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CCJ0051-WL-A-PA-08-TP Argumentação-74689

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			 Plano de Aula: Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
			 TEORIA E PR�TICA DA ARGUMENTAÇÃO JUR�DICA
			
		
		
			Título
			Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
			 
			Número de Aulas por Semana
			
				
			
			Número de Semana de Aula
			
				8
			
 
 Tema
		 Coesão e coerência no texto jurídico-argumentativo.
		
		 Objetivos
		 
- Auxiliar o discente na redação do texto argumentativo, com a sugestão de expressões introdutórias de parágrafos.
- Compreender os mecanismos discursivos e lingüísticos da coesão seqüencial entre parágrafos.
		
		 Estrutura do Conteúdo
	 
1. Coesão referencial e interfrástica
2. Coerência textual
3. coesão e progressividade argumentativa
	
	 Aplicação Prática Teórica
 
Os
elos coesivos entre parágrafos reforçam a tessitura do texto, permitindo uma
maior eficiência discursiva por parte do argumentador. Eles podem ser
utilizados de acordo com o objetivo de cada parágrafo elaborado, devendo-se
levar em consideração algumas possibilidades interpretativas:
 
Por enumeração
Ressalta(m)-se 
Além desses fatores...
É de verificar-se que...
Registre-se, ainda, que...
Assinale-se, ainda, que...
Convém ressaltar...
Além desses fatores...
Soma(m)-se a esses aspectos o(s)
fato(s)...
Mister se faz ressaltar que...
Registre-se, ainda, que...
É de ser relevado...
 
Por oposição
É bem verdade que...
Não se pode olvidar que...
Não há olvidar-se que...
Bom é dizer que...
Por outro lado...
Ao contrário do que foi dito...
Conectores de oposição: conjunções
adversativas e concessivas.
Verbos que indicam oposição
(contrariar, impedir, obstar, vedar...)
 
Por causa
Como se há verificar...
Como se pode notar...
É de verificar-se que...
Devido a...
Em virtude de...
Em face de...
Substantivos: causa, motivo,
razão, explicação, pretexto, base, fundamento, gênese, origem, o porquê.
Verbos que indicam causa
(determinar, permitir, causar, gerar...)
Locuções prepositivas: em virtude
de..., em razão de..., por causa de..., em vista de..., por motivo de...
Conjunções: porque, pois, já que,
uma vez que, porquanto, como.
 
Por consequência
Neste sentido, deve-se dizer...
Oportuno se torna dizer que...
Cumpre-nos assinalar que...
Diante do exposto...
Diante disso...
Em face de tal situação...
Em virtude desses fatos...
Em face dessa questão...
Substantivos: efeito, produto,
decorrência, fruto, reflexo, desfecho.
Verbos que indicam consequência
(ocasionar, gerar, provocar...)
Locuções e conjunções: logo,
então, portanto, por isso, por conseguinte, pois.
 
CASO
CONCRETO
Mãe diz que não abandonou o menino que caiu
Moradora
do Barramares, onde filho morreu em queda do 26º andar,
achou
que ele seria vigiado pelo irmão mais velho.
 
O
sono pesado de Fernando Moraes Júnior, de 3 anos, deu à mãe dele, Rosana Rosa
Cavalcanti da Silva, a certeza de que poderia ir sem problemas até a farmácia
de propriedade da família num pequeno shopping embaixo do apartamento onde
mora, no 26º andar de um dos prédios do Condomínio Barramares, na Barra da
Tijuca.
Segundo
Rosana contou a parentes, mesmo assim pediu para o filho mais velho, de 8 anos,
ficar em casa até que ela voltasse. Mas o menino recebeu um telefonema de um
vizinho e saiu para jogar bola. Fernando acordou sozinho, abriu a porta do quarto
e levou uma cadeira até a varanda – que estava com a porta de correr aberta.
Fernando subiu na cadeira, apoiou-se no parapeito sem grade, desequilibrou-se e
caiu de uma altura de pouco mais de 80 metros às 20h40min de 6 de maio de 1999.
Ele morreu no local e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo
(RJ).
A mãe foi avisada e encaminhou-se
para o local. Em estado de choque, sentou e chorou ao lado do corpo do filho
por mais de duas horas. Segundo testemunhas, antes de cair no chão o corpo
ainda bateu num coqueiro na frente do edifício, o que amorteceu a queda e
evitou que ele tivesse muitas escoriações. O menino ainda teria respirado por
alguns instantes, mas não resistiu. Policiais militares cobriram o corpo com um
plástico preto.
- Não há dúvidas de que foi uma
fatalidade. Ela sempre foi uma excelente mãe, cuidadosa, carinhosa com os
filhos. Não foi negligência – afirmou Gisela Moraes Zepeta, irmã de Fernando
Moraes, pai do menino.
A morte foi registrada na 16ª. DP
(Barra) como fato a ser investigado. O perito Antônio Carlos Alcoforado disse
que encontrou uma cadeira na sacada do apartamento no 26º andar. Segundo ele, o
parapeito tinha 1.20 metros e só com a cadeira o menino poderia ter
ultrapassado.
O delegado titular disse que vai
esperar alguns dias até que a família esteja mais tranquila para tomar os
depoimentos. Segundo ele, caso seja apurada negligência na atenção ao menor, o
responsável poderá ser indiciado por homicídio culposo.
- Não podemos, porém falar de um
caso assim porque a família já está sofrendo muito. Temos que esperar pelas
provas técnicas – disse o delegado.
Segundo Gisela, Rosana contou que
foi até a Farmácia Barramares 2000, que é administrada pelo marido, Fernando,
pegar remédios e um panfleto para fazer no computador de casa. A mãe contou
ainda que o menino estava cansado depois de brincar na creche que frequentava
desde o início do ano, dentro do condomínio. Depois de tomar banho e jantar,
ele dormia profundamente, segundo a mãe que aproveitou para descer. Segundo Gisela,
Rosana teria demorado fora de casa cerca de cinco minutos até o momento do
acidente.
 
Consulte
também as fontes:
Art. 133 do CP: Abandonar pessoa que está sob seu
cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de
defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena
- detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§
1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena
- reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§
2º - Se resulta a morte:
Pena
- reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
 
O
instituto do perdão judicial somente
pode alcançar o acusado que se mostrar suficientemente punido pelo sofrimento
que o ato praticado causou na sua própria vida.
 
Art.
121, § 5º do CP: Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de
aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de
forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
 
Art. 107, IX do CP:
Extingue-se a punibilidade: pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
 
 
QUESTÃO
DISCURSIVA
Selecione
algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos
argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada
no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas,
na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.

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