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CCJ0052-WL-B-AMMA-12-Fundamentação do Parecer-02

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TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Aula 12 Produção de Parecer: conclusão e parte 
 autenticativa. 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Objetivos: 
 - Produzir a parte final do parecer jurídico; 
 - Relacionar o “entendimento” da ementa com a conclusão; 
 - Compreender a conclusão do parecerista como resposta 
objetiva ao questionamento requerido pelo consultante; 
 - Distinguir a conclusão do parecer (opinião) da conclusão da 
petição (pedido); 
 - Desenvolver capacidade crítica e de debate. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Estrutura do Conteúdo: 
 1. “Entendimento” da ementa do parecer e conclusão da 
peça. 
 2. Parecer: peça de consulta. 
 3. Petição: peça de pedir. 
 4. Parte autenticativa. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Objetivo e conclusão da petição inicial 
 A Petição Inicial tem como objetivo provocar o judiciário a 
fim de lhe encaminhar um pedido, isto é, a pretensão do autor. 
Tal pedido decorre da conclusão lógica dos fatos narrados na 
inicial. Sem o pedido, a petição será considerada inepta. 
A inicial apresenta um pedido mediato e outro imediato. 
 Pedido mediato: representa a satisfação do bem reclamado, 
isto é, a solução do litígio. 
 Pedido imediato: representa a providência jurisdicional 
solicitada. Esta pode ser declaratória, constitutiva ou 
condenatória. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Esclarecendo... 
 A sentença será a) declaratória quando se objetiva que “a 
sentença declare a existência ou inexistência de certa relação 
jurídica.”(PALAIA, 1997, P. 124); b)constitutiva quando se 
pretende que ela formalize em relação jurídica uma relação que, 
anteriormente, não era reconhecida juridicamente; c) 
condenatória se pretende que “a sentença condene alguém a dar 
alguma coisa, fazer ou não fazer alguma coisa em cumprimento 
de uma obrigação, ou pagar certa importância a que se obrigou.” 
(Idem, p. 125) 
 O juiz deve decidir, em obediência aos artigos 128 e 460 do 
CPC, de acordo com os limites do pedido, não pode decidir além 
do que ali está formulado. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Código de Processo Civil 
 Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi 
proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não 
suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. 
 Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do 
autor, de natureza diversa da pedida, bem como condenar o réu 
em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi 
demandado. 
 Parágrafo único. A sentença deve ser certa, ainda quando 
decidarelaçãojurídicacondicional. 
 (Incluído pela Lei nº 8.952, de 1994) 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Geralmente, o pedido é apresentado na petição inicial nos seguintes 
termos: 
 Ex. Em face do exposto, requer a citação do réu, no endereço acima 
mencionado para tomar ciência desta ação e contestar no prazo legal, sob 
pena de, não o fazendo, reputarem-se como verdadeiros os fatos 
apresentados pelo autor. 
 Requer, ainda, a procedência da presente ação, para decretar a 
condenação do réu ao pagamento de R$ 16 000,00 a título de danos 
morais e materiais. 
 Protesta por todos os meios de provas admitidos neste Juizado. 
 Dá-se a esta o valor de R$ 16 000,00. 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento 
 Rio de Janeiro, 14 de maio de 2012. 
 NNNNNNNN 
 OAB nº 999999999 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Conclusão e autenticação do parecer 
 A conclusão, como parte integrante do parecer, deve ser a 
síntese da opinião que o parecerista fundamenta como resposta 
a uma consulta. Essa parte da peça deve estar em consonância 
com a ementa, em que se apresentou o entendimento pela 
expressão “Parecer favorável a...”. Não acrescente informação 
nova na conclusão. Responda objetivamente à consulta 
formulada. 
 A autenticação consiste, apenas, em datar e assinar a peça. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Exemplo de conclusão de um parecer; 
II- Conclusão 
 Assim, opina o Ministério Público pela reforma da decisão a 
quo, permitindo-se a alienação do bem gravado, atendidas as 
exigências contidas no item 20 supra. 
É o parecer. 
Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 1995 
 Paulo Cezar Pinheiro Carneiro 
 Procurador de Justiça 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Análise da fundamentação e da conclusão de um parecer 
(texto produzido por um aluno, com adaptações para esta aula) 
 Caso concreto, extraído do Plano de Aula de Teoria e Prática 
da Argumentação Jurídica, com adaptações. 
 Situação de conflito 
 
 Pedro foi denunciado, pelo Promotor de Justiça da comarca 
de São Paulo, de subtrair, em 1º de julho de 2009, a importância 
de R$ 360,00 em dinheiro de Antônio, utilizando-se de um 
revólver de brinquedo. 
 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Tese 
 O réu não deve ser condenado pela prática do crime de 
roubo qualificado. 
 
 Contextualização do real 
 Fatos favoráveis à tese: 
 - Na referida oitiva com o juiz, o réu não estava 
acompanhado de seu defensor. 
 - A vítima, ao ser ouvida, confirmou o fato e afirmou que 
não viu o rosto do autor do crime porque estava encoberto e, por 
isso, não tinha condições de reconhecê-lo com segurança. 
 - - Dois policiais afirmaram que ouviram a vítima gritando 
que havia sido roubada, mas nada encontraram no local do 
crime. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Fatos contrários à tese: 
 - O Juiz ouviu o réu no dia 5 de setembro de 2009, ocasião 
em que confessou, com detalhes, a prática delituosa, 
descrevendo a vítima e afirmando que o dinheiro seria utilizado 
na compra de drogas. 
 - O réu foi preso em flagrante, com R$ 360,00 no bolso, a 
duas quadras do local do crime, por um policial à paisana, por 
estar em “atitude suspeita”. 
 - A vítima garante que o réu tem o mesmo porte físico de 
quem o abordou no ato delituoso e usava roupas semelhantes, 
calça jeans e camiseta branca. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
Fundamentação: 
 É notório que os atuais índices de violência atingem a 
todos, sem distinção inclusive de classe social. No entanto, no 
intento de coibir atitudes violentas, por vezes nos afastamos do 
aclamado Estado Democrático de Direito, suprimindo direitos e 
até princípios constitucionais. Pedro, embora provavelmente 
tenha incorrido em condutas descritas em nosso código penal, 
não deve ser vítima de supressão do processo legal previsto. 
Sendo assim, merecedor apenas e somente de sanções cominadas 
e provadas dentro do citado processo e respeitando princípios 
basilares, como o principio da presunção de inocência. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Certamente, o réu foi vitimado pela extrema má condução 
do seu processo pelos personagens da justiça, porque ao 
confessar o crime não havia a presença de um defensor legal, 
condição obrigatória conforme o artigo261 do código de 
processo penal, e também não foi reconhecido pela vitima do 
crime. Além disso, sua autoria não passou de uma conclusão 
intuitiva dos policiais, conclusão essa que beira a leviandade. 
•Ressalte-se que a qualificadora alegada pela promotoria 
-- uso de arma de brinquedo -- é súmula cancelada pelo STJ e a 
compreensão majoritária atual entende que o emprego de arma 
de brinquedo não agrava a pena no crime de roubo. Portanto, 
não deve se falar em agravante. 
• 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
•Acrescente-se que, embora o réu tenha confessado o 
crime, sua confissão foi tomada após dois meses do suposto fato, 
fato este cometido sob efeito de drogas. Dessa forma, uma 
confissão contaminada, sem grande relevância e credibilidade. 
•Por fim, nestes tempos de violência generalizada e 
descrédito nas autoridades competentes, devemos nos curvar às 
normas e aos princípios constitucionais que regem nossa 
sociedade. De outra forma, seria mais coerente rasgarmos nossa 
Magna Carta e retrocedermos a uma terra sem garantias e 
segurança jurídica, que mais se assemelha aos estados 
absolutistas dos séculos passados. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Conclusão: 
 •Em face do exposto, opina-se que o figurino legal 
objetivado pela promotoria não se encaixa na conduta do réu e, 
por consequência, sua incriminação não procede. 
 
 •É o parecer 
Rio de Janeiro, 14 de maio de 2012 
 XXXXXXXXXXXXXXX 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Tarefa 
 Caso concreto 
 Dijanira Baptista foi fumante inveterada por trinta anos. Ela 
era casada com Mauro Costa e tinha dois filhos: Mauro Costa Jr. 
e Paulo Baptista Costa. Em 28 de setembro de 1999, faleceu em 
decorrência de câncer pulmonar, provocado pelo fumo excessivo 
do cigarro de marca Hollywood, da companhia Souza Cruz S.A. 
 Seus familiares alegam que a companhia de cigarros sempre 
ocultou informações e dados sobre a nocividade do cigarro à 
saúde. A vítima fumava dois maços de cigarro por dia, cerca de 
500.000 cigarros em trinta anos, e que tal fato, aliado à falta de 
informações sobre o produto nocivo, teria sido o responsável por 
ter contraído a doença. 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Além do mais, só recentemente as companhias são obrigadas a 
restringir o horário de veiculação de propagandas e a emitir 
comunicado de que o fumo é prejudicial à saúde. Isso, 
infelizmente, não chegou a impedir que Dijanira se tornasse 
viciada em cigarros, uma vez que era fumante de longa data, 
motivo pelo qual a família pleiteia indenização por dano. 
 Após a descoberta do câncer, lutou duramente contra o vício: 
"Minha mãe tentou parar de fumar, mas as crises horríveis de 
abstinência e a depressão atrapalharam muito. Quando 
conseguiu vencer o vício, a metástase estava diagnosticada". 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Paulo Gomes, advogado representante da Souza Cruz, afirma 
que a empresa cumpre as determinações legais e que seu 
produto apresenta todas as informações aos consumidores. Em 
relação às propagandas, sustenta que a apresentação de jovens 
saudáveis em ambientes paradisíacos não é prática apenas da 
indústria tabagista: "Desconheço a existência de publicidade que 
vincule produtos a modelos desgraciosos ou cenários 
deprimentes, que causem repulsa ao público-alvo. Ademais, os 
consumidores têm o livre-arbítrio de escolher o que consumir e o 
quanto consumir". 
Produção de Parecer: conclusão e parte autenticativa. Aula 12 
 
TEORIA E PRÁTICA DA REDAÇÃO JURÍDICA 
 Segundo o advogado da família, os estudos comprovam a 
nocividade do cigarro, que contém mais de quatro mil 
substâncias químicas: "Entre elas está o formol usado na 
conservação de cadáver, o fósforo, utilizado como veneno para 
ratos e o xileno, uma substância cancerígena que atrapalha o 
crescimento das crianças. Se o cigarro não mata de câncer, há 
56 outras doenças causadas por seu uso e exposição. É óbvio que 
a propaganda é indutora de seu consumo". 
 QUESTÃO 
 Debata o caso concreto oralmente em sala, a partir das fontes 
apresentadas e de outras que julgar pertinentes, e redija uma 
resposta formal a uma consulta quanto à possibilidade de uma 
empresa tabagista ser responsabilizada civilmente pela 
reparação aos danos causados à saúde de seus consumidores. 
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