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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará. Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental. Disciplina: Microbiologia Básica Professora: Sâmara Sales Relatório de Práticas Microbiológicas 02 Alunos: Andreza Sousa Helena Vasconcelos Lígia Sousa Fortaleza, CE 24 de janeiro de 2017 Sumário Introdução ------------------------------------------------------------- 3 Objetivos e Materiais ------------------------------------------------ 4 Métodos --------------------------------------------------------------- 5 Resultados e Discussões -------------------------------------------- 12 Conclusão ------------------------------------------------------------- 15 Referências ------------------------------------------------------------ 16 INTRODUÇÃO No meio ambiente, os microrganismos apresentam-se em culturas mistas, ou seja, diversas espécies habitam um mesmo espaço. Entretanto, ao distinguir as características, os microrganismos devem ser conservados em culturas puras, em que as células são semelhantes e possuem origem em uma mesma célula parental. (PELCZAR et al, 1997) O início das culturas puras está relacionado aos estudos de Robert Koch, médico alemão. Essa descoberta forneceu à Microbiologia um artifício essencial, que permanece ainda na contemporaneidade. Koch pesquisava uma doença, o antraz, que atingia o gado e, algumas vezes, os seres humanos. Segundo Madigan et al (2010, p. 15): “Koch introduziu uma etapa adicional a esse experimento, a qual teve importância fundamental. Ele descobriu que as bactérias do antraz podiam ser cultivadas em fluídos nutrientes fora do corpo do animal e que, mesmo após várias transferências em meio de cultura laboratorial, as bactérias ainda causavam a doença quando inoculadas em um animal sadio” As culturas puras permitem que os microrganismos se desenvolvam sem competição, favorecendo um rápido crescimento e facilitando os trabalhos no ambiente laboratorial de microbiologia. Koch iniciou as técnicas de culturas puras de uma forma muito simples, utilizando batatas como fonte nutricional. Conforme seus estudos e resultados, ele desenvolveu diversos métodos e formulou seus postulados. (MADIGAN et al, 2010, p.16) Além do essencial controle das condições físicas, tais como temperatura e umidade, realizados pelos profissionais, faz-se fundamental a observação dos microrganismos e controle de seu crescimento. Portanto, é importante a descrição de como preparar os microrganismos partindo de uma cultura mista até o isolamento, analisando a eficácia do método e o consequente desenvolvimento, expondo as características das colônias. OBJETIVOS Avaliar macro e microscopicamente bactérias e fungos isolados a partir dos banheiros masculinos do bloco central do Instituto Federal do Ceará. MATERIAIS Microrganismos Bactérias e fungos presentes nas placas de petri que foram deixadas por minutos nos banheiros masculinos do bloco central do IFCE, cada uma contendo meio específico para o crescimento de cada microrganismo Equipamentos Microscópio óptico Corantes e reagentes Azul de metileno Diversos Lâminas Agulha e alça de inoculação Óleo de imersão Lenço de papel absorvente Lamparina Tubo ensaio Placa de petri Meios de cultivos específicos para cada microrganismo Tampões MÉTODOS A prática foi dividida em várias etapas, mas antes de iniciar, selecionou-se placas com bactérias e fungos filamentosos e leveduriforrmes de uma área específica do IFCE, identificou-se cada uma delas com o código da equipe e, por fim, analisou-se macroscopicamente sem levar em consideração termos técnicos. Na primeira etapa, selecionou-se uma determinada colônia de bactérias para ser transferida para tubos de ensaio, previamente identificados com o código da equipe, o mesmo foi feito com os fungos lededuriformes, a fim de analisar o crescimento dos microrganismos. Na segunda etapa, isolou-se tanto as bactérias quanto os fungos leveduriformes e filamentosos em placas de petri contendo meios específicos para o desenvolvimento de cada microrganismo, e analisou-se mais especificamente as características de cada um deles. Na terceira etapa, fez-se um esfregaço em uma lâmina, realizou-se coloração simples, e analisou-se microscopicamente o fungo filamentoso. Os processos e as técnicas utilizadas estão descritas a seguir: 1ª ETAPA TRANFERÊNCIA DE BACTÉRIAS PARA TUBOS DE ENSAIO Transferência da bactéria para o meio sólido (Inoculação em ágar inclinado) Bactéria isolada por meio de técnica de esfregaço em estrias. Depois da observação macroscópica de colônias de bactérias e da descrição de suas características, selecionou-se uma determinada colônia na placa de Petri; Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente (flambando-se a boca do tudo ao abrir e ao fechar) parte da colônia anteriormente selecionada para o tubo de ensaio por meio da técnica em estrias; Guardou-se os tubos em estufas com temperatura controlada para o bom crescimento desses microrganismos, a fim de analisá-los na segunda etapa da prática; Bactéria isolada por meio de técnica de esfregaço em linha reta. Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente parte da colônia anteriormente selecionada para o tubo de ensaio por meio da técnica em linha reta; Guardou-se os tubos em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento desses microrganismos, a fim de analisá-los na segunda etapa da prática; Transferência da bactéria do meio sólido para o meio líquido (crescimento em caldo nutritivo) Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente parte da colônia anteriormente selecionada para um tubo de ensaio; Guardou-se o tudo em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento do microrganismo, a fim de analisá-lo na segunda etapa da prática; Transferência da bactéria para o meio semi-sólido (Crescimento em meio camada alta) Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente parte da colônia anteriormente selecionada para o tubo de ensaio por meio da técnica de inoculação de picada no centro (indo da superfície até fundo do tubo); Guardou-se o tudo em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento do microrganismo, a fim de analisá-lo na segunda etapa da prática; TRANFERÊNCIA DE FUNGOS LEVEDURIFORMES PARA TUBOS DE ENSAIO Transferência do fungo leveduriforme do meio sólido para o meio liquido (Crescimento em Caldo Nutritivo) Depois da observação macroscópica dos fungos e descrição de suas características, selecionou-se alguns na placa de Petri; Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente parte dos fungos anteriormente selecionados para o tubo de ensaio devidamente identificado; Guardou-se o tudo em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento do microrganismo, a fim de analisá-lo na segunda etapa da prática; Transferência do fungo leveduriforme para o meio sólido (Crescimento em ágar inclinado) Transferência e esfregaço pela técnica em estrias Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-se assepticamente parte dos fungos anteriormente selecionados para o tubo de ensaio devidamente identificado com o código da equipe utilizando a técnica de esfregaço em estrias; Guardou-se o tudo em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento do microrganismo, a fim de analisá-lo na segunda etapa da prática; Transferência e esfregaço pela técnica em linha reta Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com uso da mesma, transferiu-seassepticamente parte dos fungos anteriormente selecionados para o tubo de ensaio utilizando a técnica de esfregaço em linha reta; Guardou-se o tudo em estufa com temperatura controlada para o bom crescimento do microrganismo, a fim de analisá-lo na segunda etapa da prática; 2ª ETAPA Isolamento de bactérias em meio líquido para meio sólido em placa de petri Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a alça de inoculação; Com o uso desse instrumento, transferiu-se assepticamente, parte do meio contendo bactérias para uma placa de petri por meio da técnica de esfregaço de estrias em quadrante, na qual faz-se três estrias paralelas em um lado da placa, flamba-se a alça, faz-se novamente três estrias paralelas, flamba-se a alça e repete-se o procedimento mais uma vez) Guardou-se a placa em estufa com temperatura controlada para o bom desenvolvimento do microrganismo, a fim de analisar sua colônia na aula seguinte; Isolamento de fungos leveduriformes de meio líquido para meio sólido em placa de petri Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a alça de inoculação; Com o uso desse instrumento, transferiu-se assepticamente, parte do meio contendo fungos leveduriformes para uma placa de petri por meio da técnica de esfregaço em estrias; Guardou-se a placa em estufa com temperatura controlada para o bom desenvolvimento do microrganismo, a fim de analisar sua colônia na aula seguinte; Isolamento de fungos filamentosos de meio sólido para placa de petri Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com o uso desse instrumento, transferiu-se assepticamente, uma pequena parte da colônia de fungos filamentosos para uma placa de petri por meio da técnica de inoculação no centro da placa; Guardou-se a placa em estufa com temperatura controlada para o bom desenvolvimento do microrganismo, a fim de analisar sua colônia na aula seguinte; 3ª ETAPA AVALIAÇÃO MICROSCÓPICA DO FUNGO LEVEDURIFORME EM LINHA RETA Aqueceu-se ao rubro, na chama de uma lamparina, a agulha de inoculação; Com o uso desse instrumento, retirou-se pequena quantida de fungo leveduriforme do tubo de ensaio preparado pela técnica de isolamento em linha reta; Após esse procedimento, preparou-se uma lâmina para fixação do microrganismo; Colocou-se uma pequena gota de água destilada sobre uma lâmina, na sua parte central; Retirou-se, assepticamente, com uma agulha de inoculação, uma porção do crescimento da superfície do meio sólido; Espalhou-se a massa celular na gota de água, distribuindo a suspensão por uma pequena área de aproximadamente 1cm2; Fixou-se a preparação na chama da lamparina e deixou-se a lâmina esfriar; Após a lâmina esfriar, realizou-se a técnica de colocação simples descrita a seguir: Coloração Simples: Cobriu-se o esfregaço com azul de metileno por 1 minuto; Lavou-se com água corrente; Enxugou-se a lâmina em papel absorvente; Observou-se ao microscópio; RESULTADOS E DISCUSSÕES Estudo das características culturais de bactérias Colônias em placa de Agar nutritivo Microrganismo Características das colônias Tamanho Forma Elevação Borda Cromogênese Óptica Superfície Odor Bactéria ALB Puntiforme Circular Convexa Inteira Amarela Translucido Lisa Presente (Xilito) Inoculação em Agar Inclinado Microrganismo Crescimento em Agar Inclinado Quantidade Consistência Cromogênese Odor Forma Bactéria ALB Linha Reta: Abundante Estrias: Abundante L: Butírica E: Seca e Quebradiça L: Amarela E: Sem pigmentação L: Presente(Ração) E: Presente(Ração) L: Filiforme E: Arborescente Crescimento em caldo nutritivo Microrganismo Crescimento em caldo nutritivo (BHI) Quantidade Distribuição Aspecto Cromogênese Odor Bactéria ALB Abundante Uniforme Turvo Membranoso Pigmentado Presente (Ração) Crescimento em Meio Camada Alta Microrganismo Crescimento em caldo nutritivo (BHI) Quantidade Metabolismo (O2) Aspecto Cromogênese Odor Bactéria ALB Abundante Facultativo Arborescente Sem Pigmentação Presente (Urina) Morfologia dos fungos leveduriformes e filamentosos Fungos Leveduriformes Avaliação Macroscópica Microrganismo Características das colônias em placa de Petri Borda Relevo Pigmentação Óptica Textura Odor ALFL Ondulado Liso Branco Opaco Cremoso Presente – Fruta Podre Microrganismo Crescimento em caldo nutritivo (BHI) Quantidade Distribuição Aspecto Cromogênese Odor ALFL Abundante Uniforme Membranoso Amarelo Presente - vinho Microrganismo Crescimento em Agar Inclinado Quantidade Consistência Cromogênese Odor Forma Estrias Abundante Butírica Branco Presente Uva Podre Filiforme Linha Reta Abundante Butírica Branco Presente Uva Podre Filiforme Figura 1: Colônia de fungos leveduriformes que foi contaminada por fungos filamentosos. Figura 4: Colônia de fungos leveduriformes crescendo em ágar inclinado, com inoculação em linha reta. Figura 2: Colônia de fungos leveduriformes crescendo em caldo nutritivo. Figura 3: Colônia de fungos leveduriformes crescendo em ágar inclinado, com inoculação em estrias. Fungos filamentosos Avaliação Macroscópica Microrganismo Características das colônias em placa de petri Vel.Cresc. Tamanho Borda Relevo Textura Pigmentação ALFF Rápido 6mm Irregular Apiculada Pulverulenta Superficial Figura 1: Colônia de fungos filamentosos. Figura 3: Colônia de fungos filamentosos crescendo em meio inclinado. Figura 2: Colônia de fungos filamentosos crescendo em caldo nutritivo. CONCLUSÃO Concluiu-se o quanto as técnicas de isolamento de microrganismos são importantes para a microbiologia, pois, por meio delas conseguiu-se identificar diversas colônias de bactérias e fungos que vivem no ambiente. Ademais, os resultados deste estudo podem ajudar a identificar microrganismos importantes para diversas áreas de estudo, como na Medicina por exemplo. Por fim, é válido ressaltar que os resultados obtidos nas práticas servem para alertar aos estudantes do IFCE a importância da correta higienização das mãos após a utilização dos banheiros. REFERÊNCIAS PELCZAR, M.J.; Chan, E. C. S; Krieg, Noel R. Microbiologia: aplicações. 2004. 2.ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil. MADIGAN, M. T; MARTINKO, J. M. J. P. Microbiologia de Brock. São Paulo: Prentice Hall, 2004.
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