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 Plano de Aula: Teoria e Prática da Argumentação JurÃdica TEORIA E PRÃ�TICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÃ�DICA TÃtulo Teoria e Prática da Argumentação JurÃdica Número de Aulas por Semana Número de Semana de Aula 8 Tema Coesão e coerência no texto jurÃdico-argumentativo. Objetivos - Auxiliar o discente na redação do texto argumentativo, com a sugestão de expressões introdutórias de parágrafos. - Compreender os mecanismos discursivos e lingüÃsticos da coesão seqüencial entre parágrafos. Estrutura do Conteúdo 1. Coesão referencial e interfrástica 2. Coerência textual 3. coesão e progressividade argumentativa Aplicação Prática Teórica Os elos coesivos entre parágrafos reforçam a tessitura do texto, permitindo uma maior eficiência discursiva por parte do argumentador. Eles podem ser utilizados de acordo com o objetivo de cada parágrafo elaborado, devendo-se levar em consideração algumas possibilidades interpretativas: Por enumeração Ressalta(m)-se Além desses fatores... É de verificar-se que... Registre-se, ainda, que... Assinale-se, ainda, que... Convém ressaltar... Além desses fatores... Soma(m)-se a esses aspectos o(s) fato(s)... Mister se faz ressaltar que... Registre-se, ainda, que... É de ser relevado... Por oposição É bem verdade que... Não se pode olvidar que... Não há olvidar-se que... Bom é dizer que... Por outro lado... Ao contrário do que foi dito... Conectores de oposição: conjunções adversativas e concessivas. Verbos que indicam oposição (contrariar, impedir, obstar, vedar...) Por causa Como se há verificar... Como se pode notar... É de verificar-se que... Devido a... Em virtude de... Em face de... Substantivos: causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, fundamento, gênese, origem, o porquê. Verbos que indicam causa (determinar, permitir, causar, gerar...) Locuções prepositivas: em virtude de..., em razão de..., por causa de..., em vista de..., por motivo de... Conjunções: porque, pois, já que, uma vez que, porquanto, como. Por consequência Neste sentido, deve-se dizer... Oportuno se torna dizer que... Cumpre-nos assinalar que... Diante do exposto... Diante disso... Em face de tal situação... Em virtude desses fatos... Em face dessa questão... Substantivos: efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho. Verbos que indicam consequência (ocasionar, gerar, provocar...) Locuções e conjunções: logo, então, portanto, por isso, por conseguinte, pois. CASO CONCRETO Mãe diz que não abandonou o menino que caiu Moradora do Barramares, onde filho morreu em queda do 26º andar, achou que ele seria vigiado pelo irmão mais velho. O sono pesado de Fernando Moraes Júnior, de 3 anos, deu à mãe dele, Rosana Rosa Cavalcanti da Silva, a certeza de que poderia ir sem problemas até a farmácia de propriedade da famÃlia num pequeno shopping embaixo do apartamento onde mora, no 26º andar de um dos prédios do CondomÃnio Barramares, na Barra da Tijuca. Segundo Rosana contou a parentes, mesmo assim pediu para o filho mais velho, de 8 anos, ficar em casa até que ela voltasse. Mas o menino recebeu um telefonema de um vizinho e saiu para jogar bola. Fernando acordou sozinho, abriu a porta do quarto e levou uma cadeira até a varanda – que estava com a porta de correr aberta. Fernando subiu na cadeira, apoiou-se no parapeito sem grade, desequilibrou-se e caiu de uma altura de pouco mais de 80 metros à s 20h40min de 6 de maio de 1999. Ele morreu no local e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ). A mãe foi avisada e encaminhou-se para o local. Em estado de choque, sentou e chorou ao lado do corpo do filho por mais de duas horas. Segundo testemunhas, antes de cair no chão o corpo ainda bateu num coqueiro na frente do edifÃcio, o que amorteceu a queda e evitou que ele tivesse muitas escoriações. O menino ainda teria respirado por alguns instantes, mas não resistiu. Policiais militares cobriram o corpo com um plástico preto. - Não há dúvidas de que foi uma fatalidade. Ela sempre foi uma excelente mãe, cuidadosa, carinhosa com os filhos. Não foi negligência – afirmou Gisela Moraes Zepeta, irmã de Fernando Moraes, pai do menino. A morte foi registrada na 16ª. DP (Barra) como fato a ser investigado. O perito Antônio Carlos Alcoforado disse que encontrou uma cadeira na sacada do apartamento no 26º andar. Segundo ele, o parapeito tinha 1.20 metros e só com a cadeira o menino poderia ter ultrapassado. O delegado titular disse que vai esperar alguns dias até que a famÃlia esteja mais tranquila para tomar os depoimentos. Segundo ele, caso seja apurada negligência na atenção ao menor, o responsável poderá ser indiciado por homicÃdio culposo. - Não podemos, porém falar de um caso assim porque a famÃlia já está sofrendo muito. Temos que esperar pelas provas técnicas – disse o delegado. Segundo Gisela, Rosana contou que foi até a Farmácia Barramares 2000, que é administrada pelo marido, Fernando, pegar remédios e um panfleto para fazer no computador de casa. A mãe contou ainda que o menino estava cansado depois de brincar na creche que frequentava desde o inÃcio do ano, dentro do condomÃnio. Depois de tomar banho e jantar, ele dormia profundamente, segundo a mãe que aproveitou para descer. Segundo Gisela, Rosana teria demorado fora de casa cerca de cinco minutos até o momento do acidente. Consulte também as fontes: Art. 133 do CP: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos. § 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos. § 2º - Se resulta a morte: Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos. O instituto do perdão judicial somente pode alcançar o acusado que se mostrar suficientemente punido pelo sofrimento que o ato praticado causou na sua própria vida. Art. 121, § 5º do CP: Na hipótese de homicÃdio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária. Art. 107, IX do CP: Extingue-se a punibilidade: pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. QUESTÃO DISCURSIVA Selecione algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas, na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.
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