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INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 CIÊNCIAS DO AMBIENTE • Cap Bandeira (SE/2) 2013 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 AULA 11: ENERGIA E MEIO AMBIENTE CIÊNCIAS DO AMBIENTE INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SUMÁRIO 1. Introdução; 2. Leis da Termodinâmica; 3. Fontes de Energia na Ecosfera; 4. Histórico da Crise Energética; 5. Eficiência do Aproveitamento Energético; 6. A Questão Energética no Futuro; 7. Situação Brasileira. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 INTRODUÇÃO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 INTRODUÇÃO CRISE AMBIENTAL: Aspectos Básicos • Crescimento Populacional • Geração de Resíduos • Demanda de Energia e de Materiais Problema da poluição ambiental surge com quando homem domina o fogo, capacitando-se a impulsionar máquinas e realizar trabalho. Aulas 1, 2 e 3. Aulas 4 a 10. Aulas 11 e 12. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA: • Pela 1ª Lei da Termodinâmica, a energia não pode ser criada nem destruída, apenas transformada. Energia é a capacidade de fazer trabalho útil. 1 Joule (J) é o trabalho realizado por uma força constante de 1 N que faz com que o corpo se mova 1 metro na direção da força. Trabalho é a ação de uma força sobre um corpo em determinada distância. WUUQH 12 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA ENTALPIA: • É a propriedade termodinâmica de um material que depende da temperatura, pressão e da composição desse material. PVUH Pode ser entendida como a combinação de energia térmica (U) com o fluxo de energia (PV). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 • A energia interna varia conforme: TcmU v LEIS DA TERMODINÂMICA ENTALPIA: • Sem variação de pressão, a entalpia varia conforme: TcmH P • Sólidos e líquidos são praticamente incompressíveis. Portanto, pode-se considerar W = 0. E: cv = cP e ΔU = ΔH. Assim: TcmH v Calor específico a volume constante. Calor específico a pressão constante. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA BALANÇO ENERGÉTICO: • Pode-se dizer que a 1ª Lei é equivalente à Lei de Conservação das Massas. Então: Perda de entalpia de um “corpo quente” = Ganho de entalpia de um “corpo frio”. • Para um sistema aberto, um balanço mais completo é: dt Hd dt Hd dt Hd dt dH fluxosaídaentrada )()()( INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA BALANÇO ENERGÉTICO: • Considerando uma região do espaço onde o fluido entre à taxa dM/dT e saia à taxa dM/dT: dt dM Tc dt dT Mc dt dH PP INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA FLUXOS DE ENERGIA: Condução e Convecção • Condução é o fluxo de calor em um material por difusão molecular devido a um gradiente de temperatura. dx dT Ah dt dH tc • Convecção é o fluxo de calor provocado pelo movimento de fluidos em larga escala. sfc TTAh dt dH INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA FLUXOS DE ENERGIA: Radiação • Radiação é o transporte de energia por ondas eletromagnéticas. Envolve 2 processos: a absorção de energia radiante por um objeto e a radiação por este objeto. emitidaabsorvida EE dt dH • Mas: c hE 4TEB 44 meioc TTA dt dH INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA: • Pela 2ª Lei da Termodinâmica, a energia flui sempre de uma região onde está mais concentrada para uma onde esteja menos concentrada. 1 2ln T T Mcs P • O aumento da entropia corresponde à perda de entalpia e ao aumento do grau de “desordem”. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 LEIS DA TERMODINÂMICA SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA: Ciclo de Carnot • Um material se expande contra um pistão que é periodicamente trazido à condição inicial, de forma que, em qualquer ciclo, a variação da energia interna seja zero. 12 QQW 2Q W 2 1 max 1 T T INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES DE ENERGIA NA ECOSFERA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES DE ENERGIA FONTES PRIMÁRIAS: • As radiações provenientes do SOL são a principal fonte de energia da Terra (99% da energia usada pelos ecossistemas). Além do Sol, existem outras fontes de energia primária que são convertidas pelo homem em diferentes formas de energia. Fontes Primárias Renováveis Não renováveis INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES RENOVÁVEIS: Energia das Marés É a que pode ser obtida a partir da variação do nível de água dos oceanos (energia potencial). Energia Geotérmica É obtida do calor do magma existente no interior do planeta. Energia Solar É a energia radiante do Sol. FONTES DE ENERGIA Biogás e biocombus tível líq. Queima do gás resultante da fermentação e decomposição anaeróbia de matéria orgânica. Hidrogênio Combustível gasoso produzido por processos eletroquímicos (eletrólise da água). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES NÃO RENOVÁVEIS: FONTES DE ENERGIA Combustíveis Fósseis São depósitos naturais de petróleo, gás natural e carvão, formados a partir da decomposição de vegetais e animais submetidos a altas pressões e temperaturas. Derivados dos Comb. Fósseis É obtido pelo fracionamento dos combustíveis fósseis (gasolina, OD, querosene,...). Derivados Sintéticos Óleo cru e o gás natural produzidos por liquefação ou gaseificação do carvão. Óleos Pesados Não Convencionais São extraídos de depósitos de petróleo bruto por métodos de recuperação forçada, rochas sedimentares oleosas (xisto) e depósitos arenosos (areias com alcatrão). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES NÃO RENOVÁVEIS: FONTES DE ENERGIA Gás Natural Presente nos depósitos subterrâneos profundos em camadas arenosas, rochas sedimentares, veios de carvão e dissolvido em depósitos de água salgada, a altas temperaturas e pressões. Depósitos Geotérmicos Confinados O calor é liberado por substâncias radioativas encontradas no manto de rochas parcialmente derretidas, localizadas abaixo da crosta terrestre, ou pelo próprio magma. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FONTES NÃO RENOVÁVEIS: FONTES DE ENERGIA Combustíveis Nucleares Principalmente Urânio e Tório, passíveis de fissão nuclear. No processo de fissão, a energia presente no núcleo dos materiais físseis é utilizada para geração de vapor a alta pressão, que, por sua vez, é utilizado para acionamento de uma turbina acoplada a um gerador elétrico. Na fusão nuclear, dois átomos leves se unem dando origem a outro mais pesado. É necessária grande quantidade de energia para aproximar os núcleos dos elementos, mas a energia liberada pela fusão é muito maior. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 HISTÓRICO DA CRISE ENERGÉTICA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 HISTÓRICO DA CRISE ENERGÉTICA REFLEXÃO: • O Homem vem, ao longo dos anos, modificando seu padrão de vida, utilizando a tecnologia para viver mais e melhor; • Issoimplica um maior consumo de energia; • Leia o texto anexo (Energia.pdf) e reflita sobre o desafio que a sociedade enfrenta: como atender ao padrão de vida humano, consumir mais energia e viver em um ambiente mais sadio? INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 HISTÓRICO DA CRISE ENERGÉTICA DISTRIBUIÇÃO APROXIMADA DO CONSUMO DE ENERGIA: Fonte (%) Petróleo 34,9 Carvão Mineral 23,5 Gás Natural 21,1 Energias Renováveis 11,0 Nuclear 6,8 Hidráulica 2,3 Outras 0,5 • Elementos não renováveis são os principais combustíveis. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 HISTÓRICO DA CRISE ENERGÉTICA FATORES POLÍTICOS: • Em 1973, a OPEP promoveu embargo que elevou o barril de petróleo de US$ 2,70 para US$ 10,00. • Em 1979, a Revolução Iraniana provocou uma elevação para cerca de US$ 34,00. • Na década de 1990, acontecimentos políticos não alteraram significativamente o quadro. Em 1999, o barril custava cerca de US$ 30,00. • O petróleo custa em 2013 cerca de US$ 100,00/barril. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 EFICIÊNCIA DO APROVEITAMENTO ENERGÉTICO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA RAZÃO DE ENERGIA LÍQUIDA: REL = Energia obtida / Energia gasta na produção • Quanto maior a REL, maior a eficiência da fonte. Processos Industriais Carvão mineral (superfície) 28,2 Carvão mineral (subterrâneo) 25,8 Gás Natural 4,9 Petróleo 4,7 Carvão gaseificado 1,5 Solar direto 0,9 Transporte Gás Natural 4,9 Gasolina 4,1 Biocomb. (álcool) 1,9 Carvão liquefeito 1,4 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA RAZÃO DE ENERGIA LÍQUIDA: • O Petróleo tem alta REL, pois suas reservas hoje são ricas e acessíveis. À medida que as reservas forem se esgotando, haverá redução da REL dado o aumento da energia gasta na produção. • Usinas Nucleares possuem baixo valor da REL devido à energia gasta na sua construção e produção e também na desativação e no confinamento do lixo produzido. • A saída consiste na CONSERVAÇÃO da energia (entendida como o uso mais eficiente das fontes hoje disponíveis). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 A QUESTÃO ENERGÉTICA NO FUTURO INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA ESTATÉGIAS: • Existem duas correntes que defendem estratégias opostas para enfrentar a crise energética do futuro. • Uma delas segue a linha de conduta tradicional e é conhecida como “trajetória severa” ou “modelo do mundo em crescimento”. • A outra é a chamada “trajetória branda” ou “modelo de crescimento sustentável”. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA ESTATÉGIAS: Modelo do Mundo em Crescimento Ênfase no imediato incentivo para que as companhias de energia elevem seus suprimentos não renováveis (petróleo, gás, carvão e urânio). Construção de novas usinas termoelétricas (carvão e nuclear). Após 2050, haveria a mudança para a total dependência de usinas a fusão nuclear. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA ESTATÉGIAS: Modelo do Crescimento Sustentável Combinação das seguintes medidas: aumentar a eficiência no uso da energia; diminuir o emprego de fontes não renováveis; eliminar usinas nucleares (alegação de que são anti-econômicas e inseguras), aumento do emprego de recursos energéticos solares diretos e indiretos. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Novas Fontes de Energia • O aproveitamento de uma nova fonte de energia deve considerar as seguintes questões: Qual o potencial de aproveitamento em curto, médio e longo prazos? Qual o rendimento esperado? Qual o custo de desenvolvimento, operação e construção? Quais os impactos ambientais, sociais, de segurança (militar e econômica) e como eles podem ser reduzidos? INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis PETRÓLEO • Formado basicamente por hidrocarbonetos, contendo oxigênio, enxofre e nitrogênio. • O petróleo leve contém poucas impurezas e é facilmente refinado, por isso mais valioso. • Aproximadamente 2/3 do petróleo mundial encontra- se em 5 países (Arábia Saudita, Kuwait, Irã, Iraque e Emirados Árabes). • Estima-se que os estoques atenderão o consumo dos próximos 50 anos. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis XISTO BETUMINOSO • São rochas sedimentares com uma mistura de compostos orgânicos em estado sólido ou semi sólido, chamada querogênio. • Seu processamento requer grande quantidade de água, geralmente escassa nas regiões áridas e semiáridas onde estão os principais depósitos. • Novas técnicas de extração e processamento vem sendo estudadas, mas ainda apresentam custo elevado. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis ALCATRÃO • Obtido em depósitos arenosos, suas maiores reservas encontram-se no Canadá. • Possui baixíssimo rendimento: para a produção de um barril de óleo, é necessário meio barril de óleo convencional. • Também causa impactos na água, no ar e no solo. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis GÁS NATURAL • Mistura do gás metano com outros hidrocarbonetos mais pesados (como butano e propano). • Butano e propano podem ser liquefeitos, gerando GLP. • O metano é distribuído em redes. Apresenta baixo custo, alto rendimento e menores impactos ambientais. • O maior produtor mundial é a Rússia (40%) seguida de países do Oriente Médio e da África. • Estima-se que suprimento mundial seja suficiente para os próximos 60 anos. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis CARVÃO • Combustível fóssil mais abundante no mundo. • Geralmente, é queimado em termelétricas, mas também é aproveitado em diversos processos industriais, dentre os quais destaca-se a fabricação de aço. • O impacto da extração é muito alto, destruindo a vegetação e provocando erosão, além de gerar materiais tóxicos que contaminam rios e aquíferos. • Sua queima produz grande quantidade de CO2, sendo, um dos maiores contribuintes da exacerbação do efeito estufa. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis ENERGIA GEOTÉRMICA • Está contida em depósitos sob a forma de vapor seco e úmido e água quente. • A exploração é feita pela perfuração de poços e geralmente é utilizada para o aquecimento ambiental, produção industrial e geração de eletricidade. • Apresenta distribuição difícil, mas é eficiente e emite pouco CO2. • Tem ainda como desvantagens a raridade das fontes, a emissão de amônia, gás sulfídrico e materiais radioativos, além de provocar mal cheiro e ruído na exploração. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Não Renováveis ENERGIA NUCLEAR • A usina nuclear pode ser vista como uma usina térmica, na qual o aquecimento é produzido por fissão nuclear. • O U235 é o combustível mais usado, mas existe em pequena proporção (1/140 em relação ao U238). • Por ser pequena a chance de um nêutron rápido atingir um átomo U235, é preciso transformar os nêutrons rápidos em lentos e aumentar a proporção de átomos físseis à composição do combustível (além do U235, também sãousados o Th232 e o Pu239). INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis HIDROELETRICIDADE • Consiste em aproveitar a energia potencial ou cinética da água, transformando-a em energia mecânica pela turbina e finalmente em eletricidade pelo gerador. • Na maior parte dos países desenvolvidos, este recurso se encontra esgotado. No Brasil e na Noruega, a hidroeletricidade responde por cerca de 90% da produção de energia. • É um dos sistemas mais baratos e possui altíssimo rendimento (mais de 95%). • Os impactos relacionam-se com a construção e a operação do reservatório INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis ENERGIA SOLAR DIRETA • Existem poucas usinas térmicas para aproveitamento da energia solar direta. • A mais conhecida encontra-se na França. • O calor produzido é intenso (cerca de 2760ºC) e essa energia é utilizada para fabricar metais puros, sendo o excedente usado na produção de vapor e eletricidade. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis ENERGIA DAS MARÉS • As usinas maremotrizes encontram-se ainda em fase experimental e vêm se mostrando antieconômicas. • São poucos os locais onde o desnível criado pelas marés acarreta um aproveitamento viável. • No Brasil, a Região Nordeste possibilita as melhores oportunidades para tal atividade. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis ENERGIA EÓLICA • As turbinas eólicas podem produzir energia a custos razoáveis em áreas onde a velocidade do vento varia de 25 a 50 km/h. • Estima-se que o potencial eólico do Brasil seja da ordem de 147.500 MW. • Desvantagem: os centros de demanda necessitam de sistemas alternativos para períodos de calmaria. • Impactos: interferência na migração de pássaros, na transmissão de sinais de rádio e TV e na paisagem. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis BIOMASSA • Supre aproximadamente 15% da energia mundial, principalmente pela queima de madeira e estrume para aquecimento ou para uso em fornos de cozinha. • Impactos relacionam-se com o conflito de uso da terra para agricultura, aumento da erosão, poluição do solo e da água e destruição do habitat, além do lançamento de material particulado. • Dada a elevada umidade, não é muito eficiente. Na queima de madeira, destaca-se a emissão de CO. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis BIOGÁS E BIOLÍQUIDO • Resultam da conversão da biomassa sólida. • São utilizados para aquecimento e cozimento, e os resíduos podem servir como adubo. • A partir da crise do petróleo, o Brasil passou a utilizar o etanol como combustível em automotores. Na década de 1980, 30% da frota brasileira era movida por etanol. • O maior problema dessa alternativa é o uso da terra para fins menos nobres do que a produção de alimentos. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Fontes Renováveis GÁS HIDROGÊNIO • O H2 pode ser queimado em usinas térmicas, carros ou células de combustível que convertem energia química em eletricidade. • Essas células possuem eficiência entre 60% e 80%. • O grande problema consiste no alto custo de produção do gás hidrogênio e no fato dele ser altamente explosivo. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 QUESTÃO ENERGÉTICA PERSPECTIVAS: Aumento da Eficiência no Uso da Energia • Mudança de hábitos: andar a pé ou de bicicleta em pequenos percursos, utilizar transporte de massa, manter luzes apagadas, reduzir o consumo de produtos descartáveis etc. • Aumentar a eficiência do consumo usando menos energia para realizar o mesmo trabalho: maior isolamento térmico doméstico, regulagem de motores, de equipamentos de refrigeração etc. • Empregar menos energia para realizar mais trabalho: veículos aerodinâmicos, células solares etc. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA CONSUMO ENERGÉTICO: • Em 2002, o Brasil apresentou um consumo médio anual de energia comercial da ordem de 1,13 Toneladas Equivalentes de Petróleo por habitante, inferior à média mundial: 1,65 TEP/hab. • À medida que o consumo se aproxima de 2,0 TEP/hab, as condições sociais melhoram. Nos países desenvolvidos, o consumo é superior a 3,0 TEP/hab. • Importa, pois, saber se há recursos disponíveis para a elevação do consumo energético brasileiro. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA PRINCIPAIS RECURSOS E RESERVAS ENERGÉTICAS: • Não foi considerado o pré-sal. Equivalência tem base nos recursos medidos (parte do total) e duração considera o consumo de 2002. Fonte Recursos totais (medido+estimado) Equivalência (103 TEP) Duração estimada (anos) Petróleo (103 m3) 2.080.142 1.388.123 22,2 Carvão Mineral (106 t) 32.353 3.944.070 6840 Gás Natural (106 m3) 331.941 234.842 22,0 Nuclear (t U3O8) 309.370 1.236.287 526,9 Hidráulica (GW ano) 143 236.006/ano --- INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA: Setor Consumo (x 1000 TEP) (%) Indústria 65.078 36,7 Transportes 48.460 27,3 Residencial 20.702 11,7 Energético 14.069 7,9 Usos Não Energéticos 12.864 7,3 Comércio e setor público 8.176 4,6 Agropecuário 8.047 4,5 Total 177.396 100,0 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA PRODUÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA EM 2000: País Geração (106 kWh) Participação Canadá 358 13,2 Brasil 305 11,3 EUA 275 10,2 China 222 8,2 Rússia 165 6,1 Noruega 142 5,2 Japão 97 3,6 Suécia 79 2,9 Índia 74 2,7 França 72 2,7 Outros Países 916 33,9 INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA CONCLUSÕES: • O Brasil possui a maior reserva mundial de hidroenergia, fazendo com que o sistema gerador brasileiro seja diferenciado dos outros países. • O potencial hidroelétrico brasileiro é estimado em 260.095 MW que equivale a 3,92 milhões de barris de petróleo por dia. • O Brasil consome atualmente 100% da energia hidroelétrica que produz. Em relação ao petróleo, o País consome aproximadamente a mesma quantidade que produz. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA CONCLUSÕES: • A atual crise de energia brasileira não é uma crise de fontes alternativas, mas crise de crescimento econômico. • Um problema relevante do potencial hidráulico consiste na inclusão de variáveis ambientais no processo de licenciamento. • O etanol permanece como alternativa interessante, mas o alto preço do açúcar no mercado internacional vem diminuindo o interesse do setor sucroalcooleiro na sua produção. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 SITUAÇÃO BRASILEIRA CONCLUSÕES: • As descobertas de Gás Natural na Bacia de Santos diminuem a dependência desse recurso da Bolívia. • O Brasil é o maior importador de carvão para fabricação de aço, já que o nosso é pouco adequado para esse fim. • Em relação às reservas de urânio, entende-se já dispor de quantidade apreciável, ainda que a prospecção tenha sido realizada em parcela reduzida do território nacional. INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA - IME / SE – 1 FIM
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