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CCJ0033-WL-C-LC-Direito Penal - Parte Especial - André Queiroz

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DIREITO PENAL
Parte Especial – Crimes em espécie
Prof. André Queiroz
1
CRIMES CONTRA A VIDA
Art. 5o, XXXVIII da CR - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;
Homicídio
Induzimento, instigação e auxílio ao suicídio
Infanticídio
Aborto
Art 121. Matar alguem:
Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
Hediondez
Docimásias
Irmãos xipófagos
AIDS
Crime impossível
Simples
Material
De forma livre
Comissivo ou omissivo
5. Instantâneo de efeitos permanentes
6. Unissubjetivo
7. Progressivo
8. Plurissubsistente
Art. 29 lei 7170/89 - Matar qualquer das autoridades referidas no art. 26.
Pena: reclusão, de 15 a 30 anos.
Art. 26 - Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.
Art. 1º da lei 2889/56 - Quem, com a intenção de destruir, no todo ou em parte, grupo nacional, étnico, racial ou religioso, como tal:
a) matar membros do grupo;
b) causar lesão grave à integridade física ou mental de membros do grupo;
c) submeter intencionalmente o grupo a condições de existência capazes de ocasionar-lhe a destruição física total ou parcial;
d) adotar medidas destinadas a impedir os nascimentos no seio do grupo;
e) efetuar a transferência forçada de crianças do grupo para outro grupo;
Caso de diminuição de pena
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena:
III - ter o agente:
a) cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
c) cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima; 
Eutanásia
Ortotanásia
Distanásia
Reação imediata
Erro na execução
Premeditação
Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo futil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Art. 1o lei 8072/90 - São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e V);
Vingança
Ausência de motivo
Homicídio qualificado-privilegiado – HC 98265/MS
Duas qualificadoras – uma será agravante genérica
Art. 1o § 3º lei 9455/97 - Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Art. 61 - São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
II - ter o agente cometido o crime:
e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos. 
Art. 302 lei 9503/97 - Praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos. 
§ 5º - Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as conseqüências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. 
STJ Súmula nº 18
A sentença concessiva do perdão judicial é declaratória da extinção da punibilidade, não subsistindo qualquer efeito condenatório.
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio
Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Art. 146 § 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
Vítima sem discernimento
Tentativa
Auxílio por omissão – psiquiatra
Pessoa determinada
Crime condicionado
Pacto de morte
Roleta russa
Duelo americano (duas armas e uma desmuniciada)
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência. 
Crime comum, de dano, comissivo ou omissivo, material, condicionado, de forma livre, simples, instantâneo, unissubjetivo e plurissubsistente.
Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Crime próprio, de dano, comissivo ou omissivo, material, condicionado, de forma livre, simples, instantâneo, unissubjetivo, plurissubsistente e progressivo.
Forma privilegiada de homicídio.
Início do parto:
Dilatação do colo do útero
Rompimento da bolsa amniótica
Descolamento da placenta
INÍCIO DO PARTO
LOGO APÓS
ABORTO
INFANTICÍDIO
HOMICÍDIO
Concurso de agentes - situações:
Pai induz a mãe
Pai e mãe realizam atos executórios
Mãe induz o pai
Circunstância pessoal ou personalíssima
Estado puerperal ≠ puerpério
Estado puerperal e imputabilidade penal
Infanticídio culposo?
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento
Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:
Pena - detenção, de um a três anos.
Aborto provocado por terceiro
Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
Crime de dupla subjetividade passiva.
Início da gravidez:
Fecundação
Nidação
Espécies de aborto:
Natural
Acidental
Criminoso
Legal ou permitido
Eugênico
Econômico ou social
Destruição de tubo por fertilização in vitro – Atípico
Somente modalidade dolosa.
Anúncio de meio abortivo
Art. 20 LCP - Anunciar processo, substância ou objeto destinado a provocar aborto:
Pena - multa.
Tentativa de suicídio e autoaborto.
Namorado e enfermeira.
Art. 126 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência. 
Exceção a teoria unitária ou monista.
Nascimento de gêmeos.
Formação de quadrilha.
Forma qualificada
Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores
são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:
Aborto necessário
I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
Aborto necessário – por médico sem autorização judicial.
Aborto sentimental ou humanitário – estupro.
Aborto eugênico – STF: anencefalia.
Aborto econômico – não admitido.
Lesão corporal
Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem:
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Art. 303 lei 9503/97 – Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.
Crime comum, material, de dano, unilateral, comissivo ou omissivo, instantâneo, de forma livre e plurisubsistente.
Integridade física.
Atividades esportivas
Autolesão
Insignificância
Remoção de órgãos
Art. 21 da LCP - Praticar vias de fato contra alguém:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, se o fato não constitui crime.
Consentimento do ofendido:
Expresso
Livre
Moral
Prévio
Capacidade do agente
Art. 21 da LCP - Praticar vias de fato contra alguém:
Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa, se o fato não constitui crime.
Lesão corporal de natureza grave
§ 1º Se resulta:
I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias;
II - perigo de vida;
III - debilidade permanente de membro, sentido ou função;
IV - aceleração de parto:
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
Lesão corporal de natureza gravíssima
§ 2° Se resulta:
I - Incapacidade permanente para o trabalho;
II - enfermidade incuravel;
III - perda ou inutilização do membro, sentido ou função;
IV - deformidade permanente;
V - aborto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Art. 168.  Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 1o  No exame complementar, os peritos terão presente o auto de corpo de delito, a fim de suprir-lhe a deficiência ou retificá-lo.
§ 2o  Se o exame tiver por fim precisar a classificação do delito no art. 129, § 1o, I, do Código Penal, deverá ser feito logo que decorra o prazo de 30 dias, contado da data do crime.
§ 3o  A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
GRAVE
GRAVÍSSIMA
Incapacidadeparaasocupaçõeshabituais,pormaisdetrintadias.
Incapacidadepermanenteparaotrabalho;
Perigodevida;
Enfermidadeincuravel
Debilidadepermanentedemembro,sentidooufunção
Perdaouinutilizaçãodomembro,sentidooufunção
Deformidadepermanente
Aceleraçãodeparto
Aborto
Lesão corporal seguida de morte
§ 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Crime praeterdoloso - Previsibilidade
Diminuição de pena
§ 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
Substituição da pena
§ 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis:
I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior;
II - se as lesões são recíprocas. 
§ 6° Se a lesão é culposa:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.
Art. 303 lei 9503/97 – Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo automotor:
Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses do parágrafo único do artigo anterior.
§ 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do art. 121, § 4º. (menor 14 ou maior de 60 anos)
§ 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121. (perdão judicial)
§ 9o  Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de hospitalidade:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. 
Art. 1o lei 11.340/06 - Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Violência contra a Mulher, da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher e de outros tratados internacionais ratificados pela República Federativa do Brasil; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; e estabelece medidas de assistência e proteção às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
Art. 41.  Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
§ 10. Nos casos previstos nos §§ 1o a 3o deste artigo, se as circunstâncias são as indicadas no § 9o deste artigo, aumenta-se a pena em 1/3 (um terço).
§ 11.  Na hipótese do § 9o deste artigo, a pena será aumentada de um terço se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência.
PERICLITAÇÃO DA VIDA E DA SAÚDE 
Perigo de contágio venéreo
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa.
§ 1º - Se é intenção do agente transmitir a moléstia:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - Somente se procede mediante representação. 
Crime próprio e de mão própria, simples, perigo abstrato, comissivo, de forma vinculada, formal, unilateral, plurissubsistente e instantâneo.
Admite tentativa
Dolo de perigo – direto ou eventual
Sempre comissivo
AIDS?
Admite concurso de crimes
Consumação com a prática do ato sexual
Perigo de contágio de moléstia grave
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está contaminado, ato capaz de produzir o contágio:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Crime formal, de forma livre, próprio, comissivo, unisubjetivo, instantâneo, de dano e unissubsistente.
Lesão leve – absorção da lesão.
Lesão grave – absorção do 131.
Morte culposa – aplica-se o 129§3o.
Morte dolosa – aplica-se o 121.
Cabe tentativa
Concurso entre:
Art. 267 - Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos:
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
§ 1º - Se do fato resulta morte, a pena é aplicada em dobro.
§ 2º - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a dois anos, ou, se resulta morte, de dois a quatro anos.
Perigo para a vida ou saúde de outrem
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave.
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em
desacordo com as normas legais. 
Crime de perigo concreto, comum, de forma livre, simples, doloso, instantâneo, unissubsistente ou plurissubsistente, unissubjetivo, comissivo ou omissivo.
Dolo de perigo.
Só doloso.
Admite tentativa se comissivo.
Não admite concurso (subsidiariedade expressa).
Disparo de arma de fogo.
Art. 99 lei 10.741/03 - Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 2o Se resulta a morte:
Pena – reclusão de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
Abandono de incapaz
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de seis meses a três anos.
Crime próprio, instantâneo de efeitos permanentes, de forma ivre, perigo concreto, comissivo ou omissivo, unissubjetivo e unissubsistente ou plurissubsistente.
Consentimento irrelevante.
Tentativa se comissivo?
Risco criado pelo agente.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
Aumento de pena
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço:
I - se o abandono ocorre em lugar ermo;
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima.
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos.
Exposição ou abandono de recém-nascido
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Crime próprio, instantâneo de efeitos permanentes, de forma ivre, perigo concreto, comissivo ou omissivo, unissubjetivo e unissubsistente ou plurissubsistente.
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte. 
Crime comum, instantâneo de efeitos permanentes, de forma livre, perigo abstrato ou concreto, omissivo próprio, unissubjetivo e unissubsistente.
Art. 97 lei 10.741/03 - Deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
Parágrafo único. A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte.
Morte instantânea
Terceiro que socorre
Art. 304 lei 9.503/97 - Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
OMISSÃO
Art. 302, p.únicoCTB
Causadordamorte.
Art. 304 CTB
Estarenvolvidonoacidentesemsercausador.
Art. 135 CP
Envolvidoounão,semserocausador.
Maus-tratos
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim de educação, ensino, tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a trabalho excessivo ou inadequado, quer abusando de meios de correção ou disciplina:
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou multa. 
Crime próprio, instantâneo, de forma vinculada, de ação múltipla, perigo concreto, comissivo ou omissivo, unissubjetivo e unissubsistente ou plurissubsistente.
Art. 98 lei 10.741/03 - Abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado:
Pena – detenção de 6 (seis) meses a 3 (três) anos e multa.
Art. 99. Expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado:
Pena – detenção de 2 (dois) meses a 1 (um) ano e multa.
Art. 232 8069/90 - Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Art. 1º lei 9455/97 - Constitui crime de tortura:
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de um a quatro anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de quatro a doze anos.
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (catorze) anos. 
Rixa
Art. 137 - Participar de rixa, salvo para separar os contendores:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos. 
Crime comum, instantâneo, de forma livre, de condutas contrapostas, perigo abstrato, comissivo, plurissubjetivo e plurissubsistente.
Ao menos 3 pessoas.
Participação moral ou material.
Cabe tentativa em rixa preordenada.
Crime de multidão – lesões recíprocas.
1
2
3
4
5
HONRA
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. 
CALÚNIA
DIFAMAÇÃO
INJÚRIA
Fatocriminoso
Fatodiversode crime
Qualidadenegativa
Honraobjetiva
Honraobjetiva
Honrasubjetiva
Falso
Podeserverdadeiro
Podeserverdadeiro
Cabeexceçãodaverdade
Nãocabeexceçãodaverdade– p.único
Nãocabeexceçãodaverdade
Temquechegaraoconhecimentodeterceiros
Temquechegaraoconhecimentodeterceiros
Nãoprecisachegaraoconhecimentodeterceiros
Calúnia
Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga.
§ 2º - É punível a calúnia contra os mortos. 
Crime comum, de forma livre, unissubisistente ou plurissubsistente, instantâneo, unissubjetivo, comissivo, de dano e formal.
Exceção da verdade
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo:
I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível;
II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141 (contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro);
III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. 
Legitimidade para ação penal
Foro por prerrogativa de função
Ofensa à coisa julgada
Fato determinado
Pessoa certa e determinada
Fato falso ou envolvimento falso
Ofensa explícita, implícita ou reflexa.
Tentativa
Propalação ou divulgação
Mortos
Denunciação caluniosa
Art. 339. Dar causa à instauração de investigação policial, de processo judicial, instauração de investigação administrativa, inquérito civil ou ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime de que o sabe inocente:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa.
Difamação
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Exceção da verdade
Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. 
Crime comum, de forma livre, unissubisistente ou plurissubsistente, instantâneo, unissubjetivo, comissivo, de dano e formal.
Delitos de intenção
Exceção de notoriedade – falta de ofensividade da conduta.
Contravenção
Art. 523 CPP - Quando for oferecida a exceção da verdade ou da notoriedade do fato imputado, o querelante poderá contestar a exceção no prazo de 2 (dois) dias, podendo ser inquiridas as testemunhas arroladas na queixa, ou outras indicadas naquele prazo, em substituição às primeiras, ou para completar o máximo legal.
Injúria
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. 
Crime comum, de forma livre, unissubisistente ou plurissubsistente, instantâneo, unissubjetivo, comissivo ou omissivo, de dano e formal.
Perdão judicial
Honra subjetiva
Injúria indireta
Não precisa ser na presença da vítima
Tentativa na injúria escrita
Retorsão imediata – forma anômala de legítima defesa
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência:
Pena - reclusão de um a três anos e multa. 
Art. 96 lei 10.741/03 – Discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade:
Pena – reclusão de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e multa.
§ 1o Na mesma pena incorre quem desdenhar, humilhar, menosprezar ou discriminar pessoa idosa, por qualquer motivo.
Art. 1º lei 7716/89 – Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.
Desacato
Art. 331 - Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
Imunidade parlamentar – Art. 53, 27§1o e 29, VIII CR.
Advgados – Art. 7o §2o lei 8906/94. Art. 133 CR.
Disposições comuns
Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro;
II - contra funcionário público, em razão de suas funções;
III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
IV - contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria.
Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro. 
Exclusão do crime
Art. 142 - Não constituem injúria ou difamação punível:
I - a ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador;
II - a opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar;
III - o conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício.
Parágrafo único - Nos casos dos ns. I e III, responde pela injúria ou pela difamação quem lhe dá publicidade. 
Imunidade judiciária
MP – parte ou custus legis (art. 41, V lei 8625/93)
Retratação
Art. 143 - O querelado que, antes da sentença, se retrata cabalmente da calúnia ou da difamação, fica isento de pena.
Art. 144 - Se, de referências, alusões ou frases, se infere calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode pedir explicações em juízo. Aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do juiz, não as dá satisfatórias, responde pela ofensa. 
Desonrados – pode ser sujeito passivo.
Menores de 18 anos e dontes mentais – podem ser inclusive de calúnia.
Pessoa jurídica
Art. 26 lei 7170/89 – Caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação.
Pena: reclusão, de 1 a 4 anos.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre quem, conhecendo o caráter ilícito da imputação, a propala ou divulga.
Art. 145 - Nos crimes previstos neste Capítulo somente se procede mediante queixa, salvo quando, no caso do art. 140, § 2º, da violência resulta lesão corporal.
Parágrafo único.  Procede-se mediante requisição do Ministro da Justiça, no caso do inciso I do caput do art. 141 deste Código, e mediante representação do ofendido, no caso do inciso II do mesmo artigo, bem como no caso do § 3o do art. 140 deste Código. 
Lesão leve, grave e gravíssima – crime complexo.
Racismo
STF Súmula nº 714 - É concorrente a legitimidade do ofendido, mediante queixa, e do Ministério Público, condicionada à representação do ofendido, para a ação penal por crime contra a honra de servidor público em razão do exercício de suas funções.
LIBERDADE INDIVIDUAL
Constrangimento ilegal
Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Crime comum, doloso, de forma livre, material, simples, instantâneo, de dano, unissubjetivo, plurissubsistente e subsidiário.
Art. 23, III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Exercício arbitrário das próprias razões
Art. 345 - Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite.
Violência direta ou indireta (terceiro)
Grave ameaça
Redução da resistência
Exemplos:
Obrigar a beber cerveja.
Não permitir fumar em local permitido.
Obrigar a quitar dívida de jogo, ainda que ela exista.
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Aumento de pena
§ 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
§ 2º - Além das penas cominadas, aplicam-se as correspondentes à violência.
§ 3º - Não se compreendem na disposição deste artigo:
I - a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do paciente ou de seu representante legal, se justificada por iminente perigo de vida;
II - a coação exercida para impedir suicídio. 
Ameaça
Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação. 
Crime comum, doloso, de forma livre, formal, simples, instantâneo, de dano, unissubjetivo, unisubsistente ou plurissubsistente,
unilateral e subsidiário.
Mal sério, iminente e verossímil.
Pessoa certa e determinada.
Tentativa cabível se por escrito ou por gestos.
Ameaça direta ou indireta.
Explícita, implícita ou condicional.
Ânimo calmo e refletido.
Subsidiariedade (art. 146 ou art. 158)
Seqüestro e cárcere privado
Art. 148 - Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 1º - A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I - se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos;
II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
III - se a privação da liberdade dura mais de 15 (quinze) dias.
IV - se o crime é praticado contra menor de 18 (dezoito) anos;
V - se o crime é praticado com fins libidinosos.
Crime comum, doloso, de forma livre, formal, simples, permanente, de dano, comissivo ou omissivo, unissubjetivo, unisubsistente ou plurissubsistente, unilateral e subsidiário.
Art. 28 lei 7170/89 – Atentar contra a liberdade pessoal de qualquer das autoridades referidas no art. 26.
Pena: reclusão, de 4 a 12 anos.
Consentimento – fato atípico
Permanente – estado de flagrância
Sequestro – privação sem confinamento.
Cárcere privado – privação com confinamento.
Art. 230 lei 8069/90 – Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
§ 2º - Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral:
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Diferente de maus-tratos
Diferente de tortura
Art. 149. Reduzir alguém a condição análoga à de escravo, quer submetendo-o a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva, quer sujeitando-o a condições degradantes de trabalho, quer restringindo, por qualquer meio, sua locomoção em razão de dívida contraída com o empregador ou preposto:
Pena - reclusão, de dois a oito anos, e multa, além da pena correspondente à violência. 
Crime comum, doloso, de forma vinculada, material, simples, permanente, de dano, comissivo ou omissivo impróprio, unissubjetivo, plurissubsistente e unilateral.
Não se exige escravidão, mas condição semelhante.
Elemento normativo do tipo.
Plágio
Concurso material obrigatório.
Competência – STJ e STF.
Art. 109 § 5º CR – Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.
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§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - cerceia o uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho;
II - mantém vigilância ostensiva no local de trabalho ou se apodera de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, com o fim de retê-lo no local de trabalho. 
Art. 203, § 1o, II - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado pela legislação do trabalho:
Impede alguém de se desligar de serviços de qualquer natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus documentos pessoais ou contratuais. 
Violação de domicílio
Art. 150 - Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa. 
Crime comum, doloso, de forma livre, de mera conduta, simples, instantâneo ou permanente, de dano, comissivo ou omissivo próprio, unissubjetivo, unisubsistente ou plurissubsistente, de ação múltipla ou conteúdo variado e unilateral.
Art. 5o, XI da CR – a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
Consentimento – exclui a tipicidade
Capacidade do consentimento
Só dolo direto
Tentativa – admissível no entrar
Casa desabitada ≠ ausência de moradores
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero. 
Compartimento aberto ao público.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com abuso do poder. 
Art. 155 § 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na iminência de o ser. 
Conceito de dia:
Astrofísico
Cronológico
Legal
Social
Art. 293 CPP - Se o executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa incomunicável, e, logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão.
CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
Furto
Art. 155 - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
Crime comum, de forma livre, material, instantâneo ou permanente, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Tutela a propriedade e posse.
Disponibilidade do bem.
Coisa móvel – sequestro ou subtração de incapaz.
Coisa alheia – res derelicta e res nullius
Coisa perdida (res desperdicta) – art. 169 parágrafo único, II
Cadáver– Violação de sepultura (art. 210) absorvido.
Coisa comum – atípico ≠ art. 161 §1o (desvio de águas)
Bens incorpóreos
Abigeato
Energia elétrica e genética
Valor de estimação
Furto famélico
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico. 
Furto de dente de ouro de cadáver:
1a POS – 210 absorvido pelo furto. O dente pertence aos sucessores.
2a POS – Não comete furto. Res nullius. Só responde pelo 210.
93
Princípio da insignificância ou bagatela:
Requisitos objetivos
Valor do bem
Mínima ofensividade da conduta do agente
Ausência de periculosidade social da ação
Reduzido grau de reprovabilidade do comportamento
Inexpressividade da lesão jurídica causada
Requisitos subjetivos
Importância do bem para a vítima
Circunstâncias e resultados do crime
Folha de cheque – controvertido
Cartão bancário – atípico
Subtrair:
Bem retirado da vítima.
Bem entregue espontaneamente e depois retirado da esfera de vigilância. (≠ art. 168)
Coisa alheia ≠ art. 346 e art. 312 §1o
Famulato ou furto doméstico
Animus rem sibi habendi (animus furandi). Desnecessário o animus lucrandi.
Conduta comissiva ou omissiva
Furto de cheque
1a POS – Estelionato absorve
2a POS – Concurso material
95
Requisitos para o furto de uso:
Coisa móvel infungível.
Uso momentâneo.
(≠ art. 16)
Restituição imediata ao possuidor originário.
STJ – Devolução do bem em local distante ou deteriorado.
Teorias sobre o momento dos atos executórios:
Concretatio – contato com a mão.
Apprehensio – segurar a coisa.
Amotio – deslocar a coisa.
Ablatio – dispor do bem.
Momento consumativo:
Posse mansa e pacífica do bem
Inversão da posse ainda que momentânea. STF e STJ.
Retirada do bem da esfera de vigilância do lesado
Livre disposição do bem
Tentativa e crime impossível.
Furto com violação de domicílio – absorção.
Furto com dano – absorção.
Furto com venda a terceiro.
 1a POS – Absorção
 2a POS – Lesados diferentes. Concurso material.
Puxar dinheiro do bolso da vítima.
Especialista em relógios Omega.
Carro com alarmes modernos.
Lojas e sistema de vigilância.
97
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno. 
≠ noite. Menor vigilância sobre o bem.
Aplicabilidade somente no furto simples – STJ.
Técnica legislativa.
Furto qualificado tem pena diferente.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. 
Réu reabilitado
Bons antecedentes – desnecessário.
Pequeno valor – até o salário-mínimo.
≠ 171§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
Cabimento no repouso noturno.
Furto qualificado
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
III - com emprego de chave falsa;
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Furto privilegiado-qualificado:
1a POS – Inadmissibilidade – Topográfico.
2a POS – Admissibiliade – Política criminal.
Cão de guarda – destruição de obstáculo ou crime de dano.
Perícia indispensável.
Destruição da própria coisa.
 STJ – Simples
 STF – Qualificado.
Abuso de confiança – maior facilidade para subtração.
Fraude – empregada antes ou durante a subtração. ≠ 171 (entrega do bem voluntariamente).
Saque por internet – furto mediante fraude.
101
Test-drive em concessionárias – Estelionato.
Escalada – via anormal e descontínua. Uso de instrumentos.
Destreza – Habilidade especial física ou manual. Tentativa.
 Abertura de cofre – não caracteriza destreza.
Chave falsa:
Copiada da verdadeira sem autorização do titular.
Diferente da verdadeira, mas modificada.
Gazua
Chave perdida – Não é falsa. Fraude.
Ligação direta – furto simples.
Concurso de pessoas – 2 ou mais pessoas.
Sendo menor:
Para o STJ, trata-se de furto mediante fraude. Política criminal para que a concessionária seja ressarcida pela seguradora.
102
Art. 244-B lei 8069/90 – Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1º Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
§ 2º As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1º da Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990.
Formal e de perigo.
Nelson Hungria – Só coautores. Damásio admite a participação.
Art. 146, § 1º - As penas aplicam-se cumulativamente e em dobro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou há emprego de armas.
Não precisa de prévio ajuste.
Absolvição de um ainda caracteriza o concurso.
Hibridismo penal – Uso das causas do roubo. STF e STJ – NÃO.
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.
Maior dificulade de recuperar o bem.
Partes isoladas – Não caracteriza.
Tentativa – admissível.
Contrato de transporte:
Sabia antes – concurso
Sabia após – receptação
Não sabia – atípico.
As qualificadoras dos §§4o e 5o são compatíveis. 
Furto de coisa comum
Art. 156 - Subtrair o condômino, co-herdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que tem direito o agente.
Crime próprio, de forma livre, material, doloso, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Exemplos – condomínio, herança e sociedades.
106
PJ formal ou em comum – natureza do bem. Coisa da PJ ou dos sócios.
JECRIM.
Coisa fungível (art. 85 CC).
Roubo
Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Crime comum, de forma livre, material, complexo, doloso, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Roubo = art.155 + art.129 ou art.147
Crime complexo e pluriofensivo.
Princípio da insignificância ou bagatela – inaplicabilidade.
Roubo privilegiado – Incabível aplicar art. 155§2o.
Roubo tentado – Cabimento. Bitencourt (incabível).
Roubo de coisa comum – típico.
Grave ameaça – vis compulsiva
Violência à pessoa – vis absoluta ou corporalis
Violência direta ou indireta.
Trombada
Bem preso ao corpo da vítima
Homem “pede” para vítima entregar o bem.
Simulacro.
Homem vestindo jaqueta.
109
Qualquer meio que reduza a vítima à impossibilidade de resistência – violência imprópria.
Vítima se embriaga voluntariamente – furto.
Sujeito passivo – proprietário ou possuidor do bem.
Possibilidade da dupla subjetividade passiva – violência e propriedade do bem de pessoas diferentes.
Animus rem sibi habendi.
Não cabe tentativa.
Roubo de uso:
1a POS – Roubo (Nucci).
2a POS – Constrangimento ilegal Greco).
Sonífero, hipnose, álcool, etc.
Boa noite Cinderela.
110
Art. 20 lei 7170/89 – Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado, incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de organizações políticas clandestinas ou subversivas.
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro; se resulta morte, aumenta-se até o triplo.
Consumação:
1a POS – Semelhante ao furto. Doutrina. Crime material.
Emprego da violência ou grave ameaça
Apoderamento da coisa
Retirada do bem da esfera de vigilância da vítima
Livre disponibilidade do bem, ainda que momentânea
2a POS – Basta que cesse a violência ou grave ameaça à pessoa. STF e STJ. Crime formal.
Destruição do bem – consumado.
Roubo em coletivos – concurso formal impróprio.
Tentativa
Bens da mesma família.
112
Roubo impróprio ou por aproximação.
Somente violência própria.
ROUBO PRÓPRIO
ROUBO IMPRÓPRIO
ROUBO PRÓPRIO COM VIOLÊNCIA IMPRÓPRIA
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Tentativa no roubo impróprio:
1a POS – Incabível. Damásio e STJ.
2a POS – Cabível.
Mirabete.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
Arma própria e imprópria.
Arma branca e de fogo.
Efetivo uso ou porte ostensivo.
Porte simulado – roubo simples.
Concurso de agentes – todos respondem.
Perícia:
1a POS – STF – desnecessário. Outros meios de prova.
2a POS – STJ – necessário. Exceção arma de fogo.
Arma com defeito:
Ineficácia absoluta – roubo simples
Ineficácia relativa – roubo circunstanciado.
Maior risco para o lesado.
Maior facilidade para o crime.
115
Arma desmuniciada:
1a POS – STJ – roubo sem aumento.
2a POS – Ineficácia relativa.
Arma de brinquedo – Súmula 174 STJ (cancelada).
1a POS – Teoria objetiva. Roubo simples. Bis in idem. Lesividade. Tipicidade. Não é arma. STF e STJ. Weber Martins.
2a POS – Teoria subjetiva. Idoneidade para intimidar.
Perícia – Inversão do ônus da prova.
Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido
Art. 14 lei 10.826/03 – Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
        Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Contexto fático.
Arma de brinquedo – atípico.
Concurso de 2 ou mais pessoas:
Art. 244-B lei 8069/90 – Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
Não precisa da presença de todos.
Basta a intenção de colaborar.
STF – Não pode usar o aumento do furto. Art. 155, §2o, IV.
Exemplo – Pedestre dolosamente derruba pessoa que estava fugindo do roubo. Ladrão (roubo simples) e pedestre (roubo circunstanciado).
118
Transporte de valores.
Veículo transportado para outro Estado.
Manter a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
Restrição ≠ Privação
Fora do contexto – concurso de crimes.
Curtíssimo tempo – Não incidência.
Diferença entre roubo e extorsão.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Cabível no roubo simples ou circunstanciado.
Resultado emana da violência. Nao se aplica na grave ameaça ou violência imprópria.
Alcance do tipo.
Violência dolosa. Resultado doloso ou culposo.
Proporcionalidade nas penas.
Só latrocínio é hediondo.
Competência:
Exemplo:
Atira na vítima sem querer – latrocínio.
Rouba o carro, mas culposamente bate, matando a vítima – roubo com morte culposa de trânsito.
Rouba o carro, e depois da fuga, mata a vítima – roubo com homicídio doloso.
Comparsa mata o outro para garantir todo o proveito do crime.
A quer matar seu desafeto. Após o roubo, percebe que traz bens de valor consigo – homicídio mais furto.
120
STF Súmula nº 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.
STF Súmula nº 610 – Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.
STF Súmula nº 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do Tribunal do Júri.
STF Súmula nº 610 – Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não se realize o agente a subtração de bens da vítima.
SUBTRAÇÃO
MORTE
LATROCÍNIO
consumado
consumado
consumado
tentado
tentado
tentado
tentado
consumado
consumado
consumado
tentado
tentado
Sempre deve se analisar o DOLO do agente, podendo caracterizar-se roubo com lesões graves.
122
Latrocínio tentado.
Pluraliade de mortes.
Desvio subjetivo entre os agentes.
Art. 9º lei 8072/90 – As penas fixadas no art. 6º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3º, 158, § 2º, 159, caput e seus §§ 1º, 2º e 3º, 213, caput e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único, todos do Código Penal, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de trinta anos de reclusão, estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224 também do Código Penal.
Penas mínima e máxima iguais – PENA-PADRÃO.
Extorsão
Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
Crime comum, de forma livre, formal, doloso, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Diferenças para o roubo:
Necessita de colaboração da vítima.
Verbos distintos.
Pode ser bem imóvel.
STJ – Continuidade delitiva entre roubo e extorsão. CTV.
≠ concussão (art. 316 CP).
STJ Súmula nº 96 – O crime de extorsão consuma-se independentemente da obtenção da vantagem indevida.
Flagrante delito.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
§ 3o  Se o crime é cometido mediante a restrição da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem econômica, a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2o e 3o, respectivamente.
Só cabe o aumento no caso de coautores (≠ roubo).
“Sequestro relâmpago”.
“Saidinha” e “entradinha” de banco.
Proporcionalidade.
Extorsão mediante seqüestro
Art. 159 - Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate:
Pena - reclusão, de oito a quinze anos.
Crime comum, de forma livre, formal, doloso, complexo, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Sequestro de animal – extorsão.
Sujeição ao criminoso por qualquer meio executório.
Agente público – concurso com abuso de autoridade (lei 4898/65).
Art. 1o lei 8072/90 – São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou tentados:
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o);
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
Art. 158 – “vantagem econômica”.
Art. 159 – “qualquer vantagem”.
“Como condição ou preço do resgate” – Terceiro tem que dar a vantagem.
Consumação:
1a POS – privação da liberdade
2a POS – exigência do resgate.
3a POS – crime permanente.
Crime mutilado de dois atos.
Flagrante.
Obtenção da vantagem é mero exaurimento.
130
§ 1o Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) ou maior de 60 (sessenta) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha.
Pena - reclusão, de doze a vinte anos.
Crime à prazo.
Não se aplica o art. 61, II, h.
Art. 9o lei 8072/90 – bis in idem.
4 pessoas com estabilidade e permanência.
STJ admite concurso do art. 159 com o art. 288. Momentos diversos (antes e depois).
§ 2º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de dezesseis a vinte e quatro anos.
§ 3º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de vinte e quatro a trinta anos.
§ 4º - Se o crime é cometido em concurso, o concorrente que o denunciar à autoridade, facilitando a libertação do seqüestrado, terá sua pena reduzida de um a dois terços.
Delação premiada – causa obrigatória
de diminuição de pena. Direito subjetivo do réu. Não se comunica aos coautores. (“Favor legal antiético” – Bitencourt).
Extorsão indireta
Art. 160 - Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a procedimento criminal contra a vítima ou contra terceiro:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Crime comum, de forma livre, formal, doloso, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Modalidade especial de extorsão.
Dolo de aproveitamento.
Credor extorsionário.
Cabe tentativa.
Cheque pós-datado como garantia de dívida – STJ – fato atípico.
133
Alteração de limites
Art. 161 - Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
USURPAÇÃO
Crime próprio, formal, doloso, de forma livre, não transeunte, unissubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
Vestígios:
1a POS – Tem que desaparecer – Bitencourt
2a POS – Não precisa – Greco.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
Usurpação de águas
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
Esbulho possessório
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
Integrantes:
1a POS – O Esbulho precisa de ao menos 3 pessoas. Hungria.
2a POS – O invasor e mais 3 pessoas. Magalhães Noronha.
MST:
1a POS – Lewandowski – ilícito civil.
2a POS – STF – esbulho.
Sendo estável, também pode o 288.
135
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.
Supressão ou alteração de marca em animais
Art. 162 - Suprimir ou alterar, indevidamente, em gado ou rebanho alheio, marca ou sinal indicativo de propriedade:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa.
Crime comum, formal, doloso, de forma livre, não transeunte, unissubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
Dano
Art. 163 - Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Crime comum, material, doloso, de forma livre, não transeunte, unissubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
Res nullius e derelicta – atípico.
Documentos:
Como prova – art. 305.
Prejudicar o dono – art. 163.
No processo – art. 365.
No serviço público – art. 337.
Art. 32 lei 9605/98 – Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
§ 1º Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo, ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço, se ocorre morte do animal.
Art. 65 lei 9605/98 – Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
Art. 346 - Tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 62 lei 9605/98 – Destruir, inutilizar ou deteriorar:
        I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
 II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção, sem prejuízo da multa.
Art. 263 CPM – Causar a perda, destruição, inutilização, encalhe, colisão ou alagamento de navio de guerra ou de navio mercante em serviço militar, ou nêle causar avaria:
Pena - reclusão, de três a dez anos.
Art. 266. Se o crime dos arts. 262, 263, 264 e 265 é culposo, a pena é de detenção de seis meses a dois anos; ou, se o agente é oficial, suspensão do exercício do pôsto de um a três anos, ou reforma; se resulta lesão corporal ou morte, aplica-se também a pena cominada ao crime culposo contra a pessoa, podendo ainda, se o agente é oficial, ser imposta a pena de reforma.
Dano qualificado
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime mais grave
III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
STJ – A violência contra a pessoa deve ser um meio para o dano.
Assim:
Violência antes ou concomitante – dano qualificado.
Violência depois – dano simples com lesão corporal.
Vias de fato – absorvido.
Incêndio
Art. 250 - Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
Dolo específico.
Perigo comum.
Ex: ameaçar o motorista para destruir o carro.
143
Fuga de preso:
1a POS – Dano qualificado. STF. Animus nocendi.
2a POS – Não há crime. Busca da liberdade. STJ.
Evasão mediante violência contra a pessoa
Art. 352 - Evadir-se ou tentar evadir-se o preso ou o indivíduo submetido a medida de segurança detentiva, usando de violência contra a pessoa:
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da pena correspondente à violência.
Introdução ou abandono de animais em propriedade alheia
Art. 164 - Introduzir ou deixar animais em propriedade alheia, sem consentimento de quem de direito, desde que o fato resulte prejuízo:
Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, ou multa.
Dano em coisa de valor artístico, arqueológico ou histórico
Art. 165 – Revogado pelo art. 62 da lei 9605/98.
Alteração de local especialmente protegido
Art. 166 – Revogado pelo art. 63 da lei 9605/98.
Crime comum, material, doloso, de forma livre, não transeunte, unissubjetivo, plurissubsistentee instantâneo.
Ação penal
Art. 167 - Nos casos do art. 163, do inciso IV do seu parágrafo e do art. 164, somente se procede mediante queixa.
Ação de iniciativa privada:
Dano simples
Por motivo egoístico ou considerável prejuízo para o lesado
Introdução ou abandono de animais.
Apropriação indébita
Art. 168 - Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Tipos de apropriação: 
Indébita
Previdenciária
Havida por erro de outrem
De tesouro
De coisa achada
Art. 170 – Nos crimes previstos neste Capítulo, aplica-se o disposto no art. 155, § 2º. (Privilégio).
Crime comum, material, doloso, de forma livre, unissubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
Coisa fungível
1a POS – STJ – Fato típico.
2a POS – Damásio – atípico – Há transferência de propriedade.
Posse ou detenção.
Quebra de confiança.
Posse desvigiada.
Entrega do bem sem fraude. ≠ art. 171
Boa-fé de quem recebe o bem. Sem ARSH.
Modificação posterior por ato de disposição do bem ou recusa na restituição.
Ex: Caixa de supermercado.
 Cofre fechado ou aberto.
Mero esquecimento para devolcver o bem – fato atípico.
148
STJ exige o ARSH. Apropriação de uso – atípico.
Art. 168 – dolo sucessivo
Art. 171 – dolo antecedente.
Consumação – inversão do animus do agente.
Prestação de contas – questão prejudicial heterogênea.
Aumento de pena
§ 1º - A pena é aumentada de um terço, quando o agente recebeu a coisa:
I - em depósito necessário;
II - na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial;
III - em razão de ofício, emprego ou profissão.
Art. 647 CC – É depósito necessário:
I - o que se faz em desempenho de obrigação legal;
II
- o que se efetua por ocasião de alguma calamidade, como o incêndio, a inundação, o naufrágio ou o saque.
Art. 649. Aos depósitos previstos no artigo antecedente é equiparado o das bagagens dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde estiverem.
Parágrafo único. Os hospedeiros responderão como depositários, assim como pelos furtos e roubos que perpetrarem as pessoas empregadas ou admitidas nos seus estabelecimentos.
Art. 10 lei 10.741/03 – Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão ou qualquer outro rendimento do idoso, dando-lhes aplicação diversa da de sua finalidade:
Pena – reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa.
Art. 5º lei 7492/86 – Apropriar-se, quaisquer das pessoas mencionadas no art. 25 desta lei, de dinheiro, título, valor ou qualquer outro bem móvel de que tem a posse, ou desviá-lo em proveito próprio ou alheio:
Pena - Reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
Apropriação indébita previdenciária
Art. 168-A. Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas dos contribuintes, no prazo e forma legal ou convencional:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Sonegação de contribuição previdenciária
Art. 337-A. Suprimir ou reduzir contribuição social previdenciária e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - omitir de folha de pagamento da empresa ou de documento de informações previsto pela legislação previdenciária segurados empregado, empresário, trabalhador avulso ou trabalhador autônomo ou a este equiparado que lhe prestem serviços;
II - deixar de lançar mensalmente nos títulos próprios da contabilidade da empresa as quantias descontadas dos segurados ou as devidas pelo empregador ou pelo tomador de serviços;
III - omitir, total ou parcialmente, receitas ou lucros auferidos, remunerações pagas ou creditadas e demais fatos geradores de contribuições sociais previdenciárias:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Crime comum, material, doloso, de forma livre, unissubjetivo, unissubsistente e instantâneo.
Crime omissivo próprio.
Lei penal em branco homogênea.
Pessoa jurídica não pode ser sujeito ativo.
Sujeito assivo – INSS (autarquia federal).
Justiça federal. Art. 109, IV CR.
Art. 149 § 1º CR – Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. JUSTÇA ESTADUAL
Crime à prazo – Não cabe tentativa.
Dificuldades financeiras – Inexigibilidade de conduta diversa. STF.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem deixar de:
I - recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
 II - recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;
III - pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido reembolsados à empresa pela previdência social.
§ 2o É extinta a punibilidade se o agente, espontaneamente, declara, confessa e efetua o pagamento das contribuições, importâncias ou valores e presta as informações devidas à previdência social, na forma definida em lei ou regulamento, antes do início da ação fiscal.
Art. 34 lei 9249/95 – Até o recebimento da denúncia.
Início da ação fiscal – TIAF (termo de início da ação fiscal).
Art. 83 §4o lei 9430/96 – REFIS.
Art. 9o lei 10.684/03 – É suspensa a pretensão punitiva do Estado, referente aos crimes previstos nos arts. 1o e 2o da lei 8137/90 e nos arts. 168-A e 337-A do Código Penal, durante o período em que a pessoa jurídica relacionada com o agente dos aludidos crimes estiver incluída no regime de parcelamento.
§ 1o A prescrição criminal não corre durante o período de suspensão da pretensão punitiva.
§ 2o Extingue-se a punibilidade dos crimes referidos neste artigo quando a pessoa jurídica relacionada com o agente efetuar o pagamento integral dos débitos oriundos de tributos e contribuições sociais, inclusive acessórios.
§ 3o É facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
I - tenha promovido, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento da contribuição social previdenciária, inclusive acessórios; ou
II - o valor das contribuições devidas, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, administrativamente, como sendo o mínimo para o ajuizamento de suas execuções fiscais. 
STF Súmula Vinculante nº 24 – Não se tipifica crime material contra a ordem tributária, previsto no art. 1º, incisos I a IV, da Lei nº 8.137/90, antes do lançamento definitivo do tributo.
Lançamento definitivo do crédito tributário:
1a POS – Condição de procedibilidade. Ausência de justa causa.
2a POS – Condição objetiva de punibilidade.
3a POS – Elementar do tipo.
Princípio da insignificância:
STF – Até 10.000 Reais. (art. 20 lei 10.522/02 – arquivamento).
STJ – Até 100 Reais. (art. 18 §1o lei 10522/02 – extinção do crédito.
Apropriação de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza
Art. 169 - Apropriar-se alguém de coisa alheia vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza:
Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Parágrafo único - Na mesma pena incorre:
Apropriação de tesouro
I - quem acha tesouro em prédio alheio e se apropria, no todo ou em parte, da quota a que tem direito o proprietário do prédio;
Apropriação de coisa achada
II - quem acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixando de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de 15 (quinze) dias.
Crime comum, material, doloso, de forma livre, unissubjetivo, plurissubsistente e instantâneo.
Ação penal pública incondicionada.
Admite tentativa.
Art. 1.264 CC – O depósito antigo de coisas preciosas, oculto e de cujo dono não haja memória, será dividido por igual entre o proprietário do prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Art. 1.265. O tesouro pertencerá por inteiro ao proprietário do prédio, se for achado por ele, ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro não autorizado.
Estelionato
Art. 171 - Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, de quinhentos mil réis a dez contos de réis.
Crime comum, de forma livre, material, de duplo resultado, instantâneo, plurissubsistente, de dano e unissubjetivo.
Fraude, artifício ou ardil.
Vantagem ilícita.
Prejuízo alheio.
Estelionato judiciário – buscar pretensões absurdas em juizo – fato atípico.
Cola eletrônica. Art. 311-A CP.
162
Fraudes em Certames de Interesse Público
Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem, ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I - concurso público;
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
Cola eletrônica – lei 12.550/12:
§ 1º Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput.
§ 2º Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3º Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.
Apresentação de documentos falsos no INSS:
1a POS > STF – Instantâneo de efeitos permanentes.
2a POS > Permanente.
3a POS > Crime continuado.
Fraudador – crime instantâneo de efeitos permanentes.
Beneficiário – Permanente.
164
Tentativa:
Emprega a fraude, mas não consegue enganar a vítima.
Emprega a fraude, engana a vítima, mas não consegue obter a vantagem.
Obtém a vantagem, mas não causa prejuízo a vítima.
STJ Súmula nº 73 – A utilização de papel moeda grosseiramente falsificado configura, em tese, o crime de estelionato, da competência da Justiça Estadual.
Crime impossível. Ineficácia absoluta.
Fraude bilateral:
STF – Fato atípico.
STJ – Fato típico.
Art. 2º lei 1521/51 – São crimes desta natureza:
IX - obter ou tentar obter ganhos ilícitos em detrimento do povo ou de número indeterminado de pessoas mediante especulações ou processos fraudulentos ("bola de neve", "cadeias", "pichardismo" e quaisquer outros equivalentes);
Jogo de azar sem chance – art. 171.
Charlatanismo
Art. 283 - Inculcar ou anunciar cura por meio secreto ou infalível:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa.
Curandeirismo
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.
Falsificação de documento público
Art. 297 - Falsificar, no todo ou em parte, documento público, ou alterar documento público verdadeiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
1a POS > Concurso material
2a POS > Concurso formal
3a POS > Furto absorvido.
4a POS > Falso absorvido
5a POS > Súmula 17 STJ.
STJ Súmula nº 17 – Quando o falso se exaure no estelionato, sem mais potencialidade lesiva, é por este absorvido.
Art. 168 lei 11.101/05 – Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem.
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode aplicar a pena conforme o disposto no art. 155, § 2º.
§ 2º - Nas mesmas penas incorre quem:
Disposição de coisa alheia como própria
I - vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou em garantia coisa alheia como própria;
Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria
II - vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
Defraudação de penhor
III - defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
Fraude na entrega de coisa
IV - defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém;
Fraude para recebimento de indenização ou valor de seguro
V - destrói, total ou parcialmente, ou oculta coisa própria, ou lesa o próprio corpo ou a saúde, ou agrava as conseqüências da lesão ou doença, com o intuito de haver indenização ou valor de seguro;
Fraude no pagamento por meio de cheque
VI - emite cheque, sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, ou lhe frustra o pagamento.
Sem provisão de fundos ou frustrar o pagamento.
Endosso de cheque sem fundos – atípico. CTV.
Sujeito ativo – titular da conta bancária.
STJ Súmula nº 24 – Aplica-se ao crime de estelionato, em que figure como vítima entidade autárquica da Previdência Social, a qualificadora do § 3º do Art. 171 do Código Penal.
STJ Súmula nº 48 – Compete ao juízo do local da obtenção da vantagem ilícita processar e julgar crime de estelionato cometido mediante falsificação de cheque.
STJ Súmula nº 244 – Compete ao foro do local da recusa processar e julgar o crime de estelionato mediante cheque sem provisão de fundos.
STF Súmula nº 521 – O foro competente para o processo e julgamento dos crimes de estelionato, sob a modalidade da emissão dolosa de cheque sem provisão de fundos, é o do local onde se deu a recusa do pagamento pelo sacado.
STF Súmula nº 554 – O pagamento de cheque emitido sem provisão de fundos, após o recebimento da denúncia, não obsta ao prosseguimento da ação penal.
Cheque especial – Ultrapasar o limite.
Cheque pós-datado – atípico.
Cheque sem fundo para assegurar dívida preexistente – atípico.
Cheque sem fundo e obrigação natural – atípico.
§ 3º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.
Art. 172 - Emitir fatura, duplicata ou nota de venda que não corresponda à mercadoria vendida, em quantidade ou qualidade, ou ao serviço prestado.
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrerá aquêle que falsificar ou adulterar a escrituração do Livro de Registro de Duplicatas.
Crime próprio, formal, doloso, de forma livre, unissubsistente, unissubjetivo e instantâneo.
Abuso de incapazes
Art. 173 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, de necessidade, paixão ou inexperiência de menor, ou da alienação ou debilidade mental de outrem, induzindo qualquer deles à prática de ato suscetível de produzir efeito jurídico, em prejuízo próprio ou de terceiro:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.
Induzimento à especulação
Art. 174 - Abusar, em proveito próprio ou alheio, da inexperiência ou da simplicidade ou inferioridade mental de outrem, induzindo-o à prática de jogo ou aposta, ou à especulação com títulos ou mercadorias, sabendo ou devendo saber que a operação é ruinosa:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Crime comum, formal, doloso, de forma livre ou vinculada, unissubsistente, unissubjetivo e instantâneo.
Fraude no comércio
Art. 175 - Enganar, no exercício de atividade comercial, o adquirente ou consumidor:
I - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria falsificada ou deteriorada;
II - entregando uma mercadoria por outra:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Alterar em obra que lhe é encomendada a qualidade ou o peso de metal ou substituir, no mesmo caso, pedra verdadeira por falsa ou por outra de menor valor; vender pedra falsa por verdadeira; vender, como precioso, metal de ou outra qualidade:
Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.
§ 2º - É aplicável o disposto no art. 155, § 2º.
Art. 7° lei 8137/90 – Constitui crime contra as relações de consumo:
III - misturar gêneros e mercadorias de espécies diferentes, para vendê-los ou expô-los à venda como puros; misturar gêneros e mercadorias de qualidades desiguais para vendê-los ou expô-los à venda por preço estabelecido para os demais mais alto custo;
Outras fraudes
Art. 176 - Tomar refeição em restaurante, alojar-se em hotel ou utilizar-se de meio de transporte sem dispor de recursos para efetuar o pagamento:
Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação, e o juiz pode, conforme as circunstâncias, deixar de aplicar a pena.
Crime comum, material, doloso, de forma livre, plurissubsistente, unissubjetivo e instantâneo.
Fraudes e abusos na fundação ou administração de sociedade por ações
Art. 177 - Promover a fundação de sociedade por ações, fazendo, em prospecto ou em comunicação ao público ou à assembléia, afirmação falsa sobre a constituição da sociedade, ou ocultando fraudulentamente fato a ela relativo:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa, se o fato não constitui crime contra a economia popular.
Emissão irregular de conhecimento de depósito ou "warrant"
Art. 178 - Emitir conhecimento de depósito ou warrant, em desacordo com disposição legal:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante queixa.
Fraude à execução
Art. 179 - Fraudar execução, alienando, desviando, destruindo ou danificando

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