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Introducao a Clínica Médica

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ENFERMAGEM EM CLINICA MEDICA
 INTRODUÇÃO
A clínica médica compreende um gru​po de especialidades médicas desenvolvidas dentro de uma unidade hospitalar.
As especialidades são: Cardiologia, Endocrinologia, Gastroenterologia, Hematologia, Nefrologia, Neurologia, Pneumologia e Reumatologia.
Na unidade de clínica médica, o pa​ciente internado é submetido a exames clínicos (anamnese) físicos, laboratoriais e especiais, com a finalidade de definir um diag​nóstico e, a seguir, o tratamento definitivo.
 SISTEMA GASTRINTESTINAL
 Conceito
É um sistema que se inicia na boca e vai até o ânus, com a função de transformar os alimentos ingeridos em substâncias me​nores e aproveitáveis pelas células.
 Anatomia
 Fisiologia
O processo fisiológico da digestão inicia-se na boca, com a ingestão dos alimentos e a mastigação, sob a ação inicial das enzimas salivares (água, ptialina, mucina e lisozima).
Na deglutição, o bolo alimentar passa pelo esôfago (peristaltismo), chega ao estômago e, com a ação do suco gástrico (água, ácido clorídrico, pepsina, gastrina e eletrólitos), complementa-se o processo digestivo.
No duodeno, os sais biliares (colesterol e lecitina) do fígado e o suco pancreático (tripsina, lipase e secretina) do pâncreas atuam nos alimentos, facilitando a sua absorção no intestino delgado.
Essas reações consistem na quebra das grandes moléculas de açúcares, proteínas e gorduras em moléculas menores, que atravessam a mucosa intestinal, passando pelo sangue e indo até as células, etapa final de todo o processo.
. Divisão
 ESOFAGITE
É uma inflamação que atinge a mucosa do esôfago.
O refluxo gastroesofágico facilita a atuação da secreção gástrica na mucosa do esôfago.
Etiologia:
refluxo gastroesofágico: hérnia hiatal, uso prolongado de sonda gástrica, senilidade e cirurgias;
alimentos: quentes ou condimentados;
líquidos: quentes ou gelados;
bebidas: alcoólicas, cítricas ou café;
ingestão de substâncias corrosivas, como a soda cáustica.
Sintomas:
azia ou pirose: queimação durante ou após as refeições e à noite;
odinofagia: dor com regurgitação de fluído gastroesofágico (ácido ou amargo);
disfagia: dificuldades para engolir os alimentos (estenose);
sialorréia: salivação excessiva.
Diagnóstico:
- anamnese, Rx - esôfago com contraste e endoscopia do esôfago.
Tratamento:
- diminuir a acidez gástrica (anti-ácidos, proteção da mucosa).
Cuidados de enfermagem:
supervisionar o uso de dieta branda e fracionada (com pouco resíduo e freqüente);
mastigar bem os alimentos;
comer devagar;
deambular após as refeições;
manter decúbito elevado (cabeceira da cama); 
controlar rigorosamente o peso;
evitar alimentos irritantes (quentes, condimentados, álcool, fumo, café e salicilatos);
evitar alimentos até duas horas antes de se deitar.
 MEGAESÔFAGO OU ACALASIA
- Consiste na dilatação e alongamento do esôfago.
Etiologia:
doença de Chagas;
hemorragias digestivas. 
Sintomas:
disfagia;
odinofagia;
caquexia;
regurgitação.
Tratamento:
a) sintomático:
sedativos e analgésicos;
dilatação do esôfago.
b) cirúrgico:
gastrostomia e esofagotomia.
Profilaxia:
combate direto ao inseto transmissor da doença de Chagas (inseticida);
melhoria da habitação: evita instalação do inseto transmissor;
educação sanitária: proporciona o conhecimento dos malefícios da doença;
controle rigoroso na transfusão de sangue: evitar doadores com sorologia positiva.
 GASTRITE
É uma inflamação que atinge a mucosa do estômago.
Os problemas gástricos, geralmente, acometem o indivíduo devido principalmente a fatores nutricionais.
Etiologia:
deficiência nutricional;
imprudência dietética;
alimentos condimentados, uso de álcool, etc.;
má educação alimentar: comer muito e rapidamente.
Sintomas:
- azia, náuseas, vômitos, cefaléia e anorexia.
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Tratamento:
- diminuir a inflamação da mucosa gástrica.
Cuidados de enfermagem:
manter o paciente em repouso no leito;
orientar visitas e familiares, para se evitar conversas que perturbem o paciente;
manter o paciente calmo e tranqüilo;
diminuir a atividade motora do estômago com uma dieta branda e várias vezes ao dia;
fazer higiene oral três vezes ao dia (manhã, almoço e jantar) com uma solução anti-séptica;
verificar e anotar os sinais vitais (TPR e PA) de 4/4 horas;
administrar a medicação prescrita com controle rigoroso do horário.
 ÚLCERA PÉPTICA (ESÔFAGO, ESTÔMAGO, DUODENO)
É uma pequena escavação que ocorre na parede mucosa do esôfago, do estômago, do piloro ou do duodeno, devido ao excesso de ácido clorídrico produzido no estômago.
Etiologia:
alimentos ácidos, condimentados, café;
etilismo;
tabagismo;
uso de medicamentos: AAS e corticóides;
paciente com descontrole emocional, ansiedade, raiva e ódio.
Todos estes fatores elevam a quantidade dos sucos gástricos produzidos no estômago, desencadeando a ulceração.
Sintomas:
dor local, azia, náuseas e vômitos. 
Diagnósticos:
anamnese: RX EED (esôfago, estômago e duodeno) e endoscopia.
Tratamento:
terapêutico e cirúrgico.
Cuidados de enfermagem:
o mesmo da gastrite.
 COLECISTITE
É uma inflamação da vesícula biliar, ocorrendo uma síndrome dolorosa na região hepática.
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Etiologia:
litíase: cálculos biliares;
infecciosa: é uma inflamação aguda ou crônica causada por uma infecção;
verminose: áscaris no colédoco;
cirrose hepática. 
Causas desencadeantes:
alimentação: ovos, gorduras, óleos e chocolates;
cansaço e fadiga;
emoção e stress.
Sintomas:
a dor súbita é o principal sintoma;
náuseas e vômitos freqüentes e abundantes;
taquicardia, sudorese e desidratação. 
Tratamento:
clínico;
dietético;
cirúrgico.
Cuidados de enfermagem:
administrar medicamentos sintomáticos;
verificar e anotar TPR e PA, 4 (quatro) vezes ao dia;
observar e anotar qualquer anormalidade;
manter o paciente limpo e seco;
proporcionar conforto ao paciente;
manter diálogo, ouvir e anotar queixas;
orientar a dieta, anotar a aceitação.
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AFECÇÕES CARDIOVASCULARES
 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O coração é um órgão oco, localizado no centro do tórax, ocupando o espaço entre os pulmões e se apoiando sobre o diafragma. Pesa cerca de 300g (trezentos gramas).
É formado por quatro câmaras, divididas em átrio direito e ventrículo direito, em átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, separados entre si pelo septo intraventricular.
As comunicações entre átrios e ventrículos são feitas através de válvulas cardíacas. No lado direito do coração a válvula existente é denominada tricúspide, pelo fato de ser formada por três cúspides. No lado esquerdo denomina-se bicúspide ou mitral; ao conjunto das duas dá-se a denominação de válvulas auriculoventriculares.
A função cardíaca consiste em receber o sangue venoso proveniente de todo o organismo, através das veias cava superior e inferior, encaminhá-lo aos pulmões através da artéria pulmonar, e impulsioná-lo novamente à circulação sistêmica pela aorta.
Um coração adulto normal bate cerca de 60 a 80 vezes por minuto. Uma falha dessa bomba por apenas poucos minutos pode ser fatal.
 ANGINA PECTORIS
 
A angina pectoris é uma síndrome caracterizada por paroxismos de dor ou por uma sensação de opressão na região anterior do tórax, que surge como conseqüência de um fluxo sanguíneo coronariano insuficiente ou de um suprimento inadequado de oxigênio ao tecido miocárdico.
Manifestação clínica:
Os sintomas de angina manifestam-se através de uma dor de intensidade variável localizada atrás da parte média ou terço superior do externo, sentidaprofundamente, no tórax.
Cada crise costuma ter duração inferior a três minutos, mas pode perdurar por cinco a quinze minutos, quando o paciente se encontra em repouso.
Os fatores que podem desencadear a dor são: Esforço físico exagerado, ingestão de refeição pesada, emoções fortes, excitação, exposição ao frio.
Tratamento:
A terapêutica da angina consiste em reduzir a carga do trabalho cardíaco, diminuindo-se, assim, a demanda de oxigênio do miocárdio. Consiste, ainda, em aliviar a dor com fármacos, especialmente a nitroglicerina, e em prevenir o infarto miocárdio.
Cuidados de Enfermagem
A assistência de enfermagem visa adotar medidas para aliviar a dor e prevenir o infarto do miocárdio. Para isto deve:
reduzir a atividade física do paciente para uma taxa abaixo do nível em que ocorre a dor anginosa;
evitar expor o paciente a situações de stress e ansiedade, que desencadeiam o aparecimento dos sintomas;
oferecer dieta leve e fracionada, atentando para que não ocorra excesso alimentar;
evitar que o paciente se exponha ao frio e, quando o fizer, fazer com que esteja devidamente agasalhado;
proporcionar repouso;
verificar sinais vitais de 6/6 horas ou conforme prescrição.
 INFARTO DO MIOCÁRDIO
O infarto do miocárdio refere-se ao processo em que o tecido miocárdio é destruído em áreas cardíacas que foram privadas do suprimento sanguíneo adequado.
As manifestações típicas começam por dor súbita, geralmente na parte inferior da região esternal e no abdome superior. É uma dor constante e constritiva, podendo aumentar a sua intensidade até tornar-se insuportável. Esta dor intensa, tipo garra, pode irradiar-se para os ombros e braços, geralmente para o lado esquerdo. Ao contrário da angina, ela começa espontaneamente, persiste por horas ou dias e não é aliviada pelo repouso nem pelo uso de nitroglicerina. A pulsação pode tornar-se muito rápida, irregular e fraca, quase imperceptível.
Cuidados de enfermagem:
Os cuidados a serem prestados ao portador de IM deverão ser individualizados e, assim sendo, serão prescritos pelo Enfermeiro. Entretanto, alguns integram a rotina e são apresentados a seguir:
Cuidados imediatos:
proporcionar ambiente calmo e repousante;
verificar sinais vitais de 30 em 30 minutos. Se o paciente estiver sob monitorização, ficar atento aos sinais de alarme;
fazer punção venosa em vaso calibroso;
fazer oxigenação e massagem cardíaca, em casos de urgência, e solicitar a presença do plantonista;
anotar diurese de hora em hora;
prestar cuidados higiênicos, no leito;
estimular respiração profunda;
mudar de decúbito de duas em duas horas;
fazer exercícios passivos com os membros inferiores;
manter vigilância constante, anotar as alterações e solicitar imediatamente a presença do médico e/ou enfermeiro, nas situações de risco;
Convalescença:
auxiliar o paciente a se levantar do leito e a deambular quando não houver contra-indicação;
evitar expor o paciente a atividades que desencadeiem dispnéia ou cansaço excessivo;
não expor o paciente a extremos de frio ou calor;
orientar os familiares a evitarem conversas excessivas e assuntos desagradáveis;
oferecer dieta leve, hipossódica e hipolipídica;
não oferecer líquidos gelados, pois desencadeiam arritmias;
atentar para alterações na prescrição de enfermagem.
 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA;
A insuficiência cardíaca se dá quando o coração torna-se incapaz de bombear uma quantidade adequada de sangue que possa satisfazer as necessidades de oxigênio e de nutrientes dos tecidos.
Se, por outro lado, esta deficiência se der do lado direito — ICD, fatalmente acontecerá dilatação do ventrículo direito e oxigenação diminuída do sangue. O sangue tenderá a retornar para os locais de origem causando acúmulo de líquidos nos órgãos responsáveis pela circulação.
Tratamento:
A terapêutica tem por objetivo melhorar a força contrátil e a eficiência do miocárdio, reduzindo a demanda circulatória e eliminando os fatores que estimulam a ação cardíaca. Objetiva, também, eliminar o excesso de líquidos no organismo.
Para isto são adotadas medidas como:
repouso;
dieta branda, fracionada, com pouco resíduo e hipossódica;
administração de digitálicos, que aumentam a contratilidade miocárdica e de diuréticos que auxiliam na eliminação do excesso de líquidos;
oxigenioterapia no alívio da dispnéia.
A complicação do quadro pode incorrer em embolia pulmonar, em trombose de veias dos membros inferiores, em edema pulmonar e em óbito.
Cuidados de enfermagem:
proporcionar conforto ao paciente;
manter o paciente em repouso, observando na prescrição o grau de atividade a que ele poderá ser submetido;
promover ambiente calmo e tranqüilo que garanta o sono e o descanso do paciente;
incentivar a mudança de decúbito de 2/2 horas;
estimular e supervisionar a respiração profunda;
executar exercícios passivos e ativos com os MMI;
manter a cama em posição de Fowler;
pesar o paciente diariamente;
anotar o volume de líquidos ingeridos e eliminados;
oferecer a dieta leve, fracionada e hipossódica;
anotar alterações no funcionamento intestinal;
administrar os medicamentos conforme a prescrição, adotando cuidados especiais na administração deles;
observar aparecimento de sinais e sintomas de intoxicação medicamentosa;
solicitar o enfermeiro sempre que houver dúvidas na conduta prescrita.
Cuidados com a administração de digitais:
verificar pulso e freqüência cardíaca antes de administrar cada dose do medicamento;
Caso o pulso esteja inferior a 60 bt/min., solicitar a presença do plantonista antes de administrar;
observar sintomas de toxicidade digital, como arritmias, anorexia, náusea, vômito, diarréia, bradicardia, cefaléia, mal-estar e alterações comportamentais.
 HIPERTENSÃO ARTERIAL
A hipertensão ou doença vascular hipertensiva é uma condição de normalidade dos pequenos vasos do sistema arterial. Ocorre uma elevação na pressão sistólica ou diastólica.
Fatores situacionais, como exercícios físicos, stress emocional, digestão, sono e repouso contribuem para a oscilação dos níveis pressóricos.
A hipertensão arterial é classificada em primária e secundária. Pode ser definida como primária, quando a pressão diastólica é igual ou superior a 90mmHg e quando não existem outras causas de hipertensão.
É secundária quando acompanha outras patologias distintas, como as de comprometimento renal e endócrino, a arteriosclerose e a estenose da aorta.
Manifestações Clínicas:
As manifestações da hipertensão arterial apresentam características e sintomas diferentes em cada fase da doença:
Fase pré-hipertensiva: ocorre elevação da pressão arterial para níveis de 200 mm Hg para sístole e 100 mm Hg para diástole, juntamente com cefaléia, vertigem, insônia, irritabilidade e hemorragia nasal;
Fase moderadamente grave: elevação dos níveis pressóricos para sístole acima de 200 mm Hg e diástole, acima de 100 mm Hg, podendo aparecer sintomas como convulsão, cefaléia occipital intensa e edema pulmonar;
Fase maligna: pode ocorrer uma elevação muito rápida da pressão arterial com danos graves aos órgãos vitais: verifica-se acidente vascular cerebral - AVC, cefaléia, convulsões, diminuição da visão, hemorragia ocular, náuseas e vômitos.
Cuidados de enfermagem:
evitar situações de stress emocional para o paciente;
manter o ambiente calmo e tranqüilo;
verificar a pressão arterial todos os dias nos mesmos horários e com o paciente sentado, em repouso;
evitar excesso de atividade física;
atentar para sinais de confusão mental, irritabilidade, desorientação, cefaléia, náuseas e vômitos;
atender prontamente a uma crise convulsiva, evitando que o paciente se machuque;
oferecer dieta fracionada e hipossódica;
anotar o volume de ingestão e excreção hídrica;
administrar medicação prescrita atentando para os efeitos detoxicidade medicamentosa;
relatar no prontuário todas as alterações ocorridas com o paciente;
solicitar o enfermeiro sempre que se fizer necessário o esclarecimento de alguma conduta ou prescrição.
Efeitos colaterais da farmacoterapia:
Podem ocorrer hipotensão, sensação de desmaio, vertigem ao mudar de posição, obstrução nasal, perda da força, perda de apetite, secura na boca, emagrecimento, sonolência.
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AFECÇÕES HEMATOPOÉTICAS
 ANEMIA
É a definição laboratorial para a diminuição do número de glóbulos vermelhos, de hemoglobina ou de hematócrito a níveis inferiores aos padrões de normalidade.
Causas:
O surgimento da anemia pode estar relacionado tanto a falha na medula óssea como a perda excessiva de hemácias.
Classificação:
A anemia pode ser classificada, quanto à etiologia, em:
Hemorrágica: ocorre após grande perda sanguínea;
Aplástica: é causada por uma diminuição nas células precursoras na medula óssea;
Falciforme: ocorre devido a um defeito congênito na hemoglobina, que se apresenta em forma de foice;
Perniciosa: é causada pela deficiência de vitamina B12’;
Ferropriva: é originada pela deficiência de ferro.
Verifica-se maior incidência das anemias ferropriva e perniciosa.
Manifestações clínicas:
A sintomatologia varia de acordo com a gravidade e a rapidez na instalação da anemia. Ocorrem palidez da pele e mucosas, astenia, tonturas, vertigens, cefaléias, anorexia, sonolência, dispnéia, hipotermia, irritabilidade, perda da elasticidade cutânea e adelgaçamento dos cabelos.
Tratamento:
O tratamento tem por finalidade eliminar a causa, ou seja, controlar os processos hemorrágicos por transfusão sanguínea, fazer a reposição de ferro e de vitamina B12’, e de hemácias. Proceder ao transplante de medula óssea quando houver indicação.
 HEMOFILIA
É um distúrbio hereditário caracterizado por deficiência nos fatores de coagulação.
Manifestações clínicas:
Caracteriza-se por dificuldade de coagulação do sangue, o que gera hemorragias nasais, gengivais, intramusculares e articulares após traumatismos mínimos.
Diagnóstico:
Normalmente o diagnóstico se faz no início da infância, com o aparecimento hemorragias.
Tratamento
- Os indivíduos hemofílicos não devem receber injeções intramusculares e medicamentos como AAS, heparina e outros que apresentem ação hemorrágica.
Cuidados de enfermagem:
proteger de traumatismos;
imobilizar as articulações em casos de hemorragias articulares;
observar e anotar episódios hemorrágicos;
adotar cuidados especiais na realização de tricotomias, lavagens intestinais, aplicação de calor;
auxiliar na higiene oral, atentando para não machucar a gengiva e mucosa oral;
providenciar cartão de identificação do hemofílico, que deverá conter:
grupo sanguíneo, fator Rh, pessoa a ser avisada em caso de urgência, nome do médico e endereço do hospital onde faz tratamento.
 LEUCEMIA
É um processo neoplásico nos tecidos responsáveis pela formação do sangue como o baço, o sistema linfático e a medula óssea. Caracteriza-se pela proliferação dentro desses tecidos, de precursores imaturos de algum tipo de leucócito. Este processo leucêmico reduz a produção dos principais constituintes do sangue normal.
Diagnóstico:
O diagnóstico é confirmado mediante avaliação hematológica, biópsia de medula óssea, RX do tórax e do esqueleto.
Tratamento:
No tratamento das leucemias, são utilizados medicamentos para inibir a proliferação anormal dos leucócitos. São administradas quimioterápicos, corticosteróides, antibióticos, hormônios, alcalóides.
Cuidados de enfermagem:
proporcionar ambiente calmo e confortável;
manter a unidade do paciente sempre limpa e livre de microorganismos patogênicos;
adotar cuidados especiais com cateteres venosos e sondas;
prevenir hemorragias, utilizando escovas dentárias de cerdas macias para HO, evitando traumatismos e adotando cuidados especiais quando for necessária a administração de medicamentos por vias IM e EV.
observar e relatar freqüência e características das eliminações gastrintestinais e urinarias (observar presença de sangue);
verificar e registrar sinais vitais de 6/6 horas;
observar e registrar os efeitos colaterais dos quimioterápicos (náuseas, vômitos, cefaléias, estomatite, alopecia, edema, hematúria);
oferecer a dieta e auxiliar na alimentação, quando for necessário;
oferecer líquidos;
anotar volumes de ingestão e secreção hídricas e administrar medicação prescrita para dor;
proporcionar atividades recreativas da preferência do paciente;
atender as solicitações do paciente.
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 SISTEMA RESPIRATÓRIO
 CONCEITO
É um conjunto de órgãos responsáveis pela ventilação, difusão e perfusão dos gases do nosso organismo.
Funções
Ventilação: compreende a entra​da e a saída do ar dos pulmões;
Difusão: troca dos gases ao nível dos alvéolos;
Perfusão: mistura dos gases na circulação sanguínea oxihemoglobina e carbohemoglobina).
 ANATOMIA
Divisão
a) Parte superior: nariz, nasofaringe, faringe, laringe, traquéia;
b) Parte inferior: pulmões, brônquios, bronquíolos e alvéolos.
 
 	
								
					
			
			
		 
		 
		 
				
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Fisiologia
As fossas nasais desempenham um papel importante na fisiologia respiratória, pro​movendo a olfação, a filtração ou purificação, o aquecimento e umedecimento do ar inspirado, e protegem as cavidades paranasais, auriculares e as vias aéreas inferiores.
O ar inspirado, passando pela nasofaringe, chega à faringe ou à garganta, que servem como passagem do ar para a traquéia e dos alimentos para o esôfago. Este fenômeno é controlado por uma válvula, a epiglote, que está situada acima da faringe.
A laringe é uma estrutura cartilaginosa, contendo as cordas vocais, responsáveis pela fala.
A traquéia é um tubo de mais ou menos 12 cm, que é formado por anéis cartilaginosos, com cílios e muco, interna​mente, responsáveis pela proteção e limpeza do seu interior.
O ar continua o seu trajeto, passando pelo brônquio direito ou esquerdo, pêlos bronquíolos e finalmente chegando aos alvéolos, que são sacos aéreos onde acorre a difusão do ar. O oxigênio inspirado passa para o sangue e o gás carbônico sai do sangue e passa para o alvéolo, seguindo o trajeto inverso, saindo com a expiração.
O sangue chega ao coração e dali é bombeado para todo o organismo, levando nutrientes e oxigênio para as células e retirando o gás carbônico.
 FARINGITE E AMIGDALITE
E uma inflamação que acomete o tecido linfático das amígdalas palatinas e faríngeas, causada por vários tipos de vírus ou bactérias.
A faringite e a amigdalite apresentam os mesmos sintomas, quais sejam: dor de garganta, faringe inflamada, com edema e placas amareladas e amígdalas inflamadas, avermelhadas e edemaciadas. Os linfonodos cervicais tomam-se aumentados e sensíveis.
As adenóides são formadas por um tecido linfóide e se localizam juntamente com as amígdalas faríngeas, no teto da nasofaringe.
Sintomas:
dor de garganta, prejudicando a deglutição e a fonação;
língua saburrosa;
hálito com odor fétido;
febre, cefaléia, calafrio, anorexia;
mal-estar geral e dores generalizadas. 
Tratamento:
sintomático;
administração de antibióticos;
cirúrgico: amigdalectomia.
Cuidados de enfermagem:
manter o paciente no leito no período febril;
manter o ambiente arejado e limpo;
fazer gargarejo com água morna e sal grosso;
fazer uso de um anti-séptico bucal (Cepacol, Flogoral);
incentivar a ingestão de líquidos;
oferecer uma dieta líquida ou pastosa;
higiene oral para conforto e prevenção;
verificar a temperatura pela manhã e a noite.
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 PNEUMONIA
É uma inflamação que acomete o teci​do pulmonar (parênquima), causada por vários tipos de microorganismos e agentes químicos.Classificação:
Bacteriana: pneumococos, estafilococos, klebsiella, estreptococos, beta-hemolítico etc.;
Virótica: adenovírus (sarampo, va​ricela, coqueluche);
Sintomas:
febre (40°C);
dor torácica;
dispnéia, calafrios, cianose;
tosse e escarro ferruginoso.
Tratamento:
clínico, terapêutico;
medicamentos: antibióticos, analgésicos e sedativos da tosse.
Cuidados de enfermagem:
manter o paciente em repouso, em quarto arejado, evitando correntes de ar;
manter o ambiente tranqüilo, calmo, que proporcione conforto ao paciente;
fazer a higiene oral e corporal, mantendo o paciente limpo;
verificar e anotar os sinais vitais (TPR e PA), de 4/4 horas;
oferecer dieta hipercalórica e hiperprotéica;
estimular a ingestão de líquidos;
cuidados com a oxigenioterapia;
orientar o paciente, quando tossir, a usar lenços de papel e incinerá-los.
Complicações:
derrame pleural, abscesso, empiema, hipotensão;
bronquite crônica e ICC.
 DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA - DPOC
Consiste em um grupo de afecções associadas à obstrução crônica do influxo de ar nos pulmões, como a bronquite, o enfisema e a asma.
Causas:
fumo;
poluição do ar;
exposição profissional;
alergias;
infecção.
 Bronquite
É uma inflamação que acomete os brônquios, podendo ser aguda ou crônica.
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Sintomas:
tosse, com produção de catarro, expectoração espessa e gelatinosa, sibilos e dispnéia.
Diagnóstico:
- exame clínico, RX do tórax, espirometria e gasometria.
Tratamento:
Clínico: aliviar os sintomas, evitar complicações e afastar as causas: evitar fumo e clima frio e úmido.
Farmacológico: uso de bronco-dilatadores (Aminofilina), tranqüilizantes e corticosteróides.
Cuidados de enfermagem:
repouso em ambiente arejado e limpo;
incentivar a ingestão de líquidos;
manter o ambiente calmo e tranqüilo;
verificar e anotar a temperatura de 4/4 horas;
incentivar o paciente e evitar o fumo;
evitar o ar poluído e atividades físicas;
umidificar o ambiente de repouso com H2O(água) fervente;
usar lenços de papel na eliminação de secreções;
oferecer uma dieta nutritiva (dieta livre);
administrar aerossolterapia, distante das refeições;
administrar oxigenioterapia.
 Enfisema pulmonar
É uma doença pulmonar em que ocorre a perda da elasticidade pulmonar devido à obstrução e destruição do tecido e ao estreitamento dos septos pulmonares.
Etiologia:
A principal causa é o uso do fumo (cigarro) em excesso por muitos anos. É mais freqüente nos homens com idade de 50 a 60 anos.
Sintomas:
- dispnéia lenta e progressiva, tosse, anorexia e perda de peso.
Diagnóstico clínico:
- RX do tórax, espirometria e gasometria.
Cuidados de enfermagem:
- os mesmos da bronquite (item 4.3.1).
 ASMA BRÔNQUICA
É uma doença pulmonar obstrutiva com a diminuição do calibre das ramificações dos brônquios e bronquíolos, devida a broncoespasmo, edema da mucosa e produção excessiva de muco.
Etiologia:
fatores alérgicos: substâncias causadoras de alergia (alergênios);
infecções respiratórias;
stress emocional.
Sintomas:
- dispnéia (dificuldade respiratória que é o principal sintoma, e tosse).
Tratamento
Casos menos sérios:
uso de aerossol
soro fisiológico mais Berotec.
Casos emergenciais:
medicamentos, Aminofilina (EV) (Broncodilatadores) Adrenalina (SC).
Cuidados de enfermagem:
os mesmos da bronquite. 
Prevenção e orientação:
não fumar;
não ficar em casa quando ela estiver sendo pintada;
evitar mudanças bruscas de temperatura;
evitar sair com o tempo muito frio;
evitar contato com pessoas portadoras de doenças respiratórias;
tomar muito líquido (seis a oito copos/dia);
controlar-se emocionalmente;
Evitar inalação de inseticidas, desodorantes, tintas, etc.
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 SISTEMA ENDÓCRINO
CONCEITO
O sistema endócrino é constituído por um grupo de glândulas que secretam hormônios, que auxiliam a coordenar e a regular outros sistemas do nosso organismo.
Síndromes endócrinas
- hiperfunção (aumento excessivo da produção de hormônios);
- hipofunção (diminuição dos hormônios);
- ausência de resposta hormonal.
Fisiologia
GLÂNDULA HIPÓFISE
É o maestro do sistema endócrino, pois controla a produção hormonal das de​mais glândulas endócrinas.
Divisão da glândula hipófise:
neuro-hipófise;
adeno-hipófise.
Neuro-hipófise:
vasopressina (hormônio antidiurético);
ocitocina (estimula a contração uterina e a ejeção do leite pela mama).
Adeno-hipófise:
tireotrofína (estimula a tireóide);
adrenocorticotrofina (estimula a supra-renal);
folículo-estimulante (estimula testículos e ovários);
estimulante das cédulas intersticiais (estimula o ovário);
luteinizante (estimula o ovário);
prolactina (estimula a lactação);
somatotráfico (fator de crescimento e diabetogênico);
melanócitos (síntese da melanina).
GLÂNDULA TIREÓIDE
É uma glândula endócrina que regula o metabolismo do iodo e compreende a síntese, o armazenamento e a secreção dos hormônios tireóideos.
Funções:
aumenta o consumo de O2 pelos tecidos;
aumenta a velocidade do metabolismo de todos os tecidos;
atua no crescimento e maturação do esqueleto;
aumenta a absorção dos glicídios;
provoca a degradação do colesterol em ácidos biliares;
estimula a síntese da vitamina A caroteno.
GLÂNDULA PARATIREÓIDE
É uma glândula que essencialmente regula o metabolismo dos ossos, através do hormônio paratireóide, o qual mantém a relação normal entre o cálcio do sangue e o do esqueleto.
Funções:
rim: diminuir a eliminação de íons cálcio na urina;
ossos: aumenta os íons cálcio para o plasma sanguíneo;
sistema digestivo: aumenta a absorção de íons cálcio no quimo.
GLÂNDULA SUPRA-RENAL
É uma glândula com uma dualidade anátomo-funcional representada pela medula e pelo córtex.
- supra-renais (medula e córtex).
A medula é responsável pela secreção de dois hormônios:
Adrenalina:
aumenta a contração do músculo cardíaco;
aumenta o fluxo de sangue para os músculos, cérebro e vísceras;
aumenta a glicemia (conversão do glicogênio em glicose no fígado);
b) Noradrenalina: aumenta a resistência vascular com a elevação da pressão sanguínea.
O córtex é responsável pela secreção de:
Glicocorticóides: cortisona e hidrocortisona;
proteínas (aumentam o catabolismo e inibem a síntese);
aumentam a síntese da glicose pelo fígado;
atuam no mecanismo de defesa do organismo e no stress;
antagonizam a ação da insulina.
Mineralocorticóides: regulam o equilíbrio eletrolítico;
aldosterona (a sua liberação é regulada pelo volume sanguíneo e pêlos níveis de sódio e potássio e pela angiotensina II);
androgênios e estrogênios (são liberados em quantidades mínimas e sem significação nos processos patológicos).
GLÂNDULA PANCREÁTICA
É uma glândula com a capacidade de secreção mista, com funções endócrinas ou hormonais e exócrinas ou digestivas.
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Corrente sangüínea
- Exócrinas suco pancreático ácinos (água, eletrólitos, bicarbonato e enzimas proteolíticas).
Função digestiva duodeno
Fisiopatologia/distúrbios das glândulas
Glândula tireóide
a) Hipotireoidismo: consiste na deficiência dos hormônios tireóideos (tiroxina, triiodotironina, tireocalcitonina), secretados pela glândula.
Etiologia:
primária (origem tireóidea, tireoidectomia, tireoidite, iodo radioterapia);
secundária (origem hipofísária, necrose hipofísária).
Sintomas:
- tranqüilidade, sonolência, raciocínio lento, bradicardia, hipotensão, sensibilidade ao frio, pele seca e escamada, fraqueza, aumento de peso, pés frios e edema.
Tratamento:
clínico, farmacológico, tireoglobulina;
medicamentos, L - Triiodotironina Sódica, viaoral/dia (lobolim), L - Tiroxina (Levoid).
Cuidados de enfermagem:
proporcionar segurança e conforto ao paciente;
ventilação adequada do ambiente;
oferecer proteção e segurança ao paciente na deambulação;
evitar calafrios, aquecendo o ambiente e o paciente com pijamas e meias;
encorajar uma ingestão nutritiva e hídrica ao paciente;
dispensar ao paciente uma atenção cuidadosa na administração dos medicamentos;
dar apoio psicológico, ouvir e anotar as queixas.
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b) Hipertireoidismo: consiste em uma atividade excessiva da glândula tireóide na produção de hormônios.
O hipertireoidismo difuso (doença de graves) é uma síndrome caracterizada por hipertireoidismo e exoftalmia (olhos proeminentes), sendo mais comum nas mulheres do que nos homens. É freqüente na fase procriativa, na infância e em idade mais avançada.
Etiologia:
- causas possíveis: após choque emocional, tensão ou infecção.
Sintomas:
nervosismo, irritabilidade, exoftalmia (com olhar amedrontado ou assustado), taquicardia (pulso rápido), tremores, constipação ou diarréia;
pele quente, aveludada, intolerância ao calor, sudorese, perda de peso, aumento do apetite, atrofia e fraqueza muscular.
Tratamento clínico:
- farmacológico ou cirúrgico.
Farmacológico:
imediato, administrar sedativos tranqüilizantes, vitaminas e cardiotônicos;
conservador, drogas usadas para normalizar o metabolismo da tireóide (antitireóideas):
Tapazol (metilmazole VO de 6/6 h);
Propiltiouracil (300 a 600 mg/dia);
Iodo Radioativo (131 - VO exige cuidados especiais).
Cirúrgico:
- tireoidectomia, consiste na excisão cirúrgica de uma parte ou de toda a glândula tireóide.
Cuidados de enfermagem:
proporcionar segurança, conforto e um ambiente repousante, calmo e tranqüilo ao paciente;
manter uma ventilação adequada de ambiente;
dar apoio psicológico, ouvir com atenção e anotar as queixas do paciente;
orientar as visitas e familiares para evitarem conversas que perturbem o paciente;
manter o paciente em um ambiente livre de barulhos, tais como de elevadores, de cozinhas e de pacientes graves;
evitar administrar ao paciente bebi​das estimulantes como chá e café;
supervisionar a dieta do paciente e encorajá-lo a uma ingestão nutritiva e hídrica.
Glândula pancreática
Diabetes mellitus é uma doença metabólica de natureza genética que, devido a uma carência parcial ou total da insulina, compromete o metabolismo dos hidrates de carbono, proteínas, lipídios, água e eletrólitos.
Classificação:
diabete primário;
diabete secundário.
Diabete primário:
juvenil (tipo I) insulino-dependente: em geral incide na criança e no jovem, mas pode surgir em todas as idades;
adulto (tipo II) não insulino-dependente: este tipo manifesta-se após os 40 anos (início da maturidade), podendo surgir também nos jovens.
Diabete secundário:
depende da incidência da doença que atinge o pâncreas: doenças pancreática, endócrina ou medicamentosa.
Etiologia:
A etiologia não é conhecida completamente, e ocorre a participação de certos fatores ambientais e genéticos.
Fatores desencadeantes:
obesidade;
viroses (sarampo, caxumba);
ingestão excessiva de hidrates de carbono (açúcares);
gravidez;
infecções;
stress (traumas, cirurgias, emocionais);
medicamentos;
distúrbios endócrinos;
vida sedentária.
Sintomas:
polidipsia (sede excessiva);
poliúria (aumento da diurese);
polifagia (apetite exagerado);
perda de peso.
Outras manifestações: sonolência, irritabilidade, dores musculares e câimbras, distúrbios visuais, da pele e vasculares.
A insulina é um hormônio de natureza protéica, produzido pelas células Beta das ilhotas de Langerhans no pâncreas.
Diagnóstico:
a) Clínico
De acordo com a sintomatologia apresentada pelo paciente.
b) Laboratorial:
pesquisa de glicose na urina;
dosagem de glicemia em jejum;
glicemia pós-prandial;
testes de tolerância à glicose;
testes urinários (clinistest, destrostix);
hemoglucotest. Tratamento:
O tratamento básico das diabetes é
educação;
exercícios;
dieta;
medicação (hipoglicemiante oral, insulina).
Dieta
Consiste em refeições regulares e bem balanceadas para ajudar a controlar a taxa de açúcar no sangue.
Com a exceção de doces, nenhum alimento deve ser proibido ao paciente.
Evitem-se alimentos ricos em gorduras saturadas e colesterol, que podem contribuir para complicações.
Medicação
O uso da dieta e os exercícios devem ser combinados com medicamentos para um controle eficaz da diabete.
O Os medicamentos que controlam a quantidade de açúcar no sangue são os hipoglicemiante orais e a insulina.
Tipos de insulina:
a) Insulina simples (cristalina-normal-regular):
sua ação é regulada no tecido sub​cutâneo para a corrente sanguínea;
com ação rápida (30 min.) e duração de 6 a 8 horas;
usada no início do tratamento, em emergências e complicações.
vias IM, EV e SC (40 e 80 unidades).
b) Insulina NPH (insulina zinco + protamina):
ação regular ou intermediária (duas a quatro horas) e duração de 16 a 24 horas;
indicada no tratamento de manutenção do diabete;
via SC (40, 80 e 100 unidades).
c) Insulina Protamina Zinco (PZI ou IPZ)
ação ultra-lenta (seis a oito horas) e duração de 24 a 30 horas;
indicada quando a insulina NPH fica sem atividade hipoglicemiante à noite.
Complicações do uso da insulina:
infecção local (contaminação ou má esterilização da agulha);
hipodistrofia (distúrbio do metabolismo das gorduras);
hipotrofia (perda de gordura subcutânea, com depressões no local da aplicação da insulina);
alergia (devido à protamina ou à insulina, com reações locais e gerais).
Insulinoterapia
A insulina é um hormônio hipoglicemiante e que controla o armazenamento e o metabolismo dos hidrates de carbono, proteínas e gorduras.
É usada quando o corpo do paciente não produz insulina suficiente e a dieta não controla a diabete.
Material:
seringa e agulhas esterilizadas;
frasco de insulina;
algodão e álcool.
Técnica para o preparo da insulina:
lave bem as mãos;
use a seringa de acordo com a concentração de insulina;
misture a insulina, rolando o frasco nas mãos;
limpe a borracha (tampa do frasco) com algodão embebido em álcool;
aspire o ar na seringa puxando o êmbolo até a marca da dose a ser injetada;
introduza a agulha no frasco, injetando o ar da seringa;
imediatamente vire o frasco com a tampa para baixo e aspire a insulina para dentro da seringa, verificando a dose exata;
retire a agulha do frasco com cuidado e proteja a agulha com a sua tampa.
Aplicação da insulina:
escolha o local da aplicação, limpe a pele com algodão embebido em álcool;
segure a pele formando uma prega com os dedos sem tocar no local;
com a seringa, introduza a agulha na pele, firmemente, formando um ângulo de 90° com a pele;
injete a insulina, retire a agulha e pressione o algodão com álcool no local da aplicação.
Locais para aplicação de insulina:
região deltóide, região glútea, face ântero-extrema da coxa, parede abdominal, não próxima ao umbigo e cintura (vide figura);
variar o local de aplicação;
registrar os locais e utilizar todos os possíveis;
numa mesma área use aproximadamente uma distância de 2 a 3 cm.
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Reação ou choque hipoglicêmico
Consiste na queda do nível de glicose circulante no sangue.
Causas:
superdosagem de insulina;
falta de alimentação;
exercício físico em excesso;
diarréia e vômitos.
Sintomas:
palidez;
sonolência;
astenia;
cefaléia;
tremores;
taquicardia;
sudorese;
irritabilidade;
nervosismo;
formigamento nas extremidades;
confusão mental;
convulsão e inconsciência.
Tratamento:
- ingerir carboidratos, tais como sucos de frutas, refrigerantes, balas e águaaçucarada.Quando o paciente não deglute, usar uma ampola de glicose hipertônica por via venosa.
Reação hiperglicêmica ou coma diabético
Consiste na elevação do nível de glicose circulante no sangue.
Causas:
diminuição ou omissão da dose de insulina ou antidiabético oral;
alimentação em excesso ou uso de alimentos proibidos;
doenças, infecções, stress emocional.
Sintomas:
poliúria;
polidipsia;
astenia;
anorexia;
náuseas;
vômitos;
pele seca;
hálito cetônico (fruta podre);
dor abdominal;
sonolência;
torpor e coma.
Tratamento:
usar a insulina;
soro fisiológico e glicosado;
repor os eletrólitos.
Cuidados gerais e prevenção:
Pele
evitar infecções;
usar loções para pele;
evitar ferimentos, queimaduras e frio;
tratar os ferimentos imediatamente.
Higiene pessoa
cuidado com os pés, lavar diariamente, enxugar cuidadosamente entre os dedos;
cortar e limpar as unhas;
usar sapatos macios e não andar descalço;
estimular a circulação com massagens;
cuidar dos dentes, evitar cáries, usar escova macia, fazer higiene oral e visitar o dentista periodicamente;
evitar o fumo e o álcool.
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AFECÇÕES OTORRINOLARINGOLÓGICAS
 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O ouvido é um órgão do sentido responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio. Divide-se em ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno.
 OTITE
É um processo inflamatório que acomete o canal auditivo. Pode classificar-se em otite externa, em otite média aguda ou em otite média crônica.
Manifestações clínicas:
- dor sentida dentro e ao redor do ouvido, febre, cefaléia, dificuldades de audição, edema, anorexia, náuseas, vômitos, sendo que na otite crônica podem aparecer discreta surdez e secreção de odor fétido.
Diagnóstico:
É realizado mediante exame físico, com observação da sintomatologia característica, e, se necessário, RX para observar patologia na mastóide.
Tratamento:
São utilizados antimicrobianos, antiinflamatórios, antitérmicos e analgésicos.Em casos mais graves pode ser necessária a intervenção cirúrgica para a remoção da mastóide.
Cuidados de enfermagem:
proporcionar ambiente confortável, livre de barulho excessivo;
relatar queixas de dor e sintomas apresentado pelo paciente;
proceder à higiene do conduto auditivo, sempre que houver eliminação de secreções;
auxiliar o enfermeiro na irrigação do conduto auditivo;
solicitar a presença do enfermeiro sempre que surgirem dúvidas na condução de suas atividades.
 SINUSITE
É a inflamação dos seios da face, que costuma acontecer durante as infecções do trato respiratório superior.
Manifestações clínicas:
Manifesta-se por cefaléia frontal, dor dentro e perto dos olhos, cefaléia occipital, congestão e secreção nasal, febre moderada, tosse.
Diagnóstico:
É realizado mediante exame físico, com presença dos sintomas específicos, e RX dos seios da face.
Tratamento:
Consiste em repouso, drenagem dos seios da face e administração de antimicrobianos, antiinflamatórios, analgésicos e antitérmicos.
Cuidados de enfermagem:
manter o paciente em repouso;
aplicar compressas quentes na face;
observar e relatar queixas do paciente;
administrar medicação prescrita.
 FARINGITE
Caracteriza-se por um a inflamação da garganta, acompanhada por hipertermia. Pode ser classificada em aguda e crônica.
Tratamento:
O tratamento é sintomático, com administração de analgésicos, antitérmicos e antitussígenos. É realizada, ainda, a umidificação com a finalidade de liquefazer as secreções e facilitar suas eliminações.
Cuidados de enfermagem:
promover repouso no leito, principalmente durante o estágio febril;
observar, relatar e comunicar ao enfermeiro sobre o aparecimento de exantemas na pele;
administrar gargarejes com solução salina morna;
administrar medicação prescrita;
fazer higiene oral de 4/4 horas;
oferecer dieta branda;
encorajar a ingestão hídrica;
orientar o paciente e fazer repouso vocal.
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AFECÇÕES OFTALMOLÓGICAS
 CONSIDERAÇÕES GERAIS
O globo ocular é um órgão de conformação esférica localizado numa cavidade óssea denominada órbita.
Para fins de estudo, podemos dividir o globo ocular em três camadas ou túnicas. A camada mais externa, fibrosa e de cor branca, é denominada esclerótica.
Esta continua, anteriormente, como uma estrutura translúcida ligeiramente protrusa denominada córnea. Posteriormente, a esclerótica apresenta uma abertura por onde se distribui o nervo óptico sobre a superfície interna do globo, numa camada fina denominada retina. Nesta, localizam-se finas terminações nervosas que, quando expostas a estímulos, transmitem impulsos visuais para o cérebro, que são interpretados como visão.
 CONJUNTIVITE
É a inflamação da conjuntiva ocular devido a processos alérgicos a infecções (bacterianas, viróticas ou ricketisianas) ou a um traumatismo físico ou químico.
Manifestações clínicas:
Apresenta vermelhidão, dor, edema e lacrimejamento. De acordo com os microorganismos agressores, poderá apresentar secreção purulenta.
Tratamento:
A terapêutica consta de administração de antimicrobianos, analgésicos e antiinflamatórios, bem como de uma higienização adequada do globo ocular.
Cuidados de enfermagem:
lavar as mãos antes e após o manuseio do paciente;
auxiliar o enfermeiro nas irrigações oculares;
aplicar compressas mornas com duração de 15 minutos, em cada olho, quatro vezes por dia;
usar lenços e toalhas de papel para fazer a higiene do olho infectado;
proceder à higienização ocular de acordo com a técnica conhecida;
administrar a medicação prescrita;
observar e relatar as queixas do paciente;
solicitar a presença do enfermeiro sempre que houver dúvida na execução de suas atividades.
 GLAUCOMA
É uma patologia caracterizada pelo aumento da pressão no interior do olho a níveis acima do normal e pela perda progressiva do campo visual.
Manifestações clínicas:
Glaucoma agudo (ângulo fechado): aparecimento de dor intensa concomitante ao aumento da pressão intra-ocular, turvação da visão, dilatação das pupilas, podendo ocorrer ainda náuseas e vômitos, distúrbios neurológicos e dentários bem como dor no olho.
Pode ocorrer cegueira irreversível, se o glaucoma não for tratado com precisão.
Glaucoma crônico (ângulo aberto): início insidioso com discreto desconforto, sensação de cansaço na vista, deterioração lenta da visão periférica, aparecimento de halos em volta das luzes artificiais, perda progressiva do campo visual.
Tratamento:
A terapêutica inicial consiste no uso de drogas. Se não houver sucesso com o tratamento clínico, deve-se indicar o cirúrgico.
Cuidados de enfermagem após intervenção cirúrgica:
auxiliar o paciente a levantar-se da cama;
administrar a medicação prescrita;
auxiliar o enfermeiro na troca de curativo;
relatar as queixas do paciente.
 HIGIENE OCULAR
Finalidade:
umidificar a superfície dos olhos de um paciente inconsciente;
remover secreções do saco conjuntival;
promover alívio do prurido ocular;
promover o tratamento de infecções;
remover substâncias químicas ou corpos estranhos dos olhos.
Material necessário:
solução prescrita ou água morna;
seringa;
conta-gotas, gazes, cotonetes;
Procedimento técnico:
colocar o paciente em posição confortável, podendo ser sentada ou em decúbito dorsal;
inclinar a cabeça do paciente para o lado do olho afetado;
colocar uma cuba-rim próxima ao local, para coletar o fluxo;
retirar quaisquer substâncias existentes nos cílios e pálpebras, antes de expor a conjuntiva;
limpar o olho, caso haja secreção, do canto externo para o interno;
deslocar a pálpebra inferior, para baixo com o dedo indicador;
orientar o paciente a olhar para cima e instilar a solução, com auxílio do conta-gotasou de uma seringa;
fazer com que a solução flua do canto interno para o externo ao longo do saco conjuntival;
orientar o paciente, ocasionalmente, a fechar os olhos, pois isto faz com que ocorra o deslocamento de partículas aderidas;
secar os olhos e a face do paciente com gaze ou cotonete;
anotar a espécie e quantidade da solução usada e os seus efeitos no paciente.
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AFECÇÕES NEUROLÓGICAS
 NOÇÕES GERAIS
O sistema nervoso é formado pelo cérebro e medula espinhal e tem por função controlar e coordenar as atividades celulares através do corpo. Para isto emprega um mecanismo que envolve a transmissão de impulsos elétricos, que faz com que cada estímulo seja enviado corretamente à área pretendida. Estes estímulos são dirigidos pelas fibras nervosas e as respostas que produzem ocorrem instantaneamente.
O encéfalo é dividido em cérebro, tronco cerebral e cerebelo e se encontra inserido numa caixa óssea rígida - o crânio. Apresenta três coberturas ou envoltórios:
dura-máter, que é o envoltório mais externo, formado de tecido fibroso, denso e justaposto à parede interna do crânio;
aracnóide;
pia-máter, revestimento mais interno que se adere intimamente ao encéfalo e à medula espinhal.
O cérebro é a maior parte do encéfalo.
Na sua superfície ou córtex estão localizados os centros nervosos de onde os impulsos motores são enviados aos músculos e nos quais chegam os impulsos sensitivos provenientes dos vários nervos sensitivos.
 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL - AVC
Acidente vascular cerebral, derrame ou apoplexia é uma condição de perda súbita das funções cerebrais resultante de uma interrupção do fluxo sanguíneo cerebral.
Comumente ocorre, desencadeado por quatro fatores:
trombose cerebral;
embolia cerebral;
estenose de uma artéria que irriga o encéfalo;
hemorragia intracerebral.
Os indivíduos que apresentam maior predisposição ao AVC são os portadores de hipertensão arterial, que apresentam elevação do colesterol plasmático, cardiomegalia, hipertrofia ventricular esquerda, doença da artéria coronária, diabetes, insuficiência cardíaca congestiva ou são tabagistas.
 
Manifestações clínicas:
A sintomatologia pode ser descrita por enfraquecimento da memória, vertigem, cefaléia, síncope, turvação da visão e, ainda, por sinais focais ou neurológicos como hemiparesia, hemiplegia, afasia, ataxia, estupor e coma.
Tratamento:
A terapêutica é orientada no sentido , de manter as condições vitais do paciente.
Faz parte do tratamento a terapêutica medicamentosa com administração de corticosteróides e anticoagulantes.
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Cuidados de enfermagem:
Na fase aguda em paciente inconsciente:
ver cuidados específicos com o paciente inconsciente;
verificar sinais vitais de 6/6 horas;
anotar a quantidade de líquidos ingeridos ou administrados e o volume da urina excretada, a cada 24 horas;
reorientar o paciente, quando ele começar a recobrar a consciência;
Na fase de reabilitação:
posicionar o paciente corretamente no leito;
colocar um travesseiro na axila do lado afetado para afastar o braço do tórax;
virar o paciente para o lado não afetado a cada duas horas;
colocar o paciente em decúbito ventral por 15 minutos a meia hora, diariamente;
fazer exercícios passivos nas extremidades afetadas quatro a cinco vezes por dia;
orientar o paciente a exercitar as extremidades não afetadas várias vezes ao dia;
colocar a campainha, mesa de cabeceira etc., no lado em que o paciente possa pegar;
aproximar-se do leito pelo lado não afetado do paciente;
auxiliar nas refeições;
fazer higiene oral;
auxiliar o paciente a sentar-se assim que seja possível;
auxiliar na deambulação tão logo se consiga equilíbrio na posição ortostática;
estimular o paciente ao autocuidado tão logo seja possível;
atender prontamente às queixas e solicitações do paciente.
 TRAUMATISMO CRÂNIO-ENCEFÁLICO TCE
Os traumatismos cranianos estão incluídos entre as mais freqüentes e mais graves alterações neurológicas, decorrentes de acidentes de trânsito, de quedas acidentais domésticas ou no trabalho.
Manifestações clínicas:
As manifestações, além daquelas da lesão local, dependem da intensidade e da distribuição da lesão cerebral.
As fraturas ocorridas na base do crânio, com freqüência, produzem hemorragia nasal, faríngea ou dos ouvidos, podendo, ainda, aparecer sangue sob as conjuntivas.
A perda de líquido cefalorraquidiano pelos ouvidos (otorréia), e pelo nariz (rinorréia), sugere fratura de crânio.
Diagnóstico:
O exame físico e a avaliação do estado neurológico revelam as lesões cerebrais mais evidentes. As alterações menos aparentes ocorridas nos traumatismos de crânio são avaliadas mediante pornografia computadorizada craniana ou da angiografia cerebral.
Tratamento:
De modo geral, as fraturas cranianas sem afundamento não exigem tratamento cirúrgico, ao passo que, quando há a ocorrência de afundamento, o tratamento cirúrgico é o indicado.
Cuidados de enfermagem:
deitar o paciente em superfície rígida, tendo o cuidado de não realizar movimentos bruscos;
colocar a cabeça e o pescoço alinhados com o eixo do corpo;
puncionar veia calibrosa;
manter as vias aéreas permeáveis e uma oxigenação adequada;
verificar temperatura, pulso e respiração a cada 15 minutos;
fazer cateterismo vesical de demora;
fazer tricotomia craniana;
acompanhar o paciente durante a realização dos exames;
observar e relatar as evidências de choque hipovolêmico;
colocar um coxim de algodão esterilizado sob o nariz ou ouvido para absorver secreções drenadas;
manter o ambiente o mais calmo possível.
Observações:
caso o paciente esteja inconsciente, adotar os cuidados específicos para o quadro, descritos na unidade anterior;
caso seja indicado o tratamento cirúrgico, atentar para os cuidados pós-operatórios descritos na unidade de clínica cirúrgica.
 LESÕES MEDULARES
O traumatismo raquimedular pode variar, desde uma concussão transitória (na qual ocorre plena recuperação), à laceração, contusão e compressão, isoladas ou associadas a uma transecção completa da medula, o que torna o paciente paralisado abaixo do nível da lesão.
As vértebras mais envolvidas nestes traumatismos são a 5ª e 7ª cervicais, a 12ª torácica e a 1ª lombar, isto pelo fato de haver maior amplitude dos movimentos vertebrais nesta área.
Manifestações clínicas:
Quando não ocorre a perda da consciência, o paciente poderá queixar-se de dor local aguda, que se irradia ao longo do nervo acometido. Quando a lesão é a nível de vértebras cervicais, pode ocorrer paralisia dos músculos intercostais e abdominais, o que irá ocasionar problemas respiratórios graves. Pode ocorrer, ainda, perda das funções motoras, sensitivas e vesical.
Tratamento:
Imediato: uma vítima de acidente com suspeita de lesão medular deverá ser transportada para o hospital com cautela.
Deve-se proceder à imobilização cervical com o uso de um colar apropriado, tendo-se o cuidado de não movimentar o pescoço, e manter a coluna vertebral alinha da adequadamente na horizontal. A vítima deverá ser colocada sob uma superfície rígida, podendo ser uma maca ou tábua, e encaminhada imediatamente a uma unidade de tratamento.
Definitivo: a terapêutica de uma lesão cervical exige uma imobilização, redução precoce e estabilização. Para tanto são utilizadas algumas formas de tração esquelética com o uso de pinças presas ao crânio ou técnicas, como do halo cast ou halo-colete.
Medidas gerais: exercícios passivos com as extremidades, prevenção de escaras e sondagem vesical.
Cuidados de enfermagem:
receber o paciente na unidade e avisar imediatamente o enfermeiro e o médio de plantão;
manter o paciente na maca, imóvel, até que seja examinado;
manter o paciente aquecido e com as vias aéreas desobstruídas;
verificar sinais vitais de 15/15 minutos;
verificar e relatara presença de lesões em todo o corpo;
observar e relatar se o paciente está consciente ou não. Em caso de inconsciência, adotar os cuidados específicos já descritos anteriormente;
puncionar veia calibrosa;
providenciar um colchão rígido;
transportar o paciente com o cuidado de não exercer movimentos bruscos;
passar o paciente da maca para o leito, tendo o cuidado de manter a coluna vertebral alinhada, e sem fazer curvaturas;
colocar o paciente em decúbito dorsal com as extremidades alinhadas ao longo do corpo;
quando for indicada a tração esquelética, proceder à tricotomia craniana;
observar e relatar o aparecimento de secreção nas inserções do aparelho detração junto ao crânio;
fazer banho no leito, massageando a superfície corporal e movimentando as extremidades, se não houver contra-indicação;
proporcionar ambiente calmo e tranqüilo, assim como conforto através das técnicas já conhecidas;
relatar as queixas e alterações ocorridas com o paciente;
comunicar ao enfermeiro qualquer alteração do quadro clínico.
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SISTEMA URINÁRIO
 
 CONCEITO
Consiste em um grupo de órgãos responsáveis pela função renal, na qual a urina é excretada pelos rins, saindo pêlos cálices renais, ureteres e bexiga para eliminação.
 ANATOMIA
 FISIOLOGIA
Os rins desempenham funções primordiais na manutenção da composição, concentração, volume e equilíbrio dos líquidos orgânicos.
Os líquidos e alimentos ingeridos pelo homem vão, no sistema gastrintestinal, sofrer uma série de transformações e ser absorvidos pelo sangue, que transporta estes alimentos por todo o corpo até a célula.
Na célula, este alimento é queimado para produzir energia; as substâncias que sobram da queima são os catabólitos, substâncias nocivas e tóxicas ao corpo humano.
O sangue, passando pêlos rins, é filtrado e tais substâncias são eliminadas pelo sistema urinário, mantendo, assim, o equilíbrio e a limpeza dos líquidos orgânicos do nosso organismo.
A infecção urinária é causada pela presença e desenvolvimento de microorganismos patogênicos no trato urinário.
A infecção urinária é comprovada pela presença destes microorganismos na urina, na concentração de 100.000 ou mais bactérias por mil.
Fatores predisponentes:
As mulheres têm infecção com mais facilidade porque a uretra é curta e situa-se próxima à vulva e ao reto; as relações sexuais e a gravidez são também responsáveis por isso.
Podemos encontrar outros fatores:
malformações, diabetes, neuropatias, cateterismos, prostatite, anomalias, estenose e cálculos.
Vias de infecção:
hematogênica (infecção, sangue, rins);
linfática (canais, rins e outros órgãos);
ascendente (bactérias, bexiga, rim);
descendente (rim, bexiga, próstata, uretra).
Na mulher: reto, colo uterino e bexiga
Sintomatologia:
cólica renal (dor causada por inflamação e pressão no parênquima renal);
disúria (dificuldade e dor na micção);
hematúria (presença de sangue na urina);
bacteriúria (bactérias na urina);
poliúria (aumento do volume urinário);
aligúria (diminuição do volume urinário);
anúria (ausência de urina).
 CISTITE
E uma inflamação que atinge a bexiga.
Sintomas:
Dor na região vesical, queimação na uretra, hematúria (sangue na urina), piúria (pus na urina), freqüência e urgência (paciente vai várias vezes ao banheiro e consegue urinar uma pequena quantidade de cada vez).
Diagnóstico:
É feito através de exames clínicos: cultura e antibiograma; exame de urina EAS; urografía excretora e cistoscopia.
 
Tratamento:
Médico:
administração de antibióticos, analgésicos e antiespasmódicos;
Enfermagem:
estimular os mecanismos de defesa do organismo;
dar líquidos com freqüência para estimular o fluxo urinário;
encorajar o paciente a urinar a cada três horas esvaziando a bexiga completamente;
promover conforto ao paciente;
repouso no leito na fase aguda;
aplicar calor períneo para alívio à dor, ao espasmo e à urgência.
Alta e orientação:
exame de urina freqüente, por dois anos e, nos casos de gravidez, acompanhamento médico rigoroso;
as mulheres devem lavar-se no chuveiro ou de pé, na banheira;
higienização externa das regiões anal, vulvar e pubiana com Povidine Degermante (obs.: alergia ao iodo);
limpar e lavar a região anal, vulvar e pubiana após cada evacuação;
urinar após o ato sexual.
 PIELONEFRITE
É uma doença bacteriana inflamatória que atinge o parênquima renal e a pelve.
Etiologia:
- enterobactérias, traumatismos, obstrução do reflexo uretrovesical, gravidez e por via hematogênica.
Sintomas:
Fase aguda: febre, calafrios, dor lombar, astenia, mal-estar, vômitos e distúrbios intestinais;
Fase crônica: cefaléia, fadiga, anorexia, perda de peso, poliúria (aumento do volume urinário) e proteinúria (proteínas na urina).
Diagnóstico:
Exame clínico e exames laboratoriais que são feitos:
sangue (hemograma, uréia, creatinina, ácido úrico e glicemia);
urina (EAS e cultura e antibiograma);
RX do abdome e urografia excretara.
Tratamento médico:
hidratação parenteral, antitérmicos, antierméticos, analgésicos e antiinflamatórios.
Cuidados de enfermagem:
Fase aguda: o mesmo da cistite;
Fase crônica: o mesmo da GNDA.
 GLOMERULONEFRITE DIFUSA AGUDA - GNDA
É a reação inflamatória dos glomérulos em razão de várias doenças que atingem os rins.
Etiologia:
Por via hematogênica: faringite ou amigdalite (estreptococos beta-hemolítico);
Após infecção: pneumocócica ou estafilocócica.
Sintomas:
- Cefaléia, mal-estar geral, edema facial e de extremidades, fadiga, anorexia, hipertensão leve e dor lombar.
Diagnóstico:
urina (EAS);
sangue (uréia, creatinina e proteína C reativa);
biópsia renal.
Tratamento:
não há nenhuma medida terapêutica específica;
manter o paciente em repouso absoluto no leito;
controlar e anotar os sinais vitais (TPR e PA) de 4/4 horas;
a dieta deve ser hipossódica (pobre em sal), hipoprotéica (pobre em proteínas) e rica em carboidratos;
balanço hídrico (medir e anotar a ingestão de líquidos e a diurese);
pesar diariamente o paciente e anotar;
o paciente deve restringir ao máximo as suas atividades normais, e voltar paulatinamente a elas.
 INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA - IRA E INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA-IRC
A IRA consiste na redução súbita e progressiva da função renal, em razão de problemas circulatórios renais ou à destruição dos glomérulos. A IRC é uma insuficiência de progressão lenta e irreversível.
Sintomas:
o quadro clínico é muito complexo, e quanto mais néfrons destruídos, maior é o número de sinais e sintomas;
oligúria (diminuição do volume urinário), hematúria, edema, anorexia, náuseas, vômitos, hemorragias, cefaléia, irritabilidade, hipertensão, sonolência, anemia e odor de amônia na respiração.
Tratamento:
O tratamento visa manter um pouco da função renal, reduzindo o metabolismo, e manter as outras funções orgânicas em boa atividade.
Quando o dano renal é permanente na insuficiência renal crônica, em estágios mais avançados, em caráter de urgência ou para tratamento conservador, pode-se exigir um tratamento especial.
Tratamento especial:
diálise (peritoneal);
hemodiálise;
transplante renal.
Tratamento de enfermagem:
medir e anotar com precisão a ingestão e a excreção de líquidos (balanço hídrico);
manter o paciente em uma posição confortável;
dar apoio psicológico, orientando o paciente quanto ao seu tratamento, manter diálogo, ouvir e anotar queixas;
executar, ajudar, orientar e supervisionar a higiene corporal e oral do paciente;
ajudar ou supervisionar a dieta que deve ser hipossódica ou hipoprotéica e recomendar cuidado rigoroso na ingestão;
criar medidas de segurança para proteção do paciente em caso de convulsões;
orientar a família e amigos para que possam compreendere dar todo o apoio ao paciente;
orientar o paciente para as mudanças necessárias, a fim de manter uma auto-imagem positiva e maior independência;
avaliar o nível de consciência e outros sinais neurológicos do paciente;
manter o paciente em repouso absoluto no leito;
verificar e anotar os sinais vitais (TPR e PA) de 4/4 horas;
auxiliar no tratamento dialítico.
As técnicas especiais usadas no tratamento de pacientes portadores de insuficiência renal crônica são as seguintes:
intracorpórea;
DPI (diálise peritonial intermitente) aberta e fechada;
CAPD (diálise peritonial ambulatorial contínua);
CCPD (diálise peritonial cicladora contínua) fechada.
Extracorpórea:
hemodiálise;
hemofiltração.
Finalidades:
retirar substâncias tóxicas e produtos metabólicos do organismo;
retirar o excesso de líquidos do corpo;
restaurar o equilíbrio hidreletrolítico.
Indicações:
- IRA, IRC, intoxicações e coma hepático.
Contra-indicações:
- cirurgia recente, distensão abdominal, gestação e peritonite.
Técnica:
diálise peritonial.
Fase preparatória:
- fazer o preparo psicológico do paciente, a tricotomia abdominal, o esvaziamento da bexiga, a aferição da TPR, da PA e do peso.
A hemodiálise consiste na filtração do sangue através de um aparelho denominado hemodialisador ou rim artificial.
Na hemodiálise, o sangue circula fora do corpo, com heparino, através de conexões e de uma membrana semipermeável, e entra em contato com o fluido dialisado. No sangue, os produtos do metabolismo (uréia, creatinina, ácido úrico, fosfato, eletrólitos e água) passam para o dialisado, sendo lançados na rede de esgoto. E o sangue purificado volta ao corpo por uma veia do paciente.
Hemodiálise:
via de acesso;
banho dialisado;
dialisador com membrana semipermeável (capilar).
Duração: três vezes por semana de 4 (quatro) a 8 (oito) horas;
Monitorização:
composição, temperatura, velocidade, pressão e sangue no fluido de diálise;
pressão na linha arterial e no circuito sanguíneo;
temperatura, pulso e respiração do paciente.
Cuidados de enfermagem:
oferecer apoio psicológico, manter diálogo, orientar, ouvir e anotar as queixas do paciente;
supervisionar as fases evolutivas de adaptação ao tratamento;
atender as necessidades do paciente, proporcionando-lhe conforto e tranqüilidade;
verificar o peso pré e pós-diálise;
verificar sinais vitais (TPR e PA): no início de 15 em 15 minutos, por uma hora e, depois, de 30 em 30 minutos;
manter o paciente aquecido;
supervisionar o funcionamento do hemodialisador, os sets arteriovenosos e a cânula;
Observações:
podem ocorrer prurido, câimbras, cefaléia e convulsões;
dieta hipoprotéica e hipossódica;
nunca deixar o paciente sozinho na hemodiálise;
anotar todas as ocorrências no relatório;
 
BOCA – ESÔFAGO – ESTÔMAGO
Delgado – Duodeno – Jejuno – Íleo
Ascendente
- Fígado Transverso
 Grosso – Ceco Descendente
Cólon Sigmóide
�
Diagrama do Aparelho Digestivo
CABEÇA E EXTREMIDADE SUPERIOR
�
Estrutura do coração e do percurso do fluxo sanguíneo através das câmaras cardíacas (Fig. 02)
 Brônquio D
 Brônquio E
AR
NASOFARINGE
FARINGE
LARINGE
TRAQUÉIA
BRONQUÍOLOS
ALVÉOLOS
O2
CO2
SANGUE
CORAÇÃO
ORGANISMO
NARIZ
Endócrinas
Hormônios
Ilhotas
Células beta
Insulina
Células Alfa
Glucanon
�
COSTAS
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FRENTE
Locais para aplicação de insulina (figs. 05)
�
Representação estrutural do ouvido externo, médio e interno (Fig. 06)
�
Córtex
Cerebral
Cerebelo
�
b) Túbulo proximal
c) Alça de hente;
d) Túbulo distal
e) Túbulo coletor
Divisão 
Divisão 
Direito - Ureter D
Esquerdo – Ureter E
Bexiga-Uretra

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