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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA

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ASSEPSIA E ANTISSEPSIA
Thayná Campos Duarte
3º PERÍODO 
Agosto/2019
FACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS-FUNORTE
INSTISTUDO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE- ICS
DEFINIÇÕES
Degermação: Significa a diminuição do número de microorganismos patogênicos ou não, após a escovação da pele com água e sabão.
Desinfecção: Processopelo qual se destroem particularmente os germes patogênicos e/ou se inativa sua toxina ou se inibe o seu desenvolvimento. Os esporos não são necessariamentedestruídos.
DEFINIÇÕES
Esterilização: Processode destruição de todas as formas de vida microbiana (bactérias nas formas vegetativas e esporuladas, fungos e vírus) mediante a aplicação de agentes físicos e ou químicos. Toda esterilização deve ser precedida de lavagem e enxaguadura do artigo para remoção dedetritos.
Sanitização: Redução do número de micro-organismos patogênicos para o nível acreditado de isençãode riscos para a saúde.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
O QUE É?
Medida individual simples e pouco dispendiosa para a prevenção da propagação de infecções relacionadas à assistência a saúde.
Engloba: - Higienização simples
 - Higienização anti-séptica
 - fricção anti-séptica
 - anti-sepsia cirúrgica das mãos
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
ASSEPSIA x ANTISSEPSIA
Assepsia é um conjunto de medidas que é utilizada para impedir a penetração de microrganismos em um ambiente que não os tem, logo um ambiente asséptico é aquele que está livre de infecção. No que se refere à sala cirúrgica, a assepsia está representada pelo uso de vestimenta estéril pelos membros da equipe cirúrgica (aventais e luvas assépticos), pela delimitação do campo operatório por coberturas estéreis e pelo uso de instrumentos cirúrgicos submetidos ao processo de esterilização.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
ASSEPSIA x ANTISSEPSIA
Antissepsia é um conjunto de medidas propostas para inibir o crescimento de microrganismos ou removê-los de um determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utiliza-se antissépticos ou desinfetantes. Constitui método profilático, haja vista que resulta do emprego de agentes germicidas (antissépticos) contra patógenos no tecido humano. 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 POR QUE FAZER?
As mãos constituem a principal via de transmissão de microorganismos durante a assistência prestada aos pacientes
-Microbiota residente: Microoganismos de baixa virulência: estafilococos, corinebactérias e micrococos. Difícil de ser removida pela higienização das mãos com água e sabão. Coloniza as camadas mais internas da pele.
-Microbiota transitória: Tipicamente bactérias Gram-negativas: enterobactérias (ex: Escherichia coli), bactérias não fermentadoras (ex: Pseudomonas aeruginosa), fungos e vírus.Permite remoção mecânica pela higienização das mãos com água e sabão, sendo eliminada mais facilmente ao usar solução anti-sépticaColoniza as camadas mais superficial da pele
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 PRA QUE FAZER?
Remoção de sujidade, suor , oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele.
Interromper a transmissões de infecções veiculadas ao contato.
Prevenir e reduzir infecções causadas por transmissões cruzadas.
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS?
Todos os profissionais quem trabalham em serviços de saúde que: 
Têm contato direto ou indireto com os pacientes
Atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado 	
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 COMO FAZER? QUANDO FAZER?
Pode ser utilizado: água e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico 
A utilização de um determinado produto depende das indicações a seguir: 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
PRODUTOS UTILIZADOS NA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
1- SABONETE COMUM (SEM ASSOCIAÇÃO DE ANTISSÉPTICO) 
Este produto não contém agentes antimicrobianos ou os contêm em baixas concentrações, funcionando apenas como conservantes; favorecem a remoção de sujeira aparente, substâncias orgânicas e da microbiota transitória dasmãospela ação mecânica. Essa higienização é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde. Não obstante, um estudo revelou que a higienização simples das mãos, com água e sabonete comum, falhou em remover patógenos das mãos dos profissionais de saúde, ocorrendo atransmissão de bactéria Gram-negativa, por exemplo.
USO DE ÁGUA E SABONETE COMUM
Indicação - Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais. 
 Ao iniciar e terminar o turno de trabalho. 
Antes e após ir aobanheiro. 
Antes e depois dasrefeições. 
Antes de preparo dealimentos. 
Antes de preparo e manipulação demedicamentos. 
Antes e após contato com paciente colonizado ou infectado por C.difficile. 
 Após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico. 
Nas situações indicadas para o uso de preparações alcoólicas.
Agentes antissépticos
 São substâncias providas de ação letal ou inibitória da reprodução de microrganismos. 
 Os agentes antissépticos mais comumente utilizados em nosso meio para preparo da pele na vigência de uma operação são os iodóforos, compostos alcoólicos e a clorexidina.
Devem dispor de algumas propriedades essenciais: 
1. Ação bactericida – destruição dos microorganismos patogênicos; 
2. Ação bacteriostática – inibição da proliferação de microorganismos; 
3. Persistência de ação durante várias horas; 
4. Ausência de causticidade; 
5. Baixo índice de reações de hipersensibilidade; 
MARQUES, 2001
Agentes antissépticos
 ÁLCOOL 
A maioria das soluções para a antissepsia de mãos à base de álcool contém etanol (álcool etílico), ou isopropanol (álcool isopropílico) ou n-propanol, ou ainda uma combinação de dois destes produtos. O modo de ação predominante dos álcoois consiste na desnaturação e coagulação das proteí- nas. Outros mecanismos associados têm sido reportados, como a ruptura da integridade citoplasmática, a lise celular e a interferência no metabolismo celular. De modo geral, os álcoois apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida e fungicida entre todos agentes utilizados na higienização dasmãos. Soluções alcoólicas entre 60 a 80% são mais efetivas e concentrações mais altas são menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com facilidade na ausência de água. As preparações alcoólicas não são apropriadas quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com material protéico.
USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA 
Indicação - Quando as mãos não estiverem visivelmente sujas nas situações a seguir:
Antes de contato com o paciente
Após contato com o paciente
Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos 
Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo cirúrgico
Após risco de exposição a fluidos corporais 
Ao mudar de um sitio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente 
Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente
Antes e após a remoção de luvas
Agentes antissépticos
 CLOREXIDINA 
A atividade antimicrobiana da clorexidina provavelmente é atribuída à ligação e subseqüente ruptura da membrana citoplasmática, resultando em precipitação ou coagulação de proteínas e ácidos nucléicos. A atividade antimicrobiana imediata ocorre mais lentamente que os álcoois, sendo considerada de nível intermediário; porém, seu efeito residual, pela forte afinidade com os tecidos, torna-o o melhor entre os antisépticos disponíveis. Diante disso, a adição de baixas concentrações desse anti-séptico (0,5% a 1%) às preparações alcoólicas resulta em atividade residual dessasformulações proporcionada pela clorexidina. A clorexidina apresenta boa atividade contra bactérias Gram-positivas, menor atividade contra bactérias Gram-negativas e fungos, mínima atividade contra micobactéria e não éesporicida.
Agentes antissépticos
 IODÓFOROS (PVPI- POLIVINILPIRROLIDONA IODO)
A atividade antimicrobiana ocorre devido à penetração do iodo na parede celular, ocorrendoa inativação das células pela formação de complexos com aminoácidos e ácidos graxos insaturados, prejudicando a síntese protéica e alterando as membranas celulares. O iodóforo tem atividade ampla contra bactérias Gram-positivas e Gram negativas, bacilo da tuberculose, fungos e vírus (exceto enterovírus), possuindo também alguma atividade contraesporos.
Agentes antissépticos
 PVPI AQUOSO 
Composto orgânico de iodo, não age na presença de materiais orgânicos e eleva o nível sérico de iodo; 
PVPI DEGERMANTE 
Utilizado somente em pele íntegra, com a finalidade de remover sujidade e reduzir a flora transitória e residente. Deve ser retirado após o uso. Tem indicação também na degermação da pele, mãos, área cirúrgica e procedimentos invasivos. 
PVPI ALCOÓLICO 
Indicado para uso em pele íntegra, após degermação das mãos, com a finalidade de fazerluva química e demarcar a área operatória, reduzindo a flora dapele;
Agentes antissépticos
TRICLOSAN 
A ação antimicrobiana de triclosan ocorre pela difusão na parede bacteriana, inibindo a síntese da membrana citoplasmática, ácido ribonucléico, lipídeos e proteínas, resultando na inibição ou morte bacteriana. Estudos recentes indicam que a atividade antimicrobiana é decorrente da sua ligação ao sítio ativo da redutase protéica enoil-acil, bloqueando asínteselipídica. Este antisséptico tem amplo espectro de atividade antimicrobiana, sendo bacteriostático com concentrações inibitórias mínimas (CIM) entre 0,1 a 10 μg/mL, entretanto, as concentrações bactericidas mínimas são de 25-500 μg/ mL por 10 minutos de exposição. Avelocidade de ação antimicrobiana é intermediária, tem efeito residual na pele como a clorexidina e é minimamente afetada por matéria orgânica.
PARAMENTOS LIMPOS
1. Roupas do centro cirúrgico – Proibido o uso delas fora do centro cirúrgico. Confeccionadas com tecidos de boa durabilidade e resistência, constituídas de duas peças, o jaleco e a calça, ou peça inteiriça (macacão). Não deve conter aberturas inferiores, para prevenir contaminação. 
2. Gorros ou toucas – Devem possuir tamanho ideal para cobrir todo o cabelo, uma vez que é via de desprendimento de partículas biológicas.Assim, evitam que microrganismos caiam sobre os aventais ou no campo operatório. 
BARBUTO
PARAMENTOS LIMPOS
3. Máscara –A máscara deve ser trocada entre uma cirurgia e outra, ou mesmo durante cirurgias mais prolongadas, pois a umidade nelas acumulada pela respiração prejudica a função de filtração, podendo aumentar a taxa de infecção. 
4. Óculos – Age impedindo a contaminação da conjuntiva por microrganismos em aspersão e por aqueles vinculados pelo sangue e secreções corpóreas durante a cirurgia. 
5. Botas – São protetores colocados sobre os calçados comuns, com o objetivo de impedir que microrganismos aderidos à superfície deles cheguem ao campo cirúrgico. Colocados aso se adentrar o centro cirúrgico,sendo seu uso restrito a este local.
PARAMENTOS ASSÉPTICOS
1. Aventais – também conhecidos como capotes cirúrgicos,tem como objetivo criar barreira que impeça passagem de microrganismos das áreas contaminadas do cirurgião para áreas estéreis. Deve possuir comprimento suficiente para ultrapassar os joelhos e mangas compridas com punhos sanfonados, com pequena alça em cada punho, a qual permite fixar o punho do avental à mão do cirurgião, impedindo que suba em direção ao cotovelo.A parte posterior contém velcro ou cordas que permite fechá-lo. 
PARAMENTOS ASSÉPTICOS
2. OPAS – Avental posterior, não possui mangas e é vestida após o avental cirúrgico, com mãos já enluvadas. Servem de proteção para o dorso do cirurgião. Deve ter auxílio de outro membro da equipe para vesti-la. 
3. Luvas – Proteção das mãos, criam barreira entre as mãos do cirurgião e o campo operatório. Protegendo de doenças veiculadas pelo sangue e secreções. 
O USO DE LUVAS NÃO SUBSTITUI A HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS
AVISO
TÉCNICAS PARA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam. 
Podem ser divididas em: 
• Higienização simples das mãos; 
• Higienização antisséptica das mãos; 
• Fricção de antisséptico nas mãos; 
• Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.
 A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada.
 ATENÇÃO!
No caso de torneiras com contato manual para fechamento, SEMPRE utilize papel toalha
O uso coletivo de toalhas de tecido é contraindicado, pois estas permanecem úmidas, favorecendo a proliferação bacteriana.
Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos a fim de prevenir o ressecamento da pele.
 RECOMENDAÇÕES 
 Mantenha as unhas naturais, limpas e curtas; 
Não use unhas postiças quando entrar em contato direto com os pacientes;
Evite o uso de esmaltes nas unhas; 
Evite utilizar anéis, pulseiras e outros adornos quando assistir ao paciente; 
Aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diariamente, para evitar ressecamento na pele.
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
Finalidade: remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de microrganismos
Duração do procedimento: 40-60 segundos 
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
Abrir a torneira e molhar as mãos, evitando encostar na pia
Aplicar na palma da mão a quantidade suficiente de sabão líquido para cobrir todas as superfícies da mão
Ensaboar as palmas da mão friccionando-as entre si
Esfregar a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda entrelaçando os dedos e vice-versa
Entrelaçar os dedos e friccionar os espaços interdigitais 
Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta, segurando os dedos com movimento de vai-e-vem e vice-versa
Esfregar o polegar direito, com auxilio da palma da mão esquerda e vice-versa
Friccionar as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha, fazendo movimento circular e vice-versa 
Esfregar o punho esquerdo, com o auxilio da palma da mão direita, utilizando movimento circular e vice-versa
Enxague as mãos retirando os resíduos de sabonete evite contato direto das mãos com a torneira
Seque as mãos com papel toalha descartável , iniciando pelas mãos e seguindo pelos punhos
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS 
Higienização Antisséptica das Mãos 
 Finalidade: Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga e microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico. 
Técnica : A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabonete comum por um associado a antisséptico (e.g., antisséptico degermante). 
Duração do procedimento: 40-60 segundos 
Fricção anti-séptica das mãos (com preparações alcoólicas)
Finalidade: reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas
Duração do procedimento: 20-30 segundos
Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem completamente (sem utilização de papel toalha)
antissepsia Cirúrgica ou Preparo Pré-operatório das Mãos 
Finalidade: eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de propiciar efeito residual na pele do profissional
As escovas utilizadas no preparo cirúrgico devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal 
Recomenda-se: anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com anti-séptico degermante
Duração do procedimento: de 3-5 minutos para a primeira cirurgia e de 2-3 minutos para a cirugias subsequentes. 
Paramentação do capote cirúrgico e opa 
Ao vestir o avental, o cirurgião irá precisarde auxílio de pessoal capacitado, para que os princípios da assepsia sejam respeitados. Em geral, essa ajuda fica a cargo da enfermagem ou da circulante da sala cirúrgica 
Técnica para calça luvas 
Luvas são utilizadas pelos membros da equipe cirúrgica com a função de proteger o paciente das mãos desses , e proteger a equipe de fluidos potencialmente contaminados. 
Com a finalidade de reduzir e prevenir o risco de exposição ao sangue, recomenda-se o uso do duplo enluvamento do cirurgião e primeiro assistente para qualquer procedimento que durar mais que uma hora, pois estudos demonstraram que o procedimento de longa duração influencia a taxa de furos nas luvas e aumenta a exposição ao sangue. 
E para que não ocorra a contaminação da luva, consequentemente do paciente, durante o momento em que o médico irá coloca-la, deve seguir os seguintes passos. 
Técnica para calçar luvas
Técnica para retirar luvas
Indicações para usar luvas estéreis
OBRIGADA!

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