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21/07/2009 1 HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS CONTROLE DE INFECÇÃO Professor Glauco Cardoso Lavagem das mãos A lavagem de mãos é tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o controle das infecções hospitalares . foi comprovada sua importância por Semmelweiss e merecido atenção das publicações clássicas mais importantes sobre infecções hospitalares. Semmelweiss, reduziu as taxas de infecções puerperais através do ato de lavagem das mãos com solução germicida, antes do atendimento a partos, em 1848. Definição • A lavagem das mãos é o simples ato de lavar as mãos com água e sabonete, visando à remoção de bactérias transitórias e algumas residentes como também célulasresidentes, como também células descamativas, pêlo, sujidades e oleosidade da pele e é utilizada em áreas não críticas. Finalidades • Prevenir infecções; • Evitar contaminação; • Manter a higiene pessoal; • Não contaminar outras pessoas. Quando higienizar as mãos? • No início e fim do turno de trabalho; • Antes da preparação de medicamentos; • Antes e depois de tocar no cliente; • Antes e depois de manusear cateteres vasculares, sonda vesical, tubo orotraqueal e outros dispositivos; • Entre procedimentos realizados; • Após manipular material contaminado; • Antes e após remoção de luvas; • Após usar o banheiro. Material para a técnica: • Sabonete líquido; • Papel toalha; • Pia; • Água corrente. 21/07/2009 2 Flora transitória • Microrganismos isolados ocasionalmente na pele que são rapidamente removidos pela lavagem ou anti‐sepsia das mãos. • Exemplos: alguns gram‐negativos, tais como Escherichia coli. Flora residente • Microrganismos persistentemente isolados da pele da maioria das pessoas. Eles são de mais difícil remoção e é necessária a fricção vigorosa durante a lavagem das mãos. • Exemplos: Staphylococcus coagulase‐negativos, Corynebacterium sp, Acinetobacter sp, Propionibacterium e alguns membros da família Enterobacteriaceae. Lavagem ou antissepsia das mãos? • DEPENDE DE: • Intensidade do contato com o paciente ou fômites O d i ã• O grau de contaminação • Suscetibilidade do paciente • Tipo de procedimento que será realizado • Gradiente da escala de Fulkerson para contatos limpos a sujos • 1. ao manusear esterilizados. • 2. ao tocar objetos limpos ou lavados. • 3. materiais não necessariamente limpos, mas sem contato com pacientes(ex:papel) • 4. objetos de contato com pacientes, mas que não são necessariamente contaminados (móveis por exemplo) • 5. contato com materiais intimamente associados a pacientes, mas não contaminados ( aventais, roupas, pratos, material de cabeceira) • 6. direto com pacientes, mas mínimo e limitado ( apertar mão, verificar pulso). • 7. objetos com secreções de pacientes • 8. secreções, boca, nariz, área genital etc. • 9. materiais de contato com urina do paciente. • 10. urina. • 11. materiais de contato com fezes do paciente • 12. fezes • 13. materiais com secreção ou excreção de local infectado. • 14. secreções ou excreções de local infectado. • 15. local infectado ( traqueostomia, ferida cirúrgica etc.) Conceitos Básicos • Esterilização: é a destruição dos microorganismos patogênicos e não patogênicos de um determinado local. Ex: instrumentos cirúrgicos, panos de campo e compressas cirúrgicas. • Desinfecção: é a destruição dos microorganismos patogênicos ou não, termo mais utilizado para ambientes. Ex: salas cirúrgicas e baias. • Anti‐sepsia: é a manobra que impede a proliferação de bactérias, seja inativando (bacteriostáticos) ou destruindo as (bactericidas) Refere se aosinativando (bacteriostáticos) ou destruindo‐as (bactericidas). Refere‐se aos tecidos vivos. Ex: mãos do enfermeiro, mucosas e pele do animal. • Assepsia: é o conjunto de procedimentos que se empregam para evitar a infecção dos tecidos durante as intervenções cirúrgicas. Engloba manobras de esterilização, desinfecção e anti‐sepsia. Tipos de lavagens das mãos • LAVAGEM COMUM – remoção de sujidade e redução da flora transitória • ANTI‐SEPSIA – remoção e destruição de flora transitória • ANTI‐SEPSIA ‐ PREPARO CIRURGICO – remoção, destruição da flora transitória e redução da flora permanente 21/07/2009 3 Apresentação dos produtos • A pele representa papel importante na transmissão, menos por descamação do que pelas próprias mãos não lavadas ou lavadas impropriamente. A pele lesada por sabão de má qualidade combinado ou não com anti‐séptico pode colonizar facilmente com outros microorganismos além daqueles das camadas mais profundas da pele. Apresentação dos produtos • Recipiente para produto líquido: – Rígido, descartável, acionado com o pé ou com a mão ou cotovelo ou célula fotoelétrica. – Tipo “sachet” descartável acionado com a mãoTipo sachet descartável, acionado com a mão. – Recipiente não descartável: limpeza sistemática antes de reencher. Apresentação dos produtos • Recipiente para produto sólido: – A saboneteira deve permitir drenagem resíduos. – Deve haver rotina de limpeza sistemática. Quando a opção é utilizar sabão de glicerina em– Quando a opção é utilizar sabão de glicerina em barra, o ideal é que seja cortado em pequenos pedaços. Secagem das mãos • Não usar toalhas de tecido de rotina onde há atendimento a pacientes. • Utilizar compressas esterilizadas no preparo cirúrgico. • Secagem com ar quente. Apesar de menor número de microorganismos, o processo é ruidoso e demorado, além de levantar sujeira do piso. • Toalhas de papel. A qualidade é importante para que não solte partículas. l d i l d id ê i dO papel pode ser reciclado apenas se garantida a ausência de microorganismos pelo processo de tratamento. • Cuidar o local de colocação do suporte. • A limpeza do suporte de toalha também deve ser sistemática. MÃOS X LUVAS X CREMES • O uso de luvas serve para evitar tocar matéria orgânica diretamente. • Não lavar mãos enluvadas. • Retirar as luvas imediatamente após o procedimento. Lavar as mãos após usar luvasmãos após usar luvas. • A utilização de anti‐séptico ou sabão comum pode levar a ressecamento da pele ou reações alérgicas. O uso de luvas anti‐alérgicas e/ou cremes minimiza os problemas de alergia. Os cremes e loções devem ser dispensados de forma a que não haja contaminação. Características dos Anti‐sépticos • MODO DE AÇÃO • ESPECTRO DE AÇÃO • RAPIDEZ DE AÇÃO • PERSISTÊNCIA • SEGURANÇA E TOXICIDADE • INATIVAÇÃO POR MATÉRIA ORGÂNICA • DISPONIBILIDADE DO PRODUTO 21/07/2009 4 Tipos de anti‐sépticos • ÁLCOOL(60% A 90%): etílico, n‐propílico, isopropílico • GLUCONATO DE CLOROHEXIDINA (0,5% c/álcool; 2%; 4%) • IODO E IODÓFOROS (0,05%... 10%; 2%) • TRICLOSAN(0,3%;1%;2%) • PARA‐CLORO‐META‐XYLENOL Técnica de Lavagem simples das mãos
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