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21 Donaldson 2007 www.gwu.edu FOTORRESPIRAÇÃO Decker, no final da década de 50, descobriu que os tecidos fotossintetizantes liberam CO2 em maior intensidade na luz do que no escuro. A este processo foi dado o nome de fotorrespiração. A fotorrespiração envolve o consumo de O2 e a liberação de CO2, só em presença da luz. Note que a respiração mitocondrial também envolve consumo de O2 e liberação de CO2, mas ao contrário da fotorrespiração o faz tanto em luz como no escuro. Ou seja, a fotorrespiração é restrita aos tecidos fotossintetizantes e difere em muitos aspectos básicos da respiração mitocondrial. Por exemplo, a afinidade pelo O2. Na maioria dos tecidos as mitocôndrias já saturam entre 10-20 mL.L-1 de O2, por causa da alta afinidade da enzima citocromo oxidase. A fotorrespiração, por outro lado não é saturada mesmo em atmosfera que contenha somente O2. O CO2 também inibe esse processo, enquanto que O2 estimula. Do ponto de vista bioquímico a fotorrespiração é um processo completamente diferente da respiração mitocondrial. A enzima que catalisa a incorporação de O2 é a RUBISCO (a mesma que incorpora CO2 no Ciclo de Calvin): o CO2 e O2 competem pelo mesmo sítio ativo da enzima. FOTOSSÍNTESE: FOTORRESPIRAÇÃO: Abaixo estão as 3 organelas, envolvidas com a fotorrespiração: cloroplastos (C), peroxissomos (P) e mitocôndrias (M). CO2 RUBISCO RuBP 3-PGA (2x) O2 RUBISCO RuBP 3-PGA (1x) FOSFOGLICOLATO (1x) 22 ETAPAS DA FOTORRESPIRAÇÃO 1. Nos cloroplastos a RUBISCO forma em presença de RuBP + O2 1 molécula de ácido fosfoglicólico (um composto de 2C) e 1 molécula de 3-PGA (na luz). Por isso que esse processo tem sido chamado também de Ciclo C2. 1.1. A seguir o ácido fosfoglicólico perde um fosfato, pela ação de uma fosfatase e se transforma em ácido glicólico. 2. O ácido glicólico deixa os cloroplastos e entra nos peroxissomos adjacentes. 2.1. A enzima ácido glicólico oxidase + O2 o oxida a ácido glioxílico, liberando H2O2 (peróxido de hidrogênio ou água oxigenada). 2.2. A seguir H2O2 é quebrado pela catalase em H2O e O2. O2 RUBISCO RuBP 3-PGA (1x) GLICOLATO (1x) O2 Á. GLICÓLICO OXIDASE Glioxilato H2O2 GLICOLATO CATALASE H2O H2O2 ½ O2 23 2.3. O ácido glioxílico é convertido a glicina (aminoácido de 2C) por uma reação de transaminação, utilizando a enzima glioxilato glutamato aminotransferase. 2. Nas mitocôndrias, 2 moléculas de glicina são convertidas em 1 molécula de serina (aminoácido de 3C), 1 molécula de CO2 (que será liberada) e 1 molécula de NH4+ (que será incorporada em aminoácido para regeneração da glicina). A formação de serina envolve a participação de metileno- 4-folato, água e glicina, liberando 4-folato. A serina poderá ser utilizada para formação de proteínas, ou ser convertida via 3-PGA a açúcares. Esta última alternativa envolve a participação dos peroxissomos e cloroplastos. Glicina (2x) NH4+ Serina CO2 Transaminase Glutamato Transaminase Glicina NH4+ αααα-KG Glioxilato 24 A atividade de oxigenase da RUBISCO depende da concentração de O2 e da temperatura. A 25oC: - O% de O2 (atmosfera livre de oxigênio): 100% de carboxilase e 0% de oxigenase. - 21% de O2 e 0,04% CO2 (condições normais): 66% de carboxilase e 34% de oxigenase (3:1). - 80-100% de O2: 90% oxigenase e 10% carboxilase. Isso ocorre, porque a enzima RUBISCO tem muito mais afinidade por CO2 do que por O2. Por outro lado temperaturas mais altas, favorecem a atividade de oxigenase muito mais do que a atividade de carboxilase, pois a concentração de CO2 em solução em equilíbrio com o ar decresce mais do que a de O2. Mohr & Schpfer 1995 25 MEDIDA DE FOTORRESPIRAÇÃO: O ponto de compensação por CO2 é um parâmetro que se refere à concentração de CO2 da atmosfera na qual as trocas gasosas entre a folha e o ambiente se equilibram (CO2 consumido é igual ao CO2 liberado). A fotossíntese líquida (fotossíntese absoluta - fotorrespiração + respiração mitocondrial) é zero, pois é compensada pela fotorrespiração mais respiração mitocondrial. A taxa de fixação de CO2 é diferente em diversas concentrações de O2. Por exemplo: - A 21% O2: 8 mg CO2 dm-2.h-1 - A 2% O2: 10 mg CO2 dm-2.h-1 A diferença entre os dois valores fornece uma medida de fotorrespiração. PLANTAS C4: As plantas C4 praticamente não apresentam ponto de compensação por CO2. A explicação para este fato depende da enzima de descarboxilação. Nas C4 tipo NAD-ME e PCK o CO2 liberado pela célula da bainha vascular via RUBISCO, é recapturado ao nível de células do mesofilo, pela PEPcase, que possui uma alta afinidade por CO2. Este gás não chega a ser liberado para o ambiente. Já nas C4 do tipo NADP-ME há uma alta concentração de CO2 (≅60µM) na bainha vascular, via descarboxilação de malato e uma baixa concentração de O2, pois não há FSII (não há liberação de O2 pela fotólise da água). Nesse caso, o CO2 ganha a competição pelo sítio ativo da enzima, pois o Km da RUBISCO é de 20µM. Ou seja não haverá fotorrespiração pois a RUBISCO exibirá só atividade de carboxilase. PLANTAS CAM: A fixação noturna de CO2 ocorre quando os estômatos estão abertos e a perda de água por transpiração é baixa. O CO2 liberado no período diurno promove o fechamento estomático e concentra CO2 melhorando o desempenho da 26 RUBISCO e praticamente suprimindo a sua atividade de oxigenase, diminuindo a fotorrespiração. O efeito direto é uma maior taxa de eficiência no uso da água (WUE), muitas vezes superior aos da C3 e C4 em condições comparáveis (Drennan and Nobel, 2000, Luttge 2004). Por outro lado existem alguns estudos que mostram que, apesar do aumento da concentração de CO2 no estroma dos cloroplastos a fotorrespiração continua ocorrendo, não apenas na fase IV (quando as CAM operam como C3) mas também em toda a fase III (fase de descarboxilação e refixação pela RUBISCO) quando os estômatos estão fechados e a concentração de CO2 é muito alta. Em Kalanchoe gastonis- bonnieri, Ananas comosus e Huenia sp a concentração de O2 aumenta entre 40-45%, já na Kalanchoe tomentosa o incremento é menor (em torno de 25%) (Luttge 2002). Por que isto acontece? Durante o dia, a fase fotoquímica está ativa e por isso ocorre fotólise da água, com liiberação de O2 e formam-se como conseqüência espécies oxigênio reativas (ROS). Para proteção as plantas CAM desenvolveram sistemas muito eficientes para dissipar o excesso de energia luminosa, como a própria fotorrespiração, ciclo das xantofilas, SOD e cadeia redox ascorbato-glutationa e turnover da proteína D1 no FSII (Lu et al., 2003). FUNÇÃO BIOLÓGICA DA FOTORRESPIRAÇÃO A enzima RUBISCO evoluiu em um ambiente anaeróbico ou seja, livre de O2. Assim sendo não era relevante eliminar a atividade de oxigenase inerente ao mecanismo catalítico da enzima. No início e mesmo depois esta inabilidade nunca foi uma questão de sobrevivência. Portanto, não houve pressão de seleção contra esta característica da RUBISCO. Especialmente devido à baixa afinidade pelo O2 A afinidade pelo O2 (Km ≅ 196 a 810 µM) é muito menor do que para CO2 (Km ≅ 8 a 34 µM). Nota: [O2] intercelular 263 µM (dados de 2007). Mas em geral o Km para O2 gira em torno de 200 µM e para CO2 em torno de 20 µM. A fotorrespiração poderia ser diminuída ou evitada? Os pesquisadores testam várias estratégias. Umadas estratégias seria modificar o sítio ativo da 27 enzima para reduzir o acesso ao O2. Esta estratégia não teve êxito, pois alteração e reduz o acesso ao CO2; 1. Aumentar a concentração interna de CO2 (em algas) ou no ambiente; 2. Aumentar a concentração de RUBISCO (nas plantas). Entretanto, em condições de alta luminosidade e baixa concentração de CO2 intercelular, por exemplo, quando os estômatos estão fechados pelo estresse hídrico, o Ciclo C2 seria importante para dissipar excesso de ATP e poder redutor, evitando dano ao aparato fotossintético, retirando O2, que poderia gerar radicais oxigênio. Ou seja, a fotorrespiração protege as plantas C3 e CAM da fotooxidação e fotoinibição. Além disso, o processo de fotorrespiração em si já é um processo de salvação de 75% do CO2 que seria perdido como glicolato COMPARAÇÃO ENTRE AS VIAS FOTOSSINTÉTICAS: C3; C4; C3-C4; CAM Anatomia C3 C4 C3-C4 CAM Dia Noite Kranz Não Sim Sim Suculência Freqüência de feixes vasculares baixo alto médio baixo Distância internerval (µm) 256 107 177 - Volume de espaços aéreos da folha (%): monocotiledôneas dicotiledôneas 10-35% 20-55% <10% <30% - - baixo baixo Bioquímica 1o produto da fixação de CO2 PGA Ácidos C4 - PGA Ácidos C4 Enzima primária de carboxilação RUBISCO PEPcase RUBISCO/ PEPcase RUBISCO PEPcase Discriminação contra 13C (δ13C, o/oo) -23 a -34 -10 a -18 -29 -14 a -33 Necessidade de Na Não Sim - Não Sim Atividade da PEPcase (µmol.mg-1) 27 >1000 147 27 >1000 CO2/ATP/NADPH 1/3/2 1/5/2 - 1/5/2 28 Fisiologia Ponto de compensação de CO2 (ppm) 30-80 <10 17 50 <5 Rendimento quântico em função da temperatura (molCO2/mol de quanta) declinante estável - - - Inibição da fotossíntese (21% x 2% O2) % 30 0 15 a 20 30 0 Inibição da produção de matéria seca (21% x 2% O2) % 17 0 5 7 Estimulação do crescimento por CO2 (1000 µl/l x 320 µl/l 27 3 14 5 CO2 intracelular (µM) 16 51 28 - Razão O2:CO2 intracelular 16 5 9 - Taxa de fotossíntese líquida (mgCO2dm-2h-1) 10-40 40-80 20-60 Conteúdo de N na folha para atingir fotossíntese máxima (% PS) 6,5 - 7,5 3,0 - 4,5 - - Razão de transpiração alta baixa média média muito baixa Conservação de água (gH2O.gPS-1) 450-1.000 250-350 - 50-600 <50 Saturação por luz (µmol fótons.m-2s-1) 400-500 Não - - Temperatura ótima ~25oC ~35oC ~25oC ~35oC Produtividade máxima (ton.ha-1ano-1) 40 60-80 20-60 baixa DISCRIMINAÇÃO ENTRE ISÓTOPOS DE CO2 DURANTE FIXAÇÃO: Cerca de 1% do CO2 atmosférico é 13C. Durante a fixação de CO2, o 13CO2 e 12CO2 são utilizados a taxas diferenciadas. Diferenças na massa molecular podem explicar estas observações. 29 A discriminação entre 13C e 12C é expressa como δ13C (delta de 13C) em partes por mil: No ar δ13C = -8 o/oo Difusão nos estômatos: -12 o/oo As plantas C4 apresentam valores menos negativos do que plantas C3. A razão é porque a PEPcase não discrimina muito entre 13CO2 e 12CO2. Por outro lado a RUBISCO discrimina mais entre estes dois isótopos. Em relação às CAM, a faixa é bem mais ampla, devido à flexibilidade fisiológica que estas plantas apresentam. SUPRIMENTO DE NITROGÊNIO: As plantas C4 utilizam o nitrogênio de maneira mais eficiente do que as C3. Elas produzem duas vezes mais matéria seca por nitrogênio por unidade de área foliar. As plantas C4 investem cerca de 20-25% do conteúdo de nitrogênio foliar em RUBISCO, contra 40-60% das C3. Como a PEPcase é muito eficiente na captura de CO2, isto permite às C4 usarem menos RUBISCO, ao nível de células da BV. O resultado é uma utilização eficiente do nitrogênio do solo. Portanto, as C4 podem crescem em solos pobres em nitrogênio, e solos pobres em nitrogênio podem ser parte das pressões de seleção para evolução da fotossíntese C4. DISPONIBILIDADE DE ÁGUA: A eficiente utilização de água pelas C4 está intimamente associada à absorção de CO2., pois tanto o vapor de água quanto o gás carbônico devem passar pelos estômatos. Como a PEPcase é muito eficiente na captura de CO2, os estômatos podem fechar parcialmente, sem haver diminuição significativa nas taxas de fotossíntese. A eficiência no uso da água é uma das razões para explicar a sua adaptação e evolução em alguns ambientes xéricos. LUZ: As plantas C3 saturam a fotossíntese em cerca de 1/3 da luz solar máxima, enquanto que as C4 não saturam. As razões para estas diferenças 13C/12C amostra - 13C/12C padrão δ13C = X 1000 13C/12C padrão 30 são que as C3 são limitadas pelas reações fotoquímicas, enquanto que as C4 são mais eficientes na captação de CO2 atmosférico e o ciclo se desenvolve com mais rapidez. ADPTAÇÃO DAS PLANTAS ÀS CONDIÇÕES DE LUZ: A irradiância total do sol é 1360W.m-2 ± 2% (constante solar), inclusive UV (ultra-violeta) e IV (infra- vermelho). Deste valor, cerca de 900W.m-2 alcança as plantas: ½ é infra- vermelho; 5% é ultra-violeta e o restante está na faixa de 400 a 700 nm. Esta radiação é denominada de PAR (radiação fotossinteticamente ativa, expressa em watts ou joules por segundo ou em mol.m-2.s-1). Num dia de sol, sem nuvens, a PAR é cerca de 400 a 500 W.m-2. Depende da hora do dia, do ano, elevação, latitude, condições atmosféricas e outros fatores (Salisbury e Ross 1992). Como as reações fotoquímicas dependem da quantidade de fótons absorvidos, existe outro parâmetro muito útil nas relações fotossintéticas que é a taxa de fluência de fótons). A taxa de fluência é a quantidade de luz efetiva na fotossíntese. É expressa em moles de quanta (fótons) por m2 por segundo. Num dia de sol de verão, sem nuvens, a taxa de fluência é 2000 a 2300 µmol.m-2.s-1. Para estudar a produtividade é mais apropriado usar a média diária: - PAR: 6,5 a 13 MJ.m-2.d-1 (energia) = taxa de fluência de energia - TFP: 30 a 60 mol.m-2.d-1 (quantidade) = taxa de fluência de fótons O ponto de Compensação por Luz é a irradiância na qual a fotossíntese apenas equilibra a respiração mais fotorrespiração (∆CO2 = 0,0). Varia com a espécie, com a irradiância durante o crescimento, com a temperatura e com a concentração de CO2. Geralmente folhas de sol apresentam um ponto de compensação por luz que é cerca de 2% da irradiância total do sol (= 40 µmol.m-2.s-1) PLANTAS DE SOMBRA: estas plantas apresentam as seguintes características: a) taxas fotossintéticas muito baixas, quando expostas à luz solar brilhante; b) respostas fotossintéticas são saturadas a irradiâncias muito mais baixas do que para outras espécies; c) sob irradiâncias muito baixas elas fotossintetizam a taxas muito mais altas do que outras espécies e d) pontos de 31 compensação por luz são muito baixos. O resultado dessa estratégia é um crescimento lento no seu ambiente natural, mas garante a sua sobrevivência em ambiente onde outras espécies, com pontos de compensação por luz mais altos, morreriam. Algumas plantas são obrigatórias de sombra, como algumas do solo de florestas (Alocasia macrorrhiza - C3 do nível do solo da floresta chuvosa). Outras são obrigatórias de sol, como o girassol. A grande maioria é facultativa de sol ou de sombra. A adaptação de C3 facultativa à sombra inclui diminuição do ponto de compensação por luz; diminuição das taxas fotossintéticas; saturação da fotossíntese em baixas irradiâncias e crescimento lento. A adaptação reversa é menos comum. O deslocamento de uma planta de sombra para o sol causa inibição da fotossíntese e morte das folhas mais velhas dentrode alguns dias. Por isso a passagem deve ser gradual, ou seja, aumentando-se gradativamente a quantidade de luz recebida pela planta. A morte de muitas plantas de sombra quando expostas ao sol direto é causada por uma fenômeno denominado solarização. A solarização é inibição da fotossíntese dependente de luz, seguida de branqueamento dos pigmentos do cloroplasto, dependente de O2. TEMPERATURA: A fotossíntese C4 tem uma temperatura ótima alta (30o- 45oC). Nestas plantas a diminuição da temperatura causa uma queda na taxa fotossintética. A sensibilidade ao frio de uma de suas enzimas chave a piruvato diquinase, que catalisa a formação de PEP a partir de piruvato, tem sido relacionada com esse efeito. DISPONIBILIDADE DE CO2: As plantas C4 necessitam de níveis de Co2 na atmosfera mais baixos do que plantas C3. As concentrações de CO2 atmosférico (0,03%) estão próximas (~75-85%) da saturação para C4, mas as plantas C3 respondem linearmente a incrementos na concentração atmosférica. Assim nas C4, ocorreu uma adaptação para utilizar eficientemente os níveis atuais de CO2. Esta eficiência está amplamente correlacionada com a enzima de carboxilação PEPcase. 32 RENDIMENTO QUÂNTICO: Embora existam muitas vantagens na fotossíntese das plantas C4, a fotossíntese das C3 não é necessariamente menos eficiente do que a das C4. Em temperaturas da folha abaixo de 30ºC, o rendimento quântico é realmente mais alto do que plantas C4, ou seja a fotossíntese das C4 é menos eficiente. O baixo rendimento quântico das plantas C4 reflete necessidade adicional de luz que para produção de ATP para reação da piruvato fosfato diquinase. Como as plantas C4 são nativas de habitats tropicais ou subtropicais, onde há usualmente abundância de luz, o resultado é uma produtividade mais alta do que em C3. Eles podem tirar vantagem dessa luz em excesso para gerar ATP, necessário para funcionar o ciclo C4, concentrar o CO2 e aumentar a assimilação de carbono. O resultado de um menor rendimento quântico em C3, em temperaturas mais altas deve-se ao aumento da atividade da oxigenase da RUBISCO. Se aumentarmos a concentração de CO2 ou diminuirmos a concentração de O2 (2%), para condições ideais de funcionamento da RUBISCO o efeito da temperatura desaparece. ALGUNS REPRESENTANTES C3-C4: Panicum millioides - Graminae Taiz & Zeiger 2004 33 Atriplex spp - Chenopodiaceae Mollugo verticillata e M. nudicaulis (folhas velhas C4; folhas jovens C3 e folhas maduras C3-C4) - Aizoaceae Moricandia arvensis, M. sinaica e M. spinosa - Cruciferae Flaveria linearis, F. floridiana e F. oppositifolia - Asteraceae Cyperus spp. - Cyperaceae BIBLIOGRAFIA: Drennan PM, Nobel PS.2000. Responses of CAM species to increasing atmospheric CO2 concentrations. Plant Cell Environment 23: 767–781 Hess, D. 1975. Plant physiology. Molecular, biochemical and physiological fundamentals of metabolism and development. Springer, Berlin. Magalhães, AC. 1985. Fotossíntese. In Ferri MG.coord. Fisiologia vegetal. v 1. 2a ed. EPU, São Paulo. Mohr, H. & Schopfer, P. 1995. Plant physiology. Springer, London. Salisbury, F.B. & Ross, C. 1992. Plant physiology. 4th ed. Wadsworth, Belmont. Schulze, E.D. & Caldwell, M.M. 1995. Ecophysiology of photosynthesis. Springer,Berlin. Taiz, L. & Zeiger, E. 2002. Plant physiology. 3rd ed.Benjamin Cummings, Redwood City.
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