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1 SISTEMA RESPIRATORIO E OXIGENIOTERAPIA FACULDADE ESTÁCIO DE SÁ DE SANTA CATARINA Disciplina: GRD 3224 - Fundamentos para o processo de cuidar em enfermagem II Adriana Dutra Tholl Maria Terezinha Honório Samara E. Rabelo Suplici Cinara Porto Pierezan (modificado) SISTEMA RESPIRATORIO E OXIGENIOTERAPIA Objetivos da Aula: Descrever a fisiologia e as estruturas envolvidas com o processo da respiração. Saber identificar os sinais e sintomas de hipóxia e atuar sobre os mesmos. Conhecer os sistemas de baixo e alto fluxo de oxigênio e sistema cercado. Descrever a técnica de administração de oxigênio por cateter, nebulização, aspiração de secreções oral, nasal e traqueal. Descrever a técnica do curativo de traqueostomia, fisioterapia respiratória e drenagem torácica. Praticar as técnicas no laboratório de enfermagem. Referências Bibliográficas: SCHMITZ, E. M. R. e cl. A enfermagem em pediatria e puericultura. São Paulo: Atheneu, 2000. GELBCKE, F. L.; PRADO, M. L. do Org. Fundamento de enfermagem. Florianópolis: Cidade Futura, 2002. PORTO, C. C. Semiologia médica. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. BOWDEN, V. R.;GREENBERG, C. S. Procedimentos de enfermagem pediátrica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. NETTINA, S. M. Pratica de enfermagem. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007. SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G.. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-Cirurgica. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. 2 v. http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_coletor_de_drenagem_pleural_ou_mediastinal Protocolo de aspiração de secreções respiratorias- endotraqueais sistema aberto- traqueostomias- portexe rush. Elaboração de KLEIN, T.C.R.;GULINI,J E MARSYKAWA,I. Hospital Universitario Prof. Polydoro Ernani de São Thiago; julho,2010. Protocolo de aspiração de secreções respiratorias- orais e nasais. Elaboração de KLEIN, T.C.R.;GULINI,J E MARSYKAWA,I. Hospital Universitario Prof. Polydoro Ernani de São Thiago; julho,2010. MORTON,P.G.: [et al.]; [Revisão técnica Ivone Evangelista Cabral; tradução Ivone Evangelista Cabral, Jose Eduardo Ferreira de Figueiredo]- Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2007 2 OXIGENOTERAPIA: temática REVISÃO ANATOMIA E FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA Fatores que interferem na necessidade de oxigenação Ações para melhorar a eficiência respiratória Riscos da Oxigenioterapia Sinais e sintomas de toxidade SISTEMAS DE BAIXA E ALTA OFERTA DE O2 ASPIRAÇÃO DE SECREÇÕES / AEROSSOLTERAPIA / TRAQUEOSTOMIA/ DRENAGEM DE TORAX E DRENAGEM POSTURA As estruturas anatômicas diretamente envolvidas com o processo da respiração são: ♦ Estruturas respiratórias superiores: • nariz • nasofaringe • orofaringe • laringofaringe • laringe • traquéia (porção superior) 3 ♦ Estruturas respiratórias inferiores: traquéia (porção inferior), brônquios (direito e esquerdo), bronquíolos, ductos, alvéolos e capilares Ductos Alveolares Fisiologia da respiração A respiração é o termo utilizado para descrever a troca de O2 e CO2 entre a atmosfera e as células do organismos. Para que as necessidades de oxigênio sejam atendidas é necessário que ocorram quatro atividades básicas: • Ventilação • Difusão dos gases • Transporte dos gases • Perfusão 4 • Ventilação – é a troca de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares, através da inspiração e da expiração (a ventilação pulmonar acontece pela diferença de pressões pulmonar e atmosférica). • Difusão dos gases – troca de O2 pelo CO2 através dos alvéolos e o sangue (a concentração de O2 nos alvéolos pulmonares é > que a concentração de O2 no sangue. Já a concentração de CO2 no sangue é > que nos alvéolos pulmonares) – em função desta diferença de concentração é que ocorre a difusão dos gases. • Transporte dos gases – o sangue circulante fornece oxigênio às células e dela retira o dióxido de carbono. Isso é possível porque as células ficam muito próximas dos capilares, cujas paredes finas permitem a passagem fácil ou troca de O2 e CO2. • Perfusão – processo pelo qual o O2 é transportado dos pulmões até os tecidos e o CO2 é transportado dos tecidos para os pulmões O O2 é transportado no sangue de duas maneiras dissolvido no plasma combinação com a hemoglobina das Hm O O2 sanguíneo combina-se com a hemoglobina, sendo transportado pelas artérias para os capilares, destes ao líquido intersticial e posteriormente para as células 98% do O2 está ligado às moléculas de hemoglobina 2% são dissolvidos na parte líquida da sangue 5 Fatores que interferem na necessidade de oxigenação • Problemas relacionados com a ventilação - obstruções (engasgos, tumores, aumento de secreção), traumatismo torácico... • Problemas relacionados com a difusão de gases – enfisemas, consolidação pulmonares, toxidade de oxigênio... • Problemas relacionados com o transporte de gases – anemias, problemas cardíacos, problemas vasculares... • Problemas relacionados com a regulação o suprimento do oxigênio – problemas do sistema nervoso e cardíaco... Identificando sinais de hipóxia: -- Sinais respiratórios: Taquipnéia, respiração laboriosa (retração intercostal, batimento de asa do nariz), cianose progressiva. -- Sinais cardíacos: Taquicardia (precoce), bradicardia, hipotensão e parada cardíaca - Sinais neurológicos: Inquietação, confusão, prostração, convulsão e coma. - Outros: Palidez perfusão menor que 3”. - Adultos e crianças: PaO2 ↓ 60 mmhg SaO2 ↓ 90 % - Neonatos: PaO2 ↓ 50 mmhg SaO2 ↓ 50 % PO2 capilar ↓ 40 mmhg 6 Avaliando o funcionamento respiratório: Indicadores de capacidade e satisfação das necessidades de O2: • Frequência respiratória normal entre 12 e 20 mpm • Ritmo regular, sem esforço • Sons normais • Expansão torácica normal Ações para melhorar a eficiência respiratória: • Manter vias aéreas desobstruídas - aspiração, tosse, traqueostonia • Aumentar a eficiência ventilatória - posição do paciente, drenagem postural, ventilação mecânica • Assegurar adequado suprimento de O2 - terapêutica inalatória (nebulização e oxigenioterapia) • Reduzir demandas de O2 do organismo - diminuir atividade física, tensão emocional (ansiedade) e manter temperatura adequada -TERMOS UTILIZADOS PARA DESCREVER A RESPIRAÇÃO -Eupnéia: respiração normal: frequência, profundidade e ritmo normais para idade -Dispnéia: respiração difícil. Pode ser acompanhada de outros sinais de dificuldade respiratória, por exemplo: batimento de asa de nariz (BAN), retrações intercostais, acima e abaixo do esterno, respiração ruidosa e aumento da frequência da respiração -Taquipnéia: aumento da frequência respiratória acima do normal para idade 7 Continuação: - Bradpnéia: diminuição da frequência respiratória abaixo do normal para idade. - Apnéia: ausência de respiração. - Hiperventilação: aumento da frequência e da profundidade das respirações. - Hipoventilação: diminuição da frequência e da profundidade das respirações - Hiperpnéia: aumento da profundidade da respiração com frequência normal SONS RESPIRATÓRIOS ADVENTÍCIOS - Sibilos: som causado pelo estreitamento da luz das vias aéreas. São sons contínuos, musicais e de longa duração. Os sibilos acompanham as doenças que levam à obstrução de fluxo aéreo, como a asma e DPOC, mas podem acontecer em inúmeras outras doenças que acometem as vias aéreas. - Roncos: O ronco é um ruido adventício predominantemente inspiratório, podendo ser audível também na expiração. Sua tonalidade é grave, intenso, semelhante ao ronco observado durante o sono, é modificado pela tosse. Indicam asma brônquica, bronquites, bronciectasias e obstruções localizadas.8 SONS RESPIRATÓRIOS ADVENTÍCIOS - Estertores úmidos: bolhosos são provocados pela presença de líquidos no trato respiratório Os estertores com sons crepitantes podem ser explosivos, agudos e de curta duração, ocorrendo no final da inspiração. São gerados principalmente pela abertura dos alvéolos que se acham colapsados ou ocluídos por líquido viscoso. Não se modificam com a tosse. - Estridor laríngeo: ruído grosseiro e agudo que acompanha a inspiração. Obstrução de vias aéres superiores. TERMOS UTILIZADOS PARA DESCREVER A RESPIRAÇÃO -Respiração de Cheyne-Stokes: ciclo respiratório com aumento da frequência e da profundidade até um determinado ponto, depois diminuição da frequência e da profundidade, seguido de um período de apnéia (20’’ ou +) Tem relação com aumento da pressão intracraniana, ICC, doença renal, meningite e excesso de drogas. -Respiração de Kussmaul: aumento da frequência e profundidade ; respiração difícil -Respiração de Biot: semelhante a resp. de Cheyne-Stoke 9 Problemas comuns relacionados à oxigenação • Dispnéia – respiração difícil ou trabalhosa, respiração curta • Sibilos – som agudo ouvido principalmente na expiração (com ou sem estetoscópio) • Cianose – coloração azulada da pele que surge como indicador tardio da hipóxia • Tosse – irritação do trato respiratório, ocasionada por secreção ou presença de corpo estranho • Expectoração – ocasionada por maior quantidade de secreção ou maior lentidão ou estase sanguínea nos pulmões • Fadiga ou fraqueza muscular – ocorre inadequada oxigenação muscular ou cerebral (desmaio, vertigens, distúrbios dos processos mentais) • Baqueteamento dos dedos - observa-se o baqueteamento dos dedos como sinal de doença pulmonar nos pacientes com condições hipóxicas crônicas. No início ele se apresenta como retificação do ângulo entre a unha e sua base. OXIGENIOTERAPIA Consiste na administração de oxigênio numa concentração de pressão superior à encontrada na atmosfera ambiental para corrigir e atenuar deficiência de oxigênio ou hipóxia. CONSIDERAÇÕES -O oxigênio é um gás inodoro, insípido, transparente e ligeiramente mais pesado do que o ar; -- Alimenta a combustão - afastar aparelhos elétricos da cama e da fonte de O2; - Necessita de um fluxômetro e um regulador de pressão para ser liberado; - Os equipamentos devem ser higienizados e trocados conforme rotina estabelecida, evitando infecção cruzada. -A determinação de gases arteriais (gasometria e oximetria) é o melhor método para averiguar a necessidade e a eficácia da oxigenioterapia; - Pode ser iniciada pelo enfermeiro (em situação de urgência), mas é fundamental comunicar a intercorrência ao médico, pois este, geralmente é o profissional responsável pela tomada de decisão (prescrição) de iniciar e suspender a oxigenioterapia. 10 Riscos da Oxigenioterapia • Edema, hemorragia (lesão na membrana dos capilares alveolares), necrose das células alveolares – alta concentração de O2 por tempo prolongado. • Apnéia: ocorre com a administração de O2 em pacientes com DPOC, pois nestes o que estimula os movimentos respiratórios é a baixa concentração de O2. • Efeitos tóxicos sobre os pulmões e SNC podem deprimir a respiração devido a destruição e diminuição do surfactante, edema pulmonar de origem não cardíaca. As complicações respiratórias decorrem da exposição a concentrações de O2 elevadas: Riscos da Oxigenioterapia • Destruição do crescimento do nervo óptico e lesão dos capilares da retina causando graus variáveis de perda visual e cegueira administrado em alta concentrações no recém- nascido prematuro. • Anemia causada pelo aumento da destruição das hemácias. angustia subesternal, parestesia, dispnéia, inquietação, fadiga, dificuldade respiratória progressiva, infiltrados alveolares visualizados no RX. Sinais e sintomas de toxidade 11 Sistemas de baixo fluxo de oxigênio: Fornecem uma parte da quantidade do ar que é inspirado. A fração de oxigênio inspirado (FiO2) vai variar dependendo da: - frequência respiratória - volume corrente - fluxo em litros * É contra indicada em casos que exigem concentrações precisas de O2. SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 Sistemas de baixo fluxo de oxigênio: Equipamentos usados: SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 cânula nasal cateter de O2 máscara facial simples máscara de reinalação e sem reinalação. 12 Sistemas de alto fluxo de oxigênio: Proporcionam volume total de ar inspirado e mantêm concentração de O2 com maior exatidão. Método indicado para pacientes com respiração rápida ou muito profunda. SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 Sistemas de alto fluxo de oxigênio: Equipamentos usados: máscara de Venturi, máscara de macronebulização ou tenda facial, colar de traqueostomia e tubo T. SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 13 Sistemas de alto fluxo de oxigênio: SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 Sistemas cercados Equipamentos usados: tenda, capacete, incubadora SISTEMAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE O2 14 MÉTODO PERCENTAGEM DE O2 ADMINISTRADO FLUXO EM LITROS OBSERVAÇÕES Cânula Nasal (pronga ou caterer tipo óculos) 21% e mais 3% por litro 0,5 a 6 l/min Resseca mucosa. Administração limitada de O2 Facil de usar e bem tolerado Contra indicado quando tem obstrução nasal Cateter nasal idem Menor de 3 l/min Não há vatagem em relação a cânula nasal. Em criança não é recomendado devido desconforto e risco de trauma e distensão gástrica Tenda de O2 40% a 50% 7 a 15 l/min Em pediatra: desvantagem em relação ao manuseio da criança, pode ser necesário colocar cânula nasal para alimentar a criança Máscara facial simples 35% a 50% 5 – 10 l/min Não é sistema estavel. Bom para períodos pequenos como transporte, procedimentos. Para alimentação o fluxo de O2 é interrompido Máscara de Venturi 24% a 50% 3 a 15 % Permite ajustar o percentual de O2 administrado conforme as peças utilizadas. Para alimentação o fluxo de O2 é interrompido Mascara com reinalaçao parcial 40% a 60% 6 a 10 l/min Permite maior concentração de O2 Para Pra a alimentação o fluxo de O2 é interrompido 15 Máscara sem reinalção 60% a 95% 6 a 10 l/min Permite maior concentração de O2 Para Para a alimentação o fluxo de O2 é interrompido A criança inala apenas gases da bolsa; assim dobras na tubulação podem causar hipoxia. Bolsa- válvula mascara 65 a 95% 10 – 15 l /min Excelente para ventilação assistida Administração de oxigênio por cateter Material: • Fonte de oxigênio – canalizada ou torpedo • Válvula redutora (reduz a pressão de oxigênio dentro do torpedo) • Manômetro • fluxômetro - litro por minuto BANDEJA CONTENDO: • Umidificador (esterilizado ou desinfetado) – preencher até o nível indicado, com água destilada estéril • Intermediário de silicone ou plástico, estéril, com no máximo 3 mt. • Cateter de oxigênio, tipo sonda – criança nº 4 – 6, adulto 8 – 10, ou tipo óculos • Abaixador de língua • Soro fisiológico 0,9%para lubrificar • Esparadrapo ou micropore® • Pacote de gaze • Copinho descartável para o soro • Luva de procedimento 16 Administração de oxigênio por cateter Procedimento: • Lavar as mãos • Orientar o cliente quanto a técnica e sua importância • Conectar umidificador à fonte de O2 com água destilada no nível indicado • Testar as narinas do cliente, fechando uma das narinas com o dedo indicador e observando o fluxo de ar durante a expiração. Pode ser necessário fazer uma limpeza antes da introdução docateter • Abrir pacote de gaze • Colocar luvas de procedimento • Abrir o invólucro do cateter • Segurar o cateter com a mão dominante, com gaze estéril Administração de oxigênio por cateter • Medir do lóbulo da orelha até a ponta do nariz e dividir esta medida ao meio • Umidecer a ponta do cateter com SF 0,9% ou AD • Hiperestender a cabeça e fazer deslizar o cateter até a medida demarcada • Observar sinais de asfixia • Fixar o cateter e conectá-lo ao intermediário • Ajustar a velocidade do fluxo conforme a prescrição • Instruir o cliente que respire pelo nariz • Organizar o ambiente e lavar as mãos • Fazer os registros de Enfermagem 17 Administração de oxigênio por cateter Atenção para: • Vazamento de O2 pelas conexões • Fluxômetro com defeito • Volume do fluxo de oxigênio • Cateteres obstruídos • Realizar trocar o cateter a cada 8 ou 12 horas alternando de lado para evitar a formação de crostas e ulcerações de mucosa • Trocar umidificador a cada 24 horas • Manter nível de água no local indicado • Dobra do intermediário • Possíveis desconexões com a mobilização do paciente • Conferir fixação do cateter • Alterações no comportamento do paciente, cor da pele, respiração, alterações de sinais vitais Aerossolterapia / nebulização É uma forma de tratamento das varias afecções pulmonares, por meio de substâncias especiais associadas ao O2 ou ar comprimido. Objetivo: • Diminuir a inflamação e congestão das mucosas em resfriados, gripes, sinusites, edema de laringe e laringites • Facilitar a expectoração e diminui a tosse nas infecções pulmonares • Umidecer o ar após cirurgias de garganta • ou laringe • Promover broncodilatação • Administrar medicamento * A maior parte da absorção de substancias inalada se dá na superfície mais vascularizada dos alvéolos Nebulizadores que produzem partículas “grande” (5 micras ou mais) quando se pretende atingir os grandes brônquios e partículas “pequenas” (1 a 4 micras) quando se deseja atingir os brônquios terminais ou canais alveolares. 18 Aerossolterapia / nebulização Material: • bandeja • fonte de O2 ou ar comprimido • intermediário • solução prescrita • seringa para medir dose prescrita s/n • nebulizador com máscara bucal (crianças – máscara boca-nariz) • recipiente para expectoração • toalhas ou lenços de papel • manômetro – fluxômetro Aerossolterapia / nebulização Procedimento: No posto de enfermagem • Lavar as mãos • Conferir prescrição e solução (5 certezas) • Dispor sobre a bandeja: - a solução nebulizadora - a máscara e o copinho inalador - o intermediário e fluxomêtro • Colocar a solução nebulizadora no copinho inalador e conectar este a máscara. Usar seringa para medir caso o copinho não seja graduado. Diluentes para nebulização: * O líquido deve ser estéril e em dose individual (ampolas de 5 ml de AD ou SF 0,9%) - SF 0,9% de 250ml não deve ser usado, pois contamina ao ficar exposto ao ambiente após aberto e por longo período). 19 Aerossolterapia / nebulização No quarto do cliente • Conferir o quarto, leito e nome do cliente • Orientar o cliente • Colocá-lo em fowler e semi-fowler • Conectar o fluxomêtro na fonte • Conectar o intermediário ao copinho inalador e junto à fonte • Colocar a toalha sobre o peito • Oferecer o nebulizador, ajusta-la à face ou segurá-la na posição dependente • Acionar a válvula, 3 a 5 l/min até visualizar a névoa • Orientar para que permaneça com a boca semi-aberta, inspirando profundamente e não conversar (em pediatria retirar o bico) • Tempo de 15 a 20 min. com apenas SF e com medicação até desaparecer a névoa ou quando terminar o medicamento • Atentar para a reações durante nebulização • Recolher material e dar destino conforme rotina da instituição • lavar as mãos, fazer anotações e checar. TIPOS DE DISPOSITIVOS PARA ADMINISTRAR MEDICAMENTO INALATÓRIO AD: AEROSSOL DOSIMETRADO COM OU SEM ESPAÇADOR IPO: INALADORES DE PÓ NJ: NEBULIZADORES DE JATO NU: NEBULIZADORES ULTRA-SÔNICOS 20 AEROSSOL DOSIMETRADO (AD)???? O QUE É ISSO????? Não oferece oxigênio! Mas é o mais novo medicamento inalatório utilizado no tratamento de pacientes com problema respiratório crônico. O aerossol é uma suspensão de partículas sólidas e gotículas de líquido no ar Tem capacidade alcançar e se depositar nas vias aéreas inferiores. A deposição pulmonar média de um aerossol é de aproximadamente 10% da dose inalada, variando de 6 a 30%, dependendo do dispositivo, droga, técnica de uso e grau de obstrução das vias aéreas superiores. A pressão no interior do dispositivo é 4 x maior do que a da atmosfera, após disparo do AD as partículas são com 40 micra de diâmetro e a 100 km/h. Por isso é aconselhavel distanciá-los de 3 a 5 cm da boca, para haver tempo de evaporação do propelente e consequente redução do diâmetro e da velocidade do aerossol AEROSSOL DOSIMETRADO VANTAGENS: Portátil de bolso Custo inferior à maioria dos inaladores de pó Múltiplas doses: 120 a 300 Disponíveis na maioria das drogas Propelente hidrofluoralcano não lesa a camada de ozônio DESVANTAGENS: Necessidade de coordenação entre o disparo e o inicio da inspiração Temores: lesão coração e viciar Efeito colateral na orofaringe: rouquidão e candidíase Variação da percentagem de aerossol liberado: final das doses do frasco 21 TÉCNICA DE USO DOS AEROSSÓIS DOSIMETRADOS Agitar o frasco antes de acionar: não sacudir o dispositivo reduz a deposição pulmopnar em 36% Posicionar o bocal verticalmente e de 3 a 5 cm da boca - pode aumentar a deposição pulmonar - risco de direcionar o jato de aerossol para a face ou olhos - acionar dentro da boca não é considerado erro Manter a boca aberta caso o disparo seja distante da boca Expirar normalmente para evitar broncoespasmo Acionar no inicio de inspiração lenta e profunda Fazer pausa pós- inspiratória de no mínimo 10 segundos COMO SABER SE HÁ MEDICAMENTO NO DISPOSITIVO? QUANDO O PACIENTE NÃO CONSEGUE COORDENAR A RESPIRAÇÃO?? Recomendado usar o espaçador Fonte:http://www.asmabronquica.com.br/paciente/spray_dosificador.html 22 ESPAÇADOR Varios modelos e materiais VANTAGENS: Facilita o uso de AD: não é necessário sincronizar respirção com disparo. Reduz deposição orofaringe em mais de 10 x Aumenta deposição pulmonar Uso de AD nas crises: tão eficaz, com menor dose e custo e mais rápido que NJ Uso de AD independente da idade, incluindo recém- nascidos e idosos debilitados DESVANTAGENS: Dificuldade de transporte Necessidade de limpeza peródica; mensal Atração eletrostática do aerossol nas paredes do espaçador (tecnica de limpeza) Deposição pulmonar varia com o dispositivo/droga/técnica Custo de aquisição Fomte: http://www.sbpt.org.br/downloads/arquivos/COM_ASMA/Conf_Dispositivos_Inalat_Florianopolis_2009.pdf 23 Aspiração de Secreções Consiste na aplicação de sucção do trato respiratório com objetivo de remover secreções das vias aeríferas superiores e inferiores, quando estas não são eliminadas espontaneamente pelo paciente. Indicação: * Pacientes com impossibilidade de remover e eliminar secreções, por fatores como alteração do nível de consciência (sonolência, agitação, confusão mental, coma) e em crianças, por não terem a compreensão necessária sobre expectoração * Pacientes entubados ou traqueostomizados Aspiração de Secreções Preparando o material para aspiração: • Fonte de vácuo • Frasco coletor de vidro ou plástico • Intermediário de silicone • Sondas de aspiração (calibres: adulto nº 12 a18 e criança 8 a 12); • Frasco de SF a 0,9% ou água destilada • Luva de procedimento • Pacote de gaze estéril • Estetoscópio • Saco de lixo • Máscara descartável, óculos, avental(EPI) • Ressuscitador manual (ambú) Organize o material a mesa: •Teste a fonte •Confira se o frasco coletor está bem conectado •Observe o prazo de validade de esterilização do material •Escolha a sonda de acordo com características físicas do cliente 24 Aspiração de Secreções Oral e Nasal (atualizada conforme normas da CCIH/hu/UFSC) • Observe no paciente sinais sugestivos de presença de secreções, ruídos, dispnéia, cianose • Oriente-o sobre o procedimento • Lave as mãos • Abra pacote de sonda na extremidade distal da sonda, adaptando-a ao intermediário, mantendo-a protegida dentro do invólucro • Abra o pacote de gaze estéril • Calce a luva de procedimento • Segurar a extremidade da sonda com uma gaze estéril ou calçar a luva plástica estéril na mão dominante • Lubrifique a ponta da sonda p/ inserção nasal, prevenindo traumatismo Realizada quando o paciente apresenta secreções orais/nasais e não consegue eliminá-las espontaneamente por meios de tosse e expectoração Aspiração de Secreções Oral e Nasal • Ligar o aspirador • Clampeie o intermediário, teste a sucção • Tempo entre introdução e retirada não deve passar de 5” se em traqueostomia • Introduza a sonda de aspiração clampeada, desclampeie e com movimentos rotatórios faça a aspiração e vá retirando a sonda com cuidado; Se for aspirar as duas cavidades a sequência é nariz - boca (*) e use uma sonda para cada local. • Voltar a fazer o procedimento, quantas vezes for necessário. Deixar o paciente descansar 20 a 30” para repetir a aspiração. (*) Considere aspiração boca-nariz para crianças acordadas com muita secreção – trocar sonda de um local para outro. Em pacientes comatosos, em tubo a ordem é tubo-nariz-boca – trocando as sondas. 25 Aspiração de Secreções Oral e Nasal • Não limpar a sonda e o intermediário entre as aspirações com líquidos em recipientes não estéril (copinho, frasco). Se a sonda estiver obstruida de secreção, trocá-la. •Se tiver condições, peça para tossir antes de uma nova aspiração • Despreze a sonda enrolando-a sobre a mão calçada com luva, puxando a luva sobre a sonda, desprezando-a no saco de lixo comum • Para lavar o intermediário, aspire, com a ponta do intermediário em torno de 30 ml de SF • Proteja a ponta do intermediário com gaze ou com o invólucro plastico da sonda • Feche a válvula da fonte de aspiração • Organize o ambiente, recolha o material, lave as mãos e proceda o registro de enfermagem. Aspiração Traqueal • Eleve a cabeceira (se não houver contra indicação) facilitando a expansão pulmonar • Lave as mãos e prepare o material para aspiração •Explique o procedimento para o cliente mesmo que não esteja consciente • Conferir o nº da sonda com o tubo traqueal • A frequência da aspiração será determinada pelas condições do cliente, características das secreções e modalidade respiratória. •Abra pacote de sonda na extremidade distal da sonda, adaptando-a ao intermediário, mantendo-a protegida dentro do invólucro Retirada de secreções traqueais e pulmonares por sucção, podendo ser por meio do tubo endotraqueal, nasotraqueal ou traqueostomia 26 Aspiração Traqueal • Em pacientes com ventilação mecânica proceda alguns cuidados específicos: - Fazer a pré-oxigenação com ambú ou ajuste da fração do oxigênio inspirado conforme rotina hospitalar - Fazer a instilação traqueal com 3 ml de H2O estéril no tubo e ambuzar 3 vezes antes de aspirar - Desconectar o ventilador • Calçar a luva de procedimento • Ligar o aspirador com a mão não dominante • Calçar a luva de aspiração na mão dominante (pode ser: luva estéril ou luva plástica estéril) • Retira sonda do pacote com a mão dominante •Pinça o intermediário • Introduza delicadamente a sonda no tubo ou cânula (não ultrapassando o comprimento tubo ou cânula) Aspiração Traqueal • Desclampeie o intermediário inicie movimentos rotatórios e ao mesmo tempo vá puxando a sonda para trás com o objetivo de retirá-la •Repita a aspiração 3 a 4 vezes, sendo que cada uma não deve ultrapassar a 5 segundos; neste intervalo deve ser retomada a oxigenação anterior • Pacientes em ventilação mecânica, ventilar com ressuscitador manual de 3 a 4 vezes entre uma aspiração e outra. Após aspiração, reajuste a FIO2 ao prescrito • Descarte no lixo o material utilizado • Trocar o frasco coletor, intermediário e frasco de SF de acordo com a rotina da instituição • Proteger frasco de SF após aberto (uso exclusivo de cada paciente) • Se o paciente não apresentar secreção, deve-se fazer a instilação e aspiração a cada 2 ou 3 horas, pois evita a formação de “rolha”. Em caso cianose, diminuição do nível de consciência, alteração na frequência cardíaca e o ritmo modificarem durante o processo, interrompa a aspiração. 27 Aspiração de secreções Alguns cuidados na aspiração: • Desprezar a sonda de aspiração no lixo comum (ou conforme rotina institucional) e o intermediário de silicone reprocessado na CE • Não utilizar a mesma luva para aspirar mais que um paciente • Poderá ser deixado na mesa ao lado do cliente, todo o material necessário para aspiração • Se houver serviço de fisioterapia, proceder à aspiração após tapotagem • Não se deve ficar de frente á aspiração de traqueostomia ou paciente entubado • Higiene oral!!!! Traqueostomia É um procedimento cirúrgico no qual uma abertura é feita na traquéia - pode ser temporária ou permanente. Desviar-se de uma obstrução das vias aéreas superiores Remover secreções traqueobrônquicas Permitir o uso prolongado de ventilação mecânica. * Idade avançada * Fraqueza * Doenças neuromusculares * Disfunção laríngea * Trauma * Queimaduras e corrosivos * Corpo estranho * Infecções * Neoplasias * Manejo pós-operatório* Anomalias congênitas 28 A musculatura prétraqueal (esternoióideo e esternotireóideo) é separada na sua face mediana e afastada, lateralmente. Uma incisão horizontal é então realizada entre o terceiro e quarto anel traqueal. Traqueostomia Traqueostomia Depois que a traquéia é exposta, um tubo de traqueostomia com balão é inserido. O balonete (cuff) é um dispositivo inflável ligado a um tubo de traqueostomia, que se destina a ocluir o espaço entre as paredes da traquéia e o tubo. 29 Traqueostomia COMPLICAÇÕES 1. Intra-operatórias * Sangramento * Mau posicionamento do tubo * Laceração traqueal * Lesão do nervo laríngeo * PCR 2. Complicações precoces * Sangramento * Infecção da ferida * Obstrução da cânula * Desposicionamento * Disfagia 3.Complicações tardias * Estenose traqueal e subglótica * Fístula traqueoesofágica * Fístula traqueocutânea CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA - mudança frequente do cadarço - curativo asséptico enquanto hospitalizado - curativos 8/8 hs e SN (depende da rotina dos serviços) - justificativa para o cuidado com a traqueostomia incluem: promoção da cicatrização do ostoma, a prevenção da infecção, a manutenção de uma via aérea permeável e maior conforto ao paciente. 30 Para limpeza da cânula interna você precisa de: - Luvas estéril - Soro fisiológico (ou outra solução utilizada como rotina) - Cuba rim - Escova pequena e macia ou escova de limpar cachimbo ou pacote de curativo - Gaze estéril - Saco de lixo - Cadarço - ATENÇÃO: curativo e limpeza de cânula no domicilio não necessita de técnica asséptica porém durante a hospitalização faz-secom técnica séptica Curativo de Traqueostomia (com cânula interna) Procedimento: • lave as mãos e calce as luvas de procedimento e explique o procedimento para o paciente; • com uma das mãos segure a ponta que contém a área de fixação e com a outra mão gire a cânula interna para soltá-la de sua fixação; • puxe a cânula interna para fora do tubo; • coloque a cânula interna numa vasilha que contenha soro fisiológico estéril, água destilada ou conforme rotina; Curativo de Traqueostomia (com cânula interna) 31 Procedimento - use uma escova pequena e macia para remover a secreção ou utilize pinça para passar de um lado para o outro da cânula até que esta fique totalmente limpa; - lave a cânula com soro fisiológico certificando-se de que toda a sujeira seja retirada e reserve-a sobre uma gaze estéril; - com gaze embebida em soro fisiológico ou água destilada, limpe a área externa da traqueo, com cuidado de não deixar qualquer corpo estranho (secreção ressecada, por exemplo) entrar pelo tubo; - Retire a luva e calce outra luva estéril - segurando a cânula pela ponta que contém a área de fixação, com a curva para baixo, recoloque-a gentilmente e gire para fixá-la; - Troque o cadarço. Curativo de Traqueostomia (com cânula interna) 1. Lavar as mãos. 2. Explicar ao paciente o procedimento. 3. Preparar todo o material (03 pacotes de gazes esterilizadas, 01 frasco de SF a 0,9%, 02 pares de luvas estéril, 01 cadarço, saco de lixo). 4. Abrir o material. 5. Calçar uma luva de procedimento na mão dominante 6. Retirar as gazes velhas. 7. Desprezar a luva. Curativo de Traqueostomia (com Luva) 32 8. Calçar a luva estéril na mão dominante (com esta mão manipular material estéril - limpar o estoma com soro fisiológico e gazes estéreis (fazer sempre com a mão enluvada). 9. Calçar a outra luva esteril na mão não dominante para secar a área 10. Trocar as luvas por outro par de estéril 1. Colocar gazes estéreis ao redor do estoma, conforme figura ou duas folhas de gaze uma em cada lado da cânula 2. Trocar o cadarço 3. Desprezar as luvas. 4. Deixar o paciente confortável e o ambiente em ordem Curativo de Traqueostomia (com Luva) Curativo de Traqueostomia (com Luva) Atentar para: • O curativo deve ser mantido seco, devemos troca-lo quantas vezes for necessário, isto evitará maceração da pele e desconforto ao paciente provocado pela umidade de secreções no local. • O cadarço deve ser colocado para manter a cânula bem posicionada, portanto, devemos observar para que o mesmo não fique frouxo ou mesmo apertado. • Observe sempre se a região em volta do orifício apresenta sinais de irritação ou infecção. Ao perceber que a área está irritada, reduza a umidificação ao redor do orifício, usando apenas água estéril para a limpeza e comunique o médico. 33 Drenagem Torácica É a Introdução de um tubo na cavidade pleural com objetivo de retirar ar ou líquido, auxiliando no retorno da pressão negativa. Sempre que por algum motivo o tórax é aberto ocorre perda da pressão negativa podendo levar a um colapso pulmonar que pode levar a um comprometimento cardiopulmonar. Pneumotórax (ar) Hemotórax (líquido) Princípio da drenagem torácica: Esta drenagem depende: - da gravidade - da mecânica da respiração: - da aspiração pelo acréscimo de vácuo sob controle. Dreno é inserido no espaço pleural. O frasco deve ficar conectado a um frasco coletor com selo d’agua 34 Principio do selo d’água: O intermediário do dreno é conectado a um frasco, com líquido no interior atuando como um selo que permite a drenagem de ar ou líquidos, não permitindo a reentrada do ar. Este selo funciona como válvula unidirecional também denominada drenagem pleural fechada ou drenagem em selo d’água A sifonagem subaquática evita que ocorra o pneumotórax aberto que é a entrada de ar atmosférico na cavidade torácica (cavidade pleural, pericárdica ou mediastinal), mantendo em equilíbrio da pressão intratorácica, que é negativa em relação à atmosférica Tipos de sitemas de drenagem: -Sistema de frasco único -Sistema de dois frascos. -Sistema de três frascos Sistema de frasco único em selo d’água - o tubo mergulha cerca de 2,5 cm abaixo do nível d’água; - o frasco possui um “ladrão” orifício na tampa do frasco para escape de ar; - o nível d’água oscila quando o paciente respira (sobe quando inspira e desce quando inspira; Pode haver borbulhamento devido: - extravasamento de ar vindo do pulmão ou um vazamento no sistema. 35 Frasco coletor graduado cuidados de enfermagem A câmera de coleta do frasco coletor deve ser graduada de acordo com a superfície corpórea do paciente. Portanto, as graduações do frasco coletor - Adulto:são utilizados frascos grandes com cpacidade para drenagem de até 2000 ml. Graduação de 50 ml - Pediátrico: são utilizado fracos de menor volume (250 mL) e as graduações devem monitorar incrementos de 5 ou 10ml de líquido acumulado - Preparo do novo frasco coletor: * Verificar o estado da embalagem, o produto e o prazo de validade. * Abrir o novo frasco coletor de modo que o interior do mesmo permaneça estéril. * Adicionar, de acordo com o volume do frasco, 250 ml ou 500 ml de solução fisiológica estéril ou água destilada estéril no novo frasco coletor, de modo a atingir a marca do nível líquido mínimo obrigatório. Rotina para o manuseio e troca do frasco refil A frequência da troca do selo d’agua deverá ser diária ou quando o mesmo estiver repleto ou a critério médico. * Preparar um novo frasco antes de abrir a tampa do frasco em uso, que vai ser desprezado. •Utilizar luvas estéreis e seguir as normas da comissão de infecção hospitalar. * A troca do frasco antigo pelo novo deverá ser rápida e precisa, para isto o novo frasco deverá já estar preparado. * Pinçar o tubo de drenagem por curto período de tempo, ou seja, somente pinçar o dreno torácico para uma rápida troca do frasco coletor. Drenagem torácica 36 Como proceder o registro de enfermagem : •Data, hora, volume drenado a cada hora ou a cada 24 horas, coloração do líquido drenado: - seroso citrino - seroso fibrinoso - seroso purulento - seroso hemático - hemático -presença de oscilação da coluna líquida - presença de borbulhamento (fístula aérea) - característica do curativo oclusivo (ferida cirúrgica) Drenagem torácica Drenagem Torácica Cuidados de enfermagem com drenagem torácica ORIENTAÇÕES AO PACIENTE E FAMÍLIA Orientar que não se deve elevar o frasco coletor acima do nível da cintura, para evitar o refluxo de líquidos do frasco coletor para a cavidade torácica. * Orientar como manter o tubo drenagem quase esticado, sem formar sinuosidades acentuadas, dobras ou acotovelamentos. * Também, deve-se orientar que o paciente não deite em cima do tubo de drenagem de modo a não obstruí-lo. * Orientar como se devem evitar movimentos corpóreos bruscos de modo a não tracionar o tubo de drenagem, o que pode provocar desconexões, deslocamento doloroso ou arrancamento do dreno torácico. * Avisar imediatamente ao médico, em caso de desconexão acidental ou sangramento. 37 *A tampa do Sistema coletor de drenagem pleural deve ser rosqueada ao frasco coletor de modo correto e firme. * A faixa adesiva de fixação é de extrema importância para o conforto do paciente e deverá ser fixada no flanco do paciente (Ela evita que as trações do tubo de drenagem do Sistema coletor de drenagem pleural sejam transmitidas ao(s) ponto(s) de fixação cirúrgica do dreno torácico com a pele). Drenagem torácicaComponentes: Frasco coletor (1), Etiqueta volumétrica graduada (2), Tampa (3), Alça de transporte (4), Tubo de drenagem (5), Conector cônico (6), Tubo selo d’água (7), Presilha (8),Respiro da saída de gases (9) Fisioterapia Respiratória Tem como objetivo remover secreções brônquicas melhorar a ventilação, e aumentar a eficiência dos músculos respiratórios. Drenagem postural (drenagem brônquica segmentada): Utiliza posições específicas que permitem a atuação da gravidade na remoção das secreções brônquicas, prevenindo obstrução brônquica. As secreções que drenam dos bronquíolos afetados em direção aos brônquios e traquéia são removidas pela tosse ou aspiração. A aplicação de inalações com broncodilatadoras e agentes mucolíticos antes da drenagem ajuda na remoção da secreção, dilatando os bronquíolos, reduzindo broncoespasmo, diminui espessura da secreção,combate edema das paredes brônquicas. Avaliação pré- drenagem: lobos ou segmentos envolvidos condição cardíaca deformidades estruturais da parede torácica e coluna ausculta do tórax antes e apos o procedimento ajuda a identificar as áreas que precisam ser drenadas e a eficácia do tratamento Deve ser realizada: 2 a 4 vezes ao dia antes das refeições(para prevenir náuseas, vômitos e aspiração);e antes de dormir 38 Drenagem Postural SEGMENTOS PULMONARES E POSIÇÕES - Lobos inferiores, segmentos superiores decúbito ventral com travesseiros sob região genital. - Lobos inferiores, segmento basal anterior decúbito lateral D, braço D sob a cabeça e braço e sobre o corpo, travesseiros sob quadril, perna D esticada e e levemente fletida sobre a D. - Lobos superiores, segmento anterior decúbito dorsal, travesseiros sob os glúteos e braços esticados ao lado do corpo, pernas fletidas. - Lobo inferior, segmento basal lateral decúbito lateral E, braços na frente do tórax, perna E esticada e D levemente fletida sobre a E, travesseiros sob quadril. PERCUSSÃO (Tapotagem) - São manobras rítmicas na parede torácica, com o objetivo de deslocar as secreções respiratórias aderidas à parede brônquica. - mãos em forma de concha - mantendo os dedos unidos - realizar durante 3-5min - evitar áreas com lesões ou doenças ósseas, e sobre as mamas nas mulheres. VIBRAÇÃO - Técnica em que a superfície plana das mãos são utilizadas para realizar sacudidelas nos tecidos para afrouxar as secreções aderidas na parede pulmonar. - colocar uma mão sobre a outra - fazer movimentos vibratórios, durante a expiração do/da paciente na nebulização. 39 BOA NOITE OBRIGADA
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