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CCJ0020-WL-B-AMMA-09-AV1

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DIREITO CONSTITUCIONAL II 
Aula 9- Poder Judiciário 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
Conteúdo Programático desta aula 
� Organização do Poder Judiciário. 
� Elaboração dos exercícios. 
PODER JUDICIÁRIO– AULA 9 
DIREITO CONSTITUCIONAL II 
 INDEPENDÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO 
GARANTIAS E VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS 
Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: 
I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após 
dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse 
período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver 
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada 
em julgado; 
II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na 
forma do art. 93, VIII; 
III - irredutibilidade de subsídios, ressalvado o disposto nos arts. 
37, X e XI, 39, §4º, 150, II, 153, III, e 153, §2º, I. 
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Parágrafo único. Aos juízes é vedado: 
I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, 
salvo uma de magistério; 
II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação 
em processo; 
III - dedicar-se à atividade político-partidária; 
IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou 
contribuições de pessoas físicas, entidades públicas ou privadas, 
ressalvadas as exceções previstas em lei; 
V - exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, 
antes de decorridos três anos do afastamento do cargo por 
aposentadoria ou exoneração. 
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OBS: V. arts. 96, 97,98 e 99 da CRFB/88. 
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1) Dr. “Zé do Fórum” é Advogado com 4 anos de exercício e 
decidiu prestar concurso público para a Magistratura de seu 
Estado. Ao tomar conhecimento do Edital do certame se 
deparou com regulamentação que confiava exclusivamente ao 
Presidente do Tribunal de Justiça as decisões sobre os 
requerimentos de inscrição, sendo que eventuais recursos 
seriam de competência do plenário do Tribunal. Em face do 
previsto na Constituição Federal e, ao final, considerando-se a 
participação da Ordem dos Advogados do Brasil, responda com 
suporte na Constituição e na jurisprudência do STF: a) Qual o 
cargo inicial na carreira da Magistratura? b) “Zé do Fórum” 
atende à exigência temporal para o certame? c) Qual o ordem 
a ser seguida nas nomeações dos candidatos aprovados? d) Há 
vício no edital do concurso? 
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2) (Questão 07 – Exame 129 – Tipo 1 OABSP) O "quinto 
constitucional" corresponde: 
a) ao quórum de um quinto dos membros do Supremo Tribunal 
Federal, para a declaração de inconstitucionalidade das leis. 
b) à composição de um quinto dos Tribunais de Justiça dos 
Estados e os Tribunais Regionais Federais, por membros do 
Ministério Público e advogados. 
c) ao quórum de um quinto dos membros do Congresso Nacional 
para aprovação de Emenda à Constituição Federal. 
d) ao transcurso do período de um quinto da sessão legislativa, 
para reapresentação de novo projeto de lei arquivado por 
inconstitucionalidade. 
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1) A questão pretende que o Estudante conheça o Direito 
Constitucional positivo e a jurisprudência do Supremo Tribunal 
Federal, conforme a seguir: as letras a), b),e c) merecem 
resposta direta com fundamento no art. 93 da CF (Art. 93. Lei 
complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, 
disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os 
seguintes princípios: I ingresso na carreira, cujo cargo inicial será 
o de juiz substituto, mediante concurso público de provas e 
títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em 
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, 
três anos de atividade jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, 
à ordem de classificação;). Portanto: a) O cargo inicial na 
carreira é o de juiz substituto; b) o candidato atende à exigência 
temporal mínima de 3 anos de atividade jurídica; e c) a ordem 
nas nomeações deve ser a de classificação. 
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Sobre a pergunta d), a resposta é afirmativa, pois há vício de 
inconstitucionalidade no edital ao ter desconsiderado a OAB que 
deve participar de todas as fases do Concurso e não permanecer 
afastada das decisões e recursos interpostos. ( “Lei "Concurso 
para a magistratura: exigência constitucional de participação da 
OAB 'em todas as suas fases' : consequente plausibilidade da 
arguição de inconstitucionalidade das normas regulamentares do 
certame que: (a) confiaram exclusivamente ao Presidente do 
Tribunal de Justiça, com recurso para o plenário deste, decidir 
sobre os requerimentos de inscrição; (b) predeterminaram as 
notas a conferir a cada categoria de títulos: usurpação de 
atribuições da comissão, da qual há de participar a Ordem." (ADI 
2.210MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 2892000, 
Plenário, DJ de 2452002.) No mesmo sentido: ADI 2.204MC, Rel. 
Min. Sydney Sanches, julgamento em 8112000, Plenário, DJ de 
222001.) 
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2) letra b). A resposta encontra fundamento direto na carta. 
Assim, a CF/88 dispõe no Art. 94: Um quinto dos lugares dos 
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do 
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do 
Ministério Público, com mais de dez anos de carreira, e de 
advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional, indicados em 
lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas 
classes. Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal 
formará lista tríplice, enviando-a ao Poder Executivo, que, nos 
vinte dias subsequentes, escolherá um de seus integrantes para 
nomeação. 
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Deve ser ressaltado que com "a promulgação da Emenda Constitucional 
45/2004, deu-se a extensão, aos tribunais do trabalho, da regra do ‘quinto’ 
constante do art. 94 da Carta Federal" (ADI 3.490, Rel. Min. Marco Aurélio, 
julgamento em 19122005, Plenário, DJ de 742006.) todos eles, as 
qualificações pessoais reclamadas pelo art. 94 da Constituição (v.g. mais de 
dez anos de carreira no MP ou de efetiva atividade profissional na advocacia). 
A questão é mais delicada se a objeção do Tribunal fundar-se na carência dos 
atributos de ‘notório saber jurídico’ ou de ‘reputação ilibada’: a respeito de 
ambos esses requisitos constitucionais, o poder de emitir juízo negativo ou 
positivo se transferiu, por força do art. 94 da Constituição, dos Tribunais de 
cuja composição se trate para a entidade de classe correspondente. Essa 
transferência de poder não elide, porém, a possibilidade de o tribunal recusar 
a indicação de um ou mais dos componentes da lista sêxtupla, à falta de 
requisito constitucional para a investidura, desde que fundada a recusa em 
razões objetivas, declinadas na motivação da deliberação do órgão 
competente do colegiado judiciário. 
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Nessa hipótese ao Tribunal envolvido jamais se há de reconhecer o poder de 
substituir a lista sêxtupla encaminhada pela respectiva entidade de classe por 
outra lista sêxtupla que o próprio órgão judicial componha, ainda que 
constituída por advogados componentes de sextetos eleitos pela Ordem para 
vagas diferentes. A solução harmônica à Constituição é a devolução motivada 
da lista sêxtupla à corporação da qual emanada, para que a refaça, total ou 
parcialmente, conforme o número de candidatos desqualificados: dissentindo 
a entidade de classe, a ela restará questionar em juízo, na via processual 
adequada, a rejeição parcial ou total do tribunal competenteàs suas 
indicações." (MS 25.624, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 
692006, Plenário, DJ de 19122006.) 
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