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CCJ0051-WL-A-RA-08-TP Argumentação Jurídica -Texto Argumentativo-04

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Turma A – Manhã - 2012.1�� HYPERLINK "http://portal.estacio.br/" \o "Estácio" �� INCLUDEPICTURE "http://portal.estacio.br/img/logo.png" \* MERGEFORMATINET ������Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Prof.: Renan Gonçalves Pinto Marques�Disciplina:
CCJ0051��Aula:
008�Assunto:
Texto Argumentativo - Continuação�Folha:
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11/04/2013��
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	Plano de Aula: Teoria e prática da Argumentação Jurídica
TEORIA E PRÁTICA DA ARGUMENTAÇÃO JURÍDICA
Título
Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
8.
Tema
Coesão e coerência no texto jurídico-argumentativo.
Objetivos
● Auxiliar o discente na redação do texto argumentativo, com a sugestão de expressões introdutórias de parágrafos.
● Compreender os mecanismos discursivos e lingüísticos da coesão seqüencial entre parágrafos.
Estrutura do Conteúdo
1. Coesão referencial e interfrástica.
2. Coerência textual.
3. coesão e progressividade argumentativa
Aplicação Prática Teórica
Os elos coesivos entre parágrafos reforçam a tessitura do texto, permitindo uma maior eficiência discursiva por parte do argumentador. Eles podem ser utilizados de acordo com o objetivo de cada parágrafo elaborado, devendo-se levar em consideração algumas possibilidades interpretativas:
Por enumeração
Ressalta(m)-se...
Além desses fatores...
É de verificar-se que...
Registre-se, ainda, que...
Assinale-se, ainda, que...
Convém ressaltar...
Além desses fatores...
Soma(m)-se a esses aspectos o(s) fato(s)...
Mister se faz ressaltar que...
Registre-se, ainda, que...
É de ser relevado...
Por oposição
É bem verdade que...
Não se pode olvidar que...
Não há olvidar-se que...
Bom é dizer que...
Por outro lado...
Ao contrário do que foi dito...
Conectores de oposição: conjunções adversativas e concessivas.
Verbos que indicam oposição (contrariar, impedir, obstar, vedar...).
Por causa
Como se há verificar...
Como se pode notar...
É de verificar-se que...
Devido a...
Em virtude de...
Em face de...
Substantivos: causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, fundamento, gênese, origem, o porquê.
Verbos que indicam causa (determinar, permitir, causar, gerar...).
Locuções prepositivas: em virtude de..., em razão de..., por causa de..., em vista de..., por motivo de...
Conjunções: porque, pois, já que, uma vez que, porquanto, como.
Por consequência
Neste sentido, deve-se dizer...
Oportuno se torna dizer que...
Cumpre-nos assinalar que...
Diante do exposto...
Diante disso...
Em face de tal situação...
Em virtude desses fatos...
Em face dessa questão... 
Substantivos: efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho.
Verbos que indicam consequência (ocasionar, gerar, provocar...)
Locuções e conjunções: logo, então, portanto, por isso, por conseguinte, pois.
CASO CONCRETO
Mãe diz que não abandonou o menino que caiu
Moradora do Barramares, onde filho morreu em queda do 26º andar, achou que ele seria vigiado pelo irmão mais velho.
O sono pesado de Fernando Moraes Júnior, de 3 anos, deu à mãe dele, Rosana Rosa Cavalcanti da Silva, a certeza de que poderia ir sem problemas até a farmácia de propriedade da família num pequeno shopping embaixo do apartamento onde mora, no 26º andar de um dos prédios do Condomínio Barramares, na Barra da Tijuca.
Segundo Rosana contou a parentes, mesmo assim pediu para o filho mais velho, de 8 anos, ficar em casa até que ela voltasse. Mas o menino recebeu um telefonema de um vizinho e saiu para jogar bola. Fernando acordou sozinho, abriu a porta do quarto e levou uma cadeira até a varanda – que estava com a porta de correr aberta. Fernando subiu na cadeira, apoiou-se no parapeito sem grade, desequilibrou-se e caiu de uma altura de pouco mais de 80 metros às 20h40min de 6 de maio de 1999. Ele morreu no local e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ).
A mãe foi avisada e encaminhou-se para o local. Em estado de choque, sentou e chorou ao lado do corpo do filho por mais de duas horas. Segundo testemunhas, antes de cair no chão o corpo ainda bateu num coqueiro na frente do edifício, o que amorteceu a queda e evitou que ele tivesse muitas escoriações. O menino ainda teria respirado por alguns instantes, mas não resistiu. Policiais militares cobriram o corpo com um plástico preto.
- Não há dúvidas de que foi uma fatalidade. Ela sempre foi uma excelente mãe, cuidadosa, carinhosa com os filhos. Não foi negligência – afirmou Gisela Moraes Zepeta, irmã de Fernando Moraes, pai do menino.
A morte foi registrada na 16ª. DP (Barra) como fato a ser investigado. O perito Antônio Carlos Alcoforado disse que encontrou uma cadeira na sacada do apartamento no 26º andar. Segundo ele, o parapeito tinha 1.20 metros e só com a cadeira o menino poderia ter ultrapassado.
O delegado titular disse que vai esperar alguns dias até que a família esteja mais tranquila para tomar os depoimentos. Segundo ele, caso seja apurada negligência na atenção ao menor, o responsável poderá ser indiciado por homicídio culposo.
- Não podemos, porém falar de um caso assim porque a família já está sofrendo muito. Temos que esperar pelas provas técnicas – disse o delegado.
Segundo Gisela, Rosana contou que foi até a Farmácia Barramares 2000, que é administrada pelo marido, Fernando, pegar remédios e um panfleto para fazer no computador de casa. A mãe contou ainda que o menino estava cansado depois de brincar na creche que frequentava desde o início do ano, dentro do condomínio. Depois de tomar banho e jantar, ele dormia profundamente, segundo a mãe que aproveitou para descer. Segundo Gisela, Rosana teria demorado fora de casa cerca de cinco minutos até o momento do acidente.
Consulte também as fontes:
Art. 133 do CP: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
O instituto do perdão judicial somente pode alcançar o acusado que se mostrar suficientemente punido pelo sofrimento que o ato praticado causou na sua própria vida.
Art. 121, § 5º do CP: Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Art. 107, IX do CP: Extingue-se a punibilidade: pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
QUESTÃO DISCURSIVA
Selecione algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas, na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.
RESPOSTA:
Os fatos narrados, especificamente no terceiro parágrafo, deixa claro que se trata de um caso que invoca o instituto do perdão judicial, visto que ele alcança a respectiva mãe que se mostrou suficientemente punida pelo sofrimento que o acidenteocorrido causou na sua vida.
Embora ela tenha o dever de cuidado sobre seu filho acreditou que a criança permaneceria dormindo enquanto rapidamente a deixaria na companhia de seu outro filho até se deslocar ao térreo do edifício que habitava, todavia enquanto rapidamente se ausentou, o que descarta a ideia de abandono, a irreparável fatalidade lhe sobreveio, vindo a ocasionar a morte de seu filho.
Contudo, é indiscutível que a consequência produzida pelo seu erro a atingiu de forma tão grave que nenhuma sanção penal será capaz de puni-la mais que sua própria dor, elemento plenamente agasalhado pelo direito pátrio o qual extingue a punibilidade pelo perdão judicial.
==XXX==
Resumo de Aula (Waldeck Lemos)
	
	8ª AULA – Tipologia Textual – Exercício em sala
	
	Tipologia Textual
Exercício em sala de aula.
==XXX==
Resumo de Aula (Professor - Aula Mais - Estácio)
	
	8ª AULA – Argumentos de Analogia
	
	Teoria e Prática da Argumentação Jurídica
Professor Nelson Tavares
Aula 08
ARGUMENTO DE ANALOGIA
Com relação ao ARGUMENTO DE ANALOGIA, a obra principal adotada para esta disciplina – Lições de Gramática aplicadas ao Texto Jurídico – menciona que é importante discutir se é possível usar a jurisprudência com fonte. Antes de enfrentar qualquer questão, tomemos como conceito de jurisprudência, em sentido estrito, o conjunto de decisões uniformes, sobre uma determinada questão jurídica, prolatadas pelos órgãos do Poder Judiciário.
O próprio conceito atribuído à fonte aqui discutida sugere que sua autoridade advém do órgão que a profere (jurisdição). Isso é inegável. O que se questiona é que, independentemente da autoridade que a reveste, o que faculta verdadeiramente seu uso – e a torna eficiente – é a proximidade do caso analisado com os outros cujas decisões são tomadas como referência.
Isso implica dizer que, em última instância, o que faz do uso da jurisprudência uma estratégia interessante para a argumentação é o raciocínio de que casos semelhantes devem receber tratamentos análogos por parte do Judiciário, para que não sejam observadas injustiças ou discrepâncias. É a semelhança entre o caso concreto analisado e o processo já transitado em julgado que autoriza o uso da jurisprudência.
Tanto é assim que se ambos os conflitos versarem sobre direito possessório, por exemplo, mas as circunstâncias em que cada um deles ocorreu não forem as mesmas, a simples proximidade temática não autoriza o uso da jurisprudência pela autoridade de que é revestida. Por essa razão, preferimos elencar as decisões judiciais reiteradas como motivadoras de argumentos por analogia.
Uma observação se faz necessária, neste ponto: para o acadêmico de Direito importa, muitas vezes, mais o domínio das estratégias argumentativas e dos tipos de argumento, do ponto de vista prático, que a própria classificação desses elementos, pois esta é uma preocupação prioritariamente didática.
Os elos coesivos entre parágrafos reforçam a tessitura do texto, permitindo uma maior eficiência discursiva por parte do argumentador. Eles podem ser utilizados de acordo com o objetivo de cada parágrafo elaborado, devendo-se levar em consideração algumas possibilidades interpretativas:
Por enumeração
Por oposição
Por causa
Por conseqüência
Ressalta(m)-se 
É bem verdade que...
Como se há verificar...
Neste sentido, deve-se dizer...
Além desses fatores...
Não se pode olvidar que...
Como se pode notar...
Oportuno se torna dizer que...
É de verificar-se que...
Não há olvidar-se que...
É de verificar-se que...
Cumpre-nos assinalar que...
Registre-se, ainda, que...
Bom é dizer que...
Devido a...
Diante do exposto...
Assinale-se, ainda, que...
Por outro lado...
Em virtude de...
Diante disso...
Convém ressaltar...
Ao contrário do que foi dito...
Em face de...
Em face de tal situação...
Além desses fatores...
Conectores de oposição: conjunções adversativas e concessivas.
Substantivos: causa, motivo, razão, explicação, pretexto, base, fundamento, gênese, origem, o porquê.
Em virtude desses fatos...
Soma(m)-se a esses aspectos o(s) fato(s)...
Verbos que indicam oposição (contrariar, impedir, obstar, vedar...)
Verbos que indicam causa (determinar, permitir, causar, gerar...)
Em face dessa questão...
Mister se faz ressaltar que...
Locuções prepositivas: em virtude de..., em razão de..., por causa de..., em vista de..., por motivo de...
Substantivos: efeito, produto, decorrência, fruto, reflexo, desfecho.
Registre-se, ainda, que...
Conjunções: porque, pois, já que, uma vez que, porquanto, como.
Verbos que indicam conseqüência (ocasionar, gerar, provocar...)
É de ser relevado...
Locuções e conjunções: logo, então, portanto, por isso, por conseguinte, pois.
OBJETIVOS DA AULA
- Auxiliar o discente na redação do texto argumentativo, com a sugestão de expressões introdutórias de parágrafos. 
- Compreender os mecanismos discursivos e lingüísticos da coesão sequencial entre parágrafos.
CASO CONCRETO
Ação indenizatória movida por A em face da Empresa Aérea X, tendo como causa de pedir o extravio de mala em excursão à Europa. Relatou o autor ter sofrido profundo aborrecimento e humilhação, pois, além de usar roupas emprestadas de companheiros de viagem, teve que comprar outras peças para prosseguir na excursão, só vindo a receber a mala de volta trinta dias após, quando retornou ao Rio de Janeiro. Pediu indenização de 50 salários mínimos por dano moral e o ressarcimento das despesas que teve com a aquisição de roupas e objetos pessoais, no valor de R$ 1.500,00, conforme notas fiscais que instruem a inicial.
Contestando o feito, a ré alegou o seguinte: as roupas e objetos pessoais adquiridos pelo autor continuam sendo de sua propriedade e por ele normalmente utilizadas, pelo que não há que se falar em dano material; mesmo que assim não fosse, a Convenção de Varsóvia, modificada pelo Protocolo de Haia (1955), que regula o transporte aéreo internacional e do qual o Brasil é signatário, limita a indenização por extravio de bagagem a US$ 400,00 — quatrocentos dólares (art. 22); não há fundamento legal para qualquer indenização a título de dano moral porque a referida Convenção de Varsóvia não a prevê.
QUESTÃO DISCURSIVA
Selecione algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas, na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.
Legislação (Código de defesa do consumidor)
Art. 2° - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
Art. 3° - Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
§ 1° - Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
§ 2° - Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.
Art. 6° - São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobreos riscos que apresentem;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência;
O Decreto nº 2.861/98 promulga o Protocolo Adicional nº 4, assinado em Montreal, em 25 de setembro de 1975, que modifica a Convenção para a Unificação de Certas Regras Relativas ao Transporte Aéreo Internacional, concluída em Varsóvia em 12 de outubro de 1929, e emendada pelo Protocolo celebrado na Haia, em 28 de setembro de 1955, com a reserva constante do Artigo XXI, parágrafo 1º alínea "a", do referido Protocolo.
O decreto está disponível para consulta em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D2861.htm>. Acesso em: 10 maio 2007.
RESPOSTA: VER.
==XXX==
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Aula-008/WLAJ/DP
MD/Direito/Estácio/Período-03/CCJ0051/Aula-008/WLAJ/DP

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