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CCJ0014-WL-B-PP-Aula-11-Guido Cavalcanti

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aula 11 
 
Roteiro de Aula 
Locação de coisas 
Conceito e natureza Jurídica 
No direito romano, tinhamos três espécies de locação: 
a)locação de coisas –locatio conductio rerum 
b)locação de serviços – locatio conductio operarum 
c)empreitada – locatio conductio operis 
 
Atualmente essa divisão não é mais utilizada, que acabou criando situações autônomas para 
cada uma desses institutos. 
Atualmente, locação é apenas a de coisas. 
p.ex., a prestação de serviços desdobrou-se no contrato de trabalho. 
Locação de coisas é o contrato pelo qual uma das partes se obriga a conceder à outra o uso e 
gozo de uma coisa não fungível, temporariamente e mediante remuneração. 
É um contrato que sempre desfrutou de enorme prestígio no direito privado, figurando hoje logo 
em seguida à compra e venda, no grau de utilização e importância no mundo negocial. 
As partes são o locador, senhorio ou arrendador e locatário, inquilino ou arrendatário. A 
retribuição costuma-se chamar de aluguel ou renda. 
Características: 
a- Bilateral ou sinalagmático 
b- Oneroso – uma prestação tem que vir necessariamente acompanhado de 
contraprestação. 
c- Consensual – se aperfeiçoa com o acordo de vontades, gerando um direito pessoal. 
Considera-se perfeito e acabado quando as partes acordam. 
d- Não tem caráter personalíssimo – já que, em regra, admite cessão e sublocação e não se 
extinguindo pela morte de qualquer um deles. Nada impede que se convencione 
personalíssimo. 
e- Comutativo –prestações recíprocas e aleatórias 
f- Não solene – em regra, forma livre. (mas se tiver fiança, deve ser necessariamente 
escrito) 
Elementos do contrato de locação 
Três elementos fundamentais: objeto, preço e consentimento. 
Objeto pode ser coisa móvel ou imóvel, mas sempre infungível. (se for fungível, será o contrato 
de mútuo. P.ex., dinheiro) Nem se pode alugar coisas móveis consumíveis, cujo uso importa 
destruição imediata da própria substância. 
Não obsta à locação a inalienabilidade da coisa, pois os bens públicos e também aqueles com 
cláusulas podem ser dados em aluguel. 
Sempre lembrar que a locação de imóveis também possui legislação especial (lei do 
inquilinato), portanto, a lei civil será usando de modo suplementar, quando não houver 
disciplina da lei específica. 
Já as locações rurais também possuem lei específica (estatuto da terra – 4.504/64) 
O preço é essencial para configuração da locação, pois haverá comodato se a coisa for 
concedida a título gratuito. Esse preço deve ser proprorcional e não irrisório. 
A falta de pagamento gera um tipo de execução especial (CPC, art. 585), ante ação de 
despejo. 
No silêncio do contrato, a locação é quesível, efetuando-se pagamento no local do locatário. 
O Código não estabelece limite temporal para os contratos de locação, que podem assim ser 
celebrados por qualquer prazo. (se for superior a 10 anos, precisa autorização esposa) 
Se o contrato tiver prazo, segundo artigo 571, antes do vencimento, não poderá o locador 
reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário perdas e danos. 
Obrigações do Locador 
a) Entrega ao locatário a coisa alugada – em estado de servir ao uso a que se destina, junto 
com seus acessórios. A locação de um apartamento também abrange o elevador funcionando, 
a luz, água. A ausencia total ou deficiência notável pode gerar rescisão. 
b) Manter a coisa no mesmo estado, pelo tempo do contrato – compete ao locador realizar 
reparos necessários para que a coisa seja mantida em condições de uso. 
Art. 567. Se, durante a locação, se deteriorar a coisa alugada, sem culpa do locatário, a este 
caberá pedir redução proporcional do aluguel, ou resolver o contrato, caso já não sirva a coisa 
para o fim a que se destinava. 
c) Garantir o uso pacífico da coisa – O inquilino é possuidor e tem esse direito garantido, 
inclusive, contra o proprietário. 
Obrigações do Locatário 
Art. 569. O locatário é obrigado: 
I - a servir-se da coisa alugada para os usos convencionados ou presumidos, conforme a 
natureza dela e as circunstâncias, bem como tratá-la com o mesmo cuidado como se sua 
fosse; 
Se for alugado como imóvel residencial, só para esse fim pode ser usado. O desvio de 
finalidade pode gerar rescisão. 
II - a pagar pontualmente o aluguel nos prazos ajustados, e, em falta de ajuste, segundo o 
costume do lugar; 
Geralmente, na locação de imóveis, á até o sexto dia útil do mês. 
III - a levar ao conhecimento do locador as turbações de terceiros, que se pretendam 
fundadas em direito; 
Que o inquilino dê ciência de qualquer turbação ou processo, para que o dono proteja seu 
imóvel 
IV - a restituir a coisa, finda a locação, no estado em que a recebeu, salvas as 
deteriorações naturais ao uso regular 
 
 
 
 
SLIDES: 
 
 
https://docs.google.com/open?id=0B2leLJsVdYeleThJTnFDWTBucVk 
 
 
Prova: MS CONCURSOS - 2010 - CIENTEC-RS - Advogado 
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Contratos ; 
Na locação de coisas, prevista no Código Civil, uma das partes se obriga a ceder à 
outra, por tempo determinado ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante 
certa retribuição. Nestes termos, se o locatário empregar a coisa em uso diverso do 
ajustado, ou do a que se destina, ou se ela se danificar por abuso do locatário, poderá 
o locador: 
 a) Exigir o pagamento proporcional da multa prevista em contrato. 
 b) Além de rescindir o contrato, exigir perdas e danos. 
 c) Reaver a coisa e exigir o pagamento da multa convencionada. 
 d) Exigir o pagamento do aluguel pelo tempo que faltava, de forma integral. 
 e) Constituirá em mora o locatário, requerendo extinção do contrato. 
 
Prova: FCC - 2010 - TRE-RS - Analista Judiciário - Área Administrativa 
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Contratos ; 
Segundo as normas estabelecidas no Código Civil, na locação de coisas, havendo prazo 
estipulado à duração do contrato, antes do vencimento 
 a) não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas 
e danos resultantes, o qual não goza de direito de retenção, tendo em vista a vedação 
legal específica para locação de coisa por prazo determinado. 
 b) poderá o locador reaver a coisa alugada, independentemente de ressarcir o locatário 
de perdas e danos, tendo em vista a liberdade concedida pela legislação civil decorrente 
do direito de propriedade. 
 c) não poderá o locador reaver a coisa alugada, senão ressarcindo ao locatário as perdas 
e danos resultantes, gozando o locatário do direito de retenção, enquanto não for 
ressarcido. 
 d) poderá o locador reaver a coisa alugada, desde que efetue o pagamento de multa legal 
prevista na legislação civil de duas vezes o valor estipulado a título de aluguel. 
 e) poderá o locador reaver a coisa alugada, desde que efetue o pagamento de multa legal 
prevista na legislação civil de, no mínimo, dois salários mínimos. 
 
Prova: CESGRANRIO - 2005 - Petrobrás - Advogado 
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Lei de Locações; 
Indique a afirmação correta sobre a locação de coisas, de acordo com as normas do 
Código Civil Brasileiro. 
 a) O locatário resguardará o locador dos embargos e turbações de terceiros, que 
tenham ou pretendam ter direitos sobre a coisa locada. 
 b) Se o imóvel for alienado durante a locação, o adquirente não ficará obrigado a 
respeitar o contrato, se não constar cláusula da sua vigência no caso de alienação 
registrada no Registro de Imóveis. 
 c) Salvo disposição em contrário, o locatário não goza do direito de retenção, no caso 
de benfeitorias necessárias. 
 d) O locatário é obrigado a pagar pontualmente o aluguel nosprazos ajustados e, em 
falta de ajuste, segundo a jurisprudência aplicável. 
 e) A locação por prazo determinado cessa, findo o prazo, após notificação. 
 
 
Prova: FCC - 2009 - PGE-SP - Procurador 
Disciplina: Direito Civil | Assuntos: Direito das Obrigações - Contratos ; 
É correto afirmar: 
 a) O comodato, empréstimo de coisa fungível, não comporta cobrança por parte do 
comodatário das despesas ordinárias com o uso da coisa emprestada. 
 b) Se duas ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, 
ficarão subsidiariamente responsáveis para com o comodante. 
 c) O comodatário que estiver em mora arcará com as consequências da deterioração 
ou perda da coisa emprestada e pagará o aluguel arbitrado pelo comodante até 
restituí-la. 
 d) O comodatário que estiver em mora suportará os riscos e pagará o aluguel arbitrado 
pelo comodante, passando à condição de locatário. 
 e) O comodatário pode recobrar do comodante as despesas feitas com o uso da coisa 
emprestada.

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