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Estado de defesa e sitio

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FACULDADE BOA VIAGEM
CURSO DE DIREITO
ESTADO DE DEFESA E ESTADO DE SÍTIO
Recife
2012
FACULDADE BOA VIAGEM
CURSO DE DIREITO
Recife
2012
FACULDADE BOA VIAGEM
CURSO DE DIREITO
Trabalho apresentado à disciplina de
 Direito Constitucional II do curso de Direito da 
Faculdade Boa Viagem – FBV,
para obtenção dos créditos da disciplina.
Professora: Sabrina Rocha.
Recife
2012
Quadro comparativo: estado de defesa e estado de sítio
	Medidas
	Estado de Defesa
	Estado de Sítio (Art. 137, I)
	Estado de Sítio (Art. 137, II) 
	Fundamentos
	 A ordem Pública ou a paz social ameaçada, iminente instabilidade institucional ou calamidades de grandes proporções na natureza. 
	Comoção de grave ou ineficácia do Estado de defesa.
	Declaração de estado de Guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
	Decretação
	A decretação é feita pelo Presidente da República, que verifica a hipótese legal e solicita pareceres dos Conselhos da República.
	O Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República e da Defesa Nacional. Com os pareceres, solicita ao Congresso Nacional (quorum de maioria absoluta) autorização para a decretação do estado de sítio, expondo os motivos determinantes do pedido. Com a autorização, o Presidente decretará o estado de sítio.
	O Presidente verifica a hipótese legal, solicita pareceres dos Conselhos da República e da Defesa Nacional. Com os pareceres, solicita ao Congresso Nacional (quorum de maioria absoluta) autorização para a decretação do estado de sítio, expondo os motivos determinantes do pedido. Com a autorização, o Presidente decretará o estado de sítio.
	Duração
	A duração do estado de defesa não será superior a 30 dias, podendo ser prorrogado uma vez por igual período, se persistirem razões que justifiquem a sua decretação. (Art. 137, § 2°)
	Não poderá ser decretado por mais de 30 dias, nem prorrogado, de cada vez, por prazo superior.
	Poderá ser decretado por todo o tempo que perdurar a guerra ou a agressão armada estrangeira.
	Abrangência
	Em locais restritos e determinados. (Art. 136, caput)
	O Presidente da Republica indicará as medidas específicas e as áreas abrangidas. (Art. 138, caput)
	O Presidente da Republica indicará as medidas específicas e as áreas abrangidas. (Art. 138, caput)
	Controle Político
	É de forma simultânea. Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da República, dentro de 24 horas, submeterá o ato com a respectiva justificação ao Congresso Nacional, que decidirá por maioria absoluta.(Art. 136, § 4°) E ainda ao mesmo tempo será formada uma comissão de cinco integrantes para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas referentes (Art. 140). Se o Congresso Nacional estiver em recesso, será convocado, extraordinariamente, no prazo de cinco dias.(Art. 136, §5°) O Congresso Nacional apreciará o decreto dentro de 10 dias contados de seu recebimento, e continuar funcionando enquanto vigorar o estado de defesa.(Art.136, § 6°) Rejeitado o decreto, cessa imediatamente o estado de defesa.(Art. 136, § 7°)
	O controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autorização para que o Presidente o decrete. Solicitada a autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso para se reunir dentro de cinco dias a fim de apreciar o ato (Art. 138, § 2°) O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas (Art. 138, § 3°) . A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas (Art. 140). 
	O controle Congressual é prévio, uma vez que há necessidade de autorização para que o Presidente o decrete. Solicitada a autorização para decretar o estado de sítio durante o recesso parlamentar, o Presidente do Senado Federal, de imediato, convocará extraordinariamente o Congresso para se reunir dentro de cinco dias a fim de apreciar o ato (Art. 138, § 2°) O Congresso Nacional permanecerá em funcionamento até o término das medidas coercitivas (Art. 138, § 3°) . A mesa do Congresso Nacional, ouvidos os líderes partidários, designará Comissão composta de cinco de seus membros para acompanhar e fiscalizar a execução das medidas (Art. 140).
	Controle Jurídico
	 A prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser superior a 10 dias, salvo quando autorizada pelo Poder Judiciário. (Art. 136, § 3°, III) A prisão por crime contra o Estado, será comunicada imediatamente ao juiz competente, que a relaxará , se não for legal, facultado ao preso requerer exame de corpo de delito á autoridade policial.(Art. 136, § 3°, I)
	O texto constitucional não traz a forma de atuação do Poder Judiciário durante estado de sítio.
	O texto constitucional não traz a forma de atuação do Poder Judiciário durante estado de sítio.
	Medidas Excepcionais
	Poderão ser restringidas (Art. 136) as previsões do art. 5°, XII (sigilo de correspondência e de comunicações telegráficas e telefônicas), XVI (direito de reunião) e LXI (exigibilidade de prisão somente em flagrante delito ou por ordem escrita da autoridade judicial competente).
	Só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas: 
1. Obrigação de permanência em localidade determinada;
2. Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
3. Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiofusão e televisão, na forma da lei;
4. Suspensão da liberdade de reunião;
5. Busca e apreensão em domicílio;
6. Intervenção nas empresas de serviços públicos;
7. requisição de bens. (Art. 139, I, II, III, IV, V, VI, VII)
	Poderão ser restringidas em tese, todas as garantias constitucionais, desde que presentes três requisitos constitucionais:
1. Necessidade de efetivação da medida;
2. Tenham sido objeto de deliberação por parte do Congresso Nacional no momento de autorização da medida;
3. Devem estar expressamente previstos no Decreto presidencial (CF, art. 138, caput, c.c. 139).

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