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1 LISTA 2: POLINOMIAL DE GRAU n 1. FUNÇÃO QUADRÁTICA Uma função do 2º grau é dada por: y = f(x) = ax2 + bx + c onde a ≠ 0. Para a obtenção do gráfico (parábola), temos os seguintes passos: O coeficiente “a” determina se a concavidade é voltada para cima (a > 0) ou para baixo (a < 0). O termo independente “c” dá o ponto em que a parábola corta o eixo y e pode ser obtido fazendo x = 0. Se existirem, os pontos em que a parábola corta o eixo x são dados pelas raízes da função y = f(x) = ax2 + bx + c e podem ser obtidos fazendo y = 0. Para a resolução dessa equação, utilizamos a fórmula de Báskara: x = – b ± √ ∆__ 2a Onde ∆ = b2 – 4ac Se ∆ > 0, temos duas raízes distintas x1 = – b + √ ∆_ 2a x2 = – b – √ ∆_ 2a Se ∆ = 0, temos duas raízes iguais x = – b 2a Se ∆ < 0, não existem raízes, ou seja, a parábola não cruza o eixo x O vértice da parábola é dado por: V = (xv; yv) = – b ; – ∆ 2a 4a Ou seja, o vértice da função é a média aritmética das raízes. 2 EXERCÍCIO 1 O dono de um restaurante verificou que a demanda por prato vendido é dada por p = 13 – 0,015q. a) Obtenha a quantidade que deve ser vendido o prato do dia para maximizar o lucro semanal, considerando o custo unitário igual a $4,00. R = p q = q (13 – 0,015q) = – 0,015q2 + 13q CVT = 4q L = R – CVT = – 0,015q2 + 13q – 4q = – 0,015q2 + 9q – 0,015q2 + 9q = 0 q(– 0,015q + 9) = 0 – 0,015q + 9 = 0 q Como 0/q = 0 temos que a primeira raiz é zero. Portanto, q1 = 0. – 0,015q + 9 = 0 – 0,015q = – 9 q = – 9 = 600 – 0,015 Portanto, e q2 = 600 O vértice é o ponto central entre as duas raízes. Dessa forma, o vértice é: q = (0+600)/2 = 300 unidades para maximizar o lucro total b) Qual é o lucro máximo semanal? L = – 0,015q2 + 9q = – 0,015 ∙ 3002 + 9 ∙ 300 = – 1.350 + 2.700 = 1.350 c) Qual é o preço que deve ser vendido o produto para obter o lucro máximo semanal? p = 13 – 0,015q p = 13 – 0,015 ∙ 300 = 13 – 4,5 = $8,50 3 d) Desenhe o gráfico do lucro total semanal. Sabemos que as raízes identificadas no item “a” nos mostram onde a curva corta o eixo das abscissas (eixo que representa a variável independente, qual seja, a quantidade vendida). Nesse caso, a curva corta o eixo no ponto zero e no ponto 600. Nesses pontos, o lucro total semanal é zero. Podemos identificar se a curva da função lucro total semanal é emborcada para cima ou para baixo analisando o sinal do elemento que acompanha a variável independente x de expoente 2. No caso, temos que o sinal é negativo e, portanto, concluímos que a curva é emborcada para baixo. Utilizando a informação identificada no item “a”, sabemos que o ponto máximo (porque a curva é emborcada para baixo) acontece quando a quantidade é de 300 unidades. Pelo item “b” sabemos que o valor correspondente à essa quantidade é R$1.350,00. Com essas informações podemos desenhar o gráfico a seguir. Qtde Lucro 0 -R$ 100 750R$ 200 1.200R$ 300 1.350R$ 400 1.200R$ 500 750R$ 600 -R$ R$ - R$ 200 R$ 400 R$ 600 R$ 800 R$ 1.000 R$ 1.200 R$ 1.400 R$ 1.600 0 100 200 300 400 500 600 700 R$ quantidade Lucro Semanal e) Identifique as quantidades onde o lucro total semanal é positivo, nulo e negativo. Não considere quando a quantidade é negativa!!! O lucro total semanal é positivo quando 0 < q < 600. O lucro total semanal é negativo quando q > 600 O lucro total semanal é nulo quando q =0 e q = 600. 4 f) Identifique as quantidades quando o lucro total semanal é crescente, decrescente e constante. O lucro total semanal é crescente quando 0 < q < 300. O lucro total semanal é decrescente quando 300 < q < 600. O lucro total semanal é constante quando q = 300. 2. FUNÇÃO POLINOMIAL SUPERIOR A 2 Uma função polinomial de grau n é dada por: y = f(x) = an ∙ xn + an–1 · xn–1 + ... + a2 ∙ x2 + a1 ∙ x1 + a0 onde: an ≠ 0 n = é chamado de grau da função polinomial. an–1, a2, a1, a0 = são os coeficientes Muito utilizada em problemas que envolvem o estudo da produção em relação à utilização de insumos. EXERCÍCIO 2 Em uma fábrica, o número q de peças produzidas por um operário depende do número t de horas trabalhadas a partir do início do turno (t=0), e tal produção é dada por: q = – t3 + 15t2 onde t é dada em horas e q em unidades. a) Esboce o gráfico do número de peças produzidas num período de 0 a 10 horas, sendo colocadas as horas trabalhadas no eixo das abscissas e a produção total no eixo das ordenadas. 5 t (horas) q (unidades) Qtde produzida a cada hora 0 0 1 14 14 2 52 38 3 108 56 4 176 68 5 250 74 6 324 74 7 392 68 8 448 56 9 486 38 10 500 14 11 484 -16 12 432 -52 13 338 -94 14 196 -142 15 0 -196 16 -256 -256 -300 -200 -100 0 100 200 300 400 500 600 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18qu an tid ad e (u nid ad es) horas Produção b) Identifique quais são as raízes da equação. Interprete diante do contexto estudado. É coerente utilizar essa equação para mais do que 10 horas de trabalho? Por quê? Temos 3 raízes, visto que a equação é de grau 3. Para achar as raízes, você deve assumir que q = 0. q = – t3 + 15t2 – t3 + 15t2 = 0 t2 (– t + 15) = 0 t1 e t2 = 0 t3 = 15 No momento zero e na 15ª hora não há produção. Não é coerente utilizar essa equação para uma quantidade de horas superior a 10 porque isso significaria dizer que a produção seria destruída a partir da 10ª hora. c) Quantas peças foram produzidas na primeira hora? E na segunda hora? Utilize a tabela do item “a”. Na primeira hora foram produzidas 14 peças e na segunda hora foram produzidas 38 peças. 6 d) Observando o gráfico e a tabela do item “a”, comente as formas de crescimento (as diferentes taxas) para a produção, de acordo com o tempo trabalhado a partir do início do turno. A taxa é crescente no intervalo de 0 < t < 5, pois para aumentos iguais em t, os aumentos em q são cada vez maiores. A taxa passa a ser decrescente no intervalo t > 5, pois para aumentos iguais em t, os aumentos em q são cada vez menores. Quando t = 5 a taxa de crescimento é constante. e) De acordo com a tabela e o gráfico do item “a”, qual o instante em que a produção é máxima? Qual é essa produção máxima? A produção q é máxima em t = 10 e a produção máxima q é de 500 peças. f) Considere para esse problema a produtividade do operário, ou seja, a taxa de variação da produção (TVP) do operário, dada por: TVP = variação da quantidade produzida = ∆q variação do tempo ∆t Analisando a produtividade para intervalos de 1 hora, qual o instante em que a produtividade do operário é máxima? Graficamente, qual é o significado desse instante? Utilize os dados da tabela do item “a”. O instante em que a produtividade é máxima é em t = 5. Graficamente, isso significa que t = 5 é ponto de inflexão (a curva passa de convexa para côncava). g) Observando o comportamento das diferentes variações na quantidade produzida de acordo com o tempo de produção, determine o intervalo em que a concavidade é positiva (taxas crescentes para o crescimento total da produção)e o intervalo onde a concavidade é negativa (taxas decrescentes para crescimento total da produção). Utilize os dados da tabela do item “a”. A concavidade é positiva para 0 < t < 5. A concavidade é negativa para 5 < t < 10. 7 3. FATORAÇÃO A fatoração é a transformação da soma e/ou subtração de vários termos em um produto de diversos fatores. REGRAS DE FATORAÇÃO a) Fator comum em evidência ax + ay = a.(x+y) b) Função quadrática Ache as raízes e use a fórmula: a(x–x')(x–x") c) Fatoração por diferença de quadrados x2 – 9 = (x + 3) (x – 3) d) Outras regras de fatoração A3 + B3 = (A + B)(A2 – AB + B2) e) Fatoração por agrupamento ax + ay + bx + by = a.(x+y) + b.(x+y) = (x+y).(a+b) EXERCÍCIO 3 Fatore os polinômios a seguir: L = – 0,015q2 + 9q Como as raízes são q1 = 0 e q2 = 600, e sabendo que: L = a (x – x’) (x – x”) Temos: L = – 0,015 (q – 0) (q – 600) 8 L = – 0,015 q (q – 600) Verificando... L = – 0,015q² – 600 * (–0,015q) L = – 0,015q² + 9q EXERCÍCIO 4 Ache as raízes da equação a seguir: y = x3 + 3x2 – x – 3 y = x2(x + 3) – 1(x + 3) y = (x2 – 1)(x + 3) y = (x – 1)(x + 1)(x + 3) Para achar as raízes, iguale a zero: x – 1 = 0 x = 1 x + 1 = 0 x = – 1 x + 3 = 0 x = – 3 Portanto, as raízes são: x1 = 1, x2 = –1 e x3 = –3 EXERCÍCIO 5 Ache as raízes da equação a seguir: y = x3 – 3x + 2 O primeiro passo é encontrar um número para x que faça y ser igual a zero. Sabe-se que essa equação é igual a zero quando x = 1. Portanto, a equação tem x = 1 como raiz. Dessa forma, extrairemos o (x – 1) da equação, para ver o que sobra. 9 x3 – 3x + 2 x – 1 – x3 + x2 x2 – 3x + 2 x2 + x – 2 – x2 + x – 2x + 2 + 2x – 2 ---------- Portanto, x3 – 3x + 2 = (x – 1) (x2 + x – 2) Mas como x2 + x + 2 é uma quadrática, podemos identificar suas raízes: a = 1 b = 1 c = –2 ∆ = b2 – 4ac = 12 – 4 ∙ 1 ∙ (–2) = 1 + 8 = 9 x = –b ± √ ∆ = –1 ± √ 9 = –1 ± 3 2 ∙ a 2 ∙ 1 2 Portanto, x1 = 1 e x2 = – 2 a (x-x')(x-x") = (x – 1) (x – (– 2)) = (x – 1)(x + 2) Dessa forma, temos: y = x3 – 3x + 2 = (x – 1) (x2 + x + 2) = (x – 1)(x – 1)(x + 2) = (x – 1)2 (x + 2)
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