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EDUCAÇÃO E PROCESSOS DE ESCOLARIZAÇÃO NO BRASIL

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EDUCAÇÃO E PROCESSOS DE ESCOLARIZAÇÃO NO BRASIL: 
TRAJETÓRIA HISTÓRICA. 
 
 
Kelly Araújo Valença Oliveira
* 
 
Maria Claudia Meira Santos Barros
** 
 
 
 
 
RESUMO: 
 
 
A proposta do presente artigo é tecer um caminho sobre a educação brasileira e os processos 
escolares relacionados à aquisição da leitura e escrita. Na perspectiva aqui de estudar a 
caminhada não linear da educação brasileira. O citado estudo propõe aqui estudar a trajetória 
da educação no Brasil, caracterizando-a como um espaço permeado por processos de 
escolarização e pela construção do conhecimento de leitura e escrita. A trajetória percorrida 
vai desde a educação colonial até os dias de hoje, demonstrando o que modificou e os 
aspectos relevantes de cada momento histórico. Este texto tem como objetivo analisar a 
trajetória da educação brasileira e identificar a relação dos processos de escolarização na 
construção do conhecimento de leitura e escrita. A partir desses objetivos a indagação 
elaborada é a seguinte: Qual a relação dos processos de escolarização brasileira na construção 
da leitura e escrita tomando como base a trajetória da educação no Brasil da Colônia até a 
República? O recorte teórico-metodológico está pautado em Roger Chartier (1999), 
Dominique Julia (2001), Luciano Faria Filho (2003), Cristina Menezes (2007), Heller (2000) 
os quais oferecem categorias de análise como representações, cultura escolar, processos 
escolares e história, memória e cotidiano. O texto apresentado justifica-se pela ausência de 
estudos referentes aos processos escolares e a construção do conhecimento em leitura e 
escrita, além de enfatizar a trajetória da educação brasileira, bem por servir para o início de 
futuras reflexões sobre a presente temática. Esse trabalho insere-se na perspectiva da Nova 
História Cultural, a qual permite aos pesquisadores de História da Educação exceder barreiras 
do seu objeto de estudo, trocando informações e explorando outras áreas do conhecimento 
que vem a enriquecer sua pesquisa. As principais fontes utilizadas para o embasamento deste 
texto foram: 500 anos de educação no Brasil (LOPES, FARIA FILHO e VEIGA, 2003) e a 
Educação, memória, história: possibilidades, leituras (MENEZES, 2004). 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Educação brasileira, processos de escolarização, leitura e escrita. 
 
 
 
 
 
 
 
*Mestranda em Educação/PPED/UNIT, Assistente Social FHS/SE, Pedagoga da SEED/SE, araujo_kelly71@yahoo.com.br 
** Mestranda em Educação/PPED/UNIT, Prof. da UNEB/BA, Membro do GPGFOPcaumeira66@hotmail.com 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMEN: 
 
Este artículo tiene la intención de tejer una ruta histórica en la educación brasileña y los 
procesos de la escuela relacionados con la adquisición de la lectura y la escritura, desde una 
perspectiva no lineal de la educación brasileña. Para ello, el estudio señala la tendencia de la 
educación en Brasil (la educación colonial hasta la actualidad), caracterizándolo como un 
lugar impregnado de los procesos de escolarización y de la construcción del conocimiento en 
la lectura y la escritura. El principal objetivo es analizar e identificar la relación de los 
procesos de escolarización en la construcción de conocimiento de la lectura y de la escritura 
en la educación brasileña. La pregunta principal es: ¿Cuál es la relación de los procesos de 
escolarización en la construcción brasileña de la lectura y la escritura, basado en la educación 
de Brasil colonial a la República? Se trata de una investigación bibliográfica, basada en las 
categorías de análisis siguientes: representaciones, la cultura escolar, los procesos escolares y 
la historia, la memoria y la vida cotidiana, ofrecidos por Roger Chartier (1999), Dominique 
Julia (2001), Luciano Faria Filho (2003), Cristina Menezes (2007), Heller (2000). El texto 
aparece justificado por el pequeño número de estudios relacionados con los procesos 
escolares y la construcción del conocimiento en la lectura y la escritura. Este trabajo es parte 
de la perspectiva de la Nueva Historia Cultural, que permite a los investigadores a la historia 
de la educación superior a los límites de su objeto, el intercambio de información y explorar 
otras áreas del conocimiento que enriquecerá su investigación. Las principales fuentes 
utilizadas para el sótano de este texto han sido 500 anos de educação no Brasil - 500 años de 
la educación en Brasil - (Lopes, FILHO FARIA y Veiga, 2003) y la Educação, memória, 
história: possibilidades, leituras - Educación, la memoria, la historia, las oportunidades, las 
lecturas - (Menezes, 2004). 
 
 
Palabras claves: la educación brasileña, los procesos de la escuela, la lectura y la escritura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
 O presente trabalho é fruto das provocações de estudo na disciplina Educação 
Brasileira na pós-graduação strito sensu, momento em que foram oportunizadas várias leituras 
e reflexões sobre temas vinculados à educação, principalmente na perspectiva da Nova 
História Cultural, como uma experiência constituída também por vários sujeitos e outros 
olhares, não só valorizando fatos históricos e seus heróis, contribuindo assim para o exercício 
do pensamento sobre o percurso da educação no Brasil e os diferentes atores que participaram 
desta construção. Faz necessário o esclarecimento sobre alguns conceitos assim como a opção 
metodológica adotada para percorrer essa trilha acadêmica. 
 Justifica-se a importância deste estudo por ser uma produção que poderá fomentar 
outros trabalhos e outras reflexões, bem como a escassez de publicações envolvendo o tema 
dos processos escolares e a relação com a construção da leitura e escrita. Com o intuito de 
atender aos objetivos propostos, entende-se método como “apenas o caminho de acesso, um 
conjunto ordenado de procedimentos que se mostraram eficiente, ao longo da história, na 
busca do saber.” (Cervo, 2002, p.24). O tipo de pesquisa escolhido foi à pesquisa bibliográfica 
por aceitá-la como “desenvolvida com base em material já elaborado, constituído 
principalmente de livros e artigos científicos.” (Gil, 2002, p.44) e por se valer 
fundamentalmente das contribuições de diversos autores sobre o tema pesquisado e como 
remete o citado autor “por ser indispensável nos estudos históricos.” (Gil, 2002, p.45). 
Para a elaboração do artigo, tomando como base a trajetória da educação brasileira, a 
indagação norteadora foi à seguinte: Qual a relação dos processos de escolarização brasileira 
na construção do conhecimento em leitura e escrita? Sendo os seguintes objetivos a fim de 
responder esta indagação, tais como: analisar a trajetória da educação brasileira e identificar a 
relação dos processos de escolarização na construção da leitura e escrita. 
Para o entendimento dos objetivos é necessário esclarecer que será utilizado o 
conceito de escolarização como: 
 
 
 
 
O processo e a paulatina produção de referências sociais tendo a escola ou a 
forma escolar de socialização e transmissão do conhecimento, como eixo 
articulador de seus sentidos e significados. Neste caso a nossa atenção estará 
voltada para o que temos chamado de “conseqüências” sociais, culturais e 
políticas da escolarização, abrangendo questões relacionadas ao alfabetismo, 
ao reconhecimento ou não de competências culturais e políticas dos diversos 
sujeitos sociais e a emergência da profissão docente no Brasil. (FARIA 
FILHO, 2004, p. 522) 
 
 
 Outro conceito útil para compreender o presente trabalho é o de educação que, 
segundo Lopes et alii (2003, p.16), deve-se compreender como “mediação, referênciapor 
meio da qual as relações na sociedade e na cultura são construídas de uma maneira ou de 
outra.” A partir deste conceito percebe-se que será possível traçar a trajetória da educação 
brasileira na visão de que estará sendo relatada a construção da própria sociedade, nos marcos 
da relação escola-sociedade. Importante também referendar os conceitos de leitura e escrita na 
perspectiva da educação como “capacidades fundamentais ao indivíduo no seu 
reconhecimento como letrado.” (VIDAL, 2003, p.499) de um indivíduo como sujeito 
participativo da sociedade em construção capaz de se inserir no mundo do trabalho e nas 
novas relações sociais. 
Para dar suporte ao tipo de pesquisa escolhida como a matéria-prima do presente 
trabalho, as principais fontes empregadas para a fundamentação deste texto foram os livros 
intitulados de 500 anos de Educação no Brasil (LOPES, FARIA FILHO e VEIGA, 2003) e 
Educação, memória, história: possibilidades, leituras (MENEZES, 2004). 
 
 
A EDUCAÇÃO NO BRASIL: uma trajetória histórica. 
 
 
 Nesse texto diante da impossibilidade de escrever sobre a trajetória brasileira de 
maneira mais profunda, foram selecionados alguns momentos que marcaram a história de 
cada época no que tange à educação e a apropriação do conhecimento de leitura e escrita. 
 Os estudos realizados na História da Educação têm demonstrado que estudar a 
trajetória da educação brasileira é acima de tudo entender os acontecimentos à luz do seu 
tempo histórico, ou como Roger Chartier (1999) que dia “ao criarem representações, os 
 
 
indivíduos descrevem a realidade tal como pensam que ela é ou como gostariam que fossem”. 
Mas a título de esclarecimento o caminho aqui traçado vai respeitar os homens que fizeram a 
história “como homens do seu tempo”, como nos elucida a professora Hildsorf, (2005, p.03). 
Inicialmente na construção da educação brasileira tivemos a atuação dos jesuítas que 
além do objetivo imediato de catequizar, tinham o objetivo principal de colonizar o novo 
território descoberto, com eles os primeiros exemplos educacionais tão marcantes no Brasil 
colônia que iriam influenciar até o Brasil República, que naquele momento do país 
seiscentista estavam institucionalizando a educação através da criação de colégios para 
oferecer gratuitamente ensino secundário de humanidades o que atendia por demais à 
exigência da sociedade da época aristocrática e escravocrata. Já no final deste mesmo período 
séc. XVI tínhamos exemplos de planos de estudo com o Ratio Studiorum que dava o suporte 
para o acompanhamento dos estudos desenvolvidos pela Companhia de Jesus, tornando-se um 
marco histórico que iria servir de subsídio para os currículos futuros. 
A partir daí com a troca de interesses entre a Coroa e a Companhia de Jesus, que 
mantinha a ação jesuítica no Brasil passa a trajetória educacional de meados do século XVI 
até o século XVIII, assim o foco vai se modificando e não há mais interesse na presença dos 
jesuítas nem como colonizadores e nem educadores, a educação passa a ser regida pelas leis 
vindas de Portugal através da Reformas Pombalinas, legitimadas pela Legislação Pombalina, 
conceituada como “peças legislativas que foram idealizadas, elaboradas e expedidas durante 
D. João V.” (Menezes, 2010, p.07) com o apoio de estrangeiros, como Luís Antônio Verney e 
Antonio Ribeiro Shanches, autorizados por Pombal. O mundo fervendo de novas idéias e 
reformas, a Revolução Francesa, e o que incide diretamente na forma de pensar e modificar a 
relação de interesses. A mudança sensível na educação no Brasil se dar justamente pelos 
fechamentos dos colégios dos jesuítas e também por ser a partir deste momento a língua 
portuguesa como língua oficial, o latim ainda era ensinado, mas foi resumido e através da 
língua materna, dando ênfase ao que era nacional, mas com a proibição de se falar a língua 
existente no Brasil da época: a Tupi. A metodologia principal de ensino era ministrar aulas 
régias e para meninos e por professores concursados, em concursos públicos com o controle 
do Estado português, cria-se o subsídio literário como maneira de controlar a produção de 
cana e a arrecadação advinda dela, incentivando o ensino. 
No período intitulado por muitos historiadores como o da “crise do sistema colonial” 
houve muita circulação de saberes, a contribuição das Lojas Maçônicas, das idéias francesas, 
principalmente das idéias de Ilustração de Portugal. Por isso não ressoa a afirmativa de 
 
 
Azevedo quando nos diz que “entre a expulsão dos jesuítas em 1979 e a transplantação da 
corte portuguesa para o Brasil em 1808, abriu-se um parêntese de quase meio século, um 
largo hiatus que se caracteriza pela desorganização e decadência do ensino colonial.” 
(AZEVEDO, 1996, p.545). Não há como negar que a influência dos jesuítas na educação 
primária foi enorme nas práticas de memorização, com o método tradicional e que só mais 
tarde por volta do século XIX é que teremos a contribuição dos estudos de Pestalozzi com o 
método intuitivo, além da marca das aulas régias nos espaços domésticos de ensino, na casa 
dos alunos, envolvendo por vezes um número maior do que o informado nas estatísticas 
escolares, não tão democrático como necessitava ser, é o que vai nos mostrar que a escola, 
não no modelo que conhecemos hoje, mas há muito tempo, tem influenciado na sociedade 
construído um povo civilizado, fato sentido ao longo dos anos, registrado das páginas da 
historiografia brasileira e porque não dizer mundial, assim “a educação passa a cumprir 
finalidades determinadas pela sociedade, onde os discursos, os projetos e as teorias 
pedagógicas materializam-se no cotidiano da escola” como nos elucida os estudos de Souza 
(1998, p.19). Aos poucos o que vimos é uma tendência geral a redução do papel da Igreja no 
controle da educação e um crescimento do papel do Estado. 
 Já no período do Império brasileiro o que se percebe é o fortalecimento de um espírito 
nacionalista, voltado para a construção de uma legislação que legitime o poder do imperador e 
da nova nação em pleno século XIX, ocorre assim o sistema dual em que a nação se 
responsabiliza pelo nível secundário e universitário e as Províncias, mesmo sem recursos, 
assumem o ensino das primeiras letras e os cursos de formação de professores como 
obrigatórios, em alguns lugares do país esta atitude foi fracassada. A sociedade brasileira 
apesar de buscar este espírito de universalização do conhecimento, era bastante desigual, 
dividida em escravos e índios, tidos como “coisas”, em homens livres e pobres, como “plebe”, 
e os senhores e proprietários como “povo”, em que a preocupação com a instrução fornecida 
pelo Estado para cada uma dessas camadas era bem diferente, embora o discurso fosse da 
construção de uma sociedade livre e formada para o emprego, a disseminação da educação era 
algo centralizado, expresso no próprio texto da Constituição de 1834. No processo de 
escolarização e instituição tem o Colégio Pedro II, com o curso regular e seriado de estudos 
literários e científicos, mas a escassez de vagas nas escolas dessa época e a diferença entre a 
qualidade do que era ensinado entre o ensino primário e secundário, afastavam muitos do 
nível universitário e da condição de buscar melhoras sociais, toda ação educacional era 
controlada no início do século XIX pela indicação de vigilantes através das Inspetorias de 
 
 
Ensino, só que essa presença era pulverizada e até dificultava o processo e nem a escola tinha 
papel de destaque na sociedade, ou um lugar social importante na visão das pessoas da época. 
Para a elite brasileira, a escola para os pobres deveria ser baseada no aprendizado somente das 
primeiras letras, na busca de com isso civilizaro povo. Como nos diz Farias Filho, 
 
 
A instrução possibilitaria arregimentar o povo para um projeto de país 
independente, criando também as condições pra uma participação controlada 
na definição dos destinos do país. Na verdade, buscava-se constituir, entre 
nós, as condições de possibilidade de governabilidade, ou seja, a criação das 
condições não apenas para a existência de um Estado independente mas, 
também dotar esse Estado de condições de governo. Dentre as condições, 
uma das mais fundamentais seria, sem dúvida, dotar o Estado de 
mecanismos de atuação sobre a população. Nessa perspectiva, a instrução 
como mecanismo de governo permitiria não apenas indicar os melhores 
caminhos a serem trilhados por um povo livre, mas também evitaria que esse 
mesmo povo se desviasse do caminho traçado. (FARIAS FILHO, 2003, 
p.137) 
 
 
 No Brasil imperial, pensando em escolarização, o que se tratava era que a escola 
primária apesar de focar no estudo das primeiras letras, terminava por agregar outros 
conhecimentos e valores, principalmente no que tange à inserção social, passando a tratar de 
uma instrução elementar. Nesse período todo um aparato legal vai surgindo para respaldar 
essa instrução elementar, ampliando o acesso de um número maior de pessoas às práticas 
civilizatórias. Assim encontramos a presença de vários métodos de ensino (individual, mútuo, 
misto, simultâneo, intuitivo), alguns vão perdurar por vários momentos, e de novas práticas 
pedagógicas, que vão derrubando aquela perspectiva da memorização e da educação como 
componente de retenção de aprendizagem, sem apreensão ou significado auxiliado pela 
chegada de vários instrumentos tecnológicos como: cadernos, carteiras, quadro-negro. A 
trajetória dos métodos de ensino, que também adentra o outro período, fervia nas instituições 
escolares através das influências das idéias estrangeiras (pragmatismo), assim como 
esquentava o desejo do povo brasileiro por um país com outra forma de governo, um governo 
republicano. 
A partir deste “caldeirão” de novas idéias e de um projeto de governo que venceu, 
surge o Brasil República que já com um caminho percorrido na escolarização entre o espaço 
da fazenda, os grupos escolares e finalmente os colégios, precisava para a efetivação do 
projeto republicano, uma escola que atendesse aos ideais que propunham construir uma nova 
 
 
nação baseadas em novos pressupostos, principalmente civilizatórios, higienista com a 
influência ainda de idéias européias. Que já nas últimas décadas do século XIX apareciam no 
cenário nacional, temos vários espaços institucionalizados que efetivam a educação: as 
chamadas escolas particulares, ou domésticas, os próprios pais se reunindo e criando seus 
espaços escolares e juntos contratando professores, o que podemos visualizar como uma 
multiplicidade de modelos de escolarização, aos quais ainda podiam se acrescidos dos espaços 
já institucionalizados para meninos e meninas. Na proposta republicana, foi essencial a 
presença de grupos escolares e a importância de Escola-modelo que funcionava nas Escolas 
Normais, inicialmente em São Paulo e que depois serviram de referencial educacional para 
todo país. Estas instituições diferenciavam dos antigos grupos escolares principalmente pelos 
edifícios e por se impor a partir da arquitetura e da proposta pedagógica em consonância com 
as inovações educacionais do mundo, alguns novos métodos marcariam o ensino primário 
brasileiro como era o método intuitivo e suas lições de coisas, método “que o professo deveria 
criar as condições para que os alunos possam ver sentir e observar o que está estudando” 
(FARIAS FILHO, 2000, p.143), para facilitar a apreensão do conhecimento através da 
utilização dos sentidos e da experiência. Também permitiram a reunião de várias escolas 
primárias, o que proporcionava uma economia aos cofres públicos e maior aceitação pelos 
gestores, enquanto para essas escolas havia o incentivo de material escolar, livros e apoio 
pedagógico, faltava muito para todas as outras escolas que não estavam situadas em espaços 
urbanos como na Escola-modelo. Tudo isso era feito na tentativa de apagar o fracasso 
educacional que foi intitulado a experiência do Império, criando uma educação inovadora 
pautada nas idéias de se tornar popular e universal. 
Claro que essas novidades não foram tão bem aceitas por todos os professores e que a 
presença de uma nova figura nas escolas, o diretor, que tinha funções administrativas, mas 
também de treinar ou repassar aos professores as determinações oficiais, cargo exercido por 
homens pelo perfil de ordenamento e mando, enquanto que a docência cada vez mais era 
exercida por mulheres, pois aos homens não interessavam os baixos salários pagos. 
Muitos foram os problemas enfrentados pelos intelectuais e dirigentes da educação da 
época, tais como: a crescente co-educação, a infrequência dos alunos de camadas 
desfavoráveis, o currículo escolar diferenciado de meninas e meninos, que aos poucos através 
de dispositivos legais foi se estabelecendo o papel do Estado para reorganizar os programas 
das disciplinas, melhorando as práticas escolares, introduzindo conteúdos para atender as 
novas solicitações sociais, com a inserção do programa de educação moral e cívica e com ele 
 
 
um conjunto de medidas a fim de incutir na população brasileira o respeito à Pátria, à 
soberania nacional, mas também o controle, a disciplina, uma preocupação enorme em 
erradicar o analfabetismo das massas com o intuito de transformar o brasileiro apto para o 
trabalho. A escola da República é marcada pela valorização da educação para o trabalho, 
servindo ao sistema fabril, que no mesmo momento que modernizava, controlava, retirando a 
idéia do brasileiro como indolente e preguiçoso, sendo um símbolo da nova ordem e do 
progresso. A partir de 1910, há vários movimentos sociais buscando uma educação para 
todos, com a participação de trabalhadores manifestando suas reivindicações 20, eram vários 
grupos, socialistas, comunistas, movimentos negros que vão se consolidando nas primeiras 
décadas do séc. XX. Em 1920 com o surgimento da ABE, Associação Brasileira de 
Educação, para promover os debates educacionais e consolidar o ideário de educação da 
República, surge também o Manifesto dos Escolanovistas, também conhecido como 
“otimismo pedagógico” que tinham o poder instituído da época, com um discurso de colocar a 
educação como tema central do debate nacional, muitas conferências realizadas por todo o 
Brasil, algumas exposições em que eram apresentados os trabalhos e inovações pedagógicas 
brasileiras e também estrangeiras, sendo que esse discurso do “novo” minimiza a participação 
dos movimentos populares ou de qualquer grupo social, só deixando de fora os protestantes, 
que segundo os integrantes desse pensamento era um novo olhar para o progresso da nação a 
contribuição desse grupo. Período perpassa por um pensamento técnico da educação, sendo 
que a determinação desse grupo não era formada por profissionais da educação, e sim 
engenheiros e médicos, uma elite que pensava educação, mas que não vivia o cotidiano das 
escolas. A década de 30 perpassa por uma revolução, a partir dos anos 30-45 o que tem 
registrado na historiografia da educação, é o papel mais fortalecido da igreja, já mais do que 
em 20, e das forças armadas com um projeto político de educar o povo, com um projeto de 
que a educação deveria servia a nação e com isso os princípios seriam: centralização, 
autoritarismo, nacionalização e modernização, dando ênfase nos currículos a disciplina de 
Educação Física para formar o ensinamento patriótico, sendo que todo tempo a regulação foi 
legitimada por inúmeras legislações.No período da República populista viu-se o surgimento da LDB 4.024 de 20/12/1961, 
que para muitos é considerada uma legislação conservadora que enaltece a concessão da 
instituição particular e não traz nada de novo para a escola pública, a novidade surge da 
própria população que se organiza através de movimentos populares contra os índices 
alarmantes de analfabetos e a instrução elementar que ainda não existe para todos os 
 
 
brasileiros, a educação marcada por uma perspectiva excludente e seletista, com professores 
sem condições de infra-estrutura num processo de proletarização da sua mão de obra. No 
período a partir da década de 50 vão surgir os estudos do educador Paulo Freire, que traz uma 
visão do educador, do professor inserido no processo histórico de produção de saber, surge 
novas alternativas de alfabetização das camadas desfavorecidas da população, não com uma 
perspectiva ingênua, mas com um cunho de criticidade e o que mais tarde seria a perspectiva 
de alguns autores não só alfabetizar, mas o letramento, com uma visão larga de mundo e uma 
interação com ele, a marca desse momento é justamente empregada pelas reivindicações 
escolares como estratégia de melhoria da educação, o saber e a cultura populares passam a ser 
valorizados e o analfabeto considerado produtor de conhecimentos, uma educação dialógica e 
não bancária. 
Vem o Golpe militar e com ele a ditadura, a educação também passa a ser controlada 
por uma exacerbação do tecnicismo, pautado pela premissa da disciplinarização, da 
normatização, do alto rendimento e da eficácia pedagógica para que através desse pressuposto 
o país pudesse ser considerado participante de uma nova ordem mundial, o que marca a 
educação por ser através dela que se impõe a ordem nacional, visível também o apoio e 
incentivo às instituições privadas o que persiste até os dias de hoje, como política do governo 
neoliberal. Para muitos e comparando as estatísticas o período do regime militar foi o de 
maior incentivo a educação, não podemos deixar de enfatizar que nesse período surgem 
organismos internacionais que passam a financiar a educação no Brasil, evidenciando com 
isso aspectos de rentabilidade da economia e promovendo pelo viés quantitativo o 
treinamento dos profissionais bem como alterações no currículo. Referenda-se o forte do 
período como as reformas educacionais que continuaram incentivando a concentração de 
escolas particulares, onde há o fortalecimento maior dos órgãos de planejamento educacional 
e o ensino passa a ser pensado, controlado e monitorado de cima para baixo, dos órgãos 
centrais como MEC surge efeito nos números, mas não transformação social. 
Pensar e pesquisar a educação a partir da Constituição de 1988 e da LDB 9.394 de 
26/12/1996 é vê-la como direito público subjetivo, art. 5º, centrado no princípio da liberdade, 
nesse período há gradativamente uma diferença na abordagem do Estado e do poder, onde a 
escola e o processo de escolarização passam a ser visto como: 
 
 
Educação, entendida como um processo de construção coletiva, contínua, 
permanente e de formação dos indivíduos, apresenta-se como um espaço 
 
 
privilegiado, já que trabalha com conhecimento, valores, atitudes e formação 
de hábitos. Dependendo da concepção e da direção que a escola venha a 
assumir, esta poderá ser um local de violação de direitos ou de respeito e de 
busca pela materialização dos direitos de todos os cidadãos. (MOREIRA, 
2007, p.21). 
 
 
 O momento é representado por políticas públicas que tentam minimizar os débitos 
históricos em educação, e que ainda colocam o Brasil como país em desenvolvimento, mas 
com um atraso escolar. Todos os indícios dos governos da ditadura, o particular sobre o 
público trouxe graves problemas sociais, a sociedade brasileira convive com melhoria de 
acesso à escolarização, mas não com a permanência dos alunos, nem tão pouco com a 
melhoria nos índices educacionais. 
Caiu a freqüência e a permanência na escola. Uma escola pensada, em todas as etapas 
da trajetória da historiografia da educação, para as elites abriga as camadas populares como 
um todo e não modifica o seu modo de agir e pensar educação. As questões vinculadas aos 
processos escolares e a relação com a construção do conhecimento da leitura e escrita nos 
mostra que ainda há uma distância entre acesso e qualidade, como também uma falta de 
identificação do aluno com o currículo escolar. 
 
 
PROCESSOS DE ESCOLARIZAÇÃO: Relação com conhecimentos de leitura e escrita 
 
 
A partir das comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil e da análise 
sobre a trajetória educacional que como do descobrimento também são 500 anos de educação, 
de uma caminhada marcada pela presença do novo e do velho, pelas intensas modificações 
sociais e tecnológicas, como também de comunicação. Nesse cenário se inscreve desde o 
início da década de 80 os estudos sobre a linguagem escrita e novas concepções de 
alfabetização, esses últimos anos foram marcantes na compreensão de que linguagem é muito 
mais do que a decifração de códigos escritos, está vinculada à interação, ao usufruto social 
que o ser humano faz dela, modificando diretamente a concepção de processos escolares 
vinculados ao espaço educacional, agora, em pleno século XXI caracteriza-se por uma 
educação extra-escolar como nos diz Dominique Julia, 2001: 
 
 
 
 
para além dos limites da escola, pode-se buscar identificar em um sentido 
mais amplo, modos de pensar e de agir largamente difundidos no interior de 
nossas sociedades, modos que não concebem a aquisição de conhecimentos 
e de habilidades senão por intermédio de processos formais de 
escolarização. (JULIA, 2001, p.11). 
 
 
 
Para se efetivar essa prática escolar há um rompimento com a cultura reducionista que 
demarca o espaço da sala de aula como único onde só lá é fomentada a aprendizagem. Assim 
ocorre a valorização do homem e dos saberes próprios de sua cultura, de sua relação social, 
valorizando também os agentes sociais que são mediadores da aprendizagem, não mais só o 
professor, a escola, que se mantêm privilegiados pela sistematização do conhecimento, mas o 
cotidiano do indivíduo como suscitador do seu processo de aprendizagem e assim a 
significação dessa alfabetização como a aprendizagem que parte de sua história, essa prática 
remota aos estudos de Paulo Freire na alfabetização de adultos, como também de Vygostsky, 
Piaget, Magda Soares que valorizam a interação social como aprendizagem. 
A questão de saber ler nas sociedades atuais deixa de ser uma questão de linguagem e 
passa a ser uma de necessidade de sobrevivência, aquilo que Paulo Freire nos coloca como a 
“conotação política de uma conquista”, não podendo esquecer que longe desta conquista se 
encontra milhões de brasileiros, segundo censo do IBGE em 2003 são mais de 16.295.000 
analfabetos, além daqueles que apesar de ler e escrever não entende o uso social desse 
conhecimento e nem a utilidade do que foi aprendido nos processos escolares, não sendo 
capazes de inferir sobre um texto ou opinar sobre determinada situação. Como nos diz Soares, 
2004, “não basta apenas saber ler e escrever, é preciso também saber fazer uso do ler e do 
escrever, saber responder às exigências de leitura e de escrita que a sociedade faz 
continuamente.” O desafio da escola e dos organismos governamentais em melhorar o ensino 
no Brasil é grande, pois é preciso considerar que o que é ensinado na escola ainda está 
distante de potencializar a diversidade e as práticas do cotidiano dos alunos, entendendo 
cotidiano como diz (HELLER apud SANTOS, 2007, p.55) “a vida cotidiana é a vida de todo 
homem independentemente de sua posição na divisãotécnica do trabalho.” Trata-se de uma 
questão grave no contexto nacional marcado pela internacionalização da economia e da 
tecnologia, bem como pelo discurso neoliberal. Modificar esta prática e lidar com as 
diferenças de ritmos e aprendizagens significa percorrer uma trajetória que muitas vezes não 
está prevista nos currículos escolares, fato que quando não é visto pela escola, professores e 
 
 
demais profissionais do ensino causam o fracasso escolar, que também é alimentado por um 
arsenal de fatores, como também pela proposta pedagógica autoritária, artificial e pouco 
significativa, presente na formação dos professores, com resquícios de uma escola voltada 
para memorização e o treino. 
Questões evidentes nesse momento é a discussão dos tempos e dos espaços escolares, a 
escola do final do século XX para o início do século XXI tem que imprimir a aceleração do 
tempo e das aprendizagens, os processos escolares se institucionalizaram a partir do século 
XIX e extrapolaram os espaços escolares a partir do século XX, em que a informação e o 
conhecimento estão em toda parte, ao tempo em que o mundo “leiturizado” exige mais 
criatividade e proatividade dos cidadãos. 
Para enfrentar os problemas sociais que a educação tem passado ao longo dos séculos e 
tão mais agora, diante da complexidade da era moderna, não há uma tarefa única, nem tão 
pouco solução isolada, é preciso, a partir da prática pedagógica no espaço escolar instituído, 
reflexões de todos os envolvidos, de todos aqueles que constroem no seu cotidiano 
profissional, ou seja, educação como um processo coletivo, entender que a prática pedagógica 
como reflexiva tem como fundamento a prática social, sem dissociar a teoria aprendida com a 
prática executada, manifestando-se uma consciência e inquietude para promover mudança 
significativa e qualitativa nos processos de aprendizagem e escolarização, principalmente no 
que tange a construção do conhecimento de leitura e escrita por parte dos alunos que têm que 
observar o significado e a utilização social desse conhecimento. 
Por isso concordamos com Nóvoa, 2002, quando retrata a importância da escola 
quando inserida em um contexto social, valorizando o cotidiano dos sujeitos. Segundo ele: 
 
 
A escola não é o princípio da transformação das coisas. Ela faz parte de uma 
rede complexa de instituições e de práticas culturais. Não vale mais nem 
menos, do que a sociedade em que está inserida. A condição de sua mudança 
não reside num apelo à grandiosidade da sua missão, mas antes da criação de 
condições que permitam um trabalho diário, profissionalmente qualificado e 
apoiado do ponto de vista social. A metáfora do continente (os grandes 
sistemas de ensino) não convém à escola do século XXI. É na imagem do 
arquipélago (a ligação entre pequenas ilhas) que melhor identificamos o 
esforço que importa realizar. (NÓVOA, 2002, p. 06). 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS: 
 
 
 
 
O caminho aqui percorrido nos mostra como trilhou a educação brasileira, momentos 
respondendo aos interesses políticos, outros momentos indo ao encontro das necessidades da 
economia, pouco preocupada com um planejamento, com continuidade de políticas públicas e 
interesses coletivos da população brasileira. 
Para reverter o quadro atual, fruto de uma trajetória difícil, cheia de percalços, 
precisam-se instituir políticas públicas que articulem os diversos níveis de ensino, entendendo 
que também a comunidade, os alunos e os profissionais da educação podem contribuir com 
suas reflexões. 
Não se escreve educação sem pensar em maiores investimentos governamentais, 
integração e continuidade dos movimentos promocionais, mobilidades sociais, apoio do 
aparato tecnológico, além de mergulhar na realidade que os alunos vivenciam no cotidiano e a 
partir daí ajudá-los a compreender o mundo, tendo em vista novas formas de acesso ao saber, 
principalmente no que tange aos aspectos da leitura e escrita, aquilo que nos suscita SCHON, 
1983, “processo de reflexão na ação e sobre a ação,” para, a partir dele, construir e 
oportunizar a construção do conhecimento. 
A educação é vista como espaço contraditório, onde existem espaços de autonomia e 
que podem enfrentar ou reproduzir o status quo, ao mesmo tempo em tem como desafio 
atenuar, em parte, os efeitos da desigualdade social, necessita preparar os indivíduos para ser 
letrados e viverem em um mundo, interagindo com ele. 
Percebe-se que existe uma relação direta entre a função da escola e a construção do 
conhecimento em leitura e escrita e que inevitavelmente a escola é hoje fruto de uma trajetória 
que persiste e que também tem a condição de ser modificada pelos sujeitos que a constroem e 
no cotidiano de suas práticas, concordamos assim com Spozati (2000, p.25) quando nos diz: 
“a educação por si só não é capaz de garantir uma sociedade mais justa e equânime. (...) A 
educação é sim o caminho mais curto para estender o conceito de cidadania a todos os 
cidadãos.” 
 
 
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SCHON, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: Nóvoa, Antonio 
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graduada no estado de São Paulo (1890-1910). São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 
1998.

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