
menos fortes na direcção da 
mão. Lavar a axila. 
 
 
� Evitar molhar a cama. 
 
 
 
� Facilita a observação e a 
amplitude de movimentos. 
 
� A firmeza provoca fricção que 
remove a sujidade e estimula 
a circulação. 
 
Se esta com administração I.V 
não exercer pressão nas veias 
nem no local inserção. 
→ Lavar, passar por água e 
secar as mãos. 
� Lave sem toalhete em luva. 
 
 
 
 
→ Para limpar ou cortar as unhas, 
humedecer previamente estas. 
� Avaliar a circulação através 
da observação da 
temperatura das mãos e 
coloração das mesmas e das 
unhas. 
 
161 
� Dê suporte na articulação do 
pulso. 
� Coloque as mãos em água, 
com uma toalha de banho 
debaixo da bacia. Lave com 
um toalhete, dando 
pancadas firmes com a 
ponta dos dedos na mão. 
Lavar e secar todos os lados 
de cada dedo fazendo 
movimentos com todas as 
suas articulações. 
 
 
 
 
 
→ Lavar, passar por água e 
secar o peito. 
� Colocar a toalha de banho 
sobre o peito e puxar o 
lençol de banho para baixo 
até ao umbigo. 
� Levantar e afastar do peito 
um canto da toalha. Com a 
outra mão enrolada no 
toalhete, lavar o peito 
usando movimentos firmes e 
longos. Colocar novamente 
a toalha sobre o peito no 
intervalo entre lavar, passar 
por água e secar. 
 
 
 
� Proporciona calor e mantêm 
privacidade. 
 
 
� Permite a visualização da 
área que está a ser lavada 
enquanto o resto do peito 
permanece coberto. Mantém 
privacidade e calor. Avaliar o 
estado do tecido mamário, da 
pele debaixo dos seios e dos 
mamilos. Avaliar a respiração. 
Fazer ensino sobre auto-
exame da mama se possível. 
→ Lavar, passar por água e 
secar o abdómen. 
� Dobrar o lençol de banho 
para baixo até à região 
púbica. Enrole os lados à 
 
 
� Avaliar se há distensão 
abdominal. 
 
 
162 
volta da anca. 
� Colocar a toalha de banho, 
ao comprimento ou 
atravessada, sobre o 
abdómen. 
� Levantar a toalha de banho 
para cima com uma mão. 
Lavar o abdómen com a 
outra mão, envolvida num 
toalhete. Lavar de um lado 
ao outro, usando 
movimentos longos e firmes. 
� No intervalo entre lavar e 
passar por água, puxar a 
toalha de banho sobre o 
abdómen. 
� Secar o abdómen com a 
toalha de banho. 
� f) Remover a toalha de 
banho e recolocar o lençol 
de banhoaté à altura dos 
ombros. 
 
� Numa mulher colocar a toalha 
de cara sobre o peito e a 
toalha de banho sobre o 
abdómen. 
� Dar especial atenção à 
limpeza do umbigo e às 
pregas do abdómen. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Lavar, passar por água e 
secar os membros inferiores, 
expondo um de cada vez. 
� Começar pelo membro mais 
afastado e cobrir. 
� Posicionar com segurança a 
bacia de banho, perto do pé 
a ser lavado. 
� Colocar o braço e forma a 
suportar a barriga da perna 
da pessoa; segurar pelo 
 
 
 
� Mantém privacidade. 
 
� Evitar que se entorne a água. 
 
 
� Segurar no membro desta 
forma dá suporte às 
articulações. A toalha evita 
 
163 
calcanhar; dobrar a perna 
pelo joelho e levantar 
lentamente, deslizando em 
seguida a toalha de banho 
ao cumprimento debaixo 
deste. 
que a cama fique molhada. 
 
 
 
� Continuando a suportar a 
perna e o pé, com a mão 
livre, deslizara bacia de 
banho para debaixo do pé 
elevado. Colocar o pé 
firmemente apoiado no 
fundo da bacia. 
� Com o toalhete à roda da 
mão, usar movimentos 
longos e firmes para lavar e 
secar o membro inferior. 
� Abrir o toalhete e usar 
toques firmes para lavar o 
pé. 
� Cobrir e lavar o outro 
membro da mesma forma 
que nos passos anteriores”. 
 
� Controla os movimentos do 
membro inferior; Posicionar o 
pé de forma a não exercer 
pressão na barriga da perna 
no bordo da bacia. 
 
 
� Ajuda o retorno venoso. 
 
� Lavar e secar 
cuidadosamente entre os 
dedos para evitar lacerar a 
pele. Limpar e cortar as unhas 
se necessário. 
� Avaliar a sensibilidade, 
circulação, força muscular 
mobilidade em cada membro. 
Mobilizar se não houver 
contra-indicação. 
→ Usar água limpa para os 
cuidados perineais. Lavar, 
passar por água e secar a 
região perineal. 
 
 
 
 
→ Para segurança elevar as 
grades da cama enquanto se 
vai buscar água nova. Verificar 
a temperatura desta. Ajudar nos 
cuidados perineais se 
necessário. Este passo 
completa o banho da parte 
anterior do corpo. 
 
164 
→ Mudar de água e de toalhete. → Após lavar a zona perineal é 
necessária água e toalhetes 
limpos. 
→ Lavar, passar por água e 
secar as costas. 
 
 
� Volte a pessoa para o 
decúbito lateral, mantendo-a 
coberta. 
� Cubra a pessoa, retirando a 
coberta das costas, desde 
os ombros até às coxas e 
cobrindo-as com o lençol de 
banho, no sentido do 
comprimento. 
� Use a mão livre para afastar 
a toalha das costas. Com a 
outra mão envolta no 
toalhete, lave as costas com 
movimentos contínuos, 
longos e firmes. Lave desde 
a parte posterior do pescoço 
até às nádegas, evitando a 
região perianal. 
→ Os cuidados às costas são 
especialmente importantes nos 
doentes com a mobilidade 
reduzida. 
� Torna acessível a parte 
posterior do corpo e mantém 
o corpo quente. 
� Diminui a exposição. Avaliar a 
pele, circulação e tensão 
muscular. 
 
 
 
� Proporcionar calor e 
privacidade. 
→ Lave, passe por água e seque 
a região perianal. 
 
→ A região perianal é a mais suja 
e deve ser lavada no fim, para 
evitar o transporte de bactérias 
para as zonas mais limpas das 
costas. 
→ Dar agora a massagem nas 
costas, nesta ocasião, ou 
→ Pode ser preferível realizar a 
massagem nas costas em 
 
165 
depois da cama 
completamente feita. 
decúbito ventral. 
 
 
ACTIVIDADES FINAIS 
 
Se ainda não foi feito, devem-se oferecer artigos de higiene pessoal 
(desodorizante, pó de talco, loção). Ajudar a vestir roupa lavada. 
Providenciar cuidados aos cabelos. Para efeitos de segurança, restituir a 
campainha, baixar a cama e voltar a por no lugar a manivela da cama. 
 
As intervenções finais incluem o seguinte: 
• Posicionar a pessoa numa posição confortável e alinhada 
• Remover os artigos desnecessários 
• Deixar os artigos necessários (lenços de papel, saco de papel 
para o lixo, água) ao alcance da pessoa 
• Registar-se nas notas, o tipo de banho e a observação de 
algo anormal. Por exemplo, lesões cutâneas perda de 
continuidade da pele, perda de força muscular, sensibilidade 
anormal, extremidades frias e dificuldade respiratória na 
mudança de posição 
• Registe no plano de cuidados se o discurso é coerente, a 
capacidade para o auto-cuidado e as preferências individuais. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
166 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE HIGIENE ORAL NO DOENTE INCONSCIENTE 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na higiene da cavidade oral tendo em vista o conforto e bem-
estar, bem como, da permeabilidade das vias aéreas do doente 
inconsciente. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
É uma técnica executada pelo enfermeiro 
A higiene oral destes doentes deve ser feita de manhã, durante o banho 
e à tarde aquando da execução dos cuidados da tarde. No entanto, é 
aconselhável faze-la sempre que se justifique. 
O material deve ser escolhido de acordo com as necessidades de cada 
indivíduo 
Deve ser colocado creme emoliente ou óleo, a fim de prevenir a 
formação de fissuras nos lábios. Usar o mesmo produto nas situações 
em que se verifique a formação de crostas. 
 
MATERIAL 
Pasta dentífrica 
Elixir da mucosa oral 
Copo com água 
Seringa 
Cuvete riniforme 
Espátulas montadas com compressa ou escova de dentes 
Compressas 
Toalha 
 
167 
Aspirador de secreções 
Sonda de aspiração 
Luvas de látex 
Saco de sujos 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Providenciar a preparação e 
transporte de material para 
junto do doente 
→ Lavar as mãos 
→ Explicar o procedimento ao 
doente 
→ Elevar a cabeceira da cama 
(se não houver contra-
indicação) 
→ Voltar a cabeça do doente 
para o lado do enfermeiro 
→ Colocar a toalha sobre o 
tórax do doente (sob o 
queixo) 
→ Usar espátula montada ou 
escova com pasta dentífrica 
e proceder à lavagem dos 
dentes da raiz para a coroa 
em movimentos circulares 
→ Embeber outra espátula em 
água e elixir e limpar as 
gengivas, a língua e face 
interna da boca 
→ Economizar tempo 
 
 
→ Prevenir contaminação 
→ Estimular o doente 
 
→ Facilitar a execução da técnica 
 
 
→ Facilitar a execução e evitar o 
risco de aspiração da solução 
→ Proporcionar conforto 
 
 
→ Proporcionar conforto 
 
 
 
 
→ Desagregar secreções 
acumuladas na cavidade oral 
 
 
 
168 
→ Aspirar a boca do doente em 
simultâneo com os cuidados 
referidos nos itens 7 e 8 
→ Secar a cara do doente com 
toalha 
→ Reinstalar o doente 
→ Providenciar a recolha e 
lavagem do material 
→ Lavar as mãos 
→ Prevenir a aspiração para a 
árvore traqueobrônquica do 
conteúdo da cavidade oral 
→ Proporcionar conforto 
 
→ Proporcionar conforto 
→ Manter a unidade arrumada 
 
→ Prevenir infecção 
 
 
REGISTOS 
Data e hora 
Reacção do doente 
Alterações observadas 
Características das secreções 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
 
 
 
169 
NORMA DE REALIZAÇÃO DE CAMA OCUPADADEFINIÇÃO 
Permite a mudança de roupa enquanto a pessoa permanece na cama. O 
objectivo é proporcionar uma cama confortável e limpa. 
 
FUNDAMENTAÇÃO 
Uma cama limpa, fresca e confortável é muito importante para as pessoas 
que têm de passar muito tempo nela. Uma cama confortável é fisicamente 
relaxante e prevenir serias complicações. Se não for dada a devida 
atenção à cama e roupa, podem ocorrer problemas, tais como: 
• Irritação da pele devida aos corantes e branqueadores da 
roupa; 
• Pele esfolada nos calcanhares por esfregar nos lençóis, 
especialmente nas costuras; 
• Úlceras de pressão por estar deitado em lençóis enrugados; 
• Irritação da pele e desconforto devido a lençóis húmidos. 
 
A avaliação de enfermagem determina se a pessoa deve permanecer na 
cama ou pode levantar-se enquanto a roupa é mudada. Algumas pessoas 
devem permanecer na cama porque estão com restrições da mobilidade, 
ou por vezes, há indicação para estar em repouso na cama. Nestes casos 
a cama tem que ser mudada estando ocupada. 
 
Ter cuidado especial quando se posiciona pessoas com queimaduras, 
doença vascular periférica ou problemas ortopédicos. Quando um doente 
tem uma tracção, esta deve ser mantida continuamente. Para os doentes 
com queimaduras são necessários lençóis esterilizados. Deve-se evitar 
sacudir os lençóis para diminuir a propagação de bactérias. 
 
 
 
170 
OBJECTIVOS 
• Promover conforto do doente; 
• Prevenir complicações resultantes da imobilidade. 
 
 
AVALIAÇÃO INICIAL 
• Verificar se há roupa disponível na unidade. 
• Tomar nota da roupa limpa necessária. 
• Identificar os artigos especiais necessários (Cobertor extra). 
• Avaliar as capacidades da pessoa para ajudar e compreender 
as orientações. 
• Avaliar as necessidades de ajuda suplementar. 
 
PREPARAÇÃO da PESSOA e da UNIDADE 
• Explicar como é que a pessoa pode ajudar. 
• Explicar a sequência das actividades 
• Afastar da cama a mobília. 
• Assegurar a privacidade. 
• Retirar a campainha se estiver presa à roupa da cama. 
• Colocar ao alcance da mão a roupa limpa e o saco para a roupa 
suja. 
• Baixar as grades da cama. 
• Colocar a cama a uma altura adequada ao trabalho. 
 
 
MATERIAL 
Lavar as mãos antes de ir buscar a roupa. 
• Fronha da almofada. 
• Colcha (se necessário). 
• Cobertor (se necessário). 
• Lençol de cima. 
 
171 
• Resguardo. 
• Lençol de baixo. 
• Protector de colchão (se necessário). 
• Toalha de banho. 
• Saco de roupa suja. 
• Cesto da roupa. 
• Cadeira ao lado da cama para colocar a roupa. 
• Luvas (se a cama estiver suja ou molhada). 
 
 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Remover a roupa de cima. 
� Desentalar a roupa de cima. 
� Baixar a grade do seu lado. 
� Remover a colcha e cobertor 
e dobrar separadamente. 
� Deixar o lençol de cima 
sobre a pessoa ou se o 
retirar cobrir com a toalha de 
banho. 
 
 
� Permite um melhor acesso 
ao doente. 
 
� Mantém a privacidade e 
calor. 
→ Empurrar o colchão para a 
cabeceira da cama se 
necessário. Requer duas 
pessoas. 
� Agarrar o colchão pelas asas 
ou lados laterais. Pedir ao 
doente para agarrar a 
cabeceira da cama e referir 
→ O colchão tem tendência 
para deslizar para baixo 
quando a cabeceira está 
levantada. 
� Obter ajuda do doente. 
 
 
 
 
172 
quando deve fazer força. 
� Com as pernas afastadas, 
transportar o peso do corpo 
de uma perna para a outra, 
dobrando os joelhos, ao 
mesmo tempo que puxa o 
colchão para cima, no 
momento em que contar até 
três. 
 
� Usar os músculos das 
pernas como força motriz 
poupa energia e previne 
lombalgias de esforço. 
→ Posicionar o doente no lado 
mais afastado da cama, em 
decúbito lateral com as costas 
voltadas para si. Reposicionar a 
almofada debaixo da cabeça. 
→ Proporciona espaço para 
colocar a roupa lavada. O 
doente deve utilizar a grade 
da cama para se voltar. 
 
→ Preparar a base da cama. 
� Desentalar o lençol debaixo 
do seu lado da cama, 
movendo-se da cabeça para 
os pés. 
� Dobrar, a todo o 
comprimento, a roupa 
debaixo (resguardo, lençol), 
tão perto da pessoa quanto 
possível 
 
� É mais eficiente 
completar um lado da 
cama antes de começar o 
outro. 
� Proporciona uma área de 
trabalho maior e maior 
conforto quando a pessoa 
mais tarde rolar de costas 
sobre a roupa. 
→ Fazer a base de um dos lados 
da cama. 
� Ajustar o lençol debaixo ao 
colchão do lado dos pés da 
cama. Manter a parte central 
dobrada, no meio do 
colchão. Abrir o lençol a todo 
 
 
173 
o comprimento. Dobrar em 
pregas planas no meio da 
cama 
� Entalar os cantos do lençol 
debaixo, em caixa, do lado 
da cabeceira da cama 
� Colocar resguardo se 
necessário. 
→ Ajude a pessoa a rolar para o 
lado voltado para si. 
� Subir a grade da cama. 
 
 
� Segurança e protecção. 
→ Mude a cadeira com o resto da 
roupa lavada, para o outro lado 
da cama, ao alcance fácil. 
→ Poupa tempo e energia. 
→ Fazer o outro lado da cama. 
� Esticar o lençol e o 
resguardo. 
� Enrolar a roupa suja e 
colocar aos pés da cama. 
� Esticar a roupa dobrada em 
pregas ate a borda da cama. 
Colocar a pessoa em 
decúbito dorsal. 
Reposicionar a almofada. 
� Seguir os mesmos passos 
descritos anteriormente. 
 
 
 
 
 
� Verificar se não ficam 
objectos juntos com a 
roupa suja. 
→ Colocar a roupa de cima. 
� Colocar o lençol de cima 
dobrado, com a dobra central 
ao meio da cama. Abrir da 
cabeça para os pés. Depois 
 
� Deixar roupa suficiente 
para fazer uma dobra à 
altura dos ombros. Parte 
mais macia voltada para o 
 
174 
desdobrar sobre a pessoa. 
� Pedir a pessoa para segurar 
a parte superior do lençol ou 
entala-lo debaixo dos 
ombros. 
� Agarrar o lençol e toalha de 
banho sujos e fazer 
escorregar ate aos pés da 
cama, ao mesmo tempo que 
se faz escorregar o lençol 
lavado. 
� Colocar o cobertor dobrado 
sobre a parte média do peito 
da pessoa. Abra-o sobre ela 
de um lado ao outro e depois 
da cabeça aos pés. 
doente. 
� Impede que a pessoa 
fique exposta. 
 
 
� Mantém privacidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
� Colocar a colcha da mesma 
forma descrita com o 
cobertor. 
� Entalar a roupa de cima 
debaixo do colchão. Pedir ao 
doente par realizar a 
dorsiflexão antes de entalar 
a roupa de cima. Fazer os 
cantos às três camadas de 
roupa ao mesmo tempo. 
� Levantar as grades da cama. 
� Mudar-se para o outro lado, 
baixar a grade e realizar o 
canto como anteriormente. 
� Deixar colcha suficiente 
para cobrir os ombros. 
 
� Entalar as três camadas 
de roupa ao mesmo 
tempo. A roupa em cima 
muito apertada pode 
causar a queda do pé. 
→ Se necessário levantar a → Proporciona conforto 
 
175 
cabeceira da cama. 
 
enquanto muda a fronha da 
almofada. 
→ Mudar a fronha da almofada. 
� Retirar a fronha suja e 
colocar no saco de roupa 
suja. 
� Colocar a fronha limpa 
 
→ Ajuste a cama como for 
necessário. 
→ Promove o conforto e a 
segurança. 
 
 
ACTIVIDADES FINAIS 
 
• Colocar a campainha no local. 
• Levantar as grades da cama como necessário. 
• Voltar a colocar a cadeira e a mesa de refeições ao alcance 
da pessoa. 
• Dar destino adequado ao saco com a roupa suja, seguindo a 
politica da instituição para este caso. 
• Verificar o correcto alinhamento do corpo do doente. 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
176 
 
NORMA DE POSICIONAMENTOS 
 
DEFINIÇÃO 
Posicionamentos são posturas em que se coloca o doente, quando este 
não tem capacidade para mudar de decúbito sozinho e/ou quando a sua 
situação clínica não o permite. É um conjunto de acções que visam 
promover o conforto, prevenir posições viciosas e lesões cutâneas. 
 
OBJECTIVOS 
• Promover conforto; 
• Prevenir posições viciosas; 
• Prevenir lesões cutâneas. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Esta é uma técnica executada pelo enfermeiro, sendo que o horário 
é de acordo com a situação clínica do doente e com o programa 
estabelecido. 
• Recomenda-se posicionamentos de 2 em 2 horas, avaliando a 
tolerância e sensibilidade cutânea do doente, sendo necessário 
vigiar regularmente as zonas de apoio, de modo a evitar o 
aparecimento de rubor persistente. 
• Pode ser necessário diminuir o tempo de permanência nalgumas 
posições e aumentar outras, de acordo com as actividades 
programadas ao longo do dia. 
• Os períodos de permanência devem ser alargados, se possível, no 
período nocturno e encurtados no período diurno. 
• O risco de aparecimento de complicações da imobilidade, varia de 
doente para doente, e depende essencialmente do tempo de 
permanência do leito e do grau de actividade do doente, quando 
acamado. 
 
177 
• Os principais factores de risco, para o aparecimento de 
complicações da imobilidade são: 
• Idade> a 65 anos; 
• Alterações do estado de consciência; 
• Alterações da sensibilidade; 
• Desnutrição; 
• Obesidade; 
• Hábitos tabagicos e/ou alcoólicos; 
• Patologia respiratória antecedente; 
• Alterações hemodinamica. 
• A alternância de decúbitos é o meio, por excelência, de prevenção 
de úlceras de pressão ao doente acamado. 
• Em qualquer posicionamento o doente deve ficar com o corpo 
centrado e com a coluna alinhada e sobretudo confortável. 
Considera-se os seguintes posicionamentos: 
• DD – decúbito dorsal; 
• DL – decúbito lateral esquerdo e direito; 
• DSD – decúbito semi dorsal esquerdo e direito; 
• DV – decúbito ventral; 
• DSV – decúbito semi ventral esquerdo e direito. 
• Deve-se colocar um resguardo, ao fazer a cama, de modo a facilitar 
as deslocações do doente. 
• As mudanças de posições devem obedecer a um plano regular: 
� DD – DLD – DSDD – DLE – DSDE 
• Os doentes hemiplégicos, quando posicionados em decúbito lateral, 
devem ser colocados sobre o lado comprometido, quando as 
condições pulmonares, cardíacas e esqueléticas o permitam. 
• Nos decúbitos ventral e semi-ventral mantém-se a extensão 
completa da anca e alivia-se a pressão sobre as proeminências 
ósseas posteriores. Estes decúbitos são benéficos no tratamento de 
lesões nas regiões dorsal, nadegueira, occipital e calcanhares. 
 
178 
• Devem usar-se materiais de prevenção de úlceras de pressão, tais 
como colchão pressão alterna, protecção calcanhar ou cotovelo, 
entre outros, tendo sempre em conta que nenhum destes materiais é 
eficaz se o doente não for mudado de posição regularmente. 
• É essencial manter boas condições de higiene, do doente e da 
roupa da cama, bem como uma nutrição e hidratação adequadas. 
• As substâncias que mantém a pele hidratada e com um bom grau de 
elasticidade são benéficas e devem ser usadas em massagem, 
principalmente nas zonas de proeminência óssea. 
• Quando surge uma zona de rubor, esta não deve ser massajada de 
forma intempestiva, pois já existe lesão dos tecidos. Deve massajar-
se à volta, de modo a fazer uma melhor irrigação da zona, sem a 
pressionar. 
• Os calcanhares são uma das zonas mais susceptíveis de formação 
de úlcera de pressão. Está correcto o uso de protectores de 
calcanhar desde que sejam facilmente removíveis para permitir a 
massagem e a visualização de controlo. 
• As almofadas em forma de coroa circular estão aconselhadas em 
casos de cirurgia ao períneo ou hemorróidas, não sendo 
aconselhadas na prevenção de úlceras de pressão. 
 
MATERIAL 
• Almofadas de textura moldável e de tamanhos adequados ao 
posicionamento pretendido. 
• Rolo para manter a curvatura popliteia. 
• Rolo para manter calcanhares elevados. 
• Rolo para as mãos. 
• Suporte de pés. 
• Material de prevenção de úlceras de pressão. 
 
 
 
179 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
• Decúbito Dorsal 
o É o decúbito mais utilizado em UCI, e muitas vezes o que 
o doente prefere. 
o É de todos os decúbitos, aquele que apresenta maior 
risco, porque se exerce uma grande pressão na região 
sacro-coccígea, calcanhares e região occipital. 
o Membros inferiores: 
� Posição neutra 
� Joelhos e anca em extensão mantendo 
curvatura popliteia 
� Apoio total da superfície plantar (suporte de 
pés), para prevenir pé equino 
� Calcanhares sem apoio na superfície da cama 
o Membros superiores: 
� Devem ser posicionados dentro da amplitude 
de mobilização indolor ou não resistível 
• Posição 1 
o Ombro abduzido a 90º e 
com ligeira rotação 
interna 
o Cotovelo a 90º 
o Antebraço parcialmente 
pronado 
• Posição 2 
o Ombro abduzido a 
menos de 90º (grau 
compatível com 
conforto) 
o Cotovelo a 90º 
o Antebraço pronado 
 
180 
• Posição 3 
o Ombro em ligeira 
abdução 
o Cotovelo em extensão 
o Antebraço supinado 
 
� Punho e mão 
• Punho em extensão 
• Flexão parcial das articulações 
falangianas e 
metacarpofalangianas 
• Abdução do polegar em oponência 
com ligeira flexão na articulação 
interfalangiana (rolo de mão) 
 
• Decúbito Lateral 
o É normalmente bem tolerado, mas o doente pode referir 
desconforto, sobretudo a nível do ombro, do lado do 
decúbito. 
o Não utilizar em doentes ventilados, porque diminui a 
capacidade ventilatória. 
� Membros inferiores 
• Flexão da anca e joelho do membro 
inferior contrario do decúbito, sem 
contacto com o MI do lado do 
decúbito (almofada) 
� Membros superiores 
• Rotação externa e extensão parcial 
do MS do lado do decúbito 
• Abdução do ombro do lado do 
decúbito 
 
181 
• Flexão do MS do lado contrario ao 
decúbito, sem contacto com o tórax 
o Vigiar zonas de maior risco: 
� Maléolos 
� Trocanter 
� Lóbulo da orelha 
 
• Decúbito Semi Dorsal 
o É ideal para prevenção de úlceras de pressão, por manter 
livres de apoio, as principais áreas de proeminência 
óssea. 
o Vigiar as zonas de maior risco: 
� Maléolos 
� Lóbulo da orelha 
 
• Decúbito Ventral e Semi Ventral 
o Destinam-se sobretudo a aliviar a pressão nas zonas 
sacro-coccígea, occipital e calcanhares. 
� Membros inferiores 
• Anca e joelho em extensão 
• Pés com ligeira elevação (rolo sob 
a parte anterior do tornozelo) 
� Membros superiores 
• Ligeira abdução 
• Extensão do cotovelo 
• Extensão e supinação do punho 
• Flexão dos dedos (rolo de mão) 
o Vigiar as zonas de maior risco na posição ventral: 
� Lóbulo da orelha 
� Grelha costal 
� Região esternal 
 
182 
� Cristas ilíacas 
� Dorso do pé 
o Vigiar as zonas de maior risco na posição semi-ventral: 
� Lóbulo da orelha 
� Ombro 
� Crista ilíaca 
� Maléolos 
 
 
REGISTOS 
• Procedimento (data e hora) 
• Programa de posicionamentos 
• Reacções do doente 
• Características das zonas de isco 
• Complicações 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________183 
NORMA DO PRIMEIRO LEVANTE 
 
DEFINIÇÃO 
É um conjunto de acções que visam treinar o equilíbrio, preparar o treino 
da marcha, incentivar o auto-cuidado e prevenir complicações da 
imobilidade. 
 
 
OBJECTIVOS 
• Treinar o equilíbrio. 
• Preparar o treino da marcha. 
• Incentivar o auto-cuidado. 
• Prevenir as complicações da imobilidade. 
 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
• Esta é uma técnica executada um enfermeiro, por dois enfermeiros, 
um enfermeiro e um AAM ou o doente e um familiar (após ensino). 
• O horário é de acordo com a situação clínica do doente, segundo 
indicação médica ou das preferências do doente. 
• O levante é o método pelo qual se passa o doente da posição 
horizontal para a posição vertical. 
• O levante está contra-indicado em situações de factura, como, pós-
operatório imediato, hipotensão severa, acidente vascular cerebral 
em fase aguda e outras. 
• O primeiro levante deve ser planeado com o doente, sobretudo em 
situações de imobilidade no leito por períodos superiores a uma 
semana. 
• Deve colocar-se o doente em posição de Fowler, durante 30 a 60 
minutos antes do levante, de modo a prevenir a hipotensão 
ortostática. 
 
184 
• A hipotensão ortostática é uma complicação frequente quando se 
efectua o primeiro levante, pelo que se deve avaliar a pressão 
arterial e frequência cardíaca, com o doente deitado, sentado na 
beira da cama e finalmente após o levante. 
• O levante deve ser adiado sempre que o doente apresente 
hipotensão ou referir mal-estar ou tonturas. 
• Quando o doente não consegue colaborar ou é muito obeso, o 
levante ou a passagem do doente da cadeira para a cama e vice-
versa pode ser efectuada recorrendo à utilização do elevador 
hidráulico. 
 
MATERIAL 
• Sofá ou cadeira de rodas, coberto com lençol ou resguardo e 
com uma almofada para apoio da região dorsal. 
• Elevador hidráulico, se necessário. 
 
INTERVENÇÕES ENFERMAGEM 
 
Levante, sem colaboração do doente: 
Intervenções Justificação 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos. 
→ Identificar o doente. 
→ Explicar ao doente todos os 
procedimentos. 
→ Preparar o sofá ou cadeira 
rodas e colocá-lo em posição 
adequada. 
→ Avaliar TA e FC. 
 
→ Afastar a cama de modo a que 
→ Prevenir infecções cruzadas. 
 
→ Evitar erros. 
→ Diminuir ansiedade e obter 
colaboração. 
→ Economizar tempo. 
 
 
→ Avaliar estado hemodinâmico e 
obter valores referencia. 
→ Facilitar a execução do 
 
185 
um enfermeiro passe por trás. 
→ Colocar a cadeira de rodas ou 
sofá paralelo à cama. 
→ Sentar o doente na beira da 
cama. 
→ Avaliar a TA e FC. 
 
→ Levantar o doente. 
 
→ Cobrir os membros inferiores 
com um cobertor ou resguardo. 
→ Avaliar a TA e FC. 
Proceder à lavagem 
higiénica das mãos. 
procedimento. 
→ Facilitar procedimento. 
 
→ Prevenir hipotensão. 
 
→ Reavaliar estado 
hemodinâmico. 
→ Dar continuidade ao 
procedimento. 
→ Proporcionar conforto. 
 
→ Avaliar o estado hemodinâmico. 
Prevenir infecções cruzadas. 
 
 
Levante, com a colaboração do doente 
Intervenções Justificação 
→ Proceder à lavagem higiénica das 
mãos. 
→ Identificar o doente. 
→ Explicar ao doente todos os 
procedimentos. 
→ Preparar o sofá ou cadeira rodas 
e colocá-lo em posição 
adequada. 
→ Avaliar TA e FC. 
 
→ Ajudar o doente a rolar para o 
decúbito lateral. 
→ Ajudar o doente a efectuar um 
movimento pendular, em que, ao 
→ Prevenir infecções cruzadas. 
 
→ Evitar erros. 
→ Diminuir ansiedade e obter 
colaboração. 
→ Economizar tempo. 
 
 
→ Avaliar estado hemodinâmico 
e obter valores referencia. 
→ Facilitar a execução do 
procedimento. 
→ Facilitar procedimento. 
 
 
186 
mesmo tempo que deixa cair os 
MI para fora da cama, impulsiona 
com os braços. 
→ Manter o doente sentado na beira 
da cama alguns momentos, antes 
de se pôr de pé. 
→ Avaliar a TA e FC. 
 
→ Explicar ao doente o 
procedimento necessário para se 
levantar e passar para o sofá ou 
cadeira de rodas. 
→ Colocar-se de frente para o 
doente e bloquear-lhe os joelhos 
com os seus próprios joelhos. 
→ Pedir ao doente que se apoie nos 
braços ou ombros do enfermeiro. 
→ Pedir ao doente que dê um 
impulso para se levantar, 
começando por inclinar o corpo 
para a frente. 
→ Ajudar o doente a sentar-se no 
sofá ou cadeira de rodas. 
→ Cobrir os membros inferiores, se 
necessário. 
→ Avaliar a TA e FC. 
 
→ Proceder à lavagem higiénica das 
mãos. 
 
 
 
→ Prevenir hipotensão. 
 
 
→ Reavaliar estado 
hemodinâmico. 
→ Diminuir a ansiedade e obter 
colaboração. 
 
 
→ Prevenir acidentes (quedas). 
 
 
→ Impedir lesões acidentais. 
 
→ Facilitar procedimento. 
 
 
 
→ Dar continuidade ao 
procedimento. 
→ Proporcionar conforto. 
 
→ Reavaliar estado 
hemodinâmico. 
→ 17. Prevenir infecções 
cruzadas. 
 
 
 
187 
REGISTOS 
• Procedimento (data e hora). 
• Plano de levante. 
• Tempo de permanência no sofá ou cadeira de rodas. 
• Colaboração do doente. 
• Reacções do doente. 
• TA e FC (antes, durante e após o levante). 
• Complicações 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
NORMA DE COLHEITA DE FEZES 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na recolha de uma determinada quantidade de fezes para a 
realização de exames de diagnóstico. 
 
OBJECTIVOS 
Realização exames complementares de diagnóstico. 
 
 
188 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Quem Executa: 
O Enfermeiro; 
O doente. 
 
 
MATERIAL 
Aparadeira 
Frasco de fezes esterilizado 
Papel higiénico 
 
 
TÉCNICAS COLHEITA 
Existem vários tipos de análises que se podem realizar às fezes, 
coproculturas, exame parasitológico e pesquisa de sangue oculto. 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente, 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter a 
sua colaboração e envolve-lo 
na prestação de cuidados; 
 
189 
→ Isolar o doente, 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
 
→ Providenciar uma 
arrastadeira esterilizada, caso 
sejam coproculturas. 
→ Abrir o frasco e colher com 
espátula esterilizada uma 
porção (5 a 10gr) de fezes da 
porção central. 
→ Identificar o frasco e juntar a 
requisição; 
→ Arejar o quarto ou enfermaria; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e facilitar 
a execução do procedimento, 
Respeitar a privacidade do 
doente; 
→ Cumprir norma; 
 
 
 
 
 
 
→ Evitar erros; 
 
→ Eliminar odores; 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
� Data e hora da colheita; 
� Características da dejecção. 
 
 
 
 
190 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
____________________________________________________________________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE COLHEITA DE AMOSTRAS POR ZARAGATOA 
 
DEFINIÇÃO 
Consiste na recolha de substâncias orgânicas com uma zaragatoa para a 
realização de exames complementares de diagnóstico. 
 
OBJECTIVOS 
Realização exames complementares de diagnóstico. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Quem Executa: 
O Enfermeiro; 
 
 
MATERIAL 
Zaragatoa. 
 
 
 
 
191 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Identificar o doente, 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Preparar o material e 
transportá-lo para junto do 
doente; 
→ Explicar ao doente o 
procedimento; 
 
→ Isolar o doente, 
→ Posicionar correctamente o 
doente; 
 
 
→ Abrir a zaragatoa, 
respeitando técnica 
asséptica, e colher o produto 
biológico. 
→ Fechar a zaragatoa. 
→ Identificar o frasco e juntar a 
requisição; 
→ Recolher e dar o destino 
adequado ao material e 
equipamento; 
→ Proceder à lavagem higiénica 
das mãos; 
→ Proceder aos respectivos 
registos. 
→ Evitar erros; 
→ Prevenir infecções cruzadas; 
 
→ Economizar tempo; 
 
 
→ Diminuir a ansiedade, obter a 
sua colaboração e envolve-lo 
na prestação de cuidados; 
→ Respeitar a privacidade; 
→ Proporcionar conforto e 
facilitar a execução do 
procedimento, Respeitar a 
privacidade do doente; 
→ Cumprir norma; 
 
 
 
→ Cumprir norma. 
→ Evitar erros; 
 
→ Prevenir a contaminação do 
ambiente; 
 
→ Prevenir infecção cruzada; 
 
 
 
192 
 
 
REGISTOS 
Estes devem conter os seguintes elementos: 
� Data e hora da colheita 
 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE LAVAGEM DAS MÃOS 
 
DEFINIÇÃO 
Acção de molhar as mãos, ensaboá-las, enxaguá-las e secá-las para 
eliminar a sujidade e reduzir os microrganismos. 
Distinguem-se três técnicas de lavagem das mãos: lavagem higiénica, 
asséptica e cirúrgica. 
A escolha faz-se em função dos riscos infecciosos para a pessoa doente 
ou para o profissional. 
 
Infecção nosocomial: Infecção que ocorre como consequência dum 
internamento no hospital ou de um tratamento ai recebido, podendo 
manifestar-se durante o tratamento ou após a alta 
 
193 
 
Flora microbiana residente: conjunto de microrganismos que são 
frequentemente encontrados na pele. Ex. bactérias gram-positivas 
(estafilococos coagulase-negativa). 
 
Flora microbiana transitória: conjunto de microrganismos que podem 
ser encontrados na pel e mas para os quais a pele constitui um ambiente 
hostil, pelo que a sua colonização é transitória. Ex. bactérias gram-
negativas (E. Coli) e estreptococus. 
 
Lavagem asséptica: Proceder à lavagem de mãos, mas utilizando um 
sabão anti-séptico. Lavar as mãos durante um minuto. 
 
Desinfecção higiénica: Aplicar solução aquosa com álcool sobre as 
mãos limpas e secas. Espalhar a solução por fricção em toda a zona 
(durante 50 segundos) até à evaporação espontânea do produto em con-
tacto com o ar. 
 
OBJECTIVOS 
 
• Reduzir os microrganismos que constituem a flora transitória 
• Eliminar a flora transitória através da desinfecção 
• Eliminar a totalidade da flora transitória e reduzir a flora residente 
com a lavagem asséptica 
• Eliminar a totalidade da flora transitória e uma grande parte da flora 
residente através da lavagem cirúrgica 
• Impedir que as mãos sejam uma fonte de transmissão de infecção 
 
 
 
 
 
194 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Lavagem higiénica 
 
Realiza-se: 
• Quando chega ou abandona o local de trabalho, após a 
realização de necessidades fisiológicas pessoais 
 
• Antes e depois de: tocar em objectos limpos, desinfectados e 
esterilizados, preparar e administrar terapêutica 
• Antes e depois: manusear alimentos, do contacto físico com a 
pessoa, de colheita de material para exame, de contacto com 
local supostamente contaminado: urinol, arrastadeira, roupa 
da cama. 
 
Desinfecção higiénica: é o complemento de uma lavagem higiénica das 
mãos ou entre duas lavagens das mãos ou após a remoção de luvas. 
 
Lavagem asséptica: faz-se antes de qualquer procedimento invasivo: 
colocação de um cateter venoso periférico, colocação de uma algalia, 
realização de um penso. Após prestação de cuidados a pessoa 
infectada. Antes e após toda a prestação de cuidados a uma pessoa sub-
metida a isolamento. 
 
Lavagem cirúrgica: Realiza-se antes de qualquer procedimento que 
necessita de uma assepsia rigorosa: intervenção cirúrgica; colocação de 
um cateter central, dreno pleural; punção lombar. 
 
 
 
 
 
195 
MATERIAL 
 
Lavagem higiénica 
• Lavatório 
• Torneira de pedal, manípulo ou fotoelectrica 
• Sabão líquido bacteriostático (sabão neutro) accionado por 
manípulo ou dosímetro 
• Toalhetes descartável 
• Recipiente para toalhetes 
 
Desinfecção higiénica 
• Solução aquosa com álcool. 
 
Lavagem asséptica 
• Sabão anti-séptico de largo espectro ou sabão bacteriostático 
e anti-séptico alcoólico. 
• Toalhetes descartáveis 
 
Lavagem cirúrgica 
• Sabão anti-séptico ou sabão anti-séptico 
• Água bacteriologicamente pura. 
• Toalhetes esterilizados. 
• Recipiente para toalhetes 
 
PREPARAÇÃO 
As mãos que cuidam têm que: 
• Estar íntegras e limpas 
• Sem anéis e sem pulseiras 
• Com unhas curtas, limpas e sem verniz 
• Sem creme 
 
 
196 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Molhar as mãos e os 
antebraços com água tépida. 
→ Diminuir a irritação da pele, 
formar espuma 
→ Verter uma dose de sabão 
bacteriostático na palma da 
mão pressionando com o 
cotovelo o doseador do 
reservatório de sabão 
→ Reduzir microrganismos. 
→ Espalhar o sabão sobre as 
mãos e os antebraços, fazer 
espuma esfregando durante 50 
segundos, insistindo sobre os 
espaços interdigitais, o dorso 
da mão e o bordo cubital. 
→ Arrastar os microrganismos 
para que sejam eliminados 
 
→ Enxaguar abundantemente, 
partindo das mãos para os 
cotovelos. As mãos situam-se 
sempre acima dos cotovelos. 
→ Remover microrganismos e 
resíduos de sabão que podem 
secar a pele 
→ Secar cuidadosamente sem 
esfregar, começando das mãos 
para os cotovelos, com a ajuda 
de uma toalha de mãos 
diferente para cada mão. 
→ Evitar infecção nosocomial. 
→ Fechar a torneira com a última 
toalha de mãos utilizada. 
 
→ Evitar contaminação 
→ Deitar fora as toalhas de mãos 
no saco do lixo sem tocar na 
tampa deste. 
→ Prevenir contaminação 
 
197 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
 
NORMA DE CALÇAR LUVAS ESTERILIZADAS 
 
DEFINIÇÃO 
Limpeza – remover o pó visível, sujidade e outros materiais estranhos 
Desinfecção – matar ou destruir a maior parte de microorganismos 
patogénicos 
 
OBJECTIVOS 
Prevenir a transmissão de microrganismos através das mãos. 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
Todos os procedimentos que necessitam da manutenção da esterilidadedo local e/ou do material que vai ser manipulado deve ser feito com luvas 
esterilizadas. 
Para evitar a contaminação das luvas estas devem ser calçadas com 
técnica adequada. 
Após uso de luvas estas estão contaminadas, pelo que devem ser 
retiradas cuidadosamente para não disseminar os microrganismos. 
 
 
198 
PREPARAÇÃO 
Para calçar luvas as mãos devem estar bem secas. 
Explicar ao utente as razões pelas quais a pessoa que cuida utiliza luvas 
para a prestação de cuidados 
 
MATERIAL 
Luvas esterilizadas 
 
 
INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Abrir o pacote de luvas e 
posicioná-lo com as mãos 
viradas para cima 
→ Reduzir a transmissão de 
microrganismos 
→ Lavar as mãos com técnica 
asséptica 
→ Promover eficiência 
 
→ Pegar a luva oposta à mão 
dominante 
→ Preservar a esterilidade 
→ Segurar no punho na face 
exposta 
→ Preservar a esterilidade 
→ Enluvar a mão dominante 
mantendo o polegar voltado 
para dentro 
→ Preservar a esterilidade 
→ Colocar os dedos enluvados 
sob o punho da outra luva 
estéril e segurar a luva 
→ Facilitar a colocação da luva na 
mão sem contaminação da 
mesma 
→ Deslizar a mão para dentro da 
luva, puxar a luva firmemente 
sobre os dedos até calçá-la 
perfeitamente, usando uma 
mão para ajustar a outra 
→ Colocar os dedos 
adequadamente dentro da luva 
enquanto mantém a esterilidade 
 
199 
 
NOTAS: 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
______________________________________________________ 
 
NORMA DE UTILIZAÇÃO DE BATA ESTERILIZADA 
 
DEFINIÇÃO 
Esterilização – destruição de todas as formas de vida, eliminação de 
todas as bactérias, esporos, vírus e fungos. 
 
Os factores que afectam qualquer processo de esterilização são: 
• O tempo; 
• Tipo de microorganismos presentes; 
• Número de microorganismos presentes; 
• Tipo e quantidade de sujidade presente; 
• Características do objecto que dificultam a esterilização (ex. 
dobradiças). 
 
 
Indicadores de esterilização – são dispositivos colocados nos 
invólucros e dentro das embalagens para indicar se o objecto no interior 
foi exposto ao processo de esterilização. 
 
 
200 
O material esterilizado deve ser armazenado num local limpo e seco para 
evitar contaminação 
 
Não usar material esterilizado se: 
• A data de validade da embalagem expirou; 
• A embalagem ou o invólucro estão rasgados, molhados ou se 
foram abertos; 
• O indicador de esterilização não está positivo. 
 
 
OBJECTIVOS 
• Proteger pessoa que cuida 
• Prevenir a transmissão de microrganismos 
 
 
INFORMAÇÕES GERAIS 
 
Após uso de bata esta está contaminada, pelo que deve ser retirada 
cuidadosamente para não contaminar a pele nem a roupa que está por 
baixo. 
 
 
PREPARAÇÃO 
 
Explicar ao utente as razões pelas quais a pessoa que cuida utiliza bata 
para a prestação de cuidados. 
 
 
 MATERIAL 
• Kit com bata esterilizada 
• Mesa 
 
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INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 
Intervenções Justificação 
→ Lavar as mãos com técnica 
asséptica 
→ Reduzir a transmissão de 
microrganismos 
→ Remover a parte externa da 
embalagem e abrir a parte 
interna para expor a bata estéril; 
colocar na mesa auxiliar, tocar 
somente a parte externa da 
embalagem e estender a 
cobertura sobre a mesa, abrir o 
pacote de luvas e deslizar o 
conteúdo para o campo 
esterilizado 
→ Colocar as luvas no campo 
esterilizado 
→ Pegar na bata agarrando-a 
firmemente para evitar que se 
desdobre quando a levanta e se 
afasta do campo esterilizado 
→ Manter material estéril 
→ Afaste-se da mesa e de outras 
superfícies não esterilizadas 
→ Preservar a esterilidade 
→ Segure a bata de modo a que a 
metade superior fique à sua 
frente, na posição em que vai ser 
vestida, com as aberturas das 
mangas uma para cada lado 
→ Preservar a esterilidade 
→ Deixe que a bata se desdobre 
por acção da gravidade 
→ Promover eficiência 
 
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Retirar Bata e Luvas Contaminadas 
 
Intervenções Justificação 
→ Ainda com as luvas calçadas 
desatar as fitas da cintura da 
frente de trás 
→ Evitar contaminação 
→ Agarre bata na zona dos 
ombros de ambos os lados e 
puxe para a frente e para fora 
dos braços para ficar virada do 
avesso com a parte suja para o 
interior e assim ser despida 
→ Evitar contaminação 
→ Vire os punhos das luvas mas 
mantenha-as nas mãos 
→ Evitar contaminação 
→ Rode cuidadosamente a luva no 
sentido do comprimento, de 
→ Evitar contaminação 
enquanto enfia os braços na 
abertura das mangas, 
levantando e afastando os 
braços para ajudar a vestir as 
mangas 
→ Mantenha as mãos cobertas 
dentro das mangas enquanto o 
seu assistente ata a bata no 
pescoço e atrás na cintura 
→ Promover eficiência 
→ Antes de acabar de vestir a bata, 
comece a calçar as luvas 
→ Preservar a esterilidade 
→ Apertar as tiras externas → Segurar a bata 
 
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modo a que o lado que estava 
encostado ao corpo fique virado 
para fora e que o lado 
contaminado fique para o lado 
de dentro 
→ Puxe então a luva até ao fim e 
deite-a no saco do lixo 
apropriado 
→ Evitar contaminação 
→ Lavagem higiénica das mãos → Evitar infecção nosocomial 
 
 
NOTAS: 
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