Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade Paulista (UNIP). Enfermagem. Daniela Guimaraes Silva. Relatório 01. Relatório Propedêutica e Processo de cuidar na Saúde da criança e do adolescente. Ibitinga. 2023. SUMÁRIO. AULA 01 – ROTEIRO 01: REFLEXOS NEUROLÓGICOS DO RECÉM-NASCIDO. .. 4 AULA 01 – ROTEIRO 02: BANHO DO RECÉM-NASCIDO. ........................................... 8 AULA 01 – ROTEIRO 03: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS, SSVV E EXAME FÍSICO DA CRIANÇA. ......................................................................................................... 11 Avaliação do Peso. ............................................................................................................... 13 Avaliação do Perímetro Cefálico. ...................................................................................... 14 Avaliação do Perímetro Torácico. ..................................................................................... 15 Avaliação do Perímetro Abdominal. ................................................................................. 16 Avaliação dos SSVV. ........................................................................................................... 17 Exame Físico da Criança. ................................................................................................... 20 AULA 01- ROTEIRO 04: MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA. ............................................ 33 Preparo e administração de medicamento ....................................................................... 33 AULA 01 – ROTEIRO 05: PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM PEDIATRIA, ....... 49 Punção Venosa Periférica Com Scalp (Cateter Agulhado) Em Pediatria Para Coleta De Exame. ............................................................................................................................ 52 AULA 01 – ROTEIRO 06: INSERÇÃO DE SONDA NASOENTÉRICA EM PEDIATRIA. ........................................................................................................................... 62 AULA 01 – ROTEIRO 07: INSERÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA EM PEDIATRIA. ........................................................................................................................... 65 AULA 01 – ROTEIRO 08: BOLSA DE COLETA DE URINA NA PEDIATRIA. .......... 70 AULA 01 – ROTEIRO 09: SONDAGEM VESICAL NA PEDIATRIA. .......................... 72 Sondagem Vesical de Demora Feminina na Pediatria..................................................... 76 Sondagem Vesical de Alívio ............................................................................................... 76 AULA 01 – ROTEIRO 10: OXIGENOTERAPIA POR CATETER NASAL. ................. 77 OXIGENOTERAPIA POR MÁSCARA DE VENTURI. ............................................... 80 OXIGENOTERAPIA POR INALAÇÃO. ............................................................................ 82 AULA 01 – ROTEIRO 11: ASPIRAÇÃO DA VIA AÉREA SUPERIOR. ....................... 84 AULA 01 – ROTEIRO 12: SUPORTE BÁSICO DE VIDA EM PEDIATRIA PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE. ............................................................................................. 87 Posição das mãos durante a compressão em maiores de 1 ano – com 1 ou 2 mãos. ..... 89 AULA 01 – ROTEIRO 13: OVACE – OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO. ........................................................................................................................... 89 Obstrução Leve ................................................................................................................... 90 3 Obstrução grave .................................................................................................................. 90 Sinal de angústia (sinal universal da asfixia) .................................................................... 91 Bebês ≤ 1 Ano Sinais De Obstrução Grave: .................................................................... 92 PERGUNTAS PASSADAS DURANTE AS AULAS E CARIMBO DA DOCENTE RESPONSÁVEL. .................................................................................................................... 93 Roteiro 1 Ao 5 – 1° Aula, Período Da Manhã. ................................................................. 93 Roteiro 1 Ao 5 – 2° Aula, Período Da Tarde. ................................................................... 93 Roteiro 6 Ao 13 – 1° Aula, Período Da Manhã. ............................................................... 93 Roteiro 6 Ao 13 – 2° Aula, Período Da Tarde. ................................................................. 93 REFERÊNCIAS. .................................................................................................................... 93 4 INTRODUÇÃO. O presente relatório tem por finalidade descrever e analisar aspectos abordados na aula de Propedêutica e processo de cuidar na saúde do adulto, realizada no laboratório do campus, ministrado pela professora Alessandra da Universidade Paulista do campus de Araraquara. A Propedêutica e Processo de cuidar na Saúde da criança e do adolescente. tem por finalidade de proporcionar o raciocínio crítico e o julgamento clínico por meio do estímulo. Promovendo o bem estar do paciente e identificar os problemas e anomalias ao decorrer no 1° dia de vida do Recém Nascido, até a adolescência. AULA 01 – ROTEIRO 01: REFLEXOS NEUROLÓGICOS DO RECÉM-NASCIDO. Os reflexos primitivos são respostas automáticas e estereotipadas a um determinado estímulo externo. Estão presentes ao nascimento mas devem ser inibidos ao longo dos primeiros meses, quando surgem os reflexos posturais. Sua presença mostra integridade do sistema nervoso central; entretanto, sua persistência mostra disfunção neurológica. De modo geral, a sucção reflexa e a marcha reflexa desaparecem por volta dos dois meses de vida. Os outros reflexos arcaicos devem desaparecer até no máximo 6 meses de idade, exceto os dois reflexos dos pés. A preensão plantar desaparece aos 9 meses. Já o reflexo cutâneo-plantar é em extensão no primeiro semestre de vida. No segundo semestre pode ser em flexão, indiferente ou em extensão. A partir da aquisição da marcha independente, deve ser sempre em flexão. Reflexo Apreensão ou Preensão Palmar. Temos os cincos tipos de reflexos, entre eles são: 5 Reflexo Apreensão ou Preensão Palmar. É desencadeado pela pressão da palma da mão. Observa-se flexão dos dedos. Imagem 01: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Preensão Palmar. Reflexo de Procura. Ao tocar no lábio superior em um dos lados com o seio materno, o RN vira sua cabeça para o lado que recebeu o estímulo em busca da mama e, logo em seguida, irá abrir a boca; Imagem 02: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Procura. Reflexo de Sucção. 6 É desencadeado pela estimulação dos lábios. Observa-se sucção vigorosa. Sua ausência é sinal de disfunção neurológica grave. Imagem 03: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Sucção. Reflexo de Babisnki. É desencadeado pela pressão da base dos artelhos. Observa- se flexão dos dedos. Imagem 04: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Babisnki. Reflexo de Moro ou Startle. É desencadeado por queda súbita da cabeça, amparada pela mão do examinador. Observa-se extensão e abdução dos membros superiores seguida por choro. 7 Imagem 05: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Moro. Reflexo de Marcha. É desencadeado por inclinação do tronco do RN após obtenção do apoio plantar. Observa-se cruzamento das pernas, uma à frente da outra. Imagem 06: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Marcha. Reflexo de Galant. É desencadeado por estímulo tátil na região dorso lateral.Observa-se encurvamento do tronco ipsilateral ao estímulo. Imagem 07: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Galant. 8 Reflexo de Fuga á Asfixia. É desencadeado quando a criança é colocada pelo profissional de saúde com a face voltada para o colchão, consegue virar o rosto em alguns segundos para liberar o nariz e respirar. Imagem 08: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Fuga á Asfixia. AULA 01 – ROTEIRO 02: BANHO DO RECÉM-NASCIDO. A pele do recém-nascido é mais fina e possui pouca camada do estrato córneo, consequentemente oferece menor proteção contra agressões externas. O banho é uma atividade que visa à higiene, estimula a circulação geral da pele e promove sensação de 9 conforto. A modalidade de banho e a periodicidade do mesmo serão determinadas pela idade gestacional, peso e condições de saúde do recém-nascido. As desvantagens Durante o banho pode causar: • Hipotermia. • Choro intenso. • Aumento do consumo de oxigênio. • Alteração do pH cutâneo. • Estresse respiratório. • Dor. • Desestabilização de sinais vitais. • Irritação e trauma na pele. E as suas Vantagens podem ser: • Vínculo do binômio mãe-filho. • Higiene, prevenção de infecções e doenças. • Relaxamento corporal do recém-nascido, diminuição do cortisol. • Auxilia no sono do RN. • Momento de cuidado e união da família. • Estimulação tátil. Na avaliação de enfermagem, devemos avaliar a condição da pele, atentando para sua integridade, observar estabilidade dos sinais vitais e estado comportamental do recém-nascido, verificar a temperatura corporal do recém-nascido, do ambiente e da água utilizada para evitar perda de calor. Para começarmos um banho no recém-nascido, devemos utilizar os seguintes materiais necessários: • Trocador. • Troca de roupa. • Toalha. • Lençol para troca. • Algodão. 10 • Cuba Rim. • Fralda. • Cotonete. • Sabonete neutro/xampu. • Álcool 70% • Banheira e água morna. • Luvas de procedimento. • Termômetro. • Pomada Protetora. O procedimento de inicia da seguinte maneira: -Explicar o procedimento à criança e acompanhante; - Fechar portas e janelas e assegurar-se de que o ambiente está aquecido e livre de correntes de ar; - Colocar Biombos ao redor do leito; - Transportar o material até a unidade do paciente; - Utilizar avental e máscara se necessários; - Abaixar uma grade do berço; - Lavar as mãos e calçar as luvas de procedimentos; - Colocar um lençol limpo e seco sobre a superfície que usará para vestir o bebê; - Preencher a banheira com água aquecida entre 37 e 37,5C até a metade; - Despir o bebê e colocá-lo na banheira; - Sustentar a criança com uma das mãos sobre a banheira; - Iniciar o banho pela face, utilizando a mão livre: com uma bola de algodão umedecida em água, limpar a área ocular do canto interno para o externo, com 1 bola de algodão para cada olho; limpe o restante da face, o pavilhão auditivo e a parte posterior a esse; - Lavar cabelos e couro cabeludo, evitando que o líquido escorra nos olhos; - Inspecionar o couro cabeludo, observando condições e anormalidades; 11 - Massagear o couro cabeludo com a ponta dos dedos; - Lavar e enxaguar os cabelos da criança até sair toda espuma, com auxílio da jarra com água quantas vezes forem necessárias; - Envolver e secar a cabeça da criança com uma toalha; - Lavar o restante do corpo sistematicamente no sentido superior-inferior, atentando para as áreas de superposição cutânea (dobras), utilizando pequena quantidade de sabonete neutro; - Lavar a genitália da seguinte forma, a depender do sexo do bebê: o se for menina, lavar utilizando bolas de algodão, no sentido ântero posterior; se for menino, lavar com a mão enluvada, sem forçar a retração do prepúcio; Virar o bebê de bruços para lavar parte posterior do corpo e ânus; - Retirar o bebê da banheira e colocá-lo sobre a superfície com a toalha seca, envolvendo-o e secando cada parte do corpo; - Vestir o bebê; - Assegurar que a criança esteja confortável no berço (grades elevadas); - Descartar o material utilizado em local apropriado; - Registrar em prontuário; AULA 01 – ROTEIRO 03: MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS, SSVV E EXAME FÍSICO DA CRIANÇA. As medidas antropométricas aferidas ao nascimento são: peso, comprimento, perímetro cefálico e perímetro torácico. Estabelecer o monitoramento sistemático dessas medidas, executadas com precisão por membros da equipe de enfermagem e médica, permite a investigação e a identificação do estado nutricional de recém-nascidos pré-termo. No exame físico do recém-nascido (RN), tendo em vista que o choro é um evento comum, é importante salientar que a sequência que será apresentada poderá ser alterada de acordo com o comportamento da criança no decorrer da consulta. Assim, deve-se priorizar as etapas que seriam prejudicadas pelo 12 choro, como a frequência cardíaca (FC), a ausculta cardíaca (AC), a frequência respiratória (FR) e o pulso. A primeira consulta do recém-nascido deve ter uma avaliação minuciosa, visto que é por meio dela que é avaliada as condições físicas da criança, servindo, assim, como base para o possível diagnóstico de alguma patologia (congênita ou não), além de orientar aos familiares as condutas corretas e as possíveis intercorrências comuns no decorrer do crescimento do bebê. A realização das medidas antropométricas deve abordar não apenas a acurácia das mensurações, como também a importância em prover um ambiente adequado, levando em conta o reflexo de nossas ações no desenvolvimento do neonato: • Gerenciar as rotinas, elegendo os horários em que o recém- nascido esteja acordado para realizar a mensuração dos dados antropométricos e preservar seus momentos de sono profundo; • Manter o ambiente adequado para a prática segura; • Testar previamente os equipamentos e materiais necessários; • Realizar o procedimento com o apoio de outro profissional; • Embrulhar o bebê e efetuar a contenção facilitada; • Se possível, permitir que os pais acompanhem o procedimento. Nos procedimentos medidas antropométricas, ssvv e exame físico da criança., utilizaremos os seguintes materiais: • Régua Antropométrica. • Fita Métrica. • Balança. • Estetoscópio. • Esfigmomanômetro. • Abaixador De Língua. • Lanterna. 13 Avaliação do Peso. Recomenda-se que o peso de pré-termos seja obtido em balanças com sensibilidade de 5 gramas. O peso deve ser obtido diariamente até a recuperação do peso do nascimento e a partir daí duas vezes semanalmente, até a alta hospitalar. Para a avaliação do peso até 36 meses, os seguintes procedimentos são: • Lavar as mãos e higienizar com álcool a 70% a balança. • Colocar uma toalha de papel na balança pediátrica (até 15kg). • Calibrar a escala no zero (tara). • Colocar o lactente totalmente despido na balança. • Esperar até que a criança se acalme e anotar o valor. • Anotar e registrar o peso da criança na anotação de enfermagem e, em seguida, no gráfico de crescimento da criança. Para a avaliação do peso acima de 36 meses, usamos igual quando medimos o peso do adulto, utilizaremos a balança digital ou manual do adulto. Já a avaliação da altura em crianças menores de 2 anos ou 100 cm, temos que prosseguir os seguintes paços para avaliação: • Lavar as mãos. • Colocar uma toalha de papel na superfície plana. • Colocar o lactente sem sapatos em decúbito dorsal, esticar os joelhos e a cabeça junto á base fixa da régua antropométrica e o dorso dos pés apoiados na base móvel da régua. • Anotar e registrar a altura da criança no gráfico de crescimento da criança. Imagem 09: Medidas do peso e comprimento. 14 Avaliação do Perímetro Cefálico.O perímetro cefálico (PC) varia conforme a idade gestacional do bebê. Assim, na maioria das crianças que nascem após nove meses de gestação, o PC de 33 cm é considerado normal para a população brasileira, podendo haver alguma variação para menos, dependendo das características étnicas e genéticas da população. O crânio é formado por uma série de ossos. Nos recém- nascidos e nas crianças menores eles não estão “soldados”, permitindo que a caixa craniana cresça durante o desenvolvimento do bebê. A cabeça das crianças recém- nascidas tem moleiras, que são as fontanelas, e suturas, que são áreas livres para o crescimento dos ossos. Quando isto não ocorre, podem surgir casos de microcefalia ou outras anomalias. Por esta razão, após o parto, a cabeça das crianças é sempre medida, permitindo que o pediatra identifique, precocemente, se há algum problema. O perímetro da cabeça da criança continuará sendo medido ao longo da sua infância. Imagem 10: Anomalias cefálicos em Lactantes e crianças. 15 Na Avaliação do Perímetro Cefálico, seguimos os seguintes procedimentos: • Lavar as mãos. • Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal ou sentado. • Ajustar a fita métrica em torno da cabeça, logo acima da sobrancelha e sobre a proeminência occipital. Fazer três leituras individuais e usar o maior valor. • Anotar e registrar o PC em cm da criança no prontuário. Avaliação do Perímetro Torácico. A sua medição é útil para monitorar a evolução de certas patologias: ascite, tumores e vísceromegalias. Ao nascimento, o perímetro torácico é aproximadamente 2 cm menor que o perímetro cefálico, igualando-se em torno dos 6 meses de vida e assumindo maiores proporções a partir do primeiro ano de vida. Ao verificar o Perímetro torácico, seguimos os seguintes procedimentos: • Lavar as mãos. • Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal ou sentado. 16 • Ajustar a fita métrica em torno do tórax, na altura dos mamilos da criança. • Anotar e registrar o PT em cm da criança no prontuário. Imagem 11: Medição do Perímetro Torácico. Avaliação do Perímetro Abdominal. O abdome do RN deve ser globoso, entretanto pode apresentar diástase dos retos abdominais, originando, assim, hérnias umbilicais que raramente evoluem para complicações, além de desaparecer naturalmente até a idade pré-escolar. Se o abdome estiver dilatado, pode ser indicação de algumas intercorrências como a presença de líquido, visceromegalias ou distensão gasosa, se a distensão for significativa pode indicar perfuração ou obstrução abdominal. Nesses casos, a inspeção da região anal é necessária para a exclusão de uma possível imperfuração anal. Caso seja observado abdome escavado, como já citado no exame físico de tórax, pode sugerir hérnia diafragmática. Alguns achados necessitam de intervenção cirúrgica precoce como as hérnias inguinais, pelo risco de encarceramento e estrangulamento, e casos em que há exteriorização de alças intestinais (gastrosquise e onfalocele). Ao verificar o Perímetro Abdominal, seguimos os seguintes procedimentos: • Lavar as mãos. 17 • Colocar uma toalha de papel na superfície plana e deixar o lactente em decúbito dorsal ou sentado. • Verificar com fita métrica na altura da cicatriz umbilical (PA). Avaliação dos SSVV. Na avaliação da Temperatura, considera-se hipertermia, se durante aferição, os valores obtidos estejam acima de 37ºC e pode-se classificar essa hipertermia de acordo com sua intensidade: Imagem 12: Temperaturas que indicam febre ou normal. Ao verificar a temperatura, seguimos os seguintes procedimentos: • Lavar as mãos. • Limpar o termômetro com álcool a 70%. • Colocar o termômetro na axila (bulbo do termômetro), segurar firmemente e deixar o termômetro por no mínimo 3 minutos ou até alarmar. • No caso do termômetro digital infravermelho, aproximar da pele do bebê, na região da testa e anotar o valor. Na avaliação da Frequência Cardíaca, a máxima frequência é em média de 145 bpm, mas pode variar em uma faixa de 90 bpm a 180 bpm. Vale ressaltar também que arritmia sinusal ou respiratória é comum que aconteça nessa faixa etária e, geralmente, a FC aumenta na inspiração e diminui na expiração. 18 Imagem 13: Tabela de Frequência Cardíaca de RN. Ao verificar a Fc, seguimos os seguintes procedimentos: • Lavaras mãos e limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio. • Em menores de 2 anos, colocar o estetoscópio sobre o tórax, na região apical (4° ou 5° espaço intercostal na linha hemiclavicular á esquerda), verificando assim a FC apical. • Em maiores de 2 anos, deve-se palpar o pulso radial ou braquial e verificar o pulso durante 1 minuto, • No lactente, comparar os pulsos radial e femoral ao menos de uma vez. Na avaliação da frequência Respiratória a máxima do recém- nascido é de 60 irpm. Imagem 14: Tabela de Frequência Respiratória do Recém-nascido e crianças. 19 Ao verificar a FR, seguimos os seguintes procedimentos: • Nos lactentes, observar especialmente os movimentos abdominais. • Para crianças maiores, observar movimentos torácicos. • Contar durante 1 minuto e observar a profundidade e o padrão das respirações. Pressão Arterial. A evolução da pressão arterial sistólica e diastólica nos três primeiros dias de vida em 35 recém-nascidos: variações entre as primeiras 12 horas e o 3° dia de vida de 73,6 (±11.1) para 79,4 (±12,1) na pressão sistólica e de 36,2 (±8,9) para 41,5 (±10,7) na diastólica. Imagem 15: Tabela de Pressão Arterial do Recém-Nascido e crianças. Ao verificar a PA, seguimos os seguintes procedimentos: 20 • A PA deve ser medida anualmente a partir dos três anos, com exceção nos casos de emergência e internação. • Lavar as mãos e limpar o diafragma e as olivas do estetoscópio. • Realizar cálculo do tamanho apropriado do manguito. • Medir a circunferência do braço no ponto médio entre o acrômio (ombro) e o olecrânio (cotovelo). • A largura do manguito corresponde de 40 a 50% da circunferência do braço, medida do ponto médio entre o acrômio e o olecrânio. • O comprimento do manguito deverá recobrir 80 a 100% da circunferência do braço. • Verificar a PA após 10 minutos de repouso. • Posicionar o braço da criança no nível do coração. • Localizar o pulso radial, insuflar e manguito até o pulso parar de pulsar, olhar o valor no relógio e desinsuflar. • Posicionar o estetoscópio, após 5 minutos dessa medição, e insuflar 30 mmHg acima do valor obtido anteriormente. • Deve-se desinsuflar e anotar o primeiro e o último batimento auscultado na artéria braquial (sístole e diástole). Exame Físico da Criança. O exame físico constitui-se numa importante etapa dentro do processo de avaliação à criança, através do qual o enfermeiro enriquece as informações obtidas durante a entrevista e fundamenta a assistência de enfermagem. São inclusos avaliação neurológica, Pele, Cabeça/Pescoço, Olhos Ouvidos, Nariz, Boca, Tórax Pulmões e coração. Avaliação neurológica. Recém-nascido a termo apresenta hipertonia geral. Dessa forma, sendo o tônus de caráter flexor, a postura adotada pelo RN é determinada pela realização de semiflexão dos quatro membros com resistência à abdução das coxas. O teste de Denver é uma escala utilizada por profissionais de saúde para 21 avaliar e identificar crianças entre 0 e 6 anos de idade com risco para atraso no desenvolvimento (ADNPM). O teste baseia-se principalmente na observação da execução dos itens, e no relato dos pais, comparando o desempenho de uma determinada criança com o desempenho de outras crianças damesma idade. É dividido em 4 áreas: • Pessoal-social: envolve aspectos da socialização da criança dentro e fora do ambiente familiar; • Motricidade fina: coordenação olho-mão, manipulação de pequenos objetos; • Linguagem: produção de som, capacidade de reconhecer, entender e usar a linguagem; • Motricidade ampla: sentar, caminhar, pular e os demais movimentos realizados pela musculatura ampla. É importante ressaltar que o Teste de Denver não determina de forma definitiva um atraso da criança. Ele serve de alerta para um risco no desenvolvimento, que pode ser confirmado ou não por uma avaliação mais específica. Imagem 16: Escala de Denver. 22 Pele. A pele costuma ser avermelhada, embora seja comum que os dedos das mãos e dos pés tenham um matiz azulado devido à má circulação do sangue durante as primeiras horas. Às vezes, são encontrados pontinhos roxo-avermelhados (chamados petéquias) em algumas partes do corpo que foram pressionadas com força durante o parto. Entretanto, a existência de petéquias por todo o corpo pode ser um sinal de um distúrbio e precisa ser avaliada pelo médico. É comum ter secura e descamação da pele no prazo de alguns dias, especialmente nas dobras dos pulsos e tornozelos. Muitos recém-nascidos desenvolvem uma erupção cutânea aproximadamente 24 horas após o nascimento. Esta erupção cutânea, chamada de eritema tóxico, consiste de manchas planas e vermelhas frequentemente acompanhadas de uma saliência branca, semelhante a uma espinha, no centro da mancha. Esse quadro é inofensivo e desaparece em 7 a 14 dias. Avaliamos a coloração textura, temperatura, umidade e turgor. Avaliar cianose, palidez, petéquias e icterícia. Avaliar também os cabelos e unhas. Imagem 17: Lesões e anomalias em peles de Recém-nascido e crianças. Cabeça E Pescoço. 23 Examinamos a cabeça, a face e o pescoço do recém-nascido para detectar a presença de anomalias. Algumas anomalias ocorrem durante o parto. Outras anomalias podem ser causadas por um defeito congênito. Um parto normal, com a cabeça saindo primeiro, deixa a cabeça do bebê levemente deformada durante alguns dias. Os ossos que formam o crânio se sobrepõem, permitindo que a cabeça seja comprimida no parto. Alguma inflamação e contusão do couro cabeludo são normais. Algumas vezes, hemorragia de um dos ossos do crânio e da sua cobertura externa causa uma pequena protuberância na cabeça que desaparece em alguns meses (chamada um cefalematoma). Quando o bebê nasce com as nádegas, os genitais ou os pés surgindo primeiro (posição pélvica), a cabeça geralmente não fica deformada. No entanto, as nádegas, os genitais ou os pés podem ficar inchados ou com hematomas. O parto de bebês na posição pélvica é em geral evitado atualmente. Quando o bebê se encontra em posição pélvica, os médicos geralmente recomendam um parto por cesariana (parto cirúrgico de um bebê mediante incisão do abdômen e do útero), o que minimiza o perigo para o bebê. A pressão durante o parto vaginal pode causar hematomas na face do recém-nascido. Além disso, a compressão sofrida no canal do parto pode fazer com que a face pareça inicialmente assimétrica. Essa assimetria às vezes ocorre quando um dos nervos que inervam os músculos da face é danificado durante o parto. A recuperação ocorre gradualmente nas semanas seguintes. Imagem 18: Recém-nascido apresentando o Reflexo de Preensão Palmar. 24 Olhos. Fotorreação à luz: midríase e miose (sempre deixar para o final). Uso da lanterna. • Pupilas; • Presença de edema e secreção ocular; Imagem 19: Avaliação pupilar e tipos de anomalias nos olhos. 25 Ouvidos/ Orelhas. Verificar a implantação, deve ser na altura dos olhos. Com otoscópio, avaliar a cor da membrana timpânica. • Implantação e forma; Imagem 20: Anomalias nas orelhas e ouvidos. 26 Nariz Avaliar as cóanas e o septo. • Permeabilidade; • Batimento de asa de nariz. Imagem 21:Anomalias no septo e cóanas. Boca 27 Atentar para mucosas, dentes, gengiva, língua, palato, úvula e tonsilas (sempre deix ar para o final). Uso da espátula. • Integridade do pálato e dos lábios; • Freio de língua; • Pérolas de Epstein; • Dentes descíduos; Imagem 22: Anomalias na Boca. Tórax 28 Avaliar tamanho, formato, simetria e movimento (deve ser simétrico e bilateral). Observar os mamilos. • Simetria e expansibilidade; • Frequência respiratória (40 a 60 mpm); • Respiração periódica e abdominal; • Glândulas mamárias; • Frequência cardíaca (120 a 160 bpm); • Ritmica; • Sopros transitórios; • Pulsos (presença e simetria); Imagem 23: Deformidade no Tórax. Pulmões Auscultar ápice e base pulmonar. Avaliar respiração, frequência, ritmo, profundidade e sons. Solicitar à criança respirações profundas e utilize as mãos para observar expansão da caixa torácica. Ausculta pulmonar • Murmúrios vesiculares - sons normais. • Ruídos adventícios – sons anormais: • Estertor: passagem do ar através de líquido. • Sibilo: passagem no ar por canais estreitos. 29 • Ronco: presença de secreção. Coração Avaliar tempo de enchimento capilar: deve ser menor que dois segundos. Ausculta cardíaca Auscultar foco aórtico, pulmonar, tricúspide e mitral. Os focos cardíacos devem ser avaliados conforme: qualidade, intensidade, frequência e ritmo. Imagem 24: Lugares de ausculta Cardíaca. Abdome • Perímetro abdominal (igual ou pouco menor que o perímetro torácico); • Globoso; • Flácido; • Coto umbilical: duas artérias e um a veia; 30 • gelatinoso ao nascimento, mumifica -se com o passar dos dias; • Presença de hiperemia e secreção local; Imagem 25: Anomalia no Abdomen. Genitais masculinos Verificar forma do pênis, exposição da glande, avaliar testículos (presença de criptorquidia), fimose, posição do meato urinário (presença de hipospádia). Imagem 26: Anomalias e deformidades nos Genitais masculinos do recém nascido e crianças. 31 Genitais femininos Avaliar vulva, pequenos e grandes lábios, meato urinário e abertura vaginal. Imagem 27: Anomalias e deformidades nos Genitais Femininos do recém nascido e crianças. 32 Região anal Abertura, localização, fissuras e condições de higiene. Imagem 28: Anomalias e deformidades na Região anal do Recém-nascido. 33 MMSS e MMII Verificar amplitude de movimento, tônus musculares, posição dos joelhos, mãos e pés. AULA 01- ROTEIRO 04: MEDICAÇÃO EM PEDIATRIA. Preparo e administração de medicamento A administração de medicamentos por via intravenosa não se resume a simples execução de técnicas e à implementação de uma terapêutica pois existem riscos que é preciso considerar. A prescrição certa, a escolha do tipo de cateter e acessórios para a perfusão, a obtenção do acesso, a preparação e administração de fármacos e soluções, os cuidados a ter na manutenção do acesso, a necessidade ou não de imobilização, o controle das perfusões, o alívio d a dor no procedimento, a prevenção de complicações e monitorização constantes estão entre as principais ações para a promoção da eficácia e da segurança da criança em terapia intravenosa. A via intravenosa é o principal acesso para a administração de medicamentos em recém nascidos internados em Unidades de Cuidados Intensivos neo-natais, sendo vital para sua sobrevivência. A via intravenosautiliza-se sempre que é preciso administrar medicamentos em crianças que apresentem absorção deficiente como resultado de diarreia, desidratação ou colapso vascular periférico; crianças que necessitam de uma alta concentração sérica de uma substância; crianças com infecções resistentes que precisam de medicação parenteral por um período de tempo prolongado, crianças que necessitam de alívio contínuo da dor e crianças em situações de emergência. O local escolhido para a administração intravenosa a crianças depende da acessibilidade e da conveniência, contudo devem ser consideradas a idade, as necessidades de desenvolvimento, cognitivas e de movimento quando se escolhe o local a puncionar. 34 As veias superficiais do couro cabeludo podem ser utilizadas em bebés muito pequenos até cerca dos 9 meses, mas só em situações extremas em que não é possível encontrar outros locais. Se o local escolhido for as extremidades deve começar -se pelos locais mais distais e evitar a mão dominante de modo a reduzir a incapacidade associada ao procedimento. • O doente certo: Verificar sempre a identidade correta da criança através da pulseira de identificação, da própria se tiver idade, e dos pais ou pessoa significativa presente. • Medicamento certo: Antes de preparar a medicação certificar-se mediante a prescrição de qual é o medicamento, e conferir lendo mais de uma vez, o rótulo do mesmo. Pedir a uma colega que confirme, procedimento necessário em alguns medicamentos. • Dose certa: Antes de administrar a medicação certificar-se da dose na prescrição, lendo uma e outra vez. • Via certa: Antes de administrar a medicação, certificar-se da via mediante prescrição, lendo mais de uma vez e só depois aplicar. • Hora certa: Administrar no horário previsto na prescrição, e no espaço de tempo de terminado, 6/6h, 8/8h, 12/12h. • Tempo certo: Respeitar o tempo previsto na prescrição, pro gramar corretamente as bombas ou seringas perfusoras ou controlar adequadamente o gotejo monitorizando dessa forma o tempo previsto para a perfusão. • Validade certa: Antes de preparar a medicação deve ser verificada a data de validade. • Abordagem certa: Antes de administrar o medicamento deve ser explicado o procedimento à criança e aos pais e implementadas medidas para aliviar a dor, se necessário. • Registo certo: Registar a medicação administrada, bem como a existência de incidências ou complicações. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: 35 • Bandeja. • Fita-crepe ou Etiqueta. • Caneta. • Medicamento prescrito. • Solução para reconstituição/diluição. • Seringa (Tamanho de acordo com o volume da solução). • Agulha 40x12. • Gaze não estéril ou algodão e álcool. • Se necessário Equipo (magrotas; fotossensível; buretas, EPLs). Método de realização do procedimento: • Preparar os medicamentos com técnicas assépticas baseados em princípios cinetificos. • Lavar as mãos. • Manipular materias e medicamentos segundo técnicas especificas evitando contaminação do material ou medicamento. • Nunca faça associações de medicamentos. • Confira na prescrição médica as possíveis alergias medicamentosas e leia atentamente os medicamentos que devem ser administrados por via intravenosa. • Prepare o medicamento no momento imediato à administração. • Faça a identificação do medicamento (etiqueta contendo o nome e o sobrenome do paciente, nome e dose do medicamento, nome e volume do diluente, leito , horário, via de administração e tempo de infusão). • Faça um ponto com a caneta ao lado do horário do medicamento aprazado. • Higienize as mãos • Separe o medicamento ( se necessário: diluente) e confira nome, validade, dose, apresentação, tempo de infusão e materiais/equipamentos necessários. • Cole a etiqueta de identificação no medicamento. • Reúna o material para preparo em uma bandeja. 36 • Separe o frasco ou ampola e faça a desinfecção da superfície de abertura com algodão ou gaze não estéril embebido em álcool etílico a 70%. • Conecte a agulha à seringa (se medicamento em frasco pronto para uso, conecte ao equipo e retire o ar). • Se medicamento sem necessidade de diluição – aspire a dose prescrita. • Se medicamento em pó liofilizado – faça a reconstituição com o diluente recomendado e aspire a dose prescrita. • Se medicamento com necessidade de diluição – aspire a dos e prescrita e faça a diluição com a solução recomendada. • Retire o ar da seringa/agulha ou equipo. • Coloque a etiqueta de identificação do medicamento na seringa ou no frasco da solução. • Reúna o material para administração em uma bandeja. • Leve a prescrição médica e a bandeja ao quarto do paciente. • Coloque-os em uma mesa auxiliar previamente limpa. • Higienize as mãos. • Confira o nome completo do paciente que consta na prescrição, com o medicamento e a pulseira de identificação. • Se pulseira indicativa de alergia, pergunte a ele a qual medicamento ou confira no prontuário. • Oriente o paciente/família sobre o medicamento que está sendo administrado, via de administração e tempo de infusão. Coloque o paciente na posição mais adequada ao procedimento e exponha a área com o dispositivo venoso. • Observe a área exposta quanto à integridade da pele e às condições do dispositivo venoso para a administração do medicamento. • Higienize as mãos. • Calce as luvas de procedimento. • Realize a desinfecção de hubs e conexões com gaze embebida em álcool a 70% antes da manipulação. Descarte a tampinha. Conecte a seringa/equipo ao dispositivo venoso e teste a permeabilidade do cateter (observe a presença de refluxo de sangue e/ou infusão de fluidos sem alterações no local). 37 • Inicie a infusão do medicamento seguindo o volume/tempo recomendado. • Observe constantemente quaisquer sinais de alterações durante a infusão do medicamento. Na ausência deles, dê continuidade ao procedimento. • Ao término da infusão, permeabilize o dispositivo venoso. • Coloque uma nova tampinha de proteção no dispositivo. • Certifique-se que o dispositivo venoso esteja com boa fixação. • Deixe o paciente confortável. • Recolha o material e o coloque-o na bandeja (não encape as agulhas). • Despreze os materiais descartáveis e as luvas de procedimento em saco plástico para resíduos. • Higienize as mãos. • Calce as luvas de procedimento. • Recolha o material do quarto e encaminhe para o expurgo. • Despreze o saco plástico com resíduos no lixo infectante e o material perfuro cortante na caixa apropriada. • Retire e descarte as luvas e higienize as mãos. • Lave a bandeja com água e sabão, seque com papel -toalha e passe álcool a 70%. • Cheque o horário da administração do medicamento na prescrição médica. • Registre na anotação de enfermagem o procedimento realizado, tipo de dispositivo intravascular, região de inserção do dispositivo e intercorrências. • Assine e carimbe. Observações Para Todas As Vias De Administração De Medicações. Quando houver medicamentos de alta vigilância: deve-se fazer a dupla checagem dos dados e ter atenção redobrada. EPIs devem ser utilizados de a cordo com a indicação determinada para cada paciente conforme as diretrizes preconizadas pelo SCIH. Se o paciente questionar uma 38 prescrição medicamentosa ou disser que o medicamento está diferente da dose usual,faça outra verificação com a prescrição médica e confirme com o médico. Após esse procedimento, reoriente o paciente. Todo medicamento deve ser checado imediatamente após sua administração. Quando o medicamento não for administrado, comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão, circule o horário e anote o motivo no espaço reservado para anotações de enfermagem. Medicamentos administrados fora do horário determinado, comunique o enfermeiro e/ ou médico de plantão, cheque e justifique na anotação de enfermagem. Todos os incidentes relacionados a medicamentos devem ser notificados à Diretoria de Enfermagem. São considerados incidentes: evento sentinela, evento adverso, erro, quase erro e não conformidade. Quimioterápicos ou medicamentos de alto risco profissional devem ser preparados em capela de fluxo laminar e com EPI adequada (Serviço de Farmácia). Verifique se há compatibilidade entre os medicamentos prescritos. É fundamental conhecer as características do medicamento quanto à sua estabilidade (no seu estado original, após a reconstituição e/ou diluição), fotos sensibilidade e termo labilidade. Medicamentos prescritos como “se dor ”, “se náuseas e vômitos”, “se febre” e outros, comunique o enfermeiro e/ou médico de plantão o sintoma identificado, confirme a necessidade da administração, administre, cheque na prescrição médica e justifique na anotação de enfermagem. Medicamentos prescritos como “ACM” significam a critério médico e devem ser questionados e autorizados por um médico. Verifique e registre os sinais vitais antes e após a administração de medicamentos que possam alterá-los. Verifique e registre a presença de dor antes e após da administração de medicamentos analgésicos. A brinquedo terapia, no caso de pacientes pediátricos, é de extrema relevância antes de qualquer procedimento, inclusive na administração de medicamentos. 39 • Ler atentamente a prescrição médica, observando nome do paciente, medicamento, dosagem, via de administração e horário; • Respeitar o direito de recusa do paciente (Indagar e registrar motivos); • Checar todo medicamento administrado. Caso não tenha sido administrado, rodelar o horário e registrar o motivo. Se administrado fora do horário, colocar o novo horário administrado e checar na prescrição médica; • Manter o medicamento com identificação e em local adequado; • Verificar e respeitar a validade do medicamento; • O aprazamento deverá ser realizado pelo Enfermeiro; • É necessário retirar o ar do dispositivo antes de realizar a punção venosa, injetandose soro fisiológico (SF) 0,9% no dispositivo antes de iniciar a punção ou permitindo o refluxo de sangue no momento da punção até o final do dispositivo; • As veias de preferência para a colocação dos dispositivos para o acesso venoso periférico são: Metacarpianas; • Basílica; • Cefálica e cefálica acessória; • Veia intermédia do antebraço; • Veia intermediária do cotovelo; • Veia braquial. • Veias localizadas em membros inferiores (MMII) são indicadas como último recurso, em adultos • Deve-se evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros, pois podem dificultar a absorção do medicamento; • Durante a infusão de substâncias endovenosas, podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterianas, sendo importante a observação de manifestações clínicas que poderão ser: calafrios intensos, elevação de temperatura, sudorese, pele fria, hipotensão, cianose de extremidades e/ou labial, levando à uma abrupta queda do estado geral do paciente. Essas possíveis reações são verificadas logo após o início de terapia endovenosa e, devem cessar logo que interrompida. 40 • Geralmente, os tempos de administração de medicamento por via Intravenosa são classificados em: • Bolus: realizada em até 1 min; • Infusão rápida: entre 1 e 30 min; • Infusão lenta: entre 30 e 60 min; • Infusão contínua: em tempo superior a 60 min, ininterruptamente • Infusão intermitente: em tempo superior a 60 min, não-contínua. Os ¨11 certos¨ da medicação segura: • Dose certa • Via certa • Hora certa • Paciente certo • Medicação certa • Orientações ao paciente • Anotação correta • Compatibilidade medicamentosa • Direito de recusar o medicamento • Validade • Aspecto da medicação Cuidados intravenosos Se houver sinal de flebite, hematoma, infiltração, extravasamento, dor ou qualquer outra anormalidade, interrompa a administração, retire o dispositivo e puncione novo acesso venoso. Para que a via intravenosa seja uma via segura, alguns fatores devem ser observados: • Avaliação criteriosa da rede venosa periférica (calibre, mobilidade, dor, rigidez, coloração). Escolha adequada do cateter (tipo de material, calibre). • Terapia IV prescrita pela equipe médica (tipo de droga – vesicante, irritante, volume a ser infundido, tempo de infusão, tipo de infusão – bolus, infusão rápida, lenta, intermitente ou contínua). 41 • Tempo de terapia. • Manuseio e fixação adequados. Fixação ideal: estabilização e fixação que permitam a visualização e a avaliação do local de inserção. Pode ser com fita adesiva hipoalergênica estéril ou película semipermeável transparente. Deve conter: data de punção, horário e assinatura do profissional. Permeabilidade: flushes com SF 0,9% em pressão positiva – adultos: 10 mL e crianças: sugere-se 2 vezes o volume interno do cateter. Quando: interrompida a terapia IV (uso intermitente) OU entre a aplicação de uma droga e outra para impedir a interação medicamentosa. A NR 32 determina o uso de dispositivos de segurança na terapia intravenosa. De modo geral, os modos e os tempos de administração de medicamentos por via IV podem ser assim classificados: • Bolus: é administração IV realizada em tempo menor ou igual a 1 minuto. • Infusão rápida: administração IV realizada entre 1 e 30 minutos. • Infusão lenta: administração IV realizada entre 30 e 60 minutos. • Infusão contínua: administração IV realizada em tempo superior a 60 minutos, ininterruptamente (por exemplo, de 6 em 6 horas). • Infusão intermitente: administração IV realizada em tempo superior ao de 60 minutos, não contínua. Por exemplo, em 4 h, uma vez ao dia. • Gsp = quantidade suficiente (deve-se deixar como volume total – solução + medicação) para a quantidade prescrita do qsp). • Não Reencapar a agulha utilizada; Não desconectar a agulha utilizada da seringa; Observar o estado geral do paciente durante e após a administração medicamentosa; Caso não seja permanente a punção, deverá ser realizado rodízio de locais; Evitar áreas inflamadas, hipotróficas, com nódulos, paresias, plegias e outros , pois podem dificultar a absorção 42 do medicamento; Durante a infusão de substâncias endovenosas, podem ocorrer reações pirogênicas ou bacterianas, sendo importante a observação de manifestações clínicas que poderão ser: calafrios intensos, elevação de temperatura, sudorese, pele fria, hipotensão, cianose de extremidades e/ou labial, levando à um a abrupta queda do estado geral do paciente; Equivalências: • 1 mL = 20 gotas = 60 microgotas. • 1 microgota/minuto = 1 mL/h. • 1 mg = 1.000 µg. Atenção na escolha da solução (normalmente AD)e volume máximo permitido no frasco (5 mL, 10 mL, 20 mL). Atenção no tempo de infusão da medicação, conforme a prescrição médica, calculando o gotejamento. Medidas preventivas de infecção: Desinfecção das conexões: uma das principais vias de entrada de microrganismo na corrente sanguínea é pelas conexões das linhas de infusão. A limpeza das conexões com álcool a 70% é fundamental antes da utilização dessas vias. Preparo e administração de medicamentos por via intramuscular (IM). Consiste no ato de administrar medicamentos via intramuscular, por paciente, independentemente da quantidade de medicação prescrita nas consultas/atendimento. Preparar e administrar medicamentos por via intramuscular. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Bandeja. • Fita-crepe ou etiqueta. • Caneta. 43 • Medicamento prescrito. • Álcool. • Luvas de procedimento. • Seringa de 3 ou 5 mL. • Agulha para a aplicação IM. • Bolas de algodão ou gaze não estéril. • Fita microporosa e saco plástico para resíduos. Método de realização do procedimento: • Higienizar as mãos; • Ler a prescrição médica que deve conter o nome do cliente, nome do medicamento, dose, via de administração, horário, frequência da administração; • Reunir o material necessário; • Reunir o material e lavar as mãos; • Fazer a desinfecção do balcão de preparo de medicamentos e da bandeja; • Registrar nos impressos específicos, nos casos de medicações controladas; • Abrir a embalagem da seringa e acoplá-la à agulha para aspiração do medicamento, observando-se a técnica asséptica, protegendo-a em sua embalagem original; • Fazer a desinfecção da ampola/frasco ampola com algodão umedecido com álcool; • Quebrar a ampola, envolvendo-a com algodão, pressionando- a com os dedos indicador e polegar da mão dominante; • Nos casos de frasco-ampola, retirar a proteção metálica com o auxílio de um algodão ou extrator de grampos e após, fazer a desinfecção; • Retirar o protetor da agulha e mantê -lo dentro de sua embalagem original sobre o balcão de preparo do medicamento ou dentro da bandeja; • Aspirar o medicamento segurando a ampola ou frasco ampola com os dedos indicador e médio da mão não dominante, segurar a seringa com os dedos polegar e anular da 44 mão não dominante e com os dedos polegar, indicador e médio da mão dominante, tracionar a extremidade do êmbolo sem contaminar sua extensão, aspirando o medicamento; • Reencapar passivamente a agulha, colocando a ponta da agulha na entrada da tampa até cobri-la completamente; • Colocar a seringa na posição vertical e retirar o ar. Proteger o êmbolo da seringa com sua embalagem original. Explicar o procedimento ao paciente. Calçar luvas de procedimentos; • Posicionar o paciente de forma confortável na maca ou poltrona. Colocar biombos se necessário. Escolher o local para administração do medicamento, de acordo com a massa muscular do paciente, a característica da medicação (viscosidade, irritantes) e do volume a ser administrado; • Retirar o conjunto de seringa e agulha da embalagem; • Fazer a antissepsia da região utilizando algodão com álcool. A agulha deve estar a 90º. Fazer a pregado músculo para firmar a introdução da agulha. Tracionar o êmbolo da seringa e observar se há presença de sangue. Caso não haja, injetar a medicação lentamente; • Retirar a agulha em movimento rápido e único; • Observar resposta do paciente após 30 minutos da administração do medicamento; • Ao fim da administração, recolher o material e arrumar a unidade; • Desprezar os materiais perfuro cortantes na caixa rígida; • Higienizar as mãos; • Checar a prescrição, assinar e carimbar. • Registrar no prontuário/SISTEMA. Imagem 30: administração de medicamentos por via intramuscular. 45 Observações das medicações IM: Se o medicamento se apresentar em pó liofilizado, faça a reconstituição com o diluente recomendado. A massa muscular atrofia à medida que a pessoa envelhece, portanto, deve-se avaliar a massa muscular do paciente e a composição do corpo. Usar o comprimento e o calibre adequados conforme a compleição corporal do paciente. O volume máximo recomendado do medicamento que pode ser administrado pela via intramuscular é de 5 mL (em indivíduos adultos). Tabela 01: Representação de soluções oleosa e aquosa dos medicamentos. Biotipo do Paciente. Solução oleosa/ suspensão. Solução Aquosa. Magro. 25x8. 25x7. Normal. 30x8. 30x7. Obeso. 40x8. 40x7. Escolha do músculo. Vasto-lateral da coxa: Crianças menores de 3 anos de idade por terem maior massa muscular e possuírem poucos nervos e vasos sanguíneos. • Localização: palpar trocânter maior e articulações do joelho, dividir distância em 3 partes – terço médio. • Agulha em ângulo de 45º sentido joelho nos lactentes, e em crianças jovens, 46 devese deixar perpendicular à coxa ou discretamente angulada no sentido da região anterior da coxa. • Esse músculo pode tolerar quantidades maiores de líquido. • Desvantagens: trombose da artéria femoral, lesão de nervo ciático. Preparo E Administração De Medicamento Por Via Subcutânea (Sc). É o ato de preparar e administrar os medicamentos diretamente no tecido subcutâneo ou hipodérmico (entre a pele e o músculo) por meio de punção. Aplicação de medicamentos que necessitam de absorção lenta e contínua. A via subcutânea é a administração de medicamento no tecido subcutâneo. É utilizada para administração de insulina, anticoagulantes, algumas vacinas, adrenalina e hormônios. Pode ser feita em várias regiões do corpo, em que haja camada substancial de tecido gorduroso. Os locais de preferência são: região dorsal, periumbilical e na face externa lateral do braço, próximo ao músculo deltoide. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Bandeja. • Fita-crepe ou etiqueta. • Caneta. • Medicamento prescrito. • Álcool. • Luvas de procedimento. • Agulha 13x4,5. • Seringa de 1 mL. • Bolas de algodão ou gaze não estéril. • Fita microporosa e saco de plástico para resíduos. Cuidados Especificos: 47 • A absorção da medicação é mais lenta que pela via IM e Ev; • O volume injetado pode ser frações de ml, podendo variar conforme as condições de tecido subcutâneo de cada cliente, geralmente aplica-se até 3ml (excetuando-se os administrados via hipodermóclise); • Não tolera substâncias irritantes e medicamentos que retardam a absorção; • Tolera tanto substâncias aquosas como oleosas, cristalinas ou coloidais; • Somente soluções isotônicas (SF 0,9% e SG 0,5 %) podem ser introduzidas nesta via; • Em idosos ou clientes muito emagrecidos deve-se realizar exame físico para avaliar o local mais adequado para aplicação, ou seja, onde houver melhores condições cutâneo musculares; Imagem 31: administração de medicamentos por via subcutânea. Locais de Aplicação: • Face superior externa do braço; • Região anterior da coxa; • Face externa da coxa; • Região abdominal (entre os rebordos costais e as cristas ilíacas); • Região superior do dorso. 48 Imagem 32: locais que podem ser administrado os medicamentos por VS. Preparo e administração de medicamento por via oral (VO) A administração de medicamentos pela via oral consiste em oferecer o medicamento que será deglutido ounão com auxílio de líquidos. As formas de apresentação dos fármacos para administração por via oral são: • Comprimidos. • Cápsulas. • Drágeas. • Soluções. • Suspensão. • Pó. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Medicamento conforme prescrição médica. • Bandeja inox. 49 • Copo descartável para colocar o medicamento. • Copo com água, se necessário. • Conta-gotas, se necessário. • Canudo (se necessário). • Espátula de madeira (se necessário para medicações pastosas e pó). • Etiqueta para identificação da medicação. • Luva para procedimento não estéril (se necessário). • Macerador de comprimidos (se necessário). • Seringa descartável de 20 ml (se necessário). Imagem 33: administração de medicamento por via oral. AULA 01 – ROTEIRO 05: PUNÇÃO VENOSA PERIFÉRICA EM PEDIATRIA, A punção venosa periférica trata-se de um procedimento invasivo comumente realizada por profissionais de enfermagem, sendo muito utilizada na assistência à pacientes submetidos à terapia endovenosa. Consiste na introdução de um cateter venoso na luz de uma veia superficial, de preferência de grande calibre. Outra vantagem do Jelco é a possibilidade de retirada do mandril metálico, permanecendo no espaço intraluminal apenas o dispositivo maleável, o que impede a perda do cateter por transfixação e também favorece a movimentação do membro. O Jelco é um dispositivo flexível onde a agulha é 50 envolvida por um mandril também flexível e, após a punção, a agulha é retirada ficando na luz da veia apenas o mandril. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Bandeja; • Garrote; • Clorexidina alcoólica 0,5% ou álcool à 70%, quando não houver clorexidina alcoólica; • Bolas de algodão/gazes; • Cateter intravenoso periférico sobre agulha apropriado ao calibre da veia e rede venosa do paciente (ex: Jelco® nº 24 – 22 em neonatologia/pediatria; Jelco® nº 20 à 14 em adultos); • Filme transparente ou fita adesiva estéril para fixação; • Luvas de procedimento; • Dispositivo a ser conectado ao cateter venoso de acordo com o objetivo da punção (torneirinha, tubo extensor, tubo em “Y”); • Material para permeabilização do cateter. Método de realização do procedimento: • Checar prescrição, enfermagem/médica, a necessidade da punção venosa periférica. • Explicar procedimento para a criança e acompanhante. Se possível, realizar brinquedo terapêutico. Aproveitar o momento para realizar a inspeção da rede venosa periférica da criança para a escolha adequada do dispositivo intravenoso. • Preparar a criança emocionalmente antes da realização dos procedimentos invasivos, de acordo com a idade e o nível de compreensão, a fim de minimizar o medo do desconhecido e promover a cooperação. • Valorizar e facilitar a presença dos pais durante todo o processo. • Lavar as mãos. • Avaliação da criança, explicação do procedimento, perguntar à mãe sobre a sua vontade de participar do procedimento. • Encaminhar ao leito da criança. Caso haja necessidade, desloque a criança para realizar o procedimento. 51 • Fique na altura dela, se for preciso, sente-se e apoie o material com segurança, evitando acidentes. Não apoie o material no próprio leito da criança. Selecionar o local da punção venosa e dilatação da veia (considerar técnicas como gravidade, aperto do punho, ou compressa morna. Desconsiderar “tapinhas” por causarem dor). • Calçar as luvas de procedimento. • Preparar o material (selecionar os materiais para a punção venos a perif érica de acordo com as características da criança). • Realizar a antissepsia com algodão umedecido com álcool 70% com fricção de pelo menos 30 segundos, com movimentos circulares do centro para a periferia, e aguardar evaporar o produto antes de perfurar a pele. • Posicionar o garrote o mais distal possível do local da inserção do cateter com vistas a diminuir a pressão intravascular e, portanto, diminuir a chance do rompimento do vaso no momento da punção. • Introduza o cateter venoso periférico, aguardar com que o sangue reflua para constatar o sucesso da punção. • Retirar o garrote. • Estabilizar, fixar o cateter e realizar o curativo com micropore estéril ou película transparente. O uso de tala de fixação não deve ser preconizado. • Testar higidez do vaso com solução preparada com Soro Fisiológico 0,9%. • Identificar com data, hora, tipo e número dispositivo utilizado e pessoa que realizou o procedimento. • Descartar dispositivos não utilizados adequadamente. • Lavar as mãos. Imagem 34: Catéter com curativo após a punção venosa em criança. 52 Punção Venosa Periférica Com Scalp (Cateter Agulhado) Em Pediatria Para Coleta De Exame. Os Cateteres Agulhados, ou popularmente conhecidos como “Scalp” ou “Butterfly”, são feitos de aço inoxidável biocompatível, não flexíveis que na qual dobram -se sob resistência, para infusão de curta duração (em torno de 24 horas), de baixo volume, pode ser usado para administração de medicamentos “In bolus ” ou “flush” e para pacientes com veias muito finas e comprometidas, como terapia de dose única, administração de medicamento IV em bolus ou para coleta de sangue. A punção venosa periférica é um procedimento que possui alto nível de complexidade técnico- científico, o que exige da profissional competência, bem como habilidade psicomotora. Representa um procedimento invasivo, considerando que o cateter provoca o rompimento da proteção natural realizando a comunicação do sistema venoso com o meio externo. O Scalp é utilizado principalmente para a realização de coleta de exames. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Bandeja, • Dispositivo intravenosos (Scalp) com numeração adequada à criança, • Algodão umedecido com álcool 70%, • Luvas de procedimentos, • Micropore para fixação, 53 • Seringa, • Garrote, • Tubo de ensaio adequado ao exame solicitado, • Etiqueta de identificação, • Adesivo absorvente (bloodstop). Imagem 35: Materiais utilizados na punção venosa periférica com Scalp. Método de realização do procedimento: Explicar o procedimento para a criança e acompanhante. Se possível, realizar brinquedo terapêutico. Aproveitar o momento para realizar a inspeção da rede venosa periférica da criança para a escolha adequada do escalpe; Preparar a criança emocionalmente antes da realização dos procedimentos invasivos, de acordo com a idade e o nível de compreensão, a fim de minimizar o medo do desconhecido e promover a cooperação. Valorizar e facilitar a presença dos pais durante todo o processo; Lavar as mãos; Preparar o material (Selecionar os materiais para a coleta de exames de acordo com as características da criança). Avaliação da criança, explicação do procedimento, perguntar à mãe sobre a sua vontade de participar do procedimento. Encaminhar ao leito da criança. 54 Caso haja necessidade, desloque a criança para realizar o procedimento. Fique na altura dela, se for preciso, sente-se e apoie o material com segurança, evitando acidentes. Não apoie o material no próprio leito da criança. Selecionar o local da punção venosa e dilatação da veia (considerar técnicas como gravidade, aperto do punho, ou compressa morna. Desconsiderar “tapinhas” por causarem dor). Imagem 36: Enfermeiroachando a veia venosa periférica, para coleta de exames. Calçar as luvas de procedimento. Realizar a antissepsia com algodão umedecido com álcool 70% com fricção de pelo menos 30 segundos. Imagem 37:Enfermeiro perfurando a Veia achada. Movimentos circulares do centro para a periferia, e aguardar evaporar o produto antes de perfurar a pele. Posicionar o 55 garrote o mais distal possível do local da inserção do cateter com vistas a diminuir a pressão intravascular e, portanto, diminuir a chance do rompimento do vaso no momento da punção. Introduza o scalp com o bisel para cima em um ângulo de 45 graus, aguardar com que o sangue reflua para extensão do sal e da seringa. Imagem 38: Enfermeiro coletando sangue, após achar a veia. Retirar o garrote. Retirar o volume adequado de sangue para a realização do exame. Retirar o scalp da veia e pressionar o local da punção com algodão sem massagem ou dobrar membro. Após, coloque o adesivo absorvente (bloodstop). Retire o scalp da seringa com cuidado e transfira o sangue para o tubo deixando-o escorrer pela parede do tubo para evitar hemólise. Tampe o tubo. Retire as luvas de procedimentos. Etiquete o tubo. Lave as mãos. Realizar a anotação de Enfermagem. 56 Principais Tipos De Cateteres Intravenosos E Materiais Envolvidos No Processo Da Punção Venosa Periférica Cateteres agulhados (escalpe, butterfly). Os Cateteres Agulhados, ou popularmente conhecidos como “Scalp” ou “ Butterfly”, são feitos de aço inoxidável biocompatível, não flexíveis que na qual dobram -se sob resistência, para infusão de curta duração (em torno de 24 horas), de baixo volume, pode ser usado para administração de medicamentos “In bolus ” ou “flush” e para pacientes com veias muito finas e comprometidas, como terapia de dose única, administração de medicamento IV em bolus ou para coleta de sangue. O scalp é composto de agulha nos calibres 19G, 21G, 23G, 25G ou 27G, que é acoplada a uma aleta para empunhadura (apelidado de butterfly) que, por sua vez, está ligada a uma mangueira extensora que tem um conector 6% luer onde se conecta a seringa ou equipo para a administração da medicação. Essa extremidade vem com uma tampa de proteção que deve ser removida no momento em que a medicação será infundida. Imagem 39: Tipos de Scalp utilizados para coletas de exames ou administração de medicamentos em lactantes e crianças. 57 Cateteres sobre agulha ou flexíveis (Tipo “abocath”) Os Cateteres Flexíveis, também conhecido como “Abocath, Jelco” são cateteres de curta permanência que servem para monitorar o paciente, administração de soroterapia medicamentosa, onde são constituídos por materiais cilíndricos, canulados e perfurantes. Contudo, são destinados (exclusiva ou simultaneamente) a viabilizar a drenagem de elementos do tecido sanguíneo e/ ou infusão de soluções líquidas, na direção exterior corporal ou interior dos vasos, nos respectivos sentidos do fluxo. Mas possuem uma extremidade destinada à perfuração e à penetração das estruturas corporais e outra, ao “plug adaptador”, para promover conexões com seringa (s) ou equipo (s). Entretanto, muitos o conhecem pelos nomes comerciais “jelco, abocath”, mas vale lembrar que isto é somente um nome comercial, todavia que existem outros nomes para este tipo de cateter. Imagem 40: Tipos de Cateteres utilizados para coletas de exames ou administração de medicamentos em lactantes e crianças. Buretas. 58 Dispositivo para infusão, controle de fluxo e dosagem de soluções parenterais. Conecta o recipiente de soluções (frasco ou bolsa) ao dispositivo de acesso venoso (scalp, cateter intravenoso, ou agulha). Viabiliza o controle de fluxo de soluções. Imagem 41: Tipos de Buretas. Equipo Macrogotas e Microgotas. O formato maior do equipo macrogota dá o formato da gota em sua estrutura normal em que 20 gotas equivalem a 1ml. Já o formato do equipo microgota tem estrutura menor e mais fina para que o gotejamento seja gradativamente menor em que 60 gotas equivalem a 1ml. Dispositivo para infusão, controle de fluxo e dosagem de soluções parenterais. Viabiliza o controle de fluxo de soluções. Imagem 42: Tipos de Macrogotas e Microgotas. 59 Bombas de Infusão As bombas de infusão são aparelhos hospitalares que realizam o controle dos fluidos e medicamentos que são administrados aos pacientes. Imagem 43: Bomba de infusão. Bomba de infusão volumétrica. 60 Na bomba de infusão volumétrica o controle é feito diretamente através do volume em mL/h. Pode apresentar programações distintas, desde neonatos a adultos. Possui sistema de alarme para os seguintes casos – Oclusão de via. Vazão livre. Ar na linha. Fim de infusão. Bateria com carga baixa. Imagem 44: Bomba de infusão volumétrica. Bomba de infusão gota a gota. E na bomba de infusão gota a gota o controle da vazão é feito através da contagem do número de gotas por minuto que, posteriormente, é transformado para leitura em mililitros por hora. Dificilmente encontrada, pois requer equipo adequado. Imagem 45: Bomba de infusão Gota a Gota. Extensores para administração de medicações (POLIFIX®) 61 Chamadas de Extensores Polifix, Multivias Ou Extensores Valvulados, elas podem aumentar e prolongar as vias de infusão a partir de um único acesso venoso, permitindo infusões simultâneas de medicações compatíveis a partir de um único acesso venoso, facilitando a mobilidade do paciente. Imagem 46: Polifix. Fixadores de cateteres Filme transparente estéril e hipoalergênico que possui alta permeabilidade ao vapor, efetuando as trocas gasosas, não permitindo a permanência de umidade sob o curativo e reduzindo os riscos de infecções. É ideal para terapia endovenosa, devido ao recorte que permite que as bordas reforçadas se sobreponham, a fim de garantir uma fixação segura ao redor do cateter. Seu sistema de aplicação com moldura proporciona confiança ao profissional de enfermagem ao aplicar o curativo. Alguns modelos possuem duas tiras de fitas adesivas para estabilizar os cateteres e reforçar a segurança na fixação. Possui bordas reforçadas de tecido macio para que o paciente não sofra trauma mecânico pelo peso dos cateteres. Imagem 47: Fixadores de Cateteres. 62 AULA 01 – ROTEIRO 06: INSERÇÃO DE SONDA NASOENTÉRICA EM PEDIATRIA. A sonda nasoenteral é colocada da narina até o sentido pré -pilórico (no estômago) ou pós-pilórico (no intestino — duodeno ou jejuno). Possui calibre fino, fio-guia maleável no seu interior, tarja radiopaca que permite controle radiológico e sistema de fechamento exclusivo. Para esse tipo de sonda, é necessário fazer um exame de raio X para verificação do posicionamento correto. A sonda nasoenteral tem como única função a alimentação, ou seja, auxilia os procedimentos da nutrição enteral. No entanto, em alguns hospitais, também é utilizada para fazer drenagem. Os alimentos devem ser administrados em forma líquida para fornecer todos os nutrientes necessários para o paciente. É muito utilizada em pacientes que estão em internação prolongada ou que não têm tempo determinado parafazer uma alimentação via oral. É empregada tanto na internação hospitalar quanto na internação domiciliar. A introdução de uma sonda nasoenteral é feita somente por um enfermeiro. Aliás, o profissional deve ter a confirmação da locação da sonda por meio do exame de raio X antes de liberar a infusão da dieta. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Sonda nasoenteral de calibre apropriado; 63 • Equipamentos de proteção individual (máscara cirúrgica, óculos de proteção e luvas de procedimento, gorro); • Lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel 2%); • Toalha ou lenço de papel; • Cuba rim; • Esparadrapo hipoalergênico para marcação e fixação; • Seringa de 3 ml para RN/ lactentes e 5 ml para crianças maiores; • Estetoscópio; • Compressa Gaze; • Tesoura. Método de realização do procedimento: • Lavar as mãos; • Organizar os materiais necessários para o procedimento e selecionar o calibre da sonda de acordo com a idade da criança; • Explicar à criança e familiar sobre procedimento a ser realizado; • Calçar as luvas e demais EPIs; • Colocar a criança em posição sentada ou em posição de Fowler, s e possível com a cabeça ligeiramente inclinada para frente, caso a criança não possa sentar - se ou ter a cabeça elevada, mantê- la em decúbito dorsal, lateralizando a cabeça inclinando -a para frente; • Proteger o tórax da criança com toalhas de papel e se maior ofertar cuba rim; • Realizar a medição da sonda, conforme a idade da criança: Menores de 1 a no: distância da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao espaço médio entre a cicatriz umbilical e o apêndice xifoide; 1 ano de idade ou mais: distância da ponta do nariz ao lóbulo da orelha e deste ao apêndice xifoide e adicionar 4 cm à esta medida; • Realizar a marcação da sonda com esparadrapo; • Verificar a qualidade da sonda, checando rupturas ou perviedade, com a manipulação do fio guia na sonda; 64 • Explicar e solicitar que o paciente ajude no procedimento se possível, realizando movimentos de deglutição facilitando o processo de evolução da sonda; • Lubrificar a ponta da sonda com lubrificante hidrossolúvel (lidocaína gel 2%); Se criança maior solicitar que permaneça com o queixo próximo ao peito, se necessário, auxiliá-lo; • Introduzir a sonda lentamente pela narina da criança fazendo movimentos unidirecionais; • Aproveitar o reflexo de deglutição para introduzir a sonda em RNs; • Introduzir a sonda até a marcação realizada anteriormente; • Se tosse, cianose e sinais de estimulação vagal, tais como bradicardia e apneia retirar a sonda imediatamente e reintroduzi- la posteriormente; • Confirmar posicionamento no estômago: 1. Preencher a seringa de 3 ou 5 ml com 0,5 ml a 1 ml de ar (RN e lactentes muito pequenos) ou 2 a 5 ml (lactente e criança maior), conectá-la à sonda e injetar o ar, auscultando o ruído na região epigástrica com o estetoscópio. Após o teste retirar o ar injetado; • Retirar o fio-guia após a passagem correta e guardá-lo; • Fixar a sonda no nariz da criança utilizando esparadrapo, datar e anotar o calibre da sonda utilizada; • Aguardar a migração da sonda para duodeno, encaminhar ao Raio -X para confirmação do local da sonda após 4 horas da passagem (en caminhar para centro de referência conforme fluxo estabelecido na instituição); • Retirar as luvas e demais EPIs; • Lavar as mãos; • Registrar no prontuário eletrônico o procedimento realizado, calibre e localização da sonda, sinais de resíduos e intercorrências. 65 AULA 01 – ROTEIRO 07: INSERÇÃO DE SONDA NASOGÁSTRICA EM PEDIATRIA. A sonda nasogástrica, também conhecida como sonda de Levine, é uma das mais usadas na área medicinal. É fabricada em material de PVC, totalmente maleável, transparente e atóxica. Diferentemente da sonda nasogástrica, não possui fio-guia e não requer exame de raio-X para verificar sua localização. Nesse procedimento, o tubo é introduzido pela narina e posicionado no estômago. É utilizada, geralmente, para lavagem gástrica. Por exemplo: preparação do aparelho digestivo para exames ou cirurgias, estancamento de hemorragias gástricas ou esofágicas e drenagem de conteúdo gástrico excessivo. Também podem ser utilizadas para alimentação. Somente o enfermeiro pode manusear esse tipo de sonda, sendo de sua competência toda a complexidade do uso. Os cuidados e a manutenção podem ser feitos pelos técnicos de enfermagem. A sonda nasogástrica pode ser utilizada de duas formas: aberta (para drenagem de líquidos intragástricos) ou fechada (utilizada para alimentação). Os conteúdos intragástricos podem ser: bílis, borra de café (bile + sangue), sanguinolento vivo, sanguinolento escuro, amarelado ou conteúdos tóxicos ingeridos. Sonda nasogástrica inserida no estômago possibilita acesso à parte interna do estômago. Para descomprimir o estômago e o trato gastrintestinal (i.e., aliviar a distensão decorrente de obstrução, íleo paralítico ou atonia). Esvaziar o estômago, como por exemplo nos pacientes entubados para prevenir a aspiração ou nos pacientes com sangramento GI para remover sangue e coágulos. Coletar uma amostra do conteúdo gástrico a fim de avaliar se há sangramento, o volume ou o teor de ácido. • Para remover toxinas ingeridas (raro). • Para administrar antídotos como carvão ativado. 66 • Administrar agentes de contraste radiopacos orais. • Para fornecer nutrientes ao estômago ou alimentos diretamente no intestino delgado com uma sonda enteral longa, fina e flexível. Os Materiais Realizados nesses procedimentos, são: • Avental protetor, luvas e proteção facial • Tubo nasogástrica para descompressão, como tubo de Levin (lúmen único) ou tubo de sucção de Salem (lúmen duplo, de tal modo que o ar do segundo lúmen passe para a atmosfera) • Se estiver planejada alimentação pelo intestino delgado, usar uma sonda de alimentação enteral longa e fina (sonda nasogástrica) para uso prolongado (usar com fio rígido ou estilete) • Anestésico tópico em spray como benzocaína ou lidocaína • Vasoconstritor em spray como fenilefrina ou oximetazolina • Copo de água e canudo • Seringa de 10 mL com ponta de cateter • Lubrificante • Bacia de êmese • Toalha ou coxim azul • Estetoscópio • Fita e benzoína • Aspiração (de parede ou portátil). Imagem 48: Materiais utilizados para inserção de sondas Nasogástrica. 67 Método de realização do procedimento: • Usar avental, luvas e protetor facial. • Verificar a permeabilidade de cada narina mantendo uma fechada e pedindo ao paciente que respire pela outra. Perguntar ao paciente qual fornece o melhor fluxo de ar. • Examinar dentro do nariz à procura de quaisquer obstruções óbvias. • Colocar toalha ou pano azul sobre o peito do paciente para mantê-lo limpo. • Escolher o lado para a inserção da sonda e borrifar o anestésico tópico nessa narina e faringe pelo menos 5 minutos antes da inserção da sonda. • Se houver tempo, administrar 4 mL de lidocaína a 10% por meio de nebulizador ou inserir 5 mL de lidocaína em gel a 2% nas narinas. • Se disponível, borrifar um vasoconstritor como fenilefrina ou oximetazolina na narina, tentando alcançar toda a superfície nasal, incluindo os aspectos superior e posterior; mas pode- se omitir essa etapa.
Compartilhar