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Matemática Financeira: Introdução Prof. Marco Arbex marco.arbex@live.estacio.br O que estuda a matemática financeira? • A matemática financeira estuda o valor do dinheiro no tempo – Exemplo: “Alguém na sala me empresta R$ 500,00 hoje? Eu devolvo os R$ 500,00 daqui a três meses”. • AO LONGO DO TEMPO, O VALOR DO DINHEIRO MUDA: – OPORTUNIDADE DE APLICÁ-LO – RISCO – PERDA DO PODER DE COMPRA Objetivo da matemática financeira “O objetivo da matemática financeira é analisar operações de caráter financeiro que envolvam entradas e saídas de caixa (dinheiro) ocorridas em momentos distintos” (MENDONÇA et al, 2007). • Você precisa de uma geladeira nova, mas não tem o dinheiro para pagar à vista. O que você faz? • Seu salário mensal é maior do que seus gastos. O que fazer com esse dinheiro extra? Custo de oportunidade • Por trás de decisões como as do slide anterior, existe um conceito fundamental chamado “custo de oportunidade”. • Este conceito mostra que toda decisão implica em uma renúncia (ao escolher algo, você está deixando de escolher outra coisa). TESTE: Considere a seguinte situação: - Você tem uma moto para vender hoje pelo valor de R$ 5.000,00. Seu amigo oferece para comprá-la por R$ 5.100,00, desde que você espere um mês. Sob a ótica financeira, o que você deve considerar para tomar essa decisão? Algumas definições • Principal, Capital Inicial ou Valor Presente: quantia tomada emprestada ou investida e sobre a qual incidirão juros. • Juros: remuneração recebida por quem aplicou ou remuneração paga por quem tomou dinheiro emprestado. Os juros são sempre expressos em unidades monetárias. – EX: você aplicou R$ 100 na poupança e, ao final de um certo tempo, resgatou este investimento por R$ 110, os juros recebidos foram R$ 10. • Montante, Valor de Resgate ou Valor Futuro: Chamamos de montante à soma do principal mais juros. No exemplo acima, o montante recebido pelo aplicador foi R$ 110, ou seja, a soma do principal de R$ 100 com os juros de R$ 10. Algumas definições • Taxa de Juros: Relação entre os juros recebidos/pagos em um determinado período de tempo e o capital que os originou. – EX: se um investidor aplicou R$ 100 em uma aplicação e recebeu juros de R$ 10 ao final de um ano, a taxa de juros deste investimento foi 10% ao ano. – OBS: a taxa de juros está sempre relacionada a um período, seja ele o dia, o mês, o ano, etc. A taxa de juros pode ser expressa em notação percentual (10% ao ano, por exemplo) ou em notação decimal (0,10 ao ano, por exemplo). • Regimes de capitalização: os juros podem ser capitalizados no regime de juros simples ou no regime de juros compostos. O que determina a taxa de juros? Considerando que o dinheiro (capital) é um recurso escasso e que a maioria das pessoas prefere consumir seus bens no presente e não no futuro, deseja-se uma recompensa por não consumir hoje. É nesse contexto que os juros ganham relevância. O valor da taxa de juros depende de (Assaf Neto, 2003): • Risco envolvido na operação, devido à incerteza com relação ao futuro. • Perda do poder de compra devido à inflação • Os juros devem gerar um lucro (ou ganho) ao proprietário do capital como forma de compensar a sua privação por determinado período de tempo. Este ganho é estabelecido basicamente em função do “custo de oportunidade”. Algumas definições • Juros Simples: no regime de juros simples, os juros incidem exclusivamente sobre o principal. • Juros Compostos: no regime de juros compostos, ao final de cada período de capitalização, os juros se incorporam ao principal e passam a render juros também. • Período de Capitalização: período no qual ocorre a incidência dos juros sobre o principal. – 10% ao ano: supõe-se que a capitalização é anual – 10% ao ano, capitalizados mensalmente: os juros são capitalizados mensalmente, totalizando 10% ao ano. Algumas definições • Taxa Efetiva: Taxa cujo período de capitalização é igual à unidade de tempo na qual está expresso o período da operação. – EX: 12% ao ano capitalizados anualmente. • Taxa Nominal: Taxa expressa em uma unidade de tempo diferente da unidade de tempo dos períodos de capitalização. – EX: 12% ao ano capitalizados mensalmente. • Taxas Proporcionais: Taxas de juros são proporcionais quando ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo, com juros simples, produzem um mesmo montante. – IMPORTANTE: O conceito de taxas proporcionais está ligado ao regime de juros simples. – EX: 1% ao mês e 12% ao ano. Algumas definições • Taxas Equivalentes: Duas ou mais taxas de juros são equivalentes quando ao serem aplicadas a um mesmo principal durante um mesmo prazo de tempo no regime de juros compostos, produzem um mesmo montante. – IMPORTANTE: O conceito de taxas equivalentes está estreitamente ligado ao regime de juros compostos. – EX: VEREMOS POSTERIORMENTE! O diagrama de fluxo de caixa Tempo Para representar o dinheiro no tempo, utilizamos um digrama chamado de “fluxo de caixa”: (+) Entradas de capital (-) Saídas de capital Elementos do diagrama de fluxo de caixa • Valor presente (PV): valor inicial ou principal (colocado no momento inicial “n=0”). • Valor futuro (FV): valor do montante acumulado ao longo de “n” períodos de capitalização com taxa de juros “i”. • Tempo (n): número de períodos de capitalização dos juros (expresso em meses, anos, semestres, dias, etc.) • Taxa de juros (i): taxa de juros por período de capitalização, expressa em porcentagem (ou valor decimal) e sempre mencionando a unidade de tempo considerada. • Prestações (PMT): indica o valor de cada prestação que ocorre ao longo dos períodos (prestações iguais distribuídas em intervalos regulares de tempo) Ilustrando o uso do DFC Exemplos: 1) Um investidor aplicou hoje $100,00 por um mês, planejando resgatar $108,00. Desenhe o diagrama de fluxo de caixa da operação. 2) Você contraiu um empréstimo no valor de $ 300,00 que será quitado mediante um pagamento de R$ 340,00, daqui a seis meses. Desenhe o diagrama de fluxo de caixa da operação. 3) Represente o diagrama de fluxo de caixa de uma aplicação no valor de $ 500,00 que será resgatado em três parcelas iguais, mensais, no valor de $200,00. Séries antecipadas e postecipadas • O fato de um pagamento ocorrer com ou sem entrada muda significativamente a análise do fluxo de caixa • IMPORTANTE: – Quando não é mencionado que há pagamento antecipado (com entrada), automaticamente supomos que o pagamento se dá ao final do período. Séries antecipadas e postecipadas Pagamento antecipado (com entrada) Pagamento postecipado (sem entrada) - O fato de um pagamento ocorrer com ou sem entrada muda a análise do fluxo de caixa - IMPORTANTE: Quando não é mencionado que há pagamento antecipado (com entrada), automaticamente supomos que o pagamento se dá ao final do período. Representação do diagrama com dois valores na mesma data 0 1 $ 100,00 $ 60,00 $ 60,00 Primeira forma de apresentação n Representação do diagrama com dois valores na mesma data 0 1 $ 40,00 $ 60,00 Segunda forma de apresentação FLUXO DE CAIXA LÍQUIDO n
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