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CCJ0014-WL-B-PP-Aula-01-Guido Cavalcanti

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Aula 01 
1. Roteiro de aula 
 
A doutrina das obrigações contratuais tem uma finalidade muito específica. Tenta caracterizar e 
trazer delimintações a um fenômeno social antiquíssimo, que é a negociação que o ser 
humano realiza entre seus pares. 
Os homens se vinculam de diversas formas. De alguma forma, faz parte de nossa própria 
natureza social. A sociedade humana, entendida como organismo, necessita desses vínculos. 
Assim como o corpo humano possui infinitas relações entre suas células para funcionar, a 
sociedade humana necessita de vínculos humanos para seu caminhar. 
Existe uma grande variedade de vínculos, que diferem tanto na forma quanto na força de 
exigibilidade. Alguns vínculos são puramente pessoais e a lei decidiu não tutelar, como p.ex., o 
s vínculos religiosos (obrigação de confissão entre os católicos) ou um vínculo amoroso de 
namoro. 
Já em outros vínculos, a lei decidiu criar uma força. Uma cogência dada pela lei ou pelos 
contratos, que assim foram manifestados. 
Desde os primórdios da civilização, quando abandonamos o estágio da barbárie, 
experimentando certo progresso espiritual e material, o contrato passou a servir, enquanto 
instrumento por excelência de circulação de riquezas, como a justa medida dos interesses 
contrapostos. 
O ser humano, como sua característica hedonista, tem uma forte tendência para não cumprir o 
que prometeu. Realizar uma obrigação, necessariamente, é um gasto de alguma espécie. Seja 
um gasto material (dar algo) ou gasto físico (fazer algo), intelectual, etc. Quem realiza uma 
obrigação gasta algo, mas ganha também algo em troca. Por sua caracterisca hedonista, o 
homem deseja ganhar, mas não deseja perder. Aqui nasce a necessidade dos contratos. 
A relação de vínculos humanos, antes da teoria contratual, estava puramente baseada na 
violência. Entretanto, recorrer à violência para fazer cumprir vinculos estabelecidos, cria 
necessariamente instabilidade. A violência é filha da raiva e esta, por seu turno, tem uma 
tendência a cegar a razão. Na maioria das vezes a violência resvala para 
desproporcionalidade. 
Toda forma de sociedade vivenciada pela humanidade teve uma espécie de regulamento sobre 
obrigações. Desde comunidades indígenas muito simples a grande sociedade capitalistas, a 
necessidade de se assugurar vínculos humanos sempre esteve presente de alguma forma. 
Não podemos fixar, ao longo da história, uma data específica de surgimento do contrato. O 
desenvolvimento jurídico é algo complexo de mesurar, já que ele varia de acordo com o poder 
político vigente e este também é variável. 
Apesar de não ser uma verdade absoluta, o Direito Romano, sempre foi uma fonte sólida e 
segura para vislumbrarmos a gênese da maioria dos institutos. Isso é útil, pois se quisermos 
entender algo profundamente, temos que entender sua história. 
Atribui-se a Gaio (grande jurista romano) a catalogação das fontes das obrigações, dentre as 
quais se incluiam os contratos. Ele assim sistematizou as fontes das obrigações: 
a)Contratos- Convenções, avenças firmada entre duas partes 
b)Quase contratos-atos humanos lícitos equiparáveis aos contratos,mas sem sua solenidade 
c)Delito-ilícíto dolosamente cometido, causador de prejuízo,com decorrente obrigação de 
reparar 
d)Quase delito-Ilícito culposo, com comportamentos negligentes, quem também geravam 
obrigação de reparar. 
 
 
 
 
Slide: 
 
 
https://docs.google.com/presentation/d/1OWhKDx7DVkVYo4bud-UJUMQWuuQRIaTzlr0HY-a5LBQ/edit 
 
 
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