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CCJ0014-WL-B-APT-01-Direito Civil III-Respostas Plano de Aula

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Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Civil III 
Prof.: Guido Rafael Feitosa Cavalcanti Chaves 
Disciplina: 
CCJ0014 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
1 de 3 
Data: 
24/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0014/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
TRABALHO PARA AV1 
 
Aplicação Prática Teórica = Web-Aula-01 
 
Caso Concreto 1 
 
Lei atentamente a assertiva adiante: 
 
À luz do Código Civil de 1916, afirmou Caio Mário da Silva Pereira: "a ordem jurídica oferece a cada um a 
possibilidade de contratar, e dá-lhe a liberdade de escolher os termos da avença. Segundo as suas preferências. 
Concluída a convenção, recebe da ordem jurídica o condão de sujeitar, em definitivo, os agentes. Uma vez 
celebrado o contrato, com observância dos requisitos de validade, tem plena eficácia, no sentido de que se impõe 
a cada um dos participantes, que não têm mais a liberdade de se forrarem às suas consequências, a não ser com 
a cooperação anuente do outro. Foram as partes que acolheram os temores de sua vinculação, e assumiram todos 
os riscos. A elas não cabe reclamar, e ao juiz não é dado preocupar-se com a severidade das cláusulas aceitas, 
que não podem ser atacadas sob a invocação de princípio de equidade". 
 
À luz das novas disposições do Código Civil/2002: 
 
a) A assertiva acima ainda guarda alguma validade face à nova ordem jurídica civil e constitucional? Fundamente 
a sua resposta. 
 
RESPOSTA: NÃO. Não guarda validade, face a nova ordem civil e constitucional, pois o pacto sunt servant (o 
pacto deve ser cumprido) não deve ser aplicado de maneira absoluta. Devendo ser analisado a luz da boa fé 
objetiva e da função social do contrato. 
 
b) Elabore um conceito de função social do contrato, indicando se a função social do contrato pode justificar 
inadimplemento contratual. 
 
RESPOSTA: É principio que determina a distribuição igual de riquezas, evitando enriquecimento ilícito. A função 
social tem natureza econômica e por tanto não pode ser ignorado, não é abalizador para uma assistência social e 
por tanto não justifica o inadimplemento contratual. 
 
Questão objetiva 1 
 
(TJMS - Juiz Substituto - 2009) A propósito dos contratos, examine as assertivas abaixo e indique a alternativa 
correta: 
 
a) Obrigação e contrato se confundem porque deste advém o acordo de vontades que visa a constituição, 
modificação ou extinção de direitos; em suma, um conjunto de obrigações a serem cumpridas pelas 
partes. 
b) Nem toda relação jurídica contratual possui, além das partes e do consensualismo, um objeto. 
c) O objeto da relação jurídica patrimonial pode ser imediato ou mediato, sendo o primeiro o contrato 
propriamente dito e o último, o bem da visa suscetível de apreciação econômica. 
d) O objeto mediato se limita ao seu aspecto econômico e ao fato de ser corpóreo. 
e) Vale, em regra, o contrato que implique transmissão de direitos autorais. 
 
RESPOSTA: C. O objeto da relação jurídica patrimonial pode ser imediato ou mediato, sendo o primeiro o 
contrato propriamente dito e o último, o bem da visa suscetível de apreciação econômica. 
 
Questão objetiva 2 
 
(MPRS - 2001) A superação do paradigma voluntarista do contrato encontra-se justificada pela: 
 
I. Utilidade social do contrato. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Civil III 
Prof.: Guido Rafael Feitosa Cavalcanti Chaves 
Disciplina: 
CCJ0014 
APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
2 de 3 
Data: 
24/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0014/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
II. Objetivação do vínculo contratual. 
III. Concepção da causa como função econômico-social do contrato. 
IV. Justiça da relação contratual no caso concreto. 
V. Expansão das hipóteses de vícios do consentimento. 
 
Assinale a alternativa correta: 
 
A - Somente as alternativas I e III estão corretas. 
B - Somente as alternativas II e III estão corretas. 
C - Somente as alternativas I, II, III e IV estão corretas. 
D - Somente as alternativas I, II, IV e V estão corretas. 
E - Somente as alternativas I e IV estão corretas. 
 
RESPOSTA: C. Somente as alternativas I, II, III e IV estão corretas. 
Aplicação Prática Teórica (OUTRAS QUESTÕES) 
Caso Concreto 01 
 
FRANCISCO FARIAS celebrou contrato de promessa de compra e venda de imóvel residencial, localizado em 
Belém-Pará, com ANTÔNIA ALMEIDA em 20 de maio de 2008, no qual o promitente-vendedor comprometia-se a 
transferir a propriedade do imóvel em questão em março de 2010, quando a promitente-compradora terminaria de 
pagar o valor ajustado em R$ 360.000,00. 
No prazo previsto contratualmente, ANTÔNIA foi providenciar a transferência da propriedade do imóvel aos 
promitentes compradores, tendo sido informada pelo Cartório de Registro de Imóveis que, dentre os encargos da 
transferência, havia um referente a um ônus real que incidia sobre o imóvel (enfiteuse), que deveria ser pago a 
Coden, pagamento sem o qual não poderia ser feita a escritura pública de propriedade do imóvel. 
O funcionário do Cartório informou a ANTÔNIA que o pagamento relativo a esse ônus real, pela lei, cabia ao 
atual proprietário, ou seja, ao promitente-vendedor, mas que no contrato assinado entre as partes poderia conter 
estipulação em sentido diverso. 
ANTÔNIA, que em momento algum foi informada desse ônus real, procurou FRANCISCO e comunicou que 
esse pagamento deveria ser feito. FRANCISCO também revelou desconhecimento desse ônus e alegou que, de 
acordo com a cláusula sétima do instrumento público de promessa de compra e venda, quem deveria pagar o 
valor era ANTÔNIA. 
É importante destacar duas cláusulas do contrato em questão: 
Cláusula terceira: Que possuindo ele PROMITENTE VENDEDOR o imóvel descrito nas cláusulas 
anteriores, livre e desembaraçado de quaisquer ônus legais, convencionais, encargos, judiciais ou 
extrajudiciais, foro, pensão ou hipoteca, bem como quite de impostos e taxas, assim prometem vendê-lo, 
como prometido, tem o PROMITENTE COMPRADOR, que por sua vez promete comprá-lo, de 
conformidade com o preço e condições seguintes. 
Cláusula sétima: Todas as despesas com a eventual legalização desta Promessa de Compra e Venda e 
com a legalização da Escritura Definitiva de Compra e Venda serão de total e exclusiva responsabilidade do 
PROMITENTE COMPRADOR, salvo comissão de corretagem. 
Considerando o contexto acima descrito e tomando por parâmetro a teoria geral dos contratos, responda 
JUSTIFICADA E FUNDAMENTADAMENTE: 
 
A) Explique o princípio da boa-fé objetiva e sua tríplice função. 
 
RESPOSTA: O princípio da boa-fé objetiva cria um padrão social do bom negociante, indivíduo no qual poderia 
ser depositada confiança, por apresentar conduta correta, leal e proba, cooperando sempre com a satisfação da 
obrigação, mostrando-se, pelo ângulo da boa-fé, como uma relação complexa que compreende, para além dos 
deveres de prestação voluntários, deveres involuntários de conduta. A boa-fé objetiva está positivada no art. 422 
do Código Civil de 2002. Desempenha tríplice função: a) função interpretativa (c/c art. 113, CC/2002), que 
determina que todos os contratos deverão ser interpretados à luz da boa-fé, sempre prestigiando o negociante de 
boa-fé que confiou na celebração no negócio; b) função de criação de deveres anexos, laterais, secundários ou de 
conduta, que são deveres paralelos aos deveres de prestação; c) função de controle do abuso de direito (c/c art. 
187, CC/2002), em que aos negociantes é imposta limitação no exercício de seus direitos sempre que o exercício 
abusivo possa redundar em quebra da confiança depositada. 
 
Curso de Direito 
Turma A – Manhã - 2012.1 
Direito Civil III 
Prof.: Guido Rafael Feitosa Cavalcanti Chaves 
Disciplina: 
CCJ0014APT: 
001 
Aluno: Waldeck Lemos de Arruda Junior 
Matrícula: 2012.01.140749 
Folha: 
3 de 3 
Data: 
24/07/2013 
 
MD/Direito/Estácio/Período-04/CCJ0014/Aplicação Prática Teórica-001/WLAJ/DP 
 
B) À luz da boa-fé objetiva, quem deve efetuar o pagamento decorrente do ônus real do imóvel? Utilize a(s) 
função(ões) da boa-fé objetiva existente(s) no caso. 
 
RESPOSTA: O pagamento deverá ser feito por Francisco Farias, o promitente-vendedor do imóvel. Quando o 
contrato foi firmado, não havia sido informado ao promitente-comprador do ônus real que recaía sobre o imóvel, 
motivo pelo qual a confiança e as expectativas decorrentes do contrato surgiram a partir da concepção de que o 
imóvel estaria livre de impedimentos. Tal concepção justifica-se tanto pela ausência de informação (e a 
informação é um dever de conduta criado pela boa-fé objetiva) sobre o ônus quanto pela declaração expressa da 
cláusula terceira do instrumento contratual. A cláusula sétima do contrato não pode ser interpretada de forma 
isolada, mas sim levando em consideração todo o conjunto normativo do contrato. Em outras palavras, a partir de 
uma interpretação sistemática e comprometida com a boa-fé, é possível afirmar que no momento em que a 
promitente-compradora assumiu o pagamento dos ônus da transferência, ela acreditava, conforme todas as 
declarações feitas, que não havia qualquer ônus real incidente sobre o imóvel, motivo pelo qual não pode ser 
surpreendida com o pagamento do valor cobrado pela Coden. As funções da boa-fé são a função interpretativa 
(art. 422, c/c art. 113, CC/2002) e a função de criação de deveres anexos (art. 422, CC/2002). 
 
Questão objetiva 01 
 
(AGU – procurador 2007) No campo das obrigações e dos contratos, várias novas teorias têm sido delineadas 
pela doutrina e pela jurisprudência. A esse respeito, julgue os itens que se seguem. 
 
1. A partir do princípio da função social, tem-se estudado aquilo que se convencionou chamar de efeitos externos 
do contrato, que constituem uma releitura da relatividade dos efeitos dos contratos. 
 
RESPOSTA: Certo. 
 
2. Segundo a doutrina contemporânea, o aforismo turpitudinem suam allegans non auditor não se confunde com a 
vedação do venire contra factum proprium; enquanto o primeiro objetiva reprimir a malícia e a má-fé, o segundo 
busca tutelar a confiança e as expectativas de quem confiou na estabilidade e na coerência alheias. 
 
RESPOSTA: Certo. 
 
Questão objetiva 02 
 
O enunciado 169, da III Jornada de Direito Civil, que dispõe que o princípio da boa-fé objetiva deve levar o 
credor a evitar o agravamento do próprio prejuízo leva em consideração o instituto do(a): 
 
A) tu quoque. 
B) venire contra factum proprium. 
C) duty to mitigate the loss. 
D) supressio. 
E) surrectio. 
 
RESPOSTA: C. duty to mitigate the loss. 
 
 
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Waldeck Lemos de Arruda Junior 
 
 
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