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HISTOLOGIA
1 - HISTOLOGIA E SEUS MÉTODOS DE ESTUDO
Histologia: estudo dos tecidos e de como estes se organizam ao construir órgãos.
Tecidos: Conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso. Formados por células e por matriz extracelular (MEC) 
com função de fornecer apoio mecânico para as células e ser um meio para transportar nutrientes às 
células e devolver catabólitos e secreções. MEC e células possuem uma intensa interação entre si.
Uma associação de tipos de células caracterizam a função de uma célula.
PREPARAÇÃO DE TECIDOS PARA O EXAME MICROSCÓPICO
Cortes histológicos são preparados para serem observados em microscópios ópticos, que tem sua imagem 
formada ao passar um feixe de luz pela estrutura, logo estruturas espessas devem ser fatiadas através de 
micrótomos após vários tratamentos:
FIXAÇÃO
Finalidade: evitar a digestão dos tecidos por enzimas da própria célula (autólise) ou de bactérias; 
endurecer os fragmentos; preservar a estrutura e a composição molecular dos tecidos.
Pode ser realizada por métodos físicos ou químicos por soluções fixadoras (soluções de agentes 
desnaturantes ou que estabilizam as moléculas. A penetração dos fixadores deve ser facilitada cortando-
se as peças em partes menores ou realizando a perfusão intravascular. O fixador mais usado é uma 
solução tamponada isotônica de formaldeído a 4% ou glutaraldeído. O procedimento padrão da fixação 
consiste em uma fixação dupla de glutaraldeído tamponado junto a uma 2ª fixação em tetróxido de ósmio 
que preserva e fornece contraste aos lipídios e proteínas.
INCLUSÃO
Para serem cortados de fatias delgadas o tecido deve ser infiltrado com substâncias que forneçam a ele 
consistência rígida, como parafina e resinas de plástico (paraplast), processo denominado inclusão ou 
embebição em parafina, precedido de desidratação e clareamento.
Primeiramente extrai-se a água (desidratação) com banhos em soluções cujas concentrações de etanol 
crescem gradativamente (70 a 100% (Absoluto)), depois substitui-se o etanol por uma solução miscível 
(solvente orgânico) no etanol e no meio de inclusão (parafina), normalmente o xilol. Já translúcidos, os 
fragmentos são colocados em parafina derretida e quente, o calor evapora o solvente orgânico e a 
parafina preenche os espaços do tecido. Quando a parafina se solidifica o tecido fica rígido, sendo 
fatiado pelo micrótomo em fatias de 1-10 micrômetros. Os cortes flutuam em água morna e depois são 
colocados sobre uma lâmina de vidro, onde será corado.
FIXAÇÃO FÍSICA POR CONGELAÇÃO
O tecido é fixado através da congelação, ficando rígido e podendo ser cortado pelo criostato. Não passa 
pelos processo de desidratação e inclusão. O congelamento não inativa maioria das enzimas e mantém 
muitas proteínas em suas formas naturais e locais originais. Estudo de lipídios, pois o xilol o dissolve.
COLORAÇÃO
Os tecidos são incolores. Os corantes podem ser basófilos ou acidófilos.
Corantes básicos: Azul-de-toluidina, azul-de-metileno e hematoxilina.
Tecidos que reagem com corante básico contêm ácidos na sua composição.
Corantes ácidos: orange G, eosina, fucsina ácida.
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 1
Corantes ácidos coram estruturas acidófilas, como mitocôndrias.
O corantes mais usado é o hematoxilina-eosina (HE), onde a hematoxilina cora em azul ou violeta 
estruturas ácidas e a eosina cora em rosa colágeno e citoplasma.
Outros: Tricrômicos: Corantes de Mallory e de Mason. 
• Os corantes não oferecem informação sobre a natureza química dos componentes do tecido.
As células e seus limites são visíveis através de um contracorante aplicado para poder visualizar os 
contornos das células e do núcleo, ou pela impregnação por metais (prata e ouro - tecido nervoso).
O procedimento todo dura de 12 h a 2 dias.
MICROSCOPIA DE LUZ
As preparação são observadas no microscópio de luz através da luz que atravessa o espécime. O 
componente óptico é composto pela lente condensadora (concentra a luz e projeta um feixe de luz no 
espécime), lestes objetivas (recebe a luz e projeta uma imagem aumentada às oculares que amplia mais a 
imagem e a projeta na retina.
Cálculo da ampliação total: multiplica-se o aumento da objetiva pelo aumento da ocular.
RESOLUÇÃO
O poder de resolução é a menor distância entre 2 partículas ou entre duas linhas a qual permite que elas 
sejam vistas como dois objetos separados, fornecendo imagem aumentada com muitos detalhes. No 
microscópio óptico a resolução é de 0,2µm, que permite aumentos de 1.000 a 1.500x. A resolução 
depende somente da objetiva.
MICROSCOPIA DE CONTRASTE DE FASE E DE CONSTRASTE DIFERENCIAL DE INTERFERÊNCIA
Partes de espécimes não coradas possuem quase que a mesma densidade óptica, pelo fato da luz mudar 
sua velocidade ao atravessar estruturas celulares e extracelulares com índices de refração diferentes, as 
estruturas são evidenciadas como mais claras ou mais escuras. A microscopia de constraste diferencial 
(Nomarski) produz uma imagem aparentemente 3D.
MICROSCOPIA DE POLARIZAÇÃO
Em tecidos com moléculas e átomos com alto grau de orientação (celulose, microtúbulos) colocados entre 2 
filtros polarizadores (Nicol ou Polaroid) o plano de vibração da luz do 1º filtro será modificado, mostrando as 
estruturas como luminosas contra um fundo escuro ao passarem pelo 2º filtro, capacidade esta (girar o 
plano de vibração da luz polarizada) denominada birrefringência.
MICROSCOPIA CONFOCAL
Pode ocorrer a superposição de vários planos do delgado corte do tecido que aparece em um mesmo foco, 
o que deteriora a imagem. Um plano muito delgado pode ser focalizado ao iluminar o espécime com um 
feixe estreito de luz, a imagem passa por um pequeno orifício, bloqueando as imagens dos outros planos 
que não são o focalizado. A iluminação provêm de uma fonte de laser que deve ser varrido sobre o 
espécime, a luz refletida pelo espécime é capturada por um detector, onde um amplificador amplia o sinal a 
ser captado por um monitor. Depende de computação para reunir os planos de um espécime.
MICROSCOPIA DE FLUORESCÊNCIA
Secções de tecidos irradiadas com luz ultravioleta emitem luz na porção visível do espectro, fazendo com 
que as substâncias fluorescentes apareçam brilhantes. Substâncias fluorescentes, como o alaranjado de 
acridina podem ser usadas como corantes fluorescentes, pois combina-se com o DNA e o RNA, deixando o 
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 2
DNA com coloração verde-amarelada e o RNA com cor vermelho-alaranjada. Outra substância: isotiocianato 
de fluoresceína - FITC.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA
Baseia-se na interação entre elétrons e componetes dos tecidos. Pode ser:
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO
Com resolução de 0,1µm (aumento de 400.000x) é usado somente para partículas isoladas. Funciona a 
partir da liberação pelo aquecimento de um filamento metálico (catodo - de tungstênio) em vácuo. A 
diferança de voltagem entre o catodo e o anodo atraem os elétrons para o anodo acelerando até altas 
velocidades. Ao passarem pelo orifício do anodo é formado um feixe de elétrons que no tubo do 
microscópio passa no interior de bobinas elétricas sendo desviado, sendo as bobinas lentes 
eletromagnéticas. A 1ª lente é uma condensadora (focaliza os feixe de elétrons no espécime). Alguns 
elétrons interagem com os átomos do espécime e vão em direção à lente objetiva, formando uma 
imagem aumentada do objeto que é projetada em outras lentes que aumentam ainda mais. Um detector 
de elétrons é necessário para se observar a imagem, que éproduzida pelo balanço da quantidade de 
elétrons que atingiram o detector e elétrons que foram retidos no tubo, a imagem é em preto-e-branco. 
As áreas escuras são as elétron-densa e as claras elétron-lucentes ou elétron-transparentes. É utilizado 
cortes mais delgados obtidos por navalhas de vidro ou diamantes.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA
Fornece imagens pseudo-3D das superfícies do espécime, onde um feixe de elétrons pequeno é 
focalizado e percorre a superfície do mesmo. Os elétrons não atravessam o espécime. Os elétrons são 
refletidos, capturados por um detector, transmitidos a amplificadores resultando em uma imagem em 
preto-e-branco observada em um monitor.
RADIOAUTOGRAFIAS EM SECÇÕES DE TECIDOS
Utiliza da radioatividade para estudar funcionamente os processos biológicos em cortes de tecidos, onde 
cristais de brometo de prata detectam radioatividade. Primeiramente é fornecido átomos/moléculas 
radioativas denominadas percursores. Cortes são cobertos por uma emulsão fotográfica, depois as 
lâminas são reveladas e analisadas no microscópio. Grânulos pretos de prata metálica indicam 
radioatividade no tecido. A intensidade de sístese protéica, por exemplo é proporcional à quantidade de 
grânulos que apareceram.
CULTURA DE CÉLULAS E TECIDOS
A cultura de células permite a análise direta do comportamento/metabolismo das células vivas e 
experimentos in vitro. Cultivadas em soluções compostas por sais, aminoácidos , vitaminas e componentes 
do soro. Para a preparação da cultura, células devem ser separadas mecanicamente ou por tratamento 
enzimático, e colocadas em superfícies que possam aderir e crescer como uma única camada de células, 
como na placa de Petri - culturas primárias. Para as células terem a imortalidade, constituindo uma 
linhagem permanente de células, elas são submetidas ao processo de transformação. Deve-se realizar 
todos os procedimentos em uma área estéril.
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 3
FRACIONAMENTO CELULAR
Isolamento e purificação de componentes de células e tecidos através da força centrífuga que separam as 
organelas em função de seus coeficientes de sedimentação, que depende de seu tamanho, forma, 
densidade e viscosidade do meio.
HISTOQUÍMICA E CITOQUÍMICA
Métodos que identificam e localizam substâncias em cortes ou células cultivadas através de procedimentos 
cuja maioria baseia-se em reações químicas ou em interações de alta afinidade entre as moléculas, que 
resulta em substâncias coloridas ou elétron-densas, podendo ser observadas no microscópio.
ÍONS
Podem ser localizados (cálcio, ferro, fosfato, etc) através de reações químicas.
ÁCIDOS NUCLÉICOS
O DNA pode ser identificado pela reação de Feulgen, que o deixa em vermelho.
PROTEÍNAS
Somente a imunocitoquímica permite a localização de proteínas específicas. Os métodos histoquímicos 
localizam um grupo grande de proteínas, as enzimas, onde que primeiramente permite-se a interação 
entre enzima e soluções com substrato da mesma enzima, depois coloca-se uma substância marcadora 
que reage com o produto da degradação/transformação do substrato, logo o produto final evidencia a 
enzima, que pode ser colorida ou eletron-densa para ser observada no microscópio. Ex. de enzimas 
detectadas: Fosfatases (utilizadas na demonstração de lisossomos, pois possuem grande quantidade de 
fosfatases); Deidrogenases (removem hidrogênio de um substrato e o transferem a outro, permite a 
localização nas mitocôndrias da succinodeidrogenase); Peroxidase (oxida certos substratos e transfere 
íons de H para o peróxido de H, produzindo ao mesmo tempo molélculas de H2O; podem ser usadas 
para marcarem outras moléculas);
• O nitrato de prata evidencia os limites celulares.
POLISSACARÍDEOS E OLIGOSSACARÍDEOS
Podem ser livres ou combinados (grupo heterogêneo e complexo). A reação de ácido periódico-Schiff 
(PAS) os evidenciam em cor magenta (cor-de-rosa). O glicogênio é um polissacarídeo livre. 
Glicoproteínas são moléculas de proteínas associadas com cadeias pequenas e ramificadas de 
açucares (oligo.). Glicosaminoglicanos são polissacarídeos não ramificados, fortemente aniônicos, que 
possuem monossacarídeos aminados (aminoaçúcares), um grande número de cadeias que se prende a 
um eixo protéico constituem os proteoglicanos. Glicoproteínas e glicosaminoglicanos reagem com o 
corante Alcian blue por serem fortemente aniônicas e por terem alto conteúdo de grupos carboxila e de 
sulfato.
LIPÍDIOS
Corantes solúveis em lipídios são os melhores: Sudan IV e Sudan black. Em cortes obtidos por 
congelação.
DETECÇÃO DE MOLÉCULAS EM CORTES HISTOLÓGICOS POR MEIO DE INTERAÇÕES 
MOLECULARES DE ALTA AFINIDADE
Compostos que se ligam em moléculas específicas permite a percepção da mesma, esses compostos 
devem ser acoplados a um marcador (substâncias fluorescentes, átomos radioativos, moléculas de enzimas 
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 4
como a peroxidase, metais (ouro)) para detectar açúcares, proteínas e ácidos nucléicos. Ex. de compostos 
que interagem com moléculas: Feloidina (interage com actina, masrcada com subst. fluorescente para 
demonstrar os filamentos de actina); Proteína A (detecção de imunoglobulinas); Lectinas (proteínas que se 
ligam a carboidratos, glicoproteínas, proteoglicanos e glicolipídios, caracterizam moléculas de membranas 
celulares com sequências específicas de açúcares).
IMUNOCITOQUÍMICA
Permite a identificação de moléculas em cortes de células por meio de anticorpos marcados que a 
reconhecem, marcando proteínas e glicoproteínas. O anticorpo se liga especificamente à molécula, 
como uma proteína, permitindo a evidenciação da sua localização da molécula. A molécula (proteína) 
tem que ser previamente purificada e isolada para que os anticorpos contra ela sejam produzidos.
ANTICORPOS MONOCLONAIS E POLICLONAIS
Anticorpo policlonal: Mistura de vários anticorpos diferentes produzidos contra as várias porções da 
proteína que foram reconhecidas pelos linfócitos de um animal que recebeu o antígeno. Cada 
anticorpo diferente pode ser isolado e cultivado isoladamente, constituindo um anticorpo monoclonal, 
que são mais específicos e mais precisos do que o anticorpo policlonal. 2 técnicas: Técnica direta de 
imunocitoquímica: o anticorpo é ligado a um marcador apropriado, fica em interação com um pedaço 
do tecido por um tempo, o tecido é lavado e pode ser observado, onde que os locais de corte estarão 
fluorescentes, ou cobertos por um precipitado escuro ou colorido devido às enzimas ou às partículas 
de ouro. Técnica indireta de imunocitoquímica: Para se detectar uma proteína, produz-se 2 
anticorpos: 1 (monoclonal ou policlonal) e imunoglobulina de outro animal não imunizado que é 
injetada em um 3º animal que produz um anticorpo contra essa imunoglobulina, sendo este anticorpo 
o ligado a um marcador. O corte do tecido é incubado com o primeiro anticorpo e depois com o 
anticorpo marcado, depois é observado. Essa técnica é mais sensível e responde com um sinal 
maior.
TÉCNICAS DE HIBRIDIZAÇÃO
Hibridização é a ligação entre 2 moléculas de cadeia única de ácidos nucléicos (DNA com DNA, RNA 
com RNA ou DNA com RNA) que se reconhecem um ao outro se suas sequências forem 
complementares, formando moléculas de cadeia dupla. Permite a identificação de sequências 
específicas de DNA ou RNA.
HIBRIDIZAÇÃO IN SITU
Técnica aplicada diretamente em células, cortes, esfregaços ou cromossomos de células 
mitóticas. Averigua se uma célula tem uma sequência específica de DNA(como um gene, ou 
parte), para definir a localização de um gene ou a célula em que o gene está sendo transcrito. 
Identificação de tumores malígnos ou benígnos.
PROBLEMAS NA INTERPRETAÇÃO DE CORTES
DISTORÇÃO E ARTEFATOS CAUSADOS PELO PROCESSAMENTO DOS TECIDOS
O fixador causa retração,, assim como o calor da parafina ou resina. A retração causa espaços artificiais 
nas células, causada também pela perca de moléculas que não foram mantidas no tecido pelo fixador 
como os lipídios. Os espaços e outras distorções como sujeira, são chamados artefatos de técnica.
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1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 5
A TOTALIDADE DO TECIDO
Não é possível corar diferencialmente todos os componentes em um só preparado, sendo necessário 
examinar preparados diferentes.
DUAS DIMENSÕES E TRÊS DIMENSÕES
Uma estrutura 3D aparenta ter apenas 2 dimensões por ter sido cortada de forma muito delgada, logo 
deve-se analisar secções consecutivas.
O CITOPLASMA
As células podem ser: procariontes e eucariontes.
DIFERENCIAÇÃO CELULAR
A especialização da célula (diferenciação celular) permitiu à célula que exercesse funções com um maior 
rendimento e eficiência através de modificações bioquímicas, morfológicas e funcionais.
PRINCIPAIS CONSTITUINTES DAS CÉLULAS
Citoplasma e núcleo. No preparado comum corado com hemotoxilina-eosina o citoplasma fica róseo e o 
núcleo azul-escuro.
CITOPLASMA
A membrana plasmática/plasmalema é o limite entre meio intracelular e extracelular, contém proteínas 
(integrinas) que realizam trocas entre o meio extra/intracelular através de filamentos do citoesqeleto e 
macromoléculas extracelulares. Nele há o citoesqueleto, as organelas e os depósitos/inclusões 
(temporários) de hidrato de carbono, proteínas, lipídios, etc. A matriz citoplasmática/citosol preenche o 
espaço entre organelas e os depósitos, contêm substâncias como aminoácidos, proteínas, nutrientes 
energéticos e íons. Em eucariontes o citoplasma é dividido por membranas que regula o trânsito de 
moléculas, aumentando o rendimento das atividades celulares.
MEMBRANA PLASMÁTICA / PLASMALEMA
Possui uma estrutura trilaminar (unidade de membrana). Compostas por 2 camadas fosfolipídicas, com 
seus grupamentos hidrofóbicos (apolares) voltados para o centro da membrana e os grupamentos 
hidrofílicos (polares) nas 2 superfícies. Também há outros lipídios (glicolipídios e colesterol) em 
membranas celulares. A membrana é assimétrica, pois a composição lipídica de cada camada é 
diferente. As moléculas protéicas (algumas são poros funcionais, por onde se insere moléculas e íons e 
algumas são receptores de hormônios/moléculas sinalizadoras/macromoléculas do MEC) se inserem 
parcial ou totalmente na membrana. Realiza a manutenção da constância do meio intracelular (diferente 
do meio extracelular). As proteínas (50% do peso da membrana) ficam inseridas na membrana e podem 
ser:
• Proteínas integrais: incorporadas na estrutura da membrana;
• Proteínas periféricas: fracamente associadas à membrana;
• Proteínas transmembrana: proteínas integrais que atravessam inteiramente a membrana (pode ter 
moléculas longas que se dobram e atravessa várias vezes). Pode ser:
• Proteína de passagem única;
• Proteína de passagem múltipla;
Faculdade de Odontologia de São José dos Campos - Universidade Estadual Paulista “Júlio Mesquita Filho”
1º - integral - 2011 Ivan J M Oliveira Página. 6
A bicamada é fluida, quando o citoesqueleto impulsiona as proteínas, elas se movimentam na membrana. O 
mosaico fluido ocorre pelo fato das proteínas estarem distribuídas em mosaico na bicamada. A distribuição 
de proteínas é diferente entre as duas camadas. As proteínas são sintetizadas no ret. end. rugoso (RER), 
completadas no complexo de Golgi e levadas à superfície celular em vesículas. A superfície externa é 
coberta por uma camada rica em hidratos de carbono - glicocálice que participa do reconhecimento entre 
células/moléculas extracelulares. As proteínas integrais constituem canais na membrana que permitem a 
passagem moléculas pequenas e íons (Ca, K, Na) por difusão passiva, transporte ativo ou transporte 
facilitado (com o auxílio de proteínas carregadoras - sem gasto energético). A entrada de macromoléculas 
(endocitose) modifica a membrana. A exocitose é o mesmo, porém de dentro para fora da célula. A 
endocitose pode ser:
PINOCITOSE DE FASE FLUIDA
Forma-se pequenas invaginações na membrana que envolvem fluido extracelular e as suas substâncias. 
As vesículas de pinocitose se destacam da membrana e vão para o lisossomo.
ENDOCITOSE MEDIADA POR RECEPTORES
Receptores para diversas moléculas (hormônios protéicos, LDL, etc) na superfície da membrana 
espalhados ou em áreas específicas (fossetas cobertas) se unem a molécula que tem afinidade (ligante) 
ativando moléculas do citoesqueleto. A cobertura da fosseta é composta por várias proteínas (clatrina) 
que formam uma malha de hexágonos e pentágonos, as fossetas se destacam da membrana e formam 
vesículas cobertas, que penetram no citoplasma, perdem o revestimento de clatrina (na face interna da 
membrana são reutilizadas) e se fundem com o endossomo (sistema de vesículas e túbulos no citossol), 
formando o compartimento endossomal. O endossomo que fica ácido tem os receptores separados de 
seus ligantes e retornam à superfície celular para serem reutilizados.
FAGOCITOSE
Macrófagos englobam e eliminam microrganismos ou células danificadas/desnecessárias através de 
prolongamentos laminares (pseudópodes) que englobam em um vacúolo intracelular (fagossomo). 
Depende da ligação entre a partícula e os receptores da superfície celular.
EXOCITOSE: Fusão de vesículas citoplasmáticas com a membrana plasmática e expulsão do conteúdo 
dessa vesícula para fora, sem que haja ruptura da superfície celular. Ex.: células secretoras (glândulas 
salivares e pâncreas). É mediada por proteínas específicas (proteínas fusogênicas) para que não haja a 
repulsão (carga neg)
Há a fusão da membrana da vesícula citoplasmática com a membrana plasmática, na endocitose forma-
se a vesícula através de porções da membrana, logo na exo. ganha membrana e na endo. perde 
membrana, formando um fluxo de membrana.
CAPTAÇÃO DE SINAIS
Comunicação entre células para organizar o crescimento e coordenar funções através de junções 
comunicantes que possibilitam a troca de íons e moléculas sinalizadoras, sem que passem pelo meio 
extracelular. As moléculas sinalizadoras extracelulares fazem 3 tipos de comunicação: Sinalização 
endócrina: As moléculas são hormônios e chegam na célula alvo (possui receptores para um sinal 
químico) pelo sangue. Sinalização parácrina: as moléculas agem apenas no local, em células próximas. 
Inativam rapidamente. Sinalização autócrina: A secreção parácrina atua no mesmo tipo celular que a 
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sintetizou. Sinalização sináptica: somente em tecido nervoso, os neurotransmissores agem nos contatos 
celulares (sinapses).
As moléculas sinalizadoras podem ser: pequenas e hidrofóbicas (lipossolúveis), como hormônios e 
esteróides, que difundem-se na membrana e ativam proteínas receptoras dentro das células ou 
sinalizadoras hidrofílicas, como neurotransmissores e hormônios, que ativam proteínas receptoras na 
superfície da célula alvo.
• As células respondem aos sinais químicos de acorod com os receptores que possuem.
CAPTAÇÃO DE SINAIS POR RECEPTORES INTRACELULARESUm hormônio se combina com um receptor ativando-o, cada hormônio é reconhecido por um membro 
diferente de uma família de proteínas receptoras.
MITOCÔNDRIAS
Se acumulam onde o gasto de energia é mais intenso. Transformam a energia química dos metabólitos 
citoplasmáticos em energia facilmente utilizável pela célula, onde 50% é armazenada em ATP e 50% é 
dissipado como calor para manter a temperatura. A enzima ATPase libera a energia armazena no ATP 
para o trabalho. Formadas por 2 membranas, a interna com projeções para o interior (cristas 
mitocondriais), que delimitam 2 compartimentos: espaço intermembranoso (entre as 2 membranas) e o 
outro que possui a matriz mitocondrial e é limitado pela membrana interna. As cristas aumentam a 
superfície interna e possui as enzimas e outros componentes da fosforilação oxidativa e do sistema 
transportador de elétrons. A acetil-coenzima A (acetil-CoA) entra nas mitocondrias combinando-se com o 
ác. oxalacético formando ác. cítrico, iniciando o ciclo de Krebs que resulta na liberação em forma de ATP. 
As partículas arredondadas (partículas elementares) transformam a energia para formar ATP. A síntese 
de ATP ocorre através de um fluxo de prótons através das partículas elementares. A quantidade de 
mitocôndrias e o número de cristas são proporcionais ao metabolismo energético da célula. A matriz 
amorfa rica em proteínas e com pequenas quantidades de DNA e RNA fica entre as cristas, além de 
grânulos esféricos eletro-denso de Ca. O DNA mitocondrial apresenta-se como filamentos duplos e 
circulares que são sintetizados pela mitocôndria e se duplica independentemente do DNA do núcleo 
celular. Possui todos os RNA: RNAr, RNAm e RNAt. Sintetizam algumas poucas proteínas.
RIBOSSOMOS
Compostos por 4 tipos de DNA ribossomal e 80 proteínas. Dois tipos: um de células procarioentes, 
cloroplastos e mitocôndrias e outro de células eucariontes que possuem a maior parte de seu RNA 
sintetizado no nucléolo. São basófilos, corando-se intensamente com corantes básicos (azul-de-
metileno, azul-de-toluidina e hematoxilina)
Polirribossomos: grupos de ribossomos unidos por uma molécula de RNAmensageiro que possui o 
código para a sequência de aminoácidos para a síntese protéica que serão segregadas nas cisternas do 
RERugoso e depois podem ser secretadas ou armazenadas na célula.
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO
Rede intercomunicante de vesículas achatadas, redondas e tubulares formada poruma membrana 
contínua que delimita a cisterna do retículo endoplasmático, que as vezes possui em sua superfície 
externa polirribossomos sintetizando proteínas que serão injetadas na cisterna, podendo ser:
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO
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Abundante em células que secretam proteínas como plasmócitos e fibroblastos. Suas cisternas são 
saculares e achatadas. Possui muitos polirribossomos na superfície da membrana, que o deixa 
basófilo. Segrega do citosol proteínas a serem exportadas ou para o uso intracelular, faz a 
glicosilação inicial das glicoproteínas, síntese de fosfolipídios, proteínas integrais da membrana e 
montagem de moléculas protéicas com múltiplas cadeias polipeptídicas. As proteínas sintetizadas vão 
para o armazenamento intracelular (lisossomos), armazenamento intracelular provisório (exportação) 
(pâncreas).
RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO
Não apresenta ribossomos. Membrana em forma de túbulos. Participa de processos funcionais que 
variam de acordo com o tipo de célula, podendo sintetizar esteróides, faz a síntese de fosfolipídios 
para as membranas celulares, a hidrólise do glicogênio, produzindo glicose para o metabolismo. Em 
células musculares estriadas são denominados retículo sarcoplasmático, acumula íons de cálcio 
regulando a contração muscular.
APARELHO DE GOLGI (COMPLEXO DE GOLGI)
Conjunto de vesículas achatadas e empilhadas, com as porções laterais dilatadas, localizam-se em uma 
determinada região do citoplasma. Completa as modificações pós-tradução, empacota e coloca um 
endereço nas moléculas sintetizadas encaminhado-as para as vesículas de secreção, lisossomos ou 
membrana celular. É uma estrutura polarizada, possui uma face cis que recebe as vesículas do RER e 
uma face trans que origina vesículas eliminando o material do CG.
LISOSSOMOS
Vesículas delimitadas por membrana contendo enzimas (atividade em ph = 5 (ácido). Ex: fosfatase 
ácida, protease, sulfatase, lipase, etc)) para a digestão intracitoplasmática. Mais abundantes em 
macrófagos e fagócitos. Sua membrana impede que suas enzimas ataque o citoplasma que tem pH = 7 
(básico). As suas enzimas são sintetizadas do RER, vai para o CG que forma os lisossomos primários 
(lisossomos que ainda não fazer o processo digestivo). A membrana do lisossomo se funde aos 
fagossomos digerindo com suas enzimas (lisossomo secundário). Pode ficar no lisossomo restos do 
material, formando um corpo residual que pode ser eliminado do citoplasma. Em neurônios e céls. do 
músculo cardíaco, esses resíduos se acomulam formando os grânulos (lipofucsina). Renovam as 
organelas celulares que são envolvidas pelo REL, o lisossomo a digere formando o autofagossomo, um 
fagossomo secundário, o que ocorre muito em células em atrofia.
PROTEASSOMOS
Complexos de proteases que digerem proteínas assinaladas para destruição pela união com ubiquitina, 
necessário para remover excesso de enzimas e proteínas inúteis que já exerceram suas funções, 
destroem moléculas protéicas defeituosas (estrutural) e proteínas codificadas por vírus. Agem em 
moléculas individualizadas, enquanto o lisossomo age sobre uma material introduzido em quantidade.
PEROXISSOMOS
Utilizam oxigênio, sem produzir ATP, logo sem participar do metabolismo energético. Oxidam substratos 
orgânicos específicos retirando átomos de H e combinando-os com O2, o que produz peróxido de 
hidrogênio (H2O2), oxidante, que é eliminado pela célula através da enzima catalase, que decompõem o 
H202 em H2O e O2. No fígado fazem a síntese de ácido biliares e de colesterol.
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VESÍCULAS OU GRÂNULOS SECETÓRIOS
Em células que armazenam material até que a secreção seja desencadeada. Contém as moléculas 
secretadas sob uma forma concentrada. As com enzimas digestivas chamam grânulos de zimogênio.
CITOESQUELETO
Rede complexa de microtúbulos, filamentos de actina (microfilamentos) e filamentos intermediários. Influi na 
forma da célula e com proteínas motoras possibilita os movimentos das organelas e vesículas 
citoplasmáticas. Realiza a contração muscular e a movimentação da célula inteira (movimento amebóide).
MICROTÚBULOS
No citoplasma e em prolongamentos celulares (cílios e flagelos). Formados por um heterodímero das 
moléculas das proteínas α e β tubulina. As subunidades de tubulina polimerizam-se formando 
microtúbulos, em forma de espiral (com 13 subunidades) através dos centros prganizadores de 
microtúbulos (MTOCs), que incluem os centríolos, os corpúsculos basais dos cilios e flagelos e os 
centrômeros dos cromossomos. Os microtúbulos se desfazem e refazem, crescendo na extremidade (+), 
onde a polimerização (adição de dímeros) prevalece e na extremidade (-) a despolimerização (remoção 
dos dímeros) prevalece, fazendo-os diminuírem. A polimerização depende da concentração de Ca no 
citossol e das proteínas associadas aos microtúbuos (MAPs). As moléculas de tubulina formam 13 
protofilamentos. Rígidos são importantes do desenvolvimento e na forma das células. Proteínas motoras 
impulsionammicrotúbulos a realizarem o movimento de organelas, etc. É a base morfológica de 
organelas como:
• Centríolos: Estruturas cilíndricas, composto por microtúbulos curtos e organizados (9 conjuntos de 3 
microtúbulos, são duplicados durante a mitose e se movimentam para o pólo das células formando o 
fuso mitótico. Ficam próximo ao núcleo e ao CG. Citocentro/centrossomo = par de centríolos + material 
granuloso em volta. Os centríolos estão ligados entre sí através de pontes protéicas.
• Cílios e flagelos: Prolongamentos móveis, com microtúbulos em seu centro. Em sua base há um 
corpúsculo basal (roda de carroça)
FILAMENTOS DE ACTINA (MICROFILAMENTOS)
A atividade contrátil do músculo resulta da interação de 2 proteínas: miosina (filamentos grossos) e 
actina (filamentos finos). Pode constituir uma rede no citoplasma formando uma fina camada próxima à 
membrana, chamada córtex celular, participando da endocitose, exocitose e migração de células.
FILAMENTOS INTERMEDIÁRIOS
Constituídos por várias proteínas: Queratinas (células do tec. epitelial), Vimentinas (tec. embrionário), 
Desmina (tec. muscular), Proteína fibrilar ácida da glia e proteína dos neurofilamentos (em filamentos 
intermediários de células nervosas).
DEPÓSITOS CITOPLASMÁTICOS
Depósitos com reservas de nutrientes/substâncias como lipídios (gotículas), depósito de pigmento 
(melanina - pigmento abundante na epiderme, fica em forma de grânulos na membrana), caroteno, etc. 
Lipofucsina: pigmento que aumenta com a idade, seus grânulos são de substâncias que não foram 
digeridas pelos lisossomos - presentes em células que não se renovam como neurônios.
CITOSOL OU MATRIZ CITOPLASMÁTICA
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Possui em sua composição microfilamentos de actina, microtúbulos, subunidades protéicas, miosina, 
enzimas glicose, vitaminas, aminoácidos, proteínas motoras (realizam o transporte intracelular de 
organelas e vesículas). É um substrato para a organização de moléculas enzimáticas. Possui muitas 
enzimas que produzem moléculas energéticas que liberam ATP, maquinaria para a síntese protéica 
(RNAr, RNAm e RNAt, enzimas e outros fatores).
O NÚCLEO CELULAR
O núcleo é o centro de controle das atividades celulares, pois contém nos cromossomos o genoma (DNA) 
celular (conjunto de informação genética codificada no DNA), faz a síntese e processamento dos RNA 
(RNAr, RNAm e RNAt). Não sintetiza proteínas. Sua forma é variável, geralmente arredondado e alongado, 
se cora pelos corantes básicos e pela hematoxilina. Há células multinucleadas e com só 1 núcleo. 
Componentes: envoltório nuclear, cromatina, nucléolo, matriz nuclear e nucleoplasma.
ENVOLTÓRIO NUCLEAR
Separa do citoplasma o conteúdo intranuclear. É constituído por 2 camadas separadas por um espaço, a 
cisterna perinuclear. A membrana nuclear externa possui poliribossomos em sua superfície 
citoplasmática. O envoltório possui poros em uma estrutura: complexo do poro, que realiza o transporte 
seletivo de moléculas para fora e para dentro do núcleo. É impermeável a íons e moléculas maiores que 
9nm (menorem que 9nm passam por difusão passiva), sendo o complexo do poro responsável por esse 
trânsito (transporte ativo - com gasto de ATP, mediado por receptores). O complexo do poro é uma 
estrutura cilíndrica e que faz saliência no interior e na face citoplasmática. A lâmina nuclear é uma rede 
de moléculas protéicas fibrosas que estabiliza o envelope nuclear e apoia os cromossomos interfásicos, 
é constituída pelas proteínas estruturais laminas A, B e C.
O poro nuclear é constituído por 2 anéis protéicos, um no lado intracelular e outro no lado citoplasmático 
do envelope nuclear e um grânulo central
CROMATINA
Dois tipos: Heterocromatina: elétron-densa, grânulos grosseiros, é inativa por ter a hélice dupla de DNA 
muito compactada, impedindo a transcrição dos genes. Eucromatina: granulosa e clara, os filamentos de 
DNA não estão condensados, logo transcrevem os genes, é a cromatina ativa e está em abundância em 
células que estão produzindo muita proteína. A cromatina é constituída por duplos filamentos helicoidais 
de DNA associados a proteínas (histonas) que possuem 5 tipos: H1, H2A, H2B, H3 e H4. DNA + histonas 
= nucleossomo (constituído por 8 moléculas de histonas (um par de cada tipo), formando um octâmero). 
As proteínas não-histônicas possuem funções estruturais, condensam cromossomos, regulam atividade 
do gene ou da enzima. Os filamentos de nucleossomos constituem os cromossomos. A cromatina sexual 
aparece somente no sexo feminino e é um dos 2 cromossomos X que ficam condensados no núcleo 
interfásico.
• Cariótipo: conjunto dos cromossomos de uma célula, organizados por sua forma e tamanho.
NUCLÉOLOS
Produzem os ribossomos, geralmente basófilos, são constituídos por RNAribossomal (RNAr) e proteínas. 
A maioria das células possuem1 ou 2 nucléolos, há uma porção de heterocromatina presa nela 
(cromatina associada ao nucléolo). 3 partes: região granular (grânulos de RNA); região fibrilar 
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(constituída por RNA, o aspecto granular /fibrilar depende do grau de maturação dos ribossomos); 
filamentos de DNA dispersos (constituem a região cromossômica organizadora do nucléolo). O RNA 
ribossomal constitui os ribossomos na síntese de moléculas protéicas.
MATRIZ NUCLEAR
Estrutura fibrilar que fornece um esqueleto para apoiar os cromossomos interfásicos, determinando sua 
localização dentro do núcleo celular. Diz-se que é uam estrutura artificial, criada pelas técnicas de 
preparação. Nucleoplasma: Soluto com muita água, íons, aminoácidos, metabólitos e precursores 
diversos, enzimas para síntese de RNA e DNA, receptores para hormônios, moléculas de RNA, etc. É o 
componente granuloso que preenche o espaço entre os elementos morfologicamente bem 
caracterizados no núcleo, com a cromatina e o nucléolo.
DIVISÃO CELULAR
Observável na mitose, onde uma célula-mãe se divide em 2 células-filhas que recebem um jogo 
cromossômico igual ao da célula-mãe, havendo a duplicação dos cromossomos e sua distribuição. Quando 
não está em mitose, ocorre a intérfase (sem divisão mitótica).
Fases da mitose:
1. Prófase: condensação da cromatina para a constituição dos cromossomos mitóticos, no final, o 
envoltório nuclear se fragmenta, originando vesículas que vão reconstituir o envelope nuclear no fim da 
mitose. Centrossomos e centríolos separam-se e migram um par para cada polo da célula. Microtúbulos 
aparecem entre os 2 pares de centríolos formando o fuso mitótico. O núcleo se desintegra. Na fase pré-
prófase ocorre a condensação intranuclear dos cromossomos.
2. Metáfase: Os cromossomos migram e ficam no plano equatorial da célula, cada cromossomo se divide 
em 2 cromátides, que se prendem aos microtúbulos do fuso mitótico através do cinetocoro que fica 
próximo ao centrômero (região mais estreita do cromossomo que mantém as cromátides juntas até a 
anáfase).
3. Anáfase: Os cromossomos-filhos separam-se e migram para os pólos da célula na direção dos 
microtúbulos do fuso.
4. Telófase: Ocorre a reconstrução dos envoltórios nucleares das células-filhas. Os cromossomos ficam 
menos condensados levando ao reaparecimento da cromatina. Os nucléolos se reconstituem. Fim da 
divisão celular.
A divisão do citoplasma (citocinese) inicia-se na anáfase e termina na telófase. É o aparecimento de um 
anel com actina e miosina na zona equatorial da célula, a diminuição do diâmetro desse anel divide o 
citoplasmaem 2 partes, cada uma com o seu núcleo.
Os tecidos nervosos e do músculo do coração não regeneram porque suas células não realizam mitose, 
não havendo assim renovação celular.
CICLO CELULAR
A duplicação do DNA ocorre na intérfase (não há divisão celular). Ciclo celular = intérfase + mitose. A 
intérfase se subdivide em 3 fases:
1. Fase G1: Depois da mitose, ocorre a síntese de RNA e proteínas, recuperando o volume celular, 
reduzido à metade na mitose. Em tecidos de renovação rápida G1 é curta. As células que não se 
renovam saem da fase G1 e entram na fase G-zero (fase de repouso). Na fase G1 há o ponto de 
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restrição que impede a passagem de uma célula defeituosa (com DNA danificado por exemplo) para o 
resto do ciclo.
2. Fase S: Síntese de DNA e duplicação de centrossomos e centríolos.
3. Fase G2: As células acumulam energia para a mitose e sintetizam tubulina para formar os microtúbulos 
do fuso mitótico.
APOPTOSE
Rápido e sem deixar vestígios, faz parte das funções normais do organismo. Não ocorre a liberação do 
conteúdo celular para o meio extracelular. É a auto-destruição da célula quando ocorre grande modificação 
em seu DNA, onde a célula e o seu núcleo diminuem de tamanho, tendo sua cromatina muito condensada e 
cora-se fortemente (núcleo picnótico). O citoplasma forma saliências que se separam (bolhas (envolvido por 
membrana plasmática)) da superfície celular e são fagocitados rapidamente pelos macrófagos, sem que 
moléculas sinalizadoras sejam liberadas, evitando o processo inflamatório nos tecidos vizinhos. A morte 
acidental de células é a necrose, causada por microrganismos, agentes químicos, etc, onde as células se 
incham e a célula rompe, lançando o seu conteúdo no espaço extracelular, os macrófagos a digere, mas 
secretam moléculas que ativar células de defesa, causando a inflamação
TECIDO EPITELIAL
Capítulo 4
O organismo é formado por 4 tipos básicos de tecidos: o epitelial, o conjuntivo (com grande quantidade de 
material extracelular produzido por suas próprias células), o muscular (com células alongadas com função 
de contração) e o nervoso (com células com prolongamentos a partir de seu corpo, com funções de receber, 
gerar, transmitir impulsos nervosos), todos estes formados por células/moléculas da matriz extracelular 
(MEC) e associados uns aos outros.
A maioria dos órgãos são divididos em parênquima, de células responsáveis pelas funções dos órgãos, e 
estroma, o tecido de sustentação, constituído de tecido conjuntivo.
Os epitélios são constituídos de células poliédricas justapostas com pouca substância extracelular entre 
elas, aderindo-se por junções intercelulares. Revestem as cavidades do corpo e as superfícies externas ou 
se organizam em unidades secretoras (tudo o que entra ou sai o corpo atravessa o folheto epitelial).
Funções dos epitélios: Revestimento de superfícies (pele), absorção de moléculas (intestinos), secreção 
(glândulas), percepção de estímulos (neuroepitélio) e contração (células mioepiteliais).
AS FORMAS E AS CARACTERÍSTICAS DAS CÉLULAS EPITELIAIS
A forma das células variam muito, de colunares altas a pavimentosas. A forma poliédrica é devido ao fato 
das células serem justapostas, formando folhetos. O núcleo tem sua forma variando de esférico a elíptico ou 
alongado, acompanhando a forma das células - célula pavimentosa = núcleo achatado.
Todos os epitélios estão apoiados sobre o tecido conjuntivo. Nos epitélios que revestem cavidades ocas 
esta camada de tec. conjuntivo é denominada lâmina própria, a parte voltada para o tecido conjuntivo é a 
porção basal ou pólo basal. A extremidade oposta, voltada para a cavidade é a porção/pólo apical, 
sendo sua superfície, a superfície livre. As paredes laterais são as superfícies que separam as células, 
interceptando-as.
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Lâminas basais e membranas basais
Ficam na superfície de contato entre células epiteliais e o tecido conjuntivo subjacente, formada por uma 
rede de delgadas fibrilas (lâmina densa). Podem ter camadas elétron-lucentes (lâminas lúcidas). 
Composta por colágano tipo IV, glicoproteínas laminina, entactina e proteoglicanos (ex.: proteoglicano de 
heparan sulfato). Se prendem as tecido conjuntivo por fibrilas de ancoragem de colágeno tipo VII. 
Existem onde as células entram em contato com tecido conjuntivo, ao redor de células musculares, 
células adiposas, entre camadas epiteliais adjacentes/muito próximas (alvéolos pulmonares) e células de 
Schwann, onde formam um barreira que limita/controla a troca de macromoléculas entre essas células e 
o tecido conjuntivo. Seus componentes são secretados pelas células epiteliais, musculares, adiposas e 
de Schwann. Fibras reticulares podem estar relacionadas à lâmina basal, formando a lâmina reticular.
Funções: Papel estrutural, na filtração de moléculas, influencia a polaridade das células, regula a 
proliferação e a diferenciação celular, ligando-se a fatores de crescimento, influi no metabolismo celular, 
serve como caminho e suporte à migração de moléculas.
A membrana basal situa-se abaixo dos epitélios e se cora pelo ácido periódico-Schiff (PAS). É formada 
pela fusão de 2 lâminas basais ou de uma lâmina basal e uma lâmina reticular, sendo mais espessa.
Junções intercelulares
Estruturas associadas à membrana plasmática, contribuem para a coesão e a comunicação intercelular. 
Abundantes nos epitélios, onde as células epiteliais possuem uma intensa adesão mútua. Essa coesão é 
mais desenvolvida em epitélios sujeitos a fortes trações e pressões (pele). A adesão ocorre devido à 
ação coesiva de glicoproteínas transmembranas (caderinas), que podem perder a capacidade de 
adesividade na ausência de Ca+2.
Exibem várias especializações, os vários tipos de junções servem de locais de adesão e vedantes - 
previne o fluxo de materiais pelo espaço intercelular e fornece canais para a comunicação entre células 
adjacentes - sendo funcionalmente: junções de adesão (zônulas de adesão, hemidesmossomos e 
desmossomos), junções impermeáveis (zônlas de oculsão) e junções comunicantes (junções 
comunicantes ou junção gap).
• Junções estreitas ou zônulas de oclusão: junções mais apicais, a junção forma uma faixa que 
circunda toda a célula, nessa área ocorre a adesão das membranas, que veda todo o espaço 
intercelular. O número de linhas (pontos de fusão) está relacionado com a permeabilidade do epitélio, 
assim epitélios com poucos locais de fusão são mais permeáveis à água e aos solutos. Função: 
Promove uma vedação contra o movimento de materiais entre células epiteliais (via paracelular), do 
ápice à base e da base ao ápice, logo formam os compartimentos funcionais delimitados por folhetos 
de células epiteliais.
• Zônula de adesão: Circunda toda a célula e contribui para a aderência em células vizinhas. Possui 
inserção de numerosos filamentos de actina em placas de material elétron-denso no citoplasma 
subjacente à membrana da junção, esses filamentos formam a trama terminal - rede de filamentos de 
actina, filamentos intermediários e espectrina do citoplasma apical de células epiteliais. Zônula de 
oclusão + zônula de adesão = complexo unitivo.
• Junções comunicantes (junções gap): Existem em qualquer lugar das membranas laterais das 
células epiteliais e outros tecidos, exceto o músculo esquelético. Caracterizada pela grande 
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proximidade com as membranas das células adjacentes. Formadas por porções de membrana 
plasmática em forma de placas. As proteínas (conexinas) organizam-se em hexâmeros em torno de 
um poro hidrófilo, formando o conexon - unidade estrutural da junção. Conexons de uma célula 
alinham-se com conexons de outras formado canais hidrofílicos entre as células. As junções permitem 
o intercâmbio de moléculas como íons e hormônios, dessa forma as células trabalham de forma 
coordenada. As junções coordenam as contrações do músculo cardíaco. O último tipo de junção 
comunicante é:
• Desmossomos ou mácula de adesão: Estrutura complexa, em forma de disco, fica na superfície da 
célula, onde as membranas celulares são retas e paralelas. No lado citoplasmático há uma placa 
circular - placa de ancoragem, composta de no mínimo 12 proteínas. Em células epiteliais, filamentos 
intermediários de queratina se inserem na placa de ancoragem, por esses filamentos serem muito 
fortes, os desmossomos fazem uma forte/firme adesão intercelular, em células não-epiteliais não há 
queratina mas de outras proteínas, como desmina ou vimentina. Na adesão provida por desmossomos 
participam proteínas da família caderina. Essa adesividade por ser abolida pela remoção de cálcio.
• Hemidesmossomos: Encontrados na região de contato entre algumas células epiteliais e sua lâmina 
basal, são junções que prendem a célula epitelial à lâmina basal, neles a placa de ancoragem tem 
integrinas, ao invés de caderinas nos desmossomos. As integrinas (proteínas) agem como receptores 
para macromoléculas da matriz extracelular.
ESPECIALIZAÇÕES DA SUPERFÍCIE LIVRE DAS CÉLULAS EPITELIAIS
Consistem em modificações com a função de aumentar a superfície ou mover partículas.
MICROVILOS
Pequenas projeções citoplasmáticas, de número variado, podendo ser expansões curtas ou longas em 
forma de dedos ou pregas de trajeto sinuoso. Em abundância nas células que exercem intensa atividade de 
absorção, como as do epitélio de revestimento do intestino delgado. Nas áreas absortivas o glicocálice é 
mais espesso e o conjunto de glicocálice e microvilos forma a borda em escova / estriada. Em seu interior 
possui grupos de filamentos de actina, que por outras proteínas mantêm ligações cruzadas entre si e com a 
membrana plasmática do microvilo.
ESTEREOCÍLIOS
Prolongamentos longos e imóveis de céulas do epidídimo e do ducto deferente que são microvilos longos e 
ramificados. Aumentam a área de superfície da célula, facilitando o movimento de moléculas para dentro e 
para fora.
CÍLIOS E FLAGELOS
Os cílios são prolongamentos longos e dotados de motilidade, ficam na superfície de algumas células 
epiteliais. Envolvidos pela membrana plasmática, contêm 2 microtúbulos centrais, cercados por 9 pares de 
microtúbulos periféricos, sendo os 2 microtúbulos dos pares periféricos unidos entre si. Inseridos em 
corpúsculos basais (estruturas elétron-densas no ápice das células e abaixo da membrana). Exibem um 
rápido movimento - movimento ciliar que é coordenado, permitindo uma corrente de fluido impelida em uma 
direção ao longo da superfície do epitélio, sendo ATP a fonte de energia. Os flagelos possuem estrutura 
semelhante à dos cílios, porém são mais longos e limitados em um por célula. Ocorre, nos seres humanos, 
somente no espermatozóide.
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TIPOS DE EPITÉLIOS
Divididos de acordo com sua estrutura e função em epitélio de revestimento e glandulares.
EPITÉLIOS DE REVESTIMENTO
Células em camadas formando a camada mais externa da superfície. Podem ser classificados de acorod 
com o número de camada de células e suas formas:
Epitélio simples: Possui uma única camada de células.
Epitélio estratificado: Possui mais de uma camada de células.
De acordo com a morfologia, o epitélio simples pode ser:
Pavimentoso: 
Cúbico:
Prismático / Colunas / Cilíndrico:
De acordo com a morfologia, o epitélio estratificado pode ser:
Pavimentoso:
Cúbico:
Prismático:
De transição: 
O epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado reveste superfícies úmidas, ao contrário do 
queratinizado, que reveste superfícies como a pele.
As células mais próximas ao tecido conjuntivo são mais cúbicas, sendo que a medida que se aproxima 
da superfície, estas células tornam-se mais achatadas, sendo que no epitélio queratinizado, as células 
da superfície são mortas, não possuem organelas e seu citoplasma é ocupado por queratina.
O epitélio estratificado prismático é raro, estando presente em poucas áreas.
O epitélio de transição possui a camada mais superficial composta por células globosas, que permitem 
distender algum órgão como a bexiga.
O epitélio pseudo-estratificado é formado por células que aparentam ter o seu núcleo em várias 
camadas, sendo que todas as células estão apoiadas no pólo basal, mas nem todas chegam à 
superfície, assim a posição dos núcleos é variável.
Células neuroepiteliais formam epitélios com função sensorial e as mioepiteliais são capazes de 
contração, porque possuem actina e miosina (presentes nas porções secretoras de glândulas).
EPITÉLIOS GLANDULARES
Formados por células secretoras capazes de armazenar temporariamente as moléculas a serem 
secretadas em vesículas envolvidas por membrana (grânulos de secreção). Sintetizam, armazenam e 
secretam proteínas, lipídios ou complexos de carboidratos e proteínas, sendo que as glândulas 
mamárias secretam os três tipos de substâncias.
TIPOS DE TECIDOS GLANDULARES
• Glândulas unicelulares: Células glandulares isoladas;
• Glândulas multicelulares: Compostas de agrupamentos de células.
Glândulas são formadas pelo epitélio de revestimento que invadiu o tecido conjuntivo que está 
embaixo, onde que glândulas exócrinas mantêm uma conexão com o epitélio por um ducto tubular, 
por onde é secretado substâncias ao meio extracelular, e glândulas endócrinas não possuem essa 
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conexão, assim suas secreções vão para o sangue. As glândulas endócrinas possuem 2 tipos: no 1º 
as células formam cordões anastomasados, entremeados por capilares sanguíneos e o 2º as células 
formam vesículas preenchidas pelo material.
Glândulas exócrinas possuem uma porção secretora e a parte dos ductos. Glândulas simples 
possuem um único ducto não-ramificado, enquanto glândulas compostas possuem ductos 
ramificados. As simples podem ser tubulares, tubulares enoveladas, tubulares ramificadas ou 
acinosas (porção secretora esférica ou arredondada) de acordo com a forma da porção secretora, e 
as compostas podem ser tubulares, acinosas ou túbulo-acinosas. De acordo com a forma de 
secreção, as glândulas podem ser merócrinas (secreção via exocitose sem perda de material 
celular), holócrinas (a secreção é eliminada junto com toda a célula) e apócrinas (o material é 
secretado junto com uma parte do citoplasma apical da célula).
Glândulas multicelulares possuem prolongamentos de uma cápsula de tecido conjuntivo que a 
envolve denominados septos, estes dividem a glândula em lóbulos (porções menores).
BIOLOGIA DOS TECIDOS EPITELIAIS
O tecido conjuntivo apoia, nutre e promove a adesão entre o epitélio e outras estruturas subjacentes. 
Evaginações do conjuntivo (papilas) aumentam a área de contato entre o epitélio e a lâmina própria.
POLARIDADE
É a distribuição das organelas em diferentesáreas da célula de acordo com a função que exercem, 
assim diferentes partes da célula podem exercer diferentes funções.
Os nutrientes vêm dos capilares sanguíneos do tecido conjuntivo que nutre o epitélio através da 
passagem destes pela superfície basal e lateral por receptores para mensageiros químicos e proteínas 
integrais (enzimas) estes últimos em células de intensa absorção.
INERVAÇÃO
Proveniente das terminações nervosas de plexos nervosos da lâmina própria. Pode influenciar células 
epiteliais secretoras, estimulando ou inibindo sua atividade.
RENOVAÇÃO DAS CÉLULAS EPITELIAIS
Suas células renovam-se continuamente por mitose, podendo ser em uma taxa rápida ou lenta.
• Metaplasia: Determinado tipo de tecido epitelial que pode se transformar em outro.
CONTROLE DA ATIVIDADE GLANDULAR
As glândulas são sensíveis ao controle nervoso e endócrino, sendo que um desses mecanismos 
predomina sobre o outro: glândulas salivares estão sob controle nervoso principalmente. Esse controle 
ocorre pela ação de mensageiros químicos.
CÉLULAS QUE TRANSPORTAM ÍONS
Transporte contra o gradiente de concetração e contra um gradiente de potencial elétrico usando ATP, 
processo denominado transporte ativo. Algumas células utilizam bomba de sódio para transferir o sódio 
do ápice à base (transporte transcelular). O transporte pode ocorrer em diferentes direções: do lúmem 
ao vaso sanguíneo (absorção) e na direção oposta (secreção). As junções de oclusão mantêm a 
compartimentalização e o controle da distribuição de íons.
CÉLULAS QUE TRANSPORTAM POR PINOCITOSE
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Vesículas de pinocitose interiorizam para o citoplasma moléculas do meio extracelular, isso ocorre no 
epitélio simples pavimentoso que revestem capilares (sanguíneos e linfáticos) (endotélios) ou que 
revestem cavidades do corpo (mesotélios). É utilizado vesículas que transportam moléculas até o tecido 
conjuntivo (o transporte pode ocorrer em ambas as direções).
CÉLULAS SEROSAS
São poliédricas ou piramidais, com núcleo central e polaridade bem definida, a região basal tem muito 
RER e polirribossomos, o que a deixa basófila, a região apical tem muito CG e vesículas (grânulos de 
secreção), sendo grânulos de zimogênio em células que produzem enzimas digestivas. O conteúdo dos 
grânulos é liberado por exocitose, esses grânulos se movimentam sob influência de proteínas motoras.
CÉLULAS SECRETORAS DE MUCO
Com numerosos grânulos, formam muco (glicoproteínas), um gel viscoso, elástico e lubrificante. O 
núcleo fica na região basal e na apical ficam os grânulos, assim como o CG. As proteínas são 
sintetizadas do RER que fica na base.
SISTEMA NEUROENDÓCRINO DIFUSO
Células endócrinas no meio de células epiteliais não-endócrinas, isoladas. Células argirófilas (coram-se 
com sais de prata).
CÉLULAS MIOEPITELIAIS
Célula cujo citoplasma contém filamentos de actina e miosina. Envolvem unidades secretoras de 
glândulas, que ao se contrair, comprime o ácino e expulsa os produtos de secreção dessas unidades 
para o exterior.
CÉLULAS SECRETORAS DE ESTERÓIDES
Células endócrinas que sintetizam e secretam esteróides com atividade hormonal.
• São acidófilas, com muitas gotículas de lipídios, núcleo central e são poliédricas ou arredondadas;
• Abundante em REL que possui enzimas para a sintetize de colesterol;
• Mitocôndrias com cristas tubulares que produzem energia e hormônios esteróides (junto ao REL).
TECIDO CONJUNTIVO
Capítulo 5
Realiza a manutenção da forma do corpo, onde as moléculas da MEC conectam as células oferecendo 
suporte. Formado por matriz extracelular (proteínas fibrosas + substância fundamental). Fibras de colágeno 
formam o estroma (tecido de sustentação dos órgãos). Fibras elasticas conferem resistência e elasticidade 
ao tecido. A substância fundamental, formada por glicosaminoglicanos e proteoglicanos, se liga às proteínas 
integrinas da superfície celular para fornecer força tênsil e rigidez à matriz. Função estrutural, reserva de 
fatores de crescimentos que controlam a proliferação e a diferenciação celular. Sua matriz é um meio de 
troca de nutrientes e catabólitos entre as células e o sangue. Originam-se no mesênquima (células com 
muiots prolongamentos e que são imersas em uma abundante matriz com poucas fibras) que se origina do 
mesoderma.
CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO
Podem ser produzidas localmente ou virem de outros locais, como os leucócitos. São elas:
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FIBROBLASTOS
Sintetizam proteínas como colágeno, elastina, glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas 
multiadesivas que formam a matriz extracelular. Produzem fatores de crescimento que controlam a 
proliferação e diferenciação celular. Podem modular sua capacidade metabólica, o que reflete na 
morfologia dessas células. Podem ser:
• Fibroblastos: Intensa atividade de síntese. Possuem maior quantidade de organelas.
• Fibrócitos: Células metabolicamentes quiescentes (repouso). Menores e mais finos, fusiformes, núcleo 
menor e mais escuro, poucos prolongamentos citoplasmáticos. Citoplasma c/ pouco RER.
Citoplasma abundante com muitos prolongamentos, núcleo ovóide, com cromatina fina e nucléolo 
proeminente, rico em RER e C.G (citoplasma basófilo).
• Na regeneração tecidual, fibrócitos revertem-se em fibroblastos por estímulos reativando a sua 
capacidade de síntese. Miofibroblastos (c/ actina e miosina - contração) fecham a ferida através de sua 
contração (contração da ferida).
MACRÓFAGOS E O SISTEMA FAGOCITÁRIO MONONUCLEAR
Capazes de fagocitar. Sua forma varia com o tecido que estão e de sua atividade funcional. Possuem 
núcleo oval (forma de rim), superfície irregular, com reentrâncias - características de pinocitose e 
fagocitose, C.G. desenvolvido, muitos lisossomos e R.E.R. proeminente. Originados dos monócitos. que 
surgem da medula óssea e circulam no sangue até penetrarem no tecido e amadurecem para 
macrófagos (monócitos e macrófagos são as mesmas células em diferentes estágios de maturação), 
esse processo aumenta o seu tamanho e a síntese protéica (aumento das organelas). Podem se fundir 
formando células gigantes de corpo estranho. Atuam na defesa ao fagocitarem restos celulares e 
elementos anormais como bactérias, também secretam substâncias da defesa e que reparam tecidos. 
Participam da defesa imunológica (digestão parcial e apresentação de antígenos).Quando estimulados, 
passam por modificações metabólicas e morfológicas, (macrófagos ativos), o que aumenta seu 
metabolismo e sua capacidade de fagocitar. Removem restos celulares e componentes extracelulares 
alterados. Também secretam substâncias que participam de processos inflamatórios e reparam tecidos, 
além de destruirem células tumorais.
MASTÓCITOS
Célula globosa, com citoplasma cheio de grânulos, núcleo pequeno, esférico e central encoberto pelos 
grânulos. Colaboram com as reações imunes, com papel nas inflamações, reações alérgicas e expulsão 
de parasitas. Possuem histamina, que aumenta a permeabilidade vascular, importante na inflamação. 
Secretam alguns leucotrienos sintetizados nos fosfolipídios da MP e liberadas para o meio extracelular. 
Suas moléculas atuam em secreções parácrinas (locais). Podem ser: mastócitos do tecido conjuntivo 
(grânulos com substância anticoagulante) e da mucosa. Originam de células precursoras 
hematopoéticas (produzem sangue) da medula óssea (monócitos), que circulam pelo sangue, penetram 
nos tecidos, onde se diferenciam em macrófagos (Mastócitos se diferenciamdos macrófagos porque 
originam de uma célula-tronco diferente). A imunoglobulina E (IgE) fixa-se em sua superfície, onde há 
receptores específicos.
• A liberação de mediadores químicos dos mastócitos promove reações alérgicas (hipersensibilidade) e 
ocorre após a penetração do antígeno em indivíduos sensibilizados.
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• Estão em todo o corpo, porém em maior quantidade da derme e nos tratos digestivo e respiratório.
PLASMÓCITOS
Células ovóides, com citoplasma basófilo, ricas em RER, C.G. (com cisternas dilatadas que contém 
imunoglobulinas) e centríolos próximos ao núcleo, núcleo esférico, com grumos de cromatina que se 
alteram (raios da roda da carroça). Numerosos somente em locais sujeitos à penetração de bactérias e 
nas inflamações. Derivados do linfócito B sintetizam anticorpos (glicoproteínas produzidas em resposta à 
entrada de antígenos (moléculas estranhas), sendo específico a ele) que participam das reações 
imunes.
LEUCÓCITOS OU GLÔBULOS BRANCOS
Vindos do sangue por diapedese (saída dos capilares ou vênulas em direção ao tecido por movimentos 
amebóides), realizam a defesa contra microrganismos agressores através da inflamação (reação 
vascular (a diapedese aumenta nas invasões) - vermelhidão, dor, calor, inchaço e alteração da função. A 
inflamação inicia-se com a liberação de mediadores químicos da inflamação que induzem o aumento do 
fluxo sanguíneo, a permeabilidade vascular (ação da histamina), a quimiotaxia (atração de certas células 
para a região, como leucócitos) e a fagocitose.
Os leucócitos não retornam ao sangue, ao contrário dos linfócitos.
CÉLULAS ADIPOSAS
Células do tecido conjuntivo especializadas em armazenar energia na forma de triglicerídeos.
FIBRAS
Proteínas se polimerizam e formam estruturas alongadas que são as fibras. 3 tipos: colágenas, reticulares 
(ambas de colágeno) e elásticas (de proteínas elastina). Os sistemas de fibras são: Sistema colágeno 
(fibras colágenas e reticulares) e o sistema elástico (fibras elásticas, elaunínicas e oxitalânicas). O colágeno 
tem funções estruturais: rigidez, elasticidade e força de tensão, é a mais abundante proteína do organismo 
(30% peso seco), ocorrendo na pele, osso, cartilagem, lâmina basal, etc. Podem ser:
• Colágenos que formam longas fibrilas: Tipo 1, 2, 3, 5 e 11. Osso, dentina, derme: tipo 1 (mais abundante).
• Colágenos associados a fibrilas: Ligam as fibrilas de colágeno umas às outras e a outros componentes da 
matriz extracelular. Tipos: 9, 12 e 14.
• Colágenos que formam redes: Tipo 4. Compõem a lâmina basal: papel de aderência e filtração.
• Colágenos de ancoragem: Tipo 7, nas fibrilas que ancoram fibras de colágeno (tipo 1) na lâmina basal.
Composto por glicina, prolina e hidroxiprolina, suas fibras se formam pela polimerização de tropocolágeno 
(unidades moleculares alongadas). As fibras são finas e alongadas, com estriações transversais periódicas.
• Tipo 1, 2 e 3: microfibrilas (agregados de tropocolágeno) se unem formando fibrilas.
• Tipo 1 e 3: fibrilas se unem formando fibras.
• Tipo 2: Forma fibrilas mas não forma fibras.
• Tipo 4: Não forma nem fibrilas e nem fibras - troprocolágeno se associa formando uma trama (tela de 
galinheiro).
BIOSSÍNTESE DO COLÁGENO TIPO 1 (I)
Fibrilas de colágeno tipo I são as mais abundante. As etapas são:
1. Polirribossomos do RER sintetizam cadeias polipeptídicas (preprocolágeno), que ao serem liberadas 
formam procolágeno.
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2. Ocorre a hidroxilação de prolinas e lisinas através de 2 enzimas.
3. Após ser formada a hidroxilisina, inicia-se a sua glicosilação.
4. Cada cadeia alfa é sintetizada com 2 peptídeos de registro nas extremidades que alinham cadeias 
peptídicas em forma de tríplice hélice, formando a molécula de procolágeno que é exocitado para a 
matriz extracelular através de microtúbulos.
5. Os peptídeos de registro são removidos, tornando-se tropocolágeno, capaz de polimerizar-se para 
formar fibrilas de colágeno.
6. As fibrilas se agregam nos tipos 1 e 3 formando fibras.
7. A estrutura fibrilar é reforçada c/ ligações covalentes entre os tropocolágenos.
Para ser renovado tem que ser degradado por enzimas colagenases que cortam a molécula e duas 
partes que posteriormente serão degradadas por proteases (enzimas que degradam proteínas).
FIBRAS DE COLÁGENO TIPO 1 (I)
Mais abundantes, são brancas devido às fibras elásticas, birrefringentes, de moléculas alongadas e 
paralelas, formando feixes de colágeno. São acidófilas e se coram por eosina, etc.
FIBRAS RETICULARES
Formados por colágeno tipo 3, finas, formam uma rede extensa, são argirófilas (coradas com sais de 
prata) e PAS-positivas. Constituem uma rede flexível em órgãos sujeitos a variação de forma/volume. 
Formadas por finas fibrilas unidas por pontes de proteoglicanos e glicoproteínas. Se coram em verde.
O SISTEMA ELÁSTICO
Composto por fibras elásticas, oxitalânicas e elaunínicas. Fibras oxitalânicas consistem de feixes de 
microfibrilas que possuem fibrilina (formam o arcabouço para a deposição de elastina), fibras 
oxitalianicas conectam o sistema elástico com a lâmina basal, posteriormente é depositado elastina entre 
as microfibrilas oxitalânicas, formando as fibras elaunínicas, assim a elastina passa a ocupar todo o 
centro do feixe de microfibrilas, sendo estas as fibras elásticas.
• Fibras oxitalânicas: s/ elasticidade, resistentes à tração.
• Fibras elásticas: c/ muita elasticidade.
A elastina é rica em glicina e prolina. Suas moléculas são ligadas por ligações covalentes gerando uma 
rede extensível. As fibras elásticas são responsáveis pela elasticidade da pele.
SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL INTERCELULAR
Mistura hidratada de glicosaminoglicanos, proteoglicanos e glicoproteínas multiadesivas. Preenche os 
espaços entre células e fibras do tecido conjuntivo, atuando como lubrificante e barreira à penetração de 
microrganismos invasores. 
Glicosaminoglicanos são polímeros lineares que ligados covalentemente a um eixo protéico forma os 
proteoglicanos.
Proteoglicanos são moléculas com um eixo protéico no centro com cadeias de glicosaminoglicanos 
(polímeros lineares) ligados nele.
Glicoproteínas multiadesivas são compostos protéicos ligados a cedeias de glicídios.
Glicoproteínas realizam a interação entre células adjacentes. A laminina participa da adesão intercelular. As 
integrinas são proteínas receptoras de matriz, transmembranas, que interagem com componentes da matriz 
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extracelular. Também aumenta, junta à fibronectina a habilidade de tumores cancerosos de invadir outros 
tecidos.
Fluido tecidual: Fluido, semelhante ao plasma sg. (íons e substâncias difusíveis) nos tec. conjuntivos.
O sangue traz ao tecido nutrientes e leva produtos de refugo através de 2 forças: pressão hidrostática do 
sangue e pressão osmótica. Na metade arterial dos capilares passa água destes para o tecido, e na metade 
venosa dos capilares passa água do tecido para os capilares, voltando ao sangue. Algum líquido 
remanescente retorna ao sangue por vasos linfáticos.
TIPOS DE TECIDOS CONJUNTIVOS
De acordo com os componentes ou a organização estrutural.
TECIDO CONJUNTIVO PROPRIAMENTE DITO
2 classes:
• Tecido conjuntivo frouxo: Ocorreem estruturas sujeitas a pressão ou atrito. Contém todos os 
elementos estruturais sem haver predominância. Sem resistência à tração, flexível. As células mais 
encontradas são fibroblastos e macrófagos.
• Tecido conjuntivo denso: Oferece resistência e proteção. Predominância de fibras colágenas - 
menos flexível e mais resistente à tensão, fibras sem orientação definida - denso não modelado: 
resistente a tração feita em qualquer direção; Suas fibras não são organizadas quanto a uma 
orientação. Denso modelado possui feixes de colágeno paralelos entre sí e entre os fibroblastos, em 
respostas à tração feita em uma só direção, ex.: tendão.
TECIDO ELÁSTICO
Feixes de fibras elásticas espessos e paralelos. Possui grande elasticidade. Os espaços entre as fibras é 
ocupado com fibras delgadas de colágeno e fibroblastos achatados.
TECIDO RETICULAR
Forma uma rede 3D, suporta as células de certos órgãos, formados por células reticulares (fibras 
reticulares associadas a fibroblastos) dispersas em uma matriz, cobre parcialmente fibras reticulares e 
substância fundamental, formando uma estrutura trabeculada, onde ficam livres células e fluidos.
TECIDO MUCOSO
Consistência gelatinosa por ter muito matriz fundamental composta de ácido hialurônico, possui poucas 
fibras. Principais células desse tecido são os fibroblastos.
TECIDO ADIPOSO
Capítulo 6
Tecido conjuntivo onde predomina células adiposas (adipócitos) que estão isoladas em pequenos grupos ou 
formando grandes agregados (tecido adiposo). É o maior depósito corporal de energia em forma de 
triglicerídeos. Células hepáticas e músculo esquelético acumulam energia na forma de glicogênio. 
Triglicerídeos são mais eficientes porque fornecem 9,3 Kcal/g contra 4,1 Kcal/g do glicogênio, porém não 
são depósitos estáveis, mas se renovam, sendo influenciados por estímulos nervosos e hormonais.
Fica embaixo da pele, assim modela a superfície, forma coxins absorventes de choques, contribui para o 
isolamento térmico do organismo, preenche espaços, mantêm os orgãos em suas posições, e possui 
atividade secretora ao sintetizar algumas moléculas. Duas variedades:
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1. Tecido adiposo comum, amarelo ou unilocular: Células possuem apenas um gotícula de gordura que 
ocupa quase todo o seu citoplasma.
2. Tecido adiposo parto ou multilocular: Células com numerosas gotículas lipídicas e muitas 
mitocôndrias em seu citoplasma.
TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR
Sua cor branco/amarela deve-se ao acúmulo de carotenos dissolvidos nas gotículas. Predomina nos 
adultos. Seu acúmulo depende do sexo e da idade. Forma o panículo adiposo, camada sob a pele de 
espussura uniforme em todo o corpo do recém-nascido. Suas células isoladas são esféricas e quando no 
tecido, são poliédricas devido à compressão recíproca entre as células.
A gotícula lipídica é removida por solventes orgânicos (xilol), assim é mostrado somente uma fina camada 
de citoplasma, como um anel. Deve-se realizar cortes histológico por congelação (criometria) e coloração 
por Sudam III (alaranjado) ou Sudam Black.
Cada célula adiposa é envolvida por uma lâmina basal, sua membrana plasmática possui várias vesículas 
de pinocitose. Apresenta septos de conjuntivo com vasos e nervos de onde partem fibras reticulares 
(colágeno III) que sustentam os adipócitos (tecido conjuntivo de sustentação). A vascularização é abundante 
ao se considerar a pequena quantidade de citoplasma.
DEPOSIÇÃO E MOBILIZAÇÃO DOS LIPÍDIOS
Os lipídios armazenados estão na forma de triglicerídeos que se originam da alimentação, sendo tragos 
pelos quilomícrons, do fígado e do intestino, sob a forma de lipoproteínas de pequeno peso molecular 
(VLDL) e da síntese a partir da glicose nos adipócitos.
• Quilomícrons: Partículas formadas nas células epiteliais do intestino delgado, a partir dos nutrientes.
Adipócitos sintetizam ácidos graxos e glicerol a partir da glicose (a insulina acelera esse processo ao 
estimular a penetração de glicose nas células).
Inervados pelas fibras do sistema nervoso autônomo, as terminações encontram-se nas paredes dos 
vasos sanguíneos, e somente algumas células são inervadas, contrário ao multilocular, onde as fibras 
atingem diretamente os vasos e os adipócitos. Por estímulos nervosos, mobiliza-se gordura como fonte 
de energia em condições de exercícios físicos, jejuns ou frio. Na remoção, os estímulos ocorrem 
primeiramente nos depósitos subcutâneos, do mesentério e retroperitoniais, sendo que coxins (mão e 
pé) resistem muito à desnutrição.
Em períodos de fome, toda a gordura da célula é perdida, e esta transforma-se em fusiforme ou 
poligonais, com raras gotículas lipídicas.
É secretor, pois sintetiza moléculas como a leptina (hormônio protéico que regula a quantidade de tecido 
adiposo no corpo e a ingestão de alimentos - diminui a ingestão e aumenta o gasto energético) e a lipase 
lipoprotéica.
PROCESSOS DE DEPOSIÇÃO E REMOÇÃO DE LIPÍDIOS NOS ADIPÓCITOS
Forma-se os quilomícrons nas células epiteliais do intestino a partir dos nutrientes absorvidos. Esses 
quilomícrons deixam as células epiteliais e penetram nos capilares linfáticos e posteriormente atingem o 
sangue circulando assim por todo o organismo, sendo que aí, a enzima lipase lipoprotéica hidrolisa os 
quilomícrons liberando ácidos graxos e glicerol, que se difundem no citoplasma dos adipócitos, onde se 
recombinam formando triglicerídeos que são depositados.
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Quando necessário, ocorre a hidrólise dos triglicerídeos pela liberação do neurotransmissor 
noradrenalina por parte das terminações dos nervos simpáticos, que ativam a lipase sensível ao 
hormônio promovendo a liberação de ácidos graxos e glicerol armazenados, que se difundem pelos 
capilares, sendo que os ácidos graxos serão utilizados como fonte de energia e o glicerol será 
reaproveitado pelo fígado.
• Obesidade: Desequilíbrio dos sistemas reguladores do peso devido a fatores genéticos, ambientais e 
comportamentais. Resulta da ingestão da calorias além da necessidade, logo ocorre o aumento da 
quantidade de triglicerídeos depositados em cada adipócito. Calorias não gastas são depositadas no 
tecido adiposo unilocular.
HISTOGÊNESE DO TECIDO ADIPOSO UNILOCULAR
Originam do mesênquima, dos lipoblastos, semelhantes aos fibroblastos, porém acumulam gordura em 
seu citoplasma, sendo que no início as gotículas são separadas entre si e posteriormente se fundem em 
uma única.
Uma célula mesenquimal indiferenciada origina os fibroblastos e os lipoblastos, estes últimos 
diferenciam-se em células adiposas (adipócitos).
TECIDO ADIPOSO MULTILOCULAR
Possui cor parda/marrom devido às muitas mitocôndrias e à abundante vascularização, possui distribuição 
limitada, em determinadas áreas, principalmente no recém-nascido. Este tecido não cresce, logo é mínimo 
no adulto. As células são menores e com forma poligonal, seu citoplasma tem várias gotículas lipídicas, com 
várias mitocôndrias cujas cristas são longas, podendo ocupar toda a sua espessura.
Especializado na produção de calor, auxilia na termorregulação em recém-nascidos através da oxidação 
dos ácidos graxos que gera calor e não ATP - a energia é dissipada na forma de calor e não é usada para 
fazer ATP, esse calor aquece o sangue que aquece todo o corpo, isso ocorre porque as suas mitocôndrias 
possuem uma proteína transmembrana chamada termogenina ou UCP1.
As terminações nervosas são abundantes em torno da célula assim como nos vasos

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