Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A Teoria do Consumidor LEITURA COMPLEMENTAR [2], capítulo 5 2. Vasconcelos, M.A.S. Manual de Introdução à Economia. 1ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006. A Teoria do Consumidor Utilidades da teoria do consumidor: a) Servir de guia para elaboração e interpretação de pesquisas de mercado, principalmente as relacionadas com o lançamento de um novo produto cuja demanda potencial é desconhecida. b) fornecer métodos para comparar-se a eficácia de diferentes políticas de incentivo ao consumidor. c) dar alguns elementos necessários à avaliação da eficiência dos sistemas econômicos. A Teoria do Consumidor Teoria da utilidade Utilidade total e utilidade marginal Por que as pessoas demandam mercadorias? Porque seu consumo lhe traz algum tipo de prazer ou satisfação. A Teoria do Consumidor Utilidade marginal: a utilidade que a última unidade consumida acrescenta à utilidade total. A Teoria do Consumidor Se passarmos a dar uma barra de chocolate por semana a uma criança que até então não consumia nada de chocolate, essa barra de chocolate provavelmente trará uma satisfação muito grande a essa criança, gerando assim uma utilidade relativamente alta. A Teoria do Consumidor Se formos aumentando o número de barras de chocolate, chegaremos ao ponto em que uma barra adicional de chocolate representará para nossa criança um benefício tão pequeno que para ela será quase indiferente receber ou não a barra adicional. A Teoria do Consumidor A utilidade total derivada do consumo de chocolate cresce à medida em que aumentamos o número de barras por semana. O valor acrescentado à utilidade total pela última barra de chocolate consumida é tão menor quanto maior for o valor consumido de barras de chocolate. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor A utilidade que a última unidade consumida acrescenta à utilidade total é chamada de utilidade marginal. A utilidade marginal do consumo de determinada mercadoria é o acréscimo à utilidade total decorrente do consumo de uma unidade adicional dessa mercadoria. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Lei da utilidade marginal decrescente: à medida que aumenta o consumo de determinada mercadoria, a utilidade marginal dessa mercadoria diminui. A Teoria do Consumidor n U(n) = ∑ UMg(i) i=1 U(n) = Utilidade Total do consumo e n unidades UMg = Utilidade Marginal da i-ésina unidade consumida A Teoria do Consumidor Em vez de aumentar o consumo de chocolate por barras, poderíamos aumentá-lo de grama em grama. Com a medida suficientemente pequena, as colunas do gráfico tornar-se-ão tão estreitas que poderemos substituir os gráficos de barras por gráfico de linhas. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor A utilidade total do consumo de uma quantidade q0 será dada pela área sob a curva de utilidade marginal até a quantidade q0. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Equilíbrio do consumidor Se a primeira barra de chocolate acrescenta mais utilidade que todas as outras barras consideradas individualmente, então, o consumidor está disposto a pagar um preço maior por essa barra, digamos, R$ 4,00. Como a segunda barra é a que acrescenta, depois da primeira barra, a maior utilidade à utilidade total, então, o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar pela segunda barra deve ser menor que o preço máximo que está disposto a pagar pela primeira e maior que o preço máximo que está disposto a pagar pela terceira, suponhamos R$ 3,00. A Teoria do Consumidor Preço Marginal de Reserva: o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar por uma unidade adicional de mercadoria. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Supondo que a quantidade consumida de chocolate ou de qualquer outra mercadoria possa sofrer variações muito pequenas, de modo que o preço marginal de reserva seja representado por um gráfico de linhas. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Se o preço for P0 a quantidade consumida será q0, pois o preço marginal de reserva, isto é, o preço máximo que o consumidor está disposto a pagar pela última unidade consumida é maior que P0 para todas as unidades consumidas antes de o consumidor atingir o consumo q0. Assim, a curva apresentada é a Curva de demanda do Consumidor A Teoria do Consumidor Equilíbrio do consumidor: ocorre quando a quantidade consumida é aquela em que o preço marginal de reserva é igual ao preço efetivo de mercado. Excedente do consumidor: representa a diferença entre a quantidade de dinheiro que os consumidores estão dispostos a pagar por um bem ou serviço e o preço real de mercado. De forma específica, o excedente do consumidor acontece quando os consumidores estão dispostos a pagar mais por um bem ou serviço do que realmente pagam. A Teoria do Consumidor Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que fornecem o mesmo nível de satisfação a uma pessoa, que é, portanto, indiferente em relação as cestas de mercado representadas pelos pontos ao longo da curva. A Teoria do Consumidor A teoria da Escolha Cesta de Mercadorias: conjunto de uma ou mais mercadorias associado às quantidades consumidas de cada uma dessas mercadorias. Nossa cesta: alimentação e vestuário A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Vamos supor que o ponto A representa 3 unidades de vestuário e 2 unidades de alimentação. Já o ponto B representa 1 unidade de vestuário e 4 unidades de alimentação. Para uma pessoa que possua curvas de indiferença como as apresentadas abaixo, podemos afirmar que tanto o ponto A (3,2) quanto o ponto B (1,4) fornecem o mesmo nível de satisfação, pois ambos estão sobre a mesma curva de indiferença. A Teoria do Consumidor O nível de satisfação representado pelas curvas de indiferença aumentam a medida que a curva se afasta do intercepto. Ou seja, a curva 3 representa um nível maior de satisfação que a curva 2 e esta, um nível maior de satisfação que a curva 1. Caso um indivíduo, possa optar entre várias cestas, todas localizadas sobre a mesma curva de indiferença, este indivíduo será indiferente a elas. Caso possa optar por diversas cestas, distribuídas por diversas curvas de indiferença, optará pela que se afastar mais do intercepto. No nosso caso seria por alguma cesta sobre a curva 3. A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Propriedades da Curva de Indiferença 1) Curvas de indiferença mais distantes da origem representam cestas de mercadorias mais desejadas e curvas de indiferença mais próximas da origem representam cestas de mercadorias menos desejadas; 2) uma curva de indiferença tem sempre inclinação negativa, ou seja, ela se inclina para baixo e à direita; 3) Duas curvas de indiferença não se cruzam jamais. A Teoria do Consumidor Taxa marginal de substituição, representado por TMgs é o quanto um consumidor está disposto a trocar de um bem que possui por outro, a fim de manter seu grau de utilidade inalterado, permanecendo sob a mesma curva de indiferença. Taxa marginal de substituição A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Cesta de mercadorias Unidade de alimentação Unidade de vestuário TMS A 1,0 12,0 - B 2,0 6,0 6,0 C 3,0 4,0 2,0 D 4,0 3,0 1,0 E 5,0 2,4 0,6 A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Vamos supor que você tenha 12 peças de roupas e tenha uma unidade de comida (alimento). Uma unidade de comida não é o bastantepara te alimentar. A pergunta é: quantas unidades de roupa você estaria disposto a trocar por uma unidade de comida? ‘’Eu preciso comer para viver, então, eu estaria disposto a dar 6 unidades de roupa para conseguir uma unidade de comida adicional’’. A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Você trocou 6 unidades de vestuário por uma de alimentação. Agora você possui 6 unidades de vestuário e 2 de alimentação. Qual foi a taxa marginal de substituição (TMgs) do exemplo acima? Você abriu mão de 6 unidades de vestuário para obter 1 unidade de alimentação. Logo a TMgs é 6. A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Mas você ainda estar com fome. Não tanta fome como antes, mas ainda lhe causa um pequeno desconforto. Quantas peças de vestuário você estaria disposto a abrir mão para obter uma unidade adicional de alimento? Lembrando que agora você possui 6 unidades de vestuário e 2 de alimentação. ‘’Bem, como eu não estou mais com tanta fome assim e não preciso de todas estas peças de roupas, eu estou disposto a trocar duas unidades de vestuário por uma de alimentação’’. A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Então, feito isso, você passou a ter: 3 unidades de alimentação e 4 de vestuário. Qual a taxa marginal de substituição (TMgs)? Você trocou 2 unidades de vestuário por uma de alimentação, ou seja: TMgs = 2 A TMgs é decrescente. Após obter uma unidade adicional de alimentação você saciou sua fome quase por completo, mas ainda faltava um pouco. Este pouco que faltava não lhe provocava a mesma sensação que você tinha quando estava com apenas uma unidade de alimentação. A Teoria do Consumidor Taxa Marginal de Substituição de vestuário por alimento Como você ainda tinha 6 unidades de vestuário e queria obter uma unidade a mais de alimentação, você estava disposto a ceder duas unidades de vestuário para obter uma unidade adicional de alimentação porque já não estava com tanta fome quanto antes a ponto de estar disposto a ceder 6 unidades de vestuário por uma de alimentação. E é por isso que a TMgs é decrescente pois alcançamos a utilidade máxima dos produtos. Se você já estivesse saciado, ou seja, não estaria disposto a ceder nenhuma unidade de vestuário por alimentação. TMgs = ZERO. Equilíbrio. A Teoria do Consumidor Chamamos de conjunto orçamentário o conjunto de todas as cestas que podem ser adquiridas com a renda do consumidor. É o conjunto de cestas possíveis que atendem à seguinte equação: A Teoria do Consumidor Restrição orçamentária Chamamos de restrição orçamentário o conjunto de todas as cestas que podem ser adquiridas com a renda do consumidor. É o conjunto de cestas possíveis que atendem à seguinte equação: Paqa + Pvqv ≤ R A Teoria do Consumidor Cesta de consumo Unidades de alimentação Unidades de vestuário A 0 50 B 20 40 C 40 30 D 60 20 E 80 10 F 100 0 Renda – R$ 500,00 Unidade de alimentação – R$5,00 Unidade de vestuário – R$ 10,00 A Teoria do Consumidor A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (redução no preço da alimentação) A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (aumento no preço da alimentação) A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (redução no preço do vestuário) A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (aumento no preço do vestuário) A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (uma elevação da renda) A Teoria do Consumidor Deslocamento da linha de restrição orçamentária (uma diminuição da renda) A Teoria do Consumidor É dado pelo ponto que atende, SIMULTANEAMENTE, aos desejos e possibilidades do consumidor Equilíbrio do consumidor
Compartilhar