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Regulação da Secreção e Motilidade Gástrica Fisiologia do Sistema Digestório Recife 2013 Profa. Mariana Barros Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências da Saúde Departamento de Nutrição Estômago Órgão oco, localizado na cavidade abdominal; Comunica-se com o esôfago e o int delgado; Reservatório transitório de alimentos; Mistura dos alim com o suco gástrico = quimo; Secreção de ácido clorídrico; Continua a digestão do amido (amilase salivar); Inicia a digestão protéica (pepsina); Ação de outras enzimas (tributirase, gelatinase, lisozima, anidrase carbônica). Divisões Anatômicas do Estômago Arranjo das Fibras Musculares do Estômago Longitudinal Circular Oblíqua Suas paredes possuem camadas estruturalmente preparadas p participar dos processos digestivos: 1. Mecânicos – musculatura especializada q realiza movimentos especiais; 2. Exócrinos – secreção p o lúmen gástrico de ácidos e outras subst, participando dos processos químicos digestivos; 3. Endócrinos - produz e secreta hormônios p o sangue. Inervação do Tubo Gastrintestinal Inervação do Estômago Nervos vagos – papel crucial na motilidade gástrica. Vias Sensoriais do Estômago Neurônios sensíveis a: Estiramento Quimioceptores Dor Conduzem informação para os reflexos locais (envolvendo plexos intrínsecos) e para os reflexos envolvendo o sistema nervoso central. Inervação do Estômago Inervação EXTRÍNSECA PARASSIMPÁTICA – Fibras pré-ganglionares vagais Via plexo intrínseco – EXCITATÓRIA da motilidade e secreção Na JUNÇÃO GASTRODUEDENAL (PILORO) Efeito duplo Terminações colinérgicas estimulam a contração Terminações que liberam VIP/ÓXIDO NÍTRICO inibem contração Inervação EXTRÍNSECA SIMPÁTICA – Fibras pós-ganglionares do plexo celíaco Ação Simpática – INIBITÓRIA Na JUNÇÃO GASTRODUODENAL Inervação adrenérgica por receptores a é CONSTRITORA Motilidade Gástrica Funções • Acomodação de grandes volumes durante a refeição; • Mistura do conteúdo com o suco gástrico; • Propulsão do bolo alimentar para o duodeno em uma velocidade adequada. Motilidade da Porção Oral Relaxamento receptivo – breve dilatação do estômago proximal (acomodação de grandes volumes). (~ 1,5 L) – relaxamento adaptativo do músculo liso gástrico. Mediado por reflexo vago-vagal. Mediadores envolvidos: NO, VIP e CCK. Fundo e corpo têm atividade contrátil suficiente apenas para ajustar o volume do estômago ao volume variável do bolo alimentar. Devido às especificações das camadas musculares, sua espessura e força contrátil aumentam do fundo p o antro pilórico. Força de contração diminuta Apresenta + massa muscular (camada muscular oblíqua); capaz de contrair-se com força suficiente p reduzir o tamanho das partículas do quimo e misturar o material ingerido com secreções gástricas. Inicia-se na porção média do estômago Propele o bolo alimentar para o duodeno Propicia a mistura do alimento no estômago Motilidade da Porção Caudal Reflexo gastrogástrico A distenção da víscera pelo alimento ocasiona secreção de gastrina q aumenta a força das contrações e aumenta a mistura do quimo. Já a taxa de esvaziamento gástrico é compassada, permitindo ao intestino processar inteiramente a digestão e absorção do quimo, além de prevenir a regurgitação de conteúdo entérico p o estômago. A mucosa gástrica é resistente ao ácido mas pode ser corroída pela bile, enquanto a duodenal, resistente aos efeitos da bile, não suporta a acidez. Reflexo miogênico A autonomia residual da motilidade gástrica se deve a: • Presença dos plexos submucoso e mioentérico, entranhados no músculo liso; • Propriedade intrínseca da musculatura lisa de se contrair ao ser distentida. Reflexo enterogástrico Inibição da motilidade gástrica pelos produtos da digestão alimentar, ácidos minerais ou soluções hipertônicas no duodeno. Fenômeno de mediação vagal. Reflexo ileogástrico A chegada ao íleo distal de gordura e carboidratos complexos induz inibição da motilidade do estômago. Reflexo intestino-intestinal A supradistensão dos intestinos também inibe as motilidades gástrica e entérica. Velocidade do Esvaziamento Gástrico Fase de propulsão Fluxo rápido de líquidos e de pequenas partículas em suspensão e fluxo mais lento para grandes partículas no antro Antrum Fase de esvaziamento Esvaziamento de líquidos e pequenas partículas enquanto grandes partículas são retidas no antro terminal Retropulsão de grandes partículas (moagem) e esvaziamento do antro terminal Fase de retropulsão website original: http://www.wzw.tum.de/humanbiology/data/motility/34/?alt=english Regulação do Esvaziamento Gástrico Estímulos Duodenais que Reduzem a Velocidade do Esvaziamento Gástrico através mecanismos HORMONAIS E NEURAIS Estresse pelo frio, medo e anciedade podem retardar o esvaziamento gástrico (ACTH). As Secreções Gástricas AS SECREÇÕES GÁSTRICAS Superfície Gástrica - Células epiteliais secretoras de muco e líquido alcalino rico em HCO3. Muco com bicarbonato Película contínua (1mm) Superfície de revestimento epitelial Barreira protetora contra possível lesão produzida pelo ácido clorídrico. mucosa sensível = secreção abundante de muco; membranas das céls superficiais da mucosa gástrica; junções fechadas existentes entre elas. AS SECREÇÕES GÁSTRICAS Mucosa gástrica é dividida em 3 regiões: Região Glandular Cárdica - Abaixo do esfíncter esofágico inferior - Contém células secretoras de muco e lisozima Região Glandular Oxíntica - Células mucosas do colo - Células parietais ou oxínticas – secretoras de HCl e fator intrínseco - Células principais, zimogênicas ou pépticas – secretoras de pepsinogênio I e II e lipase gástrica - Células enteroendócrinas – secretam hormônios Região Glandular pilórica - Células G- secretoras de gastrina - Células mucosas * Células enterocromafins – secretoras de Histamina Os Três Níveis de Regulação da Secreção de Ácido Clorídrico Secreção de HCl Fase Cefálica Ativação do vago estimula: - Secreção de pepsinogênio; - Secreção de gastrina - Secreção de histamina -Secreção de HCl em pequena quantidade (30%) Estímulos: Visuais, olfativos, auditivos, pensamento Fase Gástrica Eventos excitatórios: -Liberação de gastrina para o sangue - Secreção de HCl em grande quantidade (50 a 60%) por ação da ACh (reflexos locais e centrais), da histamina e da gastrina A acidez do conteúdo gástrico se auto regula Estímulos: Distensão gástrica (mecanoceptores), peptídeos, íons Ca++, cafeína e álcool Secreção de HCl é bloqueada por pH<2 Eventos Inibitórios Fase Intestinal Presença do quimo no duodeno provoca respostas neurais e endócrinas que: - Primeiro estimulam a secreção de ácido - Depois inibem a secreção de ácido Estimulação da Secreção: - Produtos da digestão protéica (liberação de gastrina), distensão do duodeno (reflexos vago vagais). Inibição da Secreção: - Ácido no duodeno (reflexos entéricos e vagovagais) e liberação de secretina (inibe secreção de gastrina); - Produtos da digestão dos TGs liberam peptídeo inibitório gástricoe CCK inibem secreção de HCl pelas células parietais; - Soluções hipertônicas liberam hormônios não identificados que inibem secreção ácida. Controle da Secreção de Pepsina A maioria dos fatores que estimula ou inibe a secreção de HCl exerce o mesmo efeito sobre a secreção de pepsinogênio Referências Bibliográficas Fisiologia. Robert Berne & Matthew Levy. 4a. ou 5a. Edição. Editora Guanabara Koogan. Fisiologia Humana- os mecanismos das funções corporais. Vander, Sherman & Luciano. 9a. Edição. Editora Guanabara Koogan. Fisiologia Básica. Rui Curi & Joquim Procopio. Editora Guanabara Koogan. 2009.
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