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Lavagem das Mãos

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Lavagem das Mãos 
A lavagem de mãos é tradicionalmente o ato mais importante para a prevenção e o 
controle das infecções hospitalares. Historicamente foi comprovada sua importância por 
Semmelweiss e merecido atenção das publicações clássicas mais importantes sobre 
infecções hospitalares. Semmelweiss, um dos pioneiros em controle de infecção 
hospitalar, reduziu as taxas de infecções puerperais através da determinação de o ato de 
lavagem das mãos com solução germicida, após as necropsias e antes do atendimento 
a partos, em 1848. 
Microrganismos e frequência da lavagem de mãos 
Elaine Larson, em 1981, demonstrou que 21% dos profissionais de saúde pesquisados 
apresentavam colonização das mãos com bactérias gramnegativas, quando comparados 
com 80% do grupo controle, que eram pessoas que não trabalhavam em hospitais. 
Dentre as 22 espécies de bactérias gramnegativas encontradas, 45% eram Acinetobacter 
e 39% eram KlebsiellaEnterobacter. Pessoas que lavavam as mãos mais de 8 vezes por 
dia eram menos colonizadas do que as que lavavam menos de 8 vezes. O aumento da 
frequência da limpeza diminui a microbiota das mãos. Essa flora pode aumentar quando 
o número desse procedimento ultrapassar de 25 vezes por dia, devido ao ressecamento 
excessivo das mãos. Pesquisa realizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre, pelo 
Serviço de Controle de Infecção, em 1990, para avaliar a frequência e qualidade da 
lavagem das mãos por profissionais médicos e de enfermagem da unidade de 
Neonatologia, demonstrou que o número de vezes que os profissionais de enfermagem 
tocavam nos recém nascidos era 6 vezes maior do que a equipe médica. Dentre os 
profissionais observados, a equipe médica lavava mais as mãos do que a equipe de 
enfermagem, talvez pela menor frequência da necessidade do ato pelos enfermeiros. Em 
Neonatologia a totalidade dos pacientes têm dependência total e a enfermagem é quem 
realiza todos os cuidados. 
Flora transitória das mãos 
Microrganismos isolados ocasionalmente na pele que são rapidamente removidos pela 
lavagem ou antissepsia das mãos. Exemplos: alguns gramnegativos, tais como 
Escherichia coli. 
Flora residente 
Microrganismos persistentemente isolados da pele da maioria das pessoas. Eles são de 
mais difícil remoção e é necessária a fricção vigorosa durante a lavagem das mãos. 
Exemplos: Staphylococcus coagulase-negativos, Corynebacterium sp, Acinetobacter sp, 
Propionibacterium e alguns membros da família Enterobacteriaceae. 
QUANDO LAVAR AS MÃOS 
O ato de lavar as mãos depende basicamente de cultura como: -antes de alimentar-se -
após ir à "toillete" -após assoar o nariz -sensação desagradável de estar com as mãos 
sujas ou que tocaram umidade. 
O conforto também diz respeito à maior ou menor frequência de lavar as mãos e 
depende: - da localização da pia - da higienização da pia - do tipo de sabão - da 
temperatura da água - da possibilidade de secagem. 
Embora o conforto seja importante e racionalmente induza a maior frequência de 
lavagem de mãos, ainda não existem pesquisas que comprovem o impacto na frequência 
pela troca de um produto mais agradável. 
LAVAGEM X ANTISSEPSIA DE MÃOS 
LAVAGEM COMUM: Remoção de sujidade e flora transitória 
ANTISSEPSIA: Remoção e destruição de flora transitória 
ANTISSEPSIA - PREPARO CIRÚRGICO: Remoção, destruição da flora transitória e redução 
da flora permanente. 
DECISÃO 
LAVAGEM OU ANTISSEPSIA DAS MÃOS? DEPENDE DE: • Intensidade do contato com o 
paciente ou fômites • O grau de contaminação • Suscetibilidade do paciente • Tipo de 
procedimento que será realizado. 
Gradiente da escala de Fulkerson para contatos limpos a sujos do pessoal de 
enfermagem. 
Escala Contato: 1. ao manusear esterilizados. 2. ao tocar objetos limpos ou lavados. 3. 
materiais não necessariamente limpos, mas sem contato com pacientes (ex:papel) 4. 
objetos de contato com pacientes, mas que não são necessariamente contaminados 
(móveis por exemplo) 5. contato com materiais intimamente associados a pacientes, mas 
não contaminados (aventais, roupas, pratos, material de cabeceira) 6. direto com 
pacientes, mas mínimo e limitado (apertar mão, verificar pulso). 7. objetos com secreções 
de pacientes 8. secreções, boca, nariz, área genital etc. 9. materiais de contato com urina 
do paciente. 10. urina. 11. materiais de contato com fezes do paciente 10. fezes 13. 
materiais com secreção ou excreção de local infectado. 14. secreções ou excreções de 
local infectado. 15. local infectado (traqueostomia, ferida cirúrgica etc.). 
ÁLCOOL GLICERINADO E SIMILARES 
uso de produtos como álcool glicerinado tem sido recomendado por alguns autores, 
considerando que a fricção das mãos com germicida é capaz de eliminar a maioria dos 
microrganismos transitórios e irá evitar a disseminação de microrganismos. Sua 
utilização, portanto, poderá ser depois de todos os contatos no laboratório de 
microbiologia e naqueles procedimentos que são considerados como "muito sujos" na 
escala de Fulkerson quando eles envolvem locais infectados (procedimentos de 13-15). 
Este procedimento também pode ser realizado depois de outros contatos classificados 
como "sujos" (procedimentos de 8-10), embora a lavagem com sabão comum seja 
aceitável. O uso deste tipo de produto sem a lavagem de mãos é ainda bastante discutida 
em nosso meio, embora indicada no manual de lavagem de mãos do Ministério da Saúde 
do Brasil. Um dos motivos de tal discussão é exemplificado em estudos como o feito na 
Noruega onde ficou demonstrada que ainda existia crescimento de microrganismos de 
mãos contaminadas com 104 microrganismos, e utilizado apenas álcool. Com este tipo 
de trabalho, adicionado a outros que demonstram a inefetividade de alguns germicidas 
à microrganismos resistentes, a questão continua a ser discutida. 
Embora alguns autores ainda recomendem álcool glicerinado, ou seja, utilizados "lenços" 
com antisséptico, é difícil aceitar este procedimento como substituto de lavagem das 
mãos. Em alguns locais, pela dificuldade de acesso à uma pia e/ou necessidade de uma 
higiene rápida das mãos, a alternativa pode ser prática. No entanto, tão logo possível se 
sugere que as mãos sejam lavadas com água e tensoativo (sabão) que ajuda a sequestrar 
a sujidade. Dependerá do grau de sujidade a ação do antisséptico, já que os germicidas 
em geral são inativados, por matéria orgânica, em maior ou menor grau. 
PRODUTOS A SEREM UTILIZADOS 
Os produtos a serem utilizados podem ser: • SABÃO COMUM = não degermante • barra, 
líquido, pó • A ação é mecânica pela remoção da sujidade e de microrganismos. Não há 
preferência pelo sabão líquido em detrimento de sabão comum. Embora durante alguns 
anos tenha sido indicado preferencialmente o sabão líquido, não existem estudos que 
comprovem a indicação preferencial. • SABÃO DEGERMANTE = antimicrobiano • barra, 
líquido, pó • Ação: destruição ou inibição da reprodução de microrganismos. 
APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS 
A pele representa papel importante na transmissão, menos por descamação 
acompanhada de microrganismos colonizantes transitoriamente do que pelas próprias 
mãos não lavadas ou lavadas impropriamente. Além disto, a pele lesada por sabão de 
má qualidade combinado ou não com antisséptico pode colonizar facilmente com outros 
microrganismos, além daqueles das camadas mais profundas da pele. O tipo de produto 
utilizado é um ponto importante no que se refere à lavagem de mãos. Desde os primeiros 
estudos do Centers for Disease Control (CDC), publicados em 1985, foi enfatizada a 
importância do recipiente que continha o produto. Sendo sabão líquido, o dispensador 
deveria ser descartável ou higienizado regularmente antes de reencher. Sendo em barra, 
era importante que fossem pequenos para uma troca constante e colocação em 
saboneteiras vazadas para maior facilidade de higienização e escoamento da água. As 
recomendações iniciais definiam a necessidade douso de sabão líquido em detrimento 
de sabão em barra. Hoje a recomendação não é restrita ao sabão líquido. Esta questão 
mudou em face de descrição de contaminação com a apresentação líquida. No entanto, 
recipientes com sabão líquido descartáveis podem ser mais seguros justamente por esta 
possibilidade de contaminação dos recipientes. 
Recipiente para produto líquido: • Recipiente rígido, descartável, acionado com o pé ou 
acionado com a mão ou cotovelo. • Recipiente tipo "sachet" descartável, acionado com 
a mão. A higiene interna deste tipo de saboneteria não deve ser esquecida. Deve haver 
rotina de limpeza sistemática. • Recipiente não descartável: limpeza sistemática antes de 
reencher. Deve ser esvaziado o recipiente, higienizado e só então preenchido. 
Recipiente para produto sólido: • A saboneteira deve permitir drenagem de resíduos. 
Deve haver rotina de limpeza sistemática. 
Quando a opção é utilizar para sabão de glicerina em barra, o ideal é que seja cortado 
em pequenos pedaços. Quando a opção é sabão líquido e os dispensadores não são 
descartáveis é necessária rotina para a manutenção das mesmas higienizadas da forma 
ideal. 
As apresentações disponíveis no mercado nacional para sabonetes e antisséptico em 
recipiente descartável são semelhantes. São encontrados três tipos: a) acionado com o 
pé em sistema de bomba com pressão em frasco com vasos comunicantes. A ponta da 
mangueira é colocada externamente em uma das extremidades do frasco impulsionando 
ar. b) sistema de "pump". c) tipo "sachet". 
 
 
MÃOS CONTAMINADAS E ANTISSÉPTICOS 
A questão do uso de antissépticos em áreas onde existem pacientes com maior risco de 
adquirir infecções hospitalares, como Centros de Tratamento Intensivos (CTIs) e/ou 
quando as mãos ficam grosseiramente contaminadas é bastante evidente no estudo 
Norueguês citado anteriormente. Após contaminação grosseira das mãos com 
microrganismos, a lavagem de mãos com antisséptico associado foi bem mais efetiva no 
que se refere a microrganismos residuais do que sabão comum. Mesmo assim, a redução 
da contaminação ocorreu apenas após repetidos usos dos diferentes antissépticos, à 
semelhança dos trabalhos de Larson . Embora as evidências científicas sejam escassas, a 
utilização de antissépticos em algumas situações especiais pode ser recomendada: no 
cuidado a recém nascidos, no cuidado a pacientes com imunossupressão por patologia 
(como leucêmicos) ou induzida por terapêutica como em uso de quimioterapia e/ou 
transplante e medula óssea. Além destas situações, a recomendação clássica mais 
evidente é antes de procedimentos invasivos, como as cirurgias. Por outro lado, a escolha 
de antissépticos, à semelhança de soluções desinfetantes para materiais e 
descontaminação dirigida de ambientes deve considerar o espectro de ação. Embora o 
espectro de ação seja importante, e seja estudado este aspecto, é conveniente lembrar 
que não necessariamente um amplo espectro de ação é necessário para determinadas 
situações. Em berçários, por exemplo, seria necessário um antisséptico que fosse ativo 
contra mycobactérias? Além disto, a forma de transmissão de tuberculose pulmonar é 
bem conhecida e não está descrita transmissão através das mãos. Ocorre que a 
preocupação com a patogenicidade de determinados microrganismos é tão importante, 
que dificilmente se deixa de dar atenção a estes microrganismos no momento de se 
definir o espectro exigido. Talvez estas questões não sejam fáceis de ser equacionadas, 
pois a preocupação com vírus e principalmente Staphylococcus aureus meticilina 
resistente (MRSA) é uma questão real. O espectro de ação é importante para soluções 
antissépticas para as mãos e ainda recentemente tem merecido estudos a respeito 
buscando o antisséptico ideal. 
CARACTERÍSTICAS DOS ANTISSÉPTICOS 
Os antissépticos podem ser usados como complementação após a higiene com sabão 
comum. Um tensoativo (sabão) adicionado de antisséptico é conhecido como 
degermante no mercado brasileiro. 
A escolha de um antisséptico é baseada na análise dos seguintes aspectos • MODO DE 
AÇÃO • ESPECTRO DE AÇÃO • RAPIDEZ DE AÇÃO • PERSISTÊNCIA • SEGURANÇA E 
TOXICIDADE • INATIVAÇÃO POR MATÉRIA ORGÂNICA • DISPONIBILIDADE DO 
PRODUTO. 
ANTI-SEPSIA PRÉ OPERATÓRIA DAS MÃOS 
Durante muitos anos, a prática de utilizar escovas para o preparo préoperatório das mãos 
e complementação com produto iodado e álcool foi uma recomendação aceita. Além 
disto, os trabalhos descreviam qual o número de vezes que cada superfície dos dedos 
deveria ser escovada. À medida que os conhecimentos foram evoluindo, e sendo 
realizadas novas pesquisas, as indicações se tornaram mais comprovadas. 
Hoje, as recomendações para este procedimento são as seguintes: • A escovação deve 
restringir-se às unhas e espaços interdigitais. • Não há necessidade de escovação de 
antebraços. A escovação da pele nestes locais sensíveis pode ocasionar microlesões que 
serão propícias para a multiplicação de microrganismos colonizantes das camadas mais 
profundas da pele. • A lavagem das mãos com tensoativo (sabão) e complementação 
com produto alcoólico com iodo metalóide está cada vez mais em desuso embora ainda 
recomendado no território nacional. Os produtos com iodo necessitam para agir com os 
microrganismos de percentual de iodo que é liberado gradativamente, o que não tem 
sido comprovado pelos produtos citados. Aos poucos estão sendo substituídos por 
produtos a base de Polivinil-pirrolidona- iodo que liberam o iodo gradativamente. • A 
utilização de degermante à base de clorohexidina e polivinil- pirrolidonaiodo é a opção 
mais utilizada e aceita atualmente. • Após a escovação das unhas e espaços interdigitais, 
friccionar os antebraços vigorosamente. • O enxágue será realizado após o uso dos 
produto degermante com as mãos para cima deixando a água escorrer pelos antebraços. 
• Poderá ser realizada complementação com produto alcoólico após a secagem das 
mãos com compressas esterilizadas. • As luvas cirúrgicas serão colocadas com técnica 
asséptica: A) Após a secagem com compressas esterilizadas; B) Após a secagem com 
compressas esterilizadas, utilização de antisséptico alcoólico e secagem natural. • A 
apresentação de 70% (ou 70º - semelhante à 70%) de álcool + 0,5% Clorohexidina pode 
ser utilizada como complementação da degermação com clorohexidina. • A utilização de 
PVPI alcoólico como complementar pode causar dermatite de contato quando utilizado 
sob as luvas. • Não há recomendação de utilizar álcool puro como complementação à 
lavagem de mãos com degermante, pois os compostos à base de clorohexidina e PVPI 
contém ação residual e o álcool não. 
TIPOS DE ANTISSÉPTICOS 
ÁLCOOL(60% A 90%): etílico, n-propílico, isopropílico Características: • Desnaturação 
das proteínas. • Ação contra Gram positivos, gram negativos, bacilo da tuberculose, 
fungos, vírus (HBV,HIV,RSV), não esporicida. • Mínima toxicidade. • Ação rápida, mas sem 
ação residual. • Atividade varia de 15 segundos para alguns gram negativos 
gradativamente a 1 minuto, 3 minutos, 4 minutos, 7 minutos conforme resistência dos 
microrganismos. • Inativado por matéria orgânica, embora não inativado por quantidade 
mínima de sangue. • Causa ressecamento da pele. • Com Glicerina a (2%). A adição de 
glicerina a 2% parece minimizar o problema do ressecamento da pele. 
GLUCONATO DE CLOROHEXIDINA (0,5% c/álcool; 2%; 4%): • Ruptura na membrana, 
ocorrendo uma precipitação do conteúdo celular. • Ação contra Gram positivos, gram 
negativos, bacilo da tuberculose, fungos, vírus (HBV,H IV,CMV,INFLUENZA) • Com o uso 
repetido seu espectro se iguala ao do álcool. • Possui ação residual de 6 horas. • Possui 
toxicidade por contato direto com ouvidos e olhos de recém nascidos. • Relatados 
raramente sintomas respiratórios. • É pouco irritante da pele, sendo que 
esporadicamente algumas pessoas podem apresentar suscetibilidade. • 15 segundos,boa redução de microrganismos mais frequentemente encontrados nas mãos. • Aumenta 
o espectro com o aumento da exposição. No entanto 30 seg = 5min • Conhecida como 
clorohexidina degermante quando associada à tensoativo. • A apresentação de 70% (ou 
70º - semelhante à 70%) de álcool + 0,5% Clorohexidina pode ser utilizada como 
complementação da degermação com clorohexidina. 
IODO E IODÓFOROS (0,05%... 10%; 2%): • Age por penetração e oxidação da parede 
celular. • O produto mais utilizado deste grupo é o iodo + polivinilpirrolidona iodo (PVPI). 
À medida que aumenta a solubilidade, aumenta o iodo livre disponível. O iodo livre é o 
responsável pela ligação com os microrganismos. • Embora seja efetivo em 
concentrações inferiores pela disponibilidade de iodo, a contaminação é mais provável 
por ser mais instável. • A concentrações indicadas são de 1a2mg/L de iodo livre. • 
Espectro de ação: Gram positivos, Gram negativos, fungos, vírus, bacilo da tuberculose, 
esporos. • Desvantagens: irritação, alergia e absorção pelo organismo. • Possui ação 
residual, mas inferior à da clorohexidina. • Inativado por matéria orgânica. 
TRICLOSAN(0,3%;1%;2%): • Ruptura da parede celular. • Ação contra Gram positivos e 
Gram negativos; fungos; ação muito limitada contra vírus • Absorvido, mas não 
mutagênico e não alergênico. • Rapidez intermediária, possui ação resídua • Pouco 
inativado por matéria orgânica 
PARA-CLORO-META-XYLENOL: • Ruptura da parede celular por inativação enzimática. 
• + EDTA (ác.ethylenodiaminotetraaético) p/Pseudomonas • ação contra G+ e G- 
razoável p/FUNGOS e VÍRUS • Pouco irritante. • Rapidez intermediária. • Antisséptico 
inferior a clorohexidina e PVPI. • Pouco afetado por matéria orgânica. 
SECAGEM DAS MÃOS: • Não usar toalhas de tecido de rotina onde há atendimento a 
pacientes. • Utilizar compressas esterilizadas no preparo cirúrgico. • Secagem com ar 
quente. Apesar de menor número de microrganismos, o processo é ruidoso e demorado, 
além de levantar sujeira do piso. • Toalhas de papel. A qualidade é importante para que 
não solte partículas. O papel pode ser reciclado apenas se garantida a ausência de 
microrganismos pelo processo de tratamento. • Cuidar o local de co locação do suporte. 
• A limpeza do suporte de toalha também deve ser sistemática. 
MÃOS X LUVAS X CREMES: • O uso de luvas serve para evitar tocar matéria orgânica 
diretamente. • Não lavar mãos enluvadas. • Retirar as luvas imediatamente após o 
procedimento. Lavar as mãos após usar luvas. • A utilização de antisséptico ou sabão 
comum pode levar a ressecamento da pele ou reações alérgicas. • O uso de luvas 
antialérgicas e/ou cremes minimiza os problemas de alergia. • Os cremes e loções devem 
ser dispensados de forma a que não haja contaminação. 
Muitas publicações enfatizam que o uso de luvas não é superior à lavagem de mãos, 
bem como enfatizam os cuidados a serem considerados quando do uso de luvas. Embora 
a lavagem de mãos com água e sabão e, em algumas situações, com antisséptico seja 
um tema comum, o estudo relacionado ao uso de luvas também merece atenção 
especial. Com o incentivo à utilização das precauções universais, houve um incremento 
na utilização de luvas que promovem uma falsa sensação de segurança a quem as usa. 
Independentemente da discussão de lavar as mãos antes e/ou após o uso de luvas quem 
as veste não sente o desconforto da mão úmida ou suja (que psicologicamente gera 
certa urgência de lavar as mãos). Neste caso, se o indivíduo não estiver consciente desta 
necessidade acaba contaminando objetos, pessoas, ambientes e a si próprio. Surto de 
Acinetobacter em terapia intensiva pelo uso inadequado de luvas. 
Apenas a orientação para lavagem de mãos não é suficiente. Deverá ser seguida uma 
orientação conjunta sobre lavagem de mãos, técnica asséptica e uso correto de luvas. 
Além disto, a lavagem de mãos enluvadas também é contraindicada, pois é insuficiente 
para remover determinados microrganismos que podem ficar aderidos à borracha das 
luvas.

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