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Tendinopatia Patelar

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TENDINOPATIA PATELAR
Airton Meneses de Couto; Emily Ramos Barreto; Flávio Martins da Silva; Gabriella Carolayne Fernandes Henrique; Jessica Marcela Braga Ferreira; Lamartine Cézar de Melo Pereira; Matheus Amorim Acioli; Nathalia Carina Coimbra Santos de Lima; Paloma Maria Falcão; Rayane Rodrigues Soares de Souza.
Fomentador (a): Prof.ª Adriana Baltar.
Turma: 4AM.
Palavras-chave: Fisioterapia, Tendinopatia, Anormalidades Musculoesqueléticas.
INTRODUÇÃO 
A tendinopatia patelar ou joelho do saltador, como é conhecida, é um diagnóstico clínico para dor e disfunção no tendão patelar que comumente afeta atletas de esportes de saltos. Ela afeta a qualidade de vida e limita a atividade de atletas e amadores e pode encerrar a carreira de atletas profissionais. Quando os sintomas são agravados, atividades da vida diária também são afetadas, incluindo subir e descer escadas, agachar-se, levantar-se e sentar-se, entre outras (RUDAVSKY & COOK, 2014).
Para Pedrelli et al. (2009) a dor no tendão patelar, em sua maioria, ocorre devido à contração do músculo quadríceps descoordenada causada pela tensão fascial anormal da coxa. E estes músculos, estando debilitados e inflexíveis, podem ser sobrecarregados por corridas repetidas e atividades de saltos.
Mesmo que muitos profissionais adotem tratamentos conservadores para a Tendinopatia patelar, muitos deles já estão ultrapassados e não trazem ao paciente os resultados esperados. Por exemplo, a imobilização traz uma alteração dos tendões pois a porcentagem de tecido colagenoso diminui e a resistência do tendão reduz consideravelmente, sempre que ele deixa de ser solicitado durante certo tempo e sua suscetibilidade ao traumatismo aumenta. A fisioterapia tem com o objetivo principal de reabilitar o paciente a movimentar-se com segurança no seu cotidiano, seja em atividades simples ou em atividades específicas como no caso dos atletas, além de propiciar a cicatrização da lesão e impedir os efeitos nocivos da imobilização (FRESENIUS, 2007).
Tendo em vista esses aspectos, esta pesquisa se deteve a identificar como é feita a avaliação do segmento afetado e expor as formas de tratamento que mais atendem as necessidades dos pacientes.
MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de literatura realizada entre os meses de agosto e outubro de 2016. Foram utilizadas as bases de dados MEDLINE via Pubmed e LILACS. Nesta primeira por meio dos Descritores: “Tendinite Patelar”, “Fisioterapia” e “Tendinopatia” obtivemos 12 resultados. Porém apenas 4 foram utilizados. Os demais foram excluidos por não se referir ao tema ou por não dispor do artigo completo. Já na LILACS o descritor utilizado foi “Tendinopatia” e “Patelar”. E desta busca resultaram 16 artigos, onde apenas 3 foram utilizados pois, os demais, não estavam disponíveis para consulta ou não apresentavam coteúdos relevantes ao trabalho.
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Para Nunes et al. (2010) existe alguns fatores psicológicos que fortemente estao associados à predisposição de lesões, ao tempo de reabilitação e retorno às atividades desportivas, e ao nível de sucesso dos processos de reabilitação. Entre os processos psicológicos associados à ocorrência de lesões em atletas estão os tipos de suporte social encontrados pelos atletas lesionados, bem como os métodos de intervenção psicológica aplicáveis sobre estes atletas, para reduzir seus sofrimentos psicológicos durante o tempo necessário de retorno às atividades esportivas. 
Diagnóstico e Avaliação
	Ferretti et al. (2009) relatou um metodo que é capaz de quantificar os sintomas da tendinopatia patelar, o questionário VISA (Victorian Institute of Sport Assessment). Esse método avalia sintomas, testes funcionais e habilidade para praticar esportes, em que o melhor desempenho representa nota 10 e o pior, nota 0.
Já Ramos et al. (2009) verificou em seus estudos que do total de pacientes que apresentavam queixas relacionadas ao joelho e que foram feitas palpações com o indivíduo em decúbito dorsal e o joelho estendido, 39% sentiu dor à palpação do pólo inferior da patela. Mas apenas 32,3% destes que receberam o diagnóstico de tendinopatia patelar. Desse modo foi constatado que a palpação do pólo inferior da patela é um procedimento diagnóstico com alta sensibilidade e moderada especificidade para o diagnóstico de tendinopatia patelar. 
	Para auxiliar no diagnostico clínico, é relevante a realização de um exame de imagem (ultra-som ou ressonância magnética), pois através deles podemos excluir diagnósticos diferenciais, como dor femoropatelar (RUDAVSKY & COOK, 2014). A ultrasonografia por exemplo, permite diagnosticar áreas de tendinose com degeneração e desorganização das fibrilas de colágeno, as denominadas zonas hipoecogênicas, freqüentemente associadas com espessamento do tendão. Também pode identificar irregularidades peritendinosas e calcificações (FERRETTI et al., 2009).
	Contudo, ferretti et al. (2009) acrescenta que durante a avaliação do fisioterapeuta, ainda que o paciente já venha com o diagnóstico fechado, algumas características importantes devem ser notadas. Por exemplo, durante o exame físico é necessário avaliar se ocorre atrofia muscular dos extensores da coxa e grau de força funcional destes músculos. Pois pacientes com sintomas crônicos podem demonstrar hipotrofia do quadríceps, sendo o músculo vasto medial o mais afetado. Outros músculos que poderão estar atrofiados são os da perna.
Tratamento
O tratamento da tendinopatia patelar consegue envolver uma reabilitação prolongada e pode, em alguns casos, ser ineficaz. Muitos protocolos de tratamento são derivados a partir de provas sobre outros tendinopatias no corpo e aplicada ao tendão patelar; no entanto, as diferenças de tendões em um nível estrutural e clínica pode invalidar esta transferência entre tendões. (RUDAVSKY & COOK, 2014)
Mccreesh et al. (2013) constatou que, um paciente com tendinopatia patelar crônica que foi submetido a ultra-sonografia antes e depois de se engajar em um programa de 8 semanas de exercício excêntrico, relatou sintomas significativamente melhores e maiores escores funcionais, enquanto a imagem de acompanhamento demonstraram melhoria na aparência do eco do tendão e resolução completa da neovascularizção.
Muneta et al. (2012) verificou que a terapia de injeção de ácido hialurônico para pacientes atléticos com tendinopatia patelar é um tratamento opcional, mas eficaz pois dos 50 pacientes tratados em seu estudo clínico 54% dos casos foram classificados em excelente estado apos tratamento e foram capazes de retornar às suas atividades atléticas anteriores com pouca dificuldade, enquanto 40% dos casos foram classificados em bom estado e os pacientes foram capazes de regressar ao seu anterior as actividades desportivas com algum grau de limitação.
Esse tratamento vem como uma alternativa para os medicamentos anti-inflamatórios não-esteroides  (AINES) utilizados atualmente com a finalidade de exercer efeito analgésico, antitérmico e anti-inflamatório. Os AINES não seletivos e os inibidores seletivos da COX-2 demonstraram eficácia semelhante. Estes últimos apresentam aumento no risco de eventos tromboembólicos, como enfarte agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral, sendo contraindicados nestas situações e na vigência de doença arterial periférica. Também são contraindicados na insuficiência cardíaca grave, uma vez que podem afetar a função renal, provocando inicialmente retenção de água e sal, e posteriormente a dilatação da vasculatura, dimição da resistência vascular renal e aumento da perfusão do órgão culminando consequentemente em vasoconstrição renal aguda, isquemia medular e, em certas condições, insuficiência renal aguda (BATLOUNI, 2010).
Outra forma inovadora de tratamento é a manipulação facial onde Pedrelli et al. (2009) identificou que os resultados desta tecnica mostraram que o tendão patelar pode ser apenas a zona de dor percebida e que os resultados interessantes podem ser obtidos por tratamento dafáscia muscular do músculo quadríceps, cuja alteração pode causar falta de coordenação motora e patologia subsequente. Tambem foi relatado uma diminuição substancial da dor imediatamente após o tratamento pelos pacientes submetidos ao tratamento.
Já o tratamento com ondas de choque traz contradições. Kertzman et al. (2015) analisou dois estudos onde um deles demonstrou resultados funcionais favoráveis, pois o exame ultrassonografico evidenciou redução de expessura de tendão patelar e melhoria da circulação sanguinea no local em relação ao tratamento conservador, em contra partida, o outro estudo não demonstrou resultados favoráveis, apesar que os atletas desse estudo se mantiveram em repouso durante o tratamento como é indicado.
CONCLUSÕES
A tendinopatia patelar é uma patologia bastante comum, mas com difícil tratamento. Ainda que se tenha um profundo conhecimento de sua fisiopatologia, dos meios pelos quais obtemos o diagnóstico e do surgimento de outras opções terapêuticas, o tratamento e o prognóstico da tendinopatia patelar continuam sendo um grande desafio.
REFERÊNCIAS 
BATLOUNI, M. Anti-inflamatórios não esteroides: Efeitos cardiovasculares, cérebro-vasculares e renais. Arq. Bras. Cardiol. vol.94 no.4 São Paulo Apr. 2010.
FRESENIUS, S.; et al. Fisioterapia em Traumatologia/Cirurgia. Editora Santos, 2007. cap. 2, p. 19-20; cap. 6, p.133-134.
KERTZMAN, P.; LENZA, M.; PEDRINELLI, A.; EJNISMAN, B. Shockwave treatment for musculoskeletal diseases and bone consolidation: qualitative analysis of the literature / Tratamento por ondas de choque nas doenças musculoesqueléticas e consolidação óssea - Análise qualitativa da literatura. Rev. bras. ortop; 50(1): 3-8, Jan-Feb/2015.
FERRETTI, M.; JORGE, P. B.; KALEKA, C. C.; COHEN, M. Tendinopatia patelar / Patellar tendinopathy. Rev Bras Med; 66(supl.2): 62-68, ago. 2009. 
MCCREESH, K. M.; RILEY, S. J.; CROTTY, J. M. Neovascularity in patellar tendinopathy and the response to eccentric training: a case report using Power Doppler ultrasound. Man Ther; 18(6): 602-5, 2013 Dec.
NUNES, C. R. de O.; JAQUES, M.; ALMEIDA, F. T. de; HEINECK, G. I. U. Processos e intervenções psicológicas em atletas lesionados e em reabilitação. Rev. bras. psicol. esporte v.3 n.1 São Paulo jun. 2010.
MUNETA, T; KOGA, H.; JU, Y.; MOCHIZUKI, T.; SEKIYA, I. Hyaluronan injection therapy for athletic patients with patellar tendinopathy. J Orthop Sci; 17(4): 425-31, 2012 Jul.
PEDRELLI, A.; STECCO, C.; DAY, J. A. Treating patellar tendinopathy with Fascial Manipulation. J Bodyw Mov Ther; 13(1): 73-80, 2009 Jan.
RAMOS, L. A.; CARVALHO, R. T. DE; GARMS, E.; NAVARRO, M. S.; ABDALLA, R. J.; COHEN, M. Prevalence of pain on palpation of the inferior pole of the patella among patients with complaints of knee pain. Clinics; 64(3): 199-202, 2009. 
RUDAVSKY, A.; COOK, J. Physiotherapy management of patellar tendinopathy (jumper's knee). J Physiother; 60(3): 122-9, 2014 Sep.
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