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Sistema reprodutor feminino e masculino

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AES 3 - PROBLEMA 6
Danielli Felisberto
Compreender o sistema reprodutor feminino 
1.1. Anatomofisiologia
A função reprodutora feminina pode ser dividida em duas fases principais: primeira, a preparação do corpo feminino para a concepção e gestação; segunda, o período da própria gestação. A primeira parte deste trabalho reporta-se à preparação do corpo feminino para a gestação e a segunda apresenta a fisiologia da gravidez.
O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora.
Vagina: é um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.
A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais.
A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê.
A genitália externa ou vulva: é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os lábios maiores. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os lábios menores - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem.
Ovários: são as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante.
No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gameta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.
O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias.
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: são dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Útero: órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio.
1.2. Regulação hormonal
O sistema hormonal feminino é dividido em três hierarquias de hormônios:
O hormônio de liberação hipotalâmica, libertador de gonadotropinas (GnHR).
Os hormônios sexuais hipofisários anteriores: o hormônio folículo estimulante (FSH) e o hormônio luteinizante (LH), os dois são secretados em resposta à liberação de GnHR.
Os hormônios ovarianos, estrogênio e progesterona, que são secretados pelos ovários em resposta ao FSH e ao LH.
O hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH)
Este hormônio é liberado na fase pré-ovulatória.
O hormônio liberador de gonadotrofina, de sigla GnRH, é um hormônio polipeptídico sintetizado pelo hipotálamo, que age sobre a hipófise e leva à liberação dos hormônios LH e FSH (hormônio luteinizante e folículo-estimulante, respectivamente)
Este hormônio se liga aos receptores de membrana presentes nas células da adeno-hipófise, ativando a adenilciclase e, conseqüentemente, elevando a formação de AMP cíclico (AMPc) a partir de ATP dentro das células, estimulando, desta forma, o aumento de retenção de cálcio, e ainda, a ativação da proteína quinase C, resultando em síntese e secreção dos hormônios LH e FSH .
O GnRH é responsável por regular indiretamente a atividade gonadal por meio de estímulos da secreção de LH e FSH pela hipósfise. A frequência e amplitude dos pulsos de GnRH e gonadotrofinas são responsáveis pelo controle da atividade gonadal e, consequentemente, das funções reprodutivas.
Assim como acontece naturalmente, este hormônio é liberado em pequenos “pulsos”, por meio do auxilio de uma pequena bomba que funciona 24 horas por dia, acoplada a um cinto, com a agulha encontrando-se introduzida normalmente por debaixo da pele na região abdominal.
Os hormônios sexuais hipófisários: FSH e LH
O FSH é uma glicoproteína que regula o crescimento, desenvolvimento, puberdade, reprodução e secreção de hormônios. O FSH é secretado pela glândula pituitária anterior.
Primeiramente, a produção de FSH é estimulada pelo hormônio liberador das gonadotropinas (GnRH) ou hormônio liberador do hormônio luteinizante (LHRH), na região pré-óptica do hipotálamo.
As mudanças sexuais ovarianas que ocorrem durante o ciclo sexual são dependentes dos hormônios gonadotróficos (FSH e LH). Na ausência desses hormônios os ovários ficam inativos, isso ocorre por exemplo durante a infância, em que esses hormônios praticamente não são secretados. 
Por volta dos 9 e aos 12 anos a hipófise começa a secretar gradualmente o FSH e o LH, levando ao inicio dos ciclos sexuais normais, que normalmente ocorre entre os 11 e os 15 anos. Esse é o período chamado de puberdade e o primeiro ciclo menstrual é chamado menarca. Durante cada mês do ciclo sexual feminino ocorre o aumento e a diminuição desses hormônios, são variações cíclicas. 
O FSH e o LH estimulam células-alvo ovarianas e se combinam com receptores específicos de FSH e LH, nas membranas dessas células-alvo. 
Crescimento do folículo ovariano - Fase “folicular” do ciclo ovariano
Quando uma criança do sexo feminino nasce, cada ovulo possui uma única camada de células da granulosa, ele é então chamado de foliculo primordial. Durante a infância ocorre esses óvulos continuam no seu estado inicial, pois não há maturação, acredita-se que a granulosa secrete o “fator de inibidor da maturação do oócito”. Quando se atinge a puberdade e existe a produção de FSH e LH tornam-se significativas, os ovários e alguns folículos começam a crescer.
O primeiro estagio do crescimento folicular é o aumento moderado do próprio óvulo, o diâmetro aumenta de 2 a 3 vezes. Inicia então o crescimento de outras camadas das células da granulosa em alguns dos folículos, chamados de folículos primários.
Desenvolvimento dos folículos Antrais e Vesiculares 
O ovócito fica contido numa vesícula denominada folículo ovariano. A formação do folículo se inicia com cerca de 18 semanas, perto da metade da vida pré-natal. Inicialmente, o ovócito primário está envolvido por uma única camada de células epiteliais achatadas - folículo primordial - depois por uma camada de células cubóides ou colunares - folículo primário - a seguir por um epitélio estratificado - folículo secundário - e, finalmente, por células que delimitam uma cavidade cheia de líquido, o antro- folículo terciário ou vesicular.
Nos primeiros dias de cada ciclo sexual feminino, as concentrações de FSH e LH aumentam leve a moderadamente,sendo que o FSH é maior que o LH e também é secretado alguns dia antes. Esses hormônios, principalmente o FSH causam o surgimento de 6 a 12 folículos por mês, pois há a proliferação das células da granulosa. Há o agrupamento de varias células fusiformes derivadas do interstício ovariano, levam ao aparecimento de de uma segunda massa de células chamada teca, dividida em duas camadas. 
A camada interna da teca as células ganham característica epitelioide, parecida às da célula da granulosa, passando a secretar mais hormônios sexuais esteroides (estrogênio e progesterona). A camada externa forma a capsula do folículo em desenvolvimento. 
Depois da fase de proliferação inicial, que dura alguns dias, a massa de células da granulosa secretam o liquido folicular que contem uma alta concentração de estrogênio. O acúmulo desse liquido leva ao aparecimento do antro. 
O crescimento inicial do folículo primário até a fase antral é estimulado pelo LH e estrogênio, mas principalmente pelo FSH. Quando ocorre o crescimento acelerado, leva ao surgimento de folículos ainda maiores, chamados de folículoos vesiculares. 
Função dos hormônios ovarianos: Estradiol e Progesterona
Os hormônios sexuais ovariano são divididos em estrogênios e progestinas. Sendo que o estrogênio mais importante é o estradiol e o hormônio mais importante das progestinas é a progesterona.
Os estrogênios são responsareis pela proliferação e o crescimento de células especificas do corpo, que acarretam no desenvolvimento da maioria das características sexuais secundarias da mulher. As progestinas preparam o útero para a gravidez e as mamas para a lactação.
Esses hormônios são transportados pelo sangue, sendo liberados rapidamente nos tecidos, demora em média apenas 30 min,
Estrogênios: Na mulher não grávida normal, os estrogênios são secretados em alta quantidade apenas pelos ovários, uma quantidade mínima é secretara pelos córtices adrenais, durante a gravidez uma alta quantidade de estrogênio é secretada pela placenta.
Apenas três estrogênios estão presentes em quantidade considerável no plasma da mulher, o ß-estradiol, estrona e estriol. O ß-estradiol é o estrogênio principal, tem uma potência 12 vezes da estrona e 8 vezes a do estriol. 
Na puberdade aumentam as quantidades de hormônios gonadotrópicos secretados, é nessa época que os órgãos sexuais femininos deixam se ser de crianças e passam a ser de adultos. Os ovários, as trompas de falópio e o útero e a vagina aumentam. A genitália externa aumenta com o deposito de gordura no monte pubiano e nos grandes lábios, há também aumento dos pequenos lábios. 
O estrogênio age nas trompas de falópio, fazendo com que os tecidos granulares desse revestimento se proliferem. Mas o mais importante é que ele aumenta o número de células epiteliais ciliadas que revestem as trompas de falópio e tambem intensifica a atividade deles. Os cílios ajudam a empurrar o óvulo já fertilizado na direção do útero. 
O estrogênio da início ao crescimento das mamas e dão o suporte para posteriormente produzirem o leite. São responsáveis pelo crescimento e aparência externa, características da mama feminina adulta. Apenas não convertem as mamas em órgãos produtores de leite, quem faz isso é a prolactina junto com a progesterona. 
O estrogênio estimula o crescimento ósseo, pois estimulam a esteoprotegerina, uma citocina que inibe a reabsorção óssea. Durante a puberdade a mulher tente a crescer mais rápido durante alguns anos. Contudo, os estrogênios também causam a união das epífises com a haste dos ossos longos. Como esse efeito causado pelo estrogênio é mais forte do que o causado pela testosterona nos homens, a mulher geralmente para de crescer antes do crescimentos dos homens. Uma mulher eunuca, que não produz estrogênio, cresce bem mais do que uma mulher normal madura, porque suas epífises não se unirão no tempo normal. 
A osteoporose na mulher pode ser causada pela deficiência de estrogênio após a menopausa, pois após a menopausa quase nenhum estrogênio é secretado pelos ovários. Como em algumas mulheres esses efeitos são mais potentes, pode resultar em uma osteoporose. Muitas mulheres pós-menopausa fazem a profilaxia com a reposição de estrogênio, para prevenir os efeitos osteoporóticos. 
Os estrogênios aumentam o depósito de proteína, aumentam levemente a proteína corporal total. Mas a testosterona dos homens é bem mais potente.
Os estrogênios causam aumento do metabolismo corporal e o depósito de gordura. O metabolismo corporal é apenas um pouco aumentado com a secreção do estrogênio, já o acumulo de gordura é maior, principalmente em tecidos subcutâneos. Por isso, o percentual de gordura das mulheres costuma ser maior que o dos homens. Além do deposito de gordura nos tecidos subcutâneos, aumentam o acumulo de gordura nos glúteos e nas coxas. 
Os estrogênio afetam pouco na distribuição de pelos, mas os pelos se desenvolvem mais na região pubiana e nas axilas após a puberdade.
Na pele os estrogênios atuam no desenvolvimento de uma pele com textura macia e normalmente lisa. Além disso, o estrogênio torna a pele mais vascularizada, podendo deixar a pele mais quente e promovendo maior sangramento em cortes superficiais. 
Os estrogênios causam retenção de sódio e água nos túbulos renais, esse efeito tem pouca intensidade, mas durante a gravidez em que há um aumento na produção pela placenta pode contribuir com a retenção de líquidos no corpo. 
Progestinas: A progestina mais importante é a progesterona, mas também existe a secreção em pequena quantidade de 17-∂-hidroxiprogesterona, as duas são decretadas juntas e possuem os mesmos efeitos.
Na mulher nao grávida, a progesterona só é secretaria em boa quantidade no durante a segunda metade de cada ciclo ovariano, pelo corpo lúteo. Nas mulheres grávidas ocorre a produção de grande quantidade de progesterona pela placenta, principalmente depois do quarto mês de gestação. 
A função mais importante da progesterona é promover alterações secretórias no endométrio uterino, na ultima metade do ciclo sexual mensal, preparando o útero para a implantação do óvulo fertilizado. Também diminui a a frequência e a intensidade das contrações ulterinas, o que evita a expulsão de um óvulo implantado.
Nas trompas de falópio a progesterona estimula a maior produção de secreção pelo revestimento mucoso das trompas de falópio. Essas secreções nutrem o óvulo fertilizado em divisão, enquanto ele para pela trompa (antes de se implantar no útero).
A progesterona estimula o desenvolvimento das mamas, promovendo o crescimento dos lóbulos e dos alvéolos das mamas, fazendo as células alveitares se proliferarem, aumentando e adquirindo caraterística secretora. A progesterona não estimula a produção de leite, o leite só é secretado depois que ela encontra-se preparada e estimulada pela prolactina, secretada pela hipófise anterior. É a progesterona que também faz com que as mamas inchem, devido ao desenvolvimento secretório dos lóbulos e pelo aumento de liquido no tecido.	
1.3. Ciclo menstrual (menarca)
Menarca
A puberdade marca o início da fase adulta, monarca é o primeiro ciclo da menstruação. O período da puberdade é marcado pelo aumento gradual na secreção dos hormônios gonadotrópicos pela hipófise, começando em torno dos 8 anos de idade e culmina no início da puberdade e da menstruação entre 11 e 16 anos de idade nas meninas.
Na mulher, assim como nos homens, a hipófise infantil e ovários podem funcionar normalmente se estimulados adequadamente. Mas, por motivos ainda não descobertos, o hipotálamo não secreta quantidades significativas de GnRH durante a infância. O hipotálamo secreta este hormônio, porém o sinal apropriado de alguma área do cérebro para desencadear esta secreção está ausente. 
 
A cada 28 dias os hormônios gonadotrópicos secretados pela hipófise anterior estimulam o crescimento de 8 a 12 novos folículos no ovário. Um desses folículos amadurece e ovula no 14o dia do ciclo. Durante o crescimento dos folículos é secretado principalmente oestrogênio. 
Após a ovulação, as células secretoras dos folículos residuais se transformam em corpo lúteo, que secreta grandes quantidades de estrogênio e progesterona. Depois de duas semanas, o corpo lúteo se degenera, os níveis de progesterona e estrôgrenio diminuem bastante, surgindo a menstruação. Inicia-se então um novo ciclo ovariano.
O clico menstrual normal tem três fases: 
a) Fase folicular: começa no primeiro dia da menstruação e dura em média 12 dias;
b) Fase ovulatória: dura cerca de 8 dias, e é quando ocorre a ovulação, que normalmente acontece na metade do ciclo. Para um ciclo de 28 dias, por exemplo, a ovulação acontece no 14º dia;
c) Fase lútea: dura em média 10 dias e prepara o útero para o início da próxima menstruação.
Amadurecimento dos folículos
Apenas um folículo amadurece por mês. Após uma semana de crescimento e antes de ocorrer a ovulação, um dos folículos começa a crescer mais do que os outros, os que “ficaram pra trás” passam pelo processo artresia, que é a involução. Esse processo é importante pois permite que apenas um folículo cresça o suficiente todo mês para ovular, o que evita que mais de uma criança se desenvolva em una gravidez. 
Ovulação
A ovulação tem o ciclo sexual de 28 dias e ocorre 14 dias após o início da menstruação. Antes da ovulação a parede externa do folículo incha rapidamente e a área no centro ca capsula folicular (estigma) forma um bico. Em 30 min o liquido começa a vazar pelo estigma, após 2 min o estigma se rompe permitindo que esse liquido viscoso, que estava na porção central do folículo, seja lançado para fora. O liquido carrega um óvulo cercado por massa de milhares de pequenas células da granulosa, chamada coroa radiata.
O pico de LH é fundamental para a ovulação, sem esse hormônio, mesmo que exista um nível elevado de FSH, o folículo não chegará na ovulação. 
Cerca de 2 dias antes da ovulação a secreção de LH aumenta de 6 a 10 vezes, tendo um pico 16h antes da ovulação. O FSH também aumenta de 2 a 3 vezes ao mesmo tempo. O FSH e o LH agem em conjunto causando uma dilatação rápida no folículo, durante os últimos dias antes da ovulação. O LH também tem um efeito forte nas células da granulosa e tecais, transformando-as em células secretoras de progesterona. Sendo assim, a secreção de estrogênio começa a cai 1 dia antes da ovulação, e quantidades maiores de progesterona começam s ser secretadas. 
Inicio da Ovulação
Com a grande quantidade de LH secretado, ocorre uma rápida absorção dos hormônios esteroides foliculares, contendo progesterona. Dentro de algumas horas ocorrem dois eventos necessários para a ovulação:
A teca externa (capsula do folículo) libera enzimas proteolíticas dos lisossomos, causando a degradação da parede capsular do folículo, degenerando o estigma.
Ao mesmo tempo, ocorreu o crescimento de novos vasos sangüíneos na parede folicular, simultaneamente são decretadas prostaglandinas (hormônios que causam vasodilatação) nos tecidos foliculares. Esses dois efeitos contribuirem para a dilatação do folículo. 
Ditalação folicular + degeneração do estigma = folículo rompido -> liberação do óvulo. 
Corpo Lúteo
Horas após a liberação do óvulo, as células da granulosa e as tecais que sobraram se transforma em células luteínicas. Elas aumentam de duas a três vezes de diâmetro e ficam cheias de inclusões lipídicas, por isso aparecem amareladas. O processo é chamado luteinização e a massa total de células é chamada de corpo lúteo. Também cresce um suprimento vascular bem desenvolvido.
O corpo lúteo cresce até 1,5 cm em diâmetro, atingindo esse tamanho 7 a 8 dias após a ovulação. Ele começa a involuir gradativamente, perdendo suas funções secretórias e sua característica lipídica amarela, cerca de 12 dias após a ovulação. Passa então a ser chamado de corpus albicans que posteriormente será substituído por tecido conjuntivo e absorvido ao longo dos meses. 
O estrogênio e a progesterona secretados pelo corpo lúteo tem efeitos de feedback na hipófise anterior, mantendo a baixa a secreção de FSH e LH. É a perda desses hormônios que causa a degeneração do corpo lúteo.
A involução final do corpo lúteo corre em média 2 dias antes de começar a menstruação. Como há a parada súbita de estrogênio e progesterona, cessa a inibição por feedback da hipófise anterior, voltando a ser secretado quantias altas de FSH e LH. O FSH e o LH estimulam o crescimento de novos folículos, começando um novo ciclo ovariano. Já a escassez de estrogênio e progesterona levam à menstruação uterina.
Menstruação
É causada pela redução de estrogênio e progesterona no final do ciclo ovariano. O primeiro efeito é a menor estimulação das células endometriais por esses dois hormônios, seguida pela involução do próprio endométrio. Durante as 24h anteriores à menstruação, os vasos sanguíneos tortuosos ficam vasoespásticos. 
O vasoespasmo, a diminuição dos nutrientes do endométrio e a perda de estimulo hormonal acarretam na necrose do endométrio, principalmente os vasos sangüíneos. O sangue penetra a camada vascular do endométrio e as áreas hemorrágicas crescem rapidamente durante 24 a 36 hrs. Aos poucos as camadas externas necróticas do endométrio se desprendem do útero, até que 48 hrs depois do inicio da menstruação todas as camadas superficiais do endométrio já se descamaram. A massa de tecido descamado e de sangue na cavidade uterina, mais os efeitos contrateis das prostaglandinas agem em conjunto dando inicio a contraries que expelem os conteúdos uterinos.
Quatro a sete dias depois do início da menstruação a perda de sangue para, pois o endométrio já se reepitalizou. 
1.4. Climatério => Menopausa
O climatério pode ser definido como uma fase da evolução biológica feminina em que ocorre a transição da mulher do período reprodutivo (ovulatório) para o não-reprodutivo. Essa fase é caracterizada por alterações menstruais, fenômenos vasomotores, alterações físicas, ósseas, cardiovasculares e psicológicas que podem afetar a qualidade de vida, e não apresenta limites definidos de tempo de ocorrência, sendo variável para cada mulher. 
A perimenopausa, ou mais atualmente chamada de período de transição menopausal, é definida pelo início dos sintomas climatéricos até 12 meses após o término das menstruações.
A transição menopausal dura em média cerca de 4 anos, podendo variar de 0 a 10 anos. Toda sintomatologia e fisiologia dessa fase decorrem da insuficiência hormonal ovariana progressiva, culminando com sua falência.
O ciclo sexual torna-se irregular, e a ovulação não ocorre, após alguns meses ou anos o clico cessa totalmente e os hormônios femininos caem q quase zero.
A causa da menopausa é o esgotamento dos ovários. Em torno dos 45 anos de idade, alguns folículos primordiais continuam sendo estimulados pelo FSH e LH, a produção de estrogênios pelo ovário diminui junto com os folículos primordiais se aproximando de zero. Quando a produção de estrogênio cai demasiadamente, ele não consegue mais inibir a produção de FSH e LH. O FSH e o LH passam a ser produzidos em níveis altos e contínuos, e a produção de estrogênio pelos ovários cai a quase zero. 
A perda do estrogênio costuma causar mudanças:
“fogacho”: rubor extremo da pele, sudorese e calafrios
sensações psíquicas de dispnéia 
irritabilidade
fadiga
ansiedade
diminuição da resistência e calcificado dos ossos do corpo inteiro
diminuição da libido, secura vaginal
Caso persistam esses sintomas é necessário tratamento com a chamada reposição hormonal. São administrados doses diárias de estrogênio, em pequenas quantidades, para reverter os sintomas e ao diminuir as doses gradativamente é possível que mulheres pós-menopausa possam evitar sintomas graves.
2. Compreender o sistema reprodutor masculino 
2.1 Anatomofisiologia 
O sistema reprodutor masculino é formado por: Testículos ou gônadas, vias espermáticas (epidídimo, canal deferente, uretra), pênis, escroto e glândulas anexas (próstata, vesículas seminais, glândulas bulbouretrais).
O testículo possui até 900 túbulosseminíferos convolutos, onde é formado o esperma. O esperma é lançado no epidídimo, outro tubo convoluto. O epidídimo conduz ao canal deferente, que se alarga na ampola do canal deferente, antes de entrar no corpo da glândula prostática.
Duas vesículas seminais, uma de cada lado da próstata, saem na terminação terminação prostática da ampola e os conteúdos da ampola e das vesículas seminais passam para o ducto ejaculatório e são conduzidos pela glândula prostática, chegando na uretra interna.
A uretra contém muco produzido pelas pequenas glândulas uretrais presentes em toda a sua extensão, e em maior quantidade das glândulas bulbouretrais (glandulas de Cowpwer) localizadas próximo a origem da uretra.
Testículos: são as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os túbulos seminíferos Esses túbulos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos túbulos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários.
Vesículas seminais: responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas. As prostaglandinas auxiliam na fertilização de duas maneias:
Reage com o muco cervical feminino, tornando-o mais receptivo ao movimento do espermatozoide.
Induz contrações peristalticas reversas para trás no útero e nas trompas de falópio, movendo os espermatozoides ejaculados em direção aos ovários. 
Próstata: glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secreta substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. 
Glândulas Bulbouretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. Secreção que sai antes da ejaculação. 
Pênis: é considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. 
Uretra: é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo.
Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escroto: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corporal. 
2.2 Regulação hormonal
Os testículos secretam muitos hormônios sexuais masculinos, chamados de androgênios, incluindo a testosterona, di-hidrotestosterona e androstenediona. Sendo a testosterona o hormônio mais abundante entre esses.
A testosterona é formada pelas células intersticiais de Leydig, situadas no interstício entre os túbulos semíniferos e constituem 20% da massa dos testículos adultos. 
Funções da testosterona
Durante a vida fetal, os testículos são estimulados pela gonadotropina crônica a produzir pequenas quantidades de testosterona durante o período de desenvolvimento fetal e por 10 semanas ou mais após o nascimento. Praticamente não é produzida testosterona durante toda a infância, até cerca de 10 a 13 anos de idade. No inicio da puberdade, a produção de testosterona aumenta rapidamente por meio do estimulo dos hormônios gonadotrópicos da hipófise anterior. Os niveis de testosterona começam a cair a partir dos 50 anos. 
Durante o desenvolvimento fetal, a testosterona já é produzida pelos testículos fetais masculinos. Os homens possuem a proteína SRY inicia uma cascata de ativações genéticas que faz com que as células do tubérculo (cristas) se diferenciem em células que secretem testosterona e formem testículos. Isso é responsável pelo desenvolvimento das características do corpo masculino, incluindo a formação do pênis e do saco escrotal. Induz também a formação da próstata, das vesículas seminais e dos duetos genitais masculinos.
Durante a puberdade, com o aumento da secreção de testosterona, o pênis, o saco escrotal e o testículo aumentem de tamanho. Além disso, é a testosterona que induz o desenvolvimento das características sexuais secundarias masculinas, começando a puberdade e terminando na maturidade.
Pelos corporais: A testosterona induz o crescimento de pelos corporais no púbis, para cima ao longo da linha alba do abdome (algumas vezes ate o umbigo ou acima), na face e no tórax. Ela também faz com que os pelos de outras partes do corpo sejam mais abundantes.
Calvície: A testosterona reduz o crescimento de cabelo no topo da cabeça, quando existe uma alta concentração deste hormônio. Entretanto a calvície também tem influencia do fator genético.
Voz: Causa hipertrofia da mucosa laringea e alargamento da laringe. Inicialmente a voz é disssoante, “rachada”, mas depois se transforma em voz masculina adulta.
Pele: A testosterona aumenta a espessura da pele do corpo todo, aumenta tambem a secreção de glândulas sebáceas. A secreção excessiva de glândulas sebáceas no rosto pode resultar em acne.
Desenvolvimento muscular: Aumentam cerca de 50% da massa muscular em relação as meninas durante a puberdade. 
Ossos: A testosterona aumenta a quantidade total de matriz óssea e e promove a retenção do cálcio. 
Metabolismo basal: Esse hormônio aumenta o metabolismo basal en até 15%, aumentando a atividade de todas as células. 
A espermatogênese durará de forma ininterrupta o resto da vida e os níveis de testosterona no sangue são regulados pelo funcionamento do complexo hipotálamo-hipófise, num mecanismo de retroacção negativa (do inglês negative feedback). As hormonas gonadotrópicas, segregadas pela hipófise, regulam o funcionamento testicular, quer ao nível da espermatogénese quer da produção de testosterona. Destas hormonas destacam-se a folículo-estimulina, FSH (do inglês folicle-stimulating hormone) e a LH. O hipotálamo, por seu lado, produz as designadas hormonas de libertação, RH ou GnRH (do inglês releasing hormone ou gonadotropin-releasing hormone), que actuam na hipófise estimulando a produção da FSH e LH. 
Este mecanismo de retroacção negativa (fig.1) é induzido quando a testosterona atinge concentrações elevadas no sangue, reduzindo ou inibindo a libertação de GnRH pelo hipotálamo, que por sua vez fará diminuir a produção, na hipófise, de LH e FSH. A redução dos níveis destas hormonas no sangue faz diminuir a secreção de testosterona, o que leva a um novo aumento de produção de GnRH. Nas célulasde Sertoli é produzida a inibina, que participa no controlo da produção hormonal do complexo hipotálamo-hipófise. Níveis elevados desta hormona inibem o funcionamento do hipotálamo, diminuindo a produção de GnRH e, consequentemente, a produção das hormonas hipofisárias, FSH e LH, reduzindo os níveis de testosterona no sangue. Os níveis hormonais no sangue são mantidos relativamente constantes através dos mecanismos de retroacção permitindo um funcionamento equilibrado do sistema reprodutor masculino. 
2.3. Ejaculação
A primeira ejaculação se chama semenarca ou espermarca. A idade em que ela ocorre é variável, assim como a forma. Enquanto alguns meninos já apresentam ejaculações desde os 12 -13 anos, outros só a terão em torno dos 15 anos. No entanto, é muito comum que ela ocorra na fase do estirão de crescimento, quando o garoto tem um ganho rápido de altura e o pênis aumenta de tamanho.
 Ejaculação é a ação física pela qual ocorre a liberação de esperma. Usualmente ocorre pelo estímulo durante o ato sexual ou masturbação, ou involuntariamente, como na polução noturna. Geralmente vem acompanhada de intensa sensação de prazer, o orgasmo. O processo se inicia com contrações involuntárias dos músculos do epidídimo, ductos deferentes, vesícula seminal e próstata, que liberam fluidos que são conduzidos para a parte posterior da uretra. Então, contrações involuntárias e rítmicas dos músculos pélvicos dão propulsão ao sêmen, que passa através da uretra e deixa o pênis. Tipicamente após a ejaculação ocorre o período refratário, ao longo do qual não há resposta a estímulos sexuais e, portanto, não pode ocorrer outra ejaculação.
O problema mais comum relacionados à ejaculação é a ejaculação precoce, que geralmente traz insatisfação durante o ato sexual. Outros problemas incluem a ejaculação retardada, em que o indivíduo leva muito tempo para liberar o sêmen, ou mesmo a anejaculação, no qual o indivíduo não é capaz de chegar à ejaculação. Ejaculação retrógrada acontece quando ocorre a entrada de fluido seminal para a bexiga.[1]
Ejaculação é a ação física em que ocorre a liberação de sêmen do aparelho reprodutor masculino. O orgasmo, por outro lado, é a intensa sensação de prazer que frequentemente acompanha a ejaculação. Tipicamente os indivíduos ejaculam pela primeira vez quando possuem idade entre onze e quinze anos, através de uma polução noturna ou masturbação.[2] Contudo, as primeiras ejaculações possuem quantidade reduzida de espermatozoides. Somente um ou dois anos após a primeira ejaculação que o sêmen adquire as características de um indivíduo adulto.[3]
A ejaculação é dividida em duas fases principais, a emissão e a expulsão de sêmen. Cada uma provém da ação de diferentes estruturas anatômicas. O epidídimo, ductos deferentes, vesículas seminais, glândulas prostáticas, uretra prostática e o colo da bexiga participam na etapa de emissão enquanto que a uretra e os músculos pélvicos participam na expulsão.[4]
O pênis não necessariamente precisa estar ereto para que haja ejaculação ou orgasmo.[5] Homens podem, ainda, atingir a ejaculação e o orgasmo sem o estímulo do pênis. Os casos mais frequentes ocorrem durante a polução noturna. Pode ainda ocorrer o orgasmo sem a expulsão de fluido ejaculatório, ou sua expulsão sem a ocorrência de orgasmo. A ejaculação pode ser prevenida a partir de diversas condições, como aquelas que afetam o sistema genital, como a prostatectomia, condições psiquiátricas, como o transtorno obsessivo compulsivo, e psicossexuais, além do efeito colateral de alguns medicamentos, como Inibidor seletivo de recaptação de serotonina. A ejaculação sem orgasmo ocorre em casos extremos de ejaculação precoce, além de situações psicológicas como excitação exacerbada. É possível ainda separar voluntariamente o orgasmo e a ejaculação, através do conhecimento do ponto de inevitabilidade, prolongando e intensificando o prazer sexual.[6]
Usualmente, logo após ser atingido um estado de excitação e o pênis estar ereto, a glândula bulbouretral, ou glândula de Cowper, passa a produzir um fluido incolor e viscoso, o fluido pré-ejaculatório, cuja função é neutralizar a acidez da urina remanescente na uretra e assim garantir a qualidade do sêmen que será expulso.[7]
Anatomia do sistema genital masculino.
Emissão[editar | editar código-fonte]
A emissão é provocada pela contração dos músculos em diversos componentes do sistema genital masculino, nas cápsulas dos testículos, na vesícula seminal, na próstata e nos ductos do epidídimo e dos ductos deferentes. Estes últimos se contraem como uma unidade por toda sua extensão, enquanto que as vesículas seminais se contraem em movimentos peristálticos, liberando e conduzindo os fluidos ejaculatórios.[8] Estas contrações involuntárias são ativadas pelo estímulo à divisão simpática do sistema nervoso autônomo, através do nervo pudendo, como resultado do estímulo erótico dos genitais ou do cérebro.[9][10] Nesta etapa, a próstata, o epidídimo e os ductos deferentes liberam os fluidos seminais e os espermatozoides.[11] Estes são depositados na parte posterior da uretra. Esta etapa precede a liberação do sêmen em até dois segundos, e quando acontece não é mais possível evitar a ejaculação.[12]
Expulsão[editar | editar código-fonte]
A contração do esfíncter interno previne a entrada de sêmen na bexiga. Durante o orgasmo, os músculos da região pélvica, como o Músculo bulbocavernoso e bulboesponjoso passam a se contrair de forma rítmica e involuntária. O esfíncter externo abre e fecha de forma coordenada com as contrações, o que faz com que o sêmen ganhe propulsão através da uretra, liberando-o.[13] Estas contrações se repetem por várias vezes, liberando sucessivos jorros de sêmen durante alguns segundos.[14] Estas contrações musculares são também reflexos do sistema nervoso simpático, sendo, portanto, involuntárias. Acredita-se que as contrações rítmicas dos músculos pélvicos sejam iniciadas pela presença de sêmen na parte posterior da uretra.[15]
Esperma sendo ejetado.
Existe uma grande variabilidade no volume de sêmen produzido na ejaculação, com a média variando entre 1,5 e 6,6 mililitros. 3,5 mililitros é a média de um adulto sem ejacular por alguns dias, enquanto que 13 mililitros já foram registrados durante um longo período de abstinência. Portanto, o volume relaciona-se com a frequência de ejaculações, além de existir uma relação direta com fatores genéticos.[16] Em geral o sêmen possui entre duzentos e quatrocentos milhões de espermatozoides. Contudo a maior parte do volume do sêmen é produzido pela vesícula seminal, responsável pelo aspecto espesso e leitoso do fluido, de coloração esbranquiçada ou amarelada.[17]
Em função da pressão com que o sêmen deixa a uretra, este é arremessado por uma distância que depende de diversos fatores, como o tempo transcorrido desde a última ejaculação, a idade e fatores genéticos. Com três dias de abstinência, o sêmen pode ser ejetado a até um metro de distância ou mais.[18]
Período refratário[editar | editar código-fonte]
Após a ejaculação, a maior parte dos homens não respondem mais a estímulos sexuais, o que é chamando de período refratário, no qual não é possível ejacular novamente ou atingir o orgasmo. Em jovens este período dura somente alguns minutos, enquanto que para homens mais velhos pode levar algumas horas. Alguns poucos homens, entretanto, conseguem atingir vários orgasmos sucessivos e aparentemente não possuem período refratório, mesmo que não haja ejaculação. Esta inibição da resposta sexual tem um claro benefício reprodutivo, uma vez que se a ejaculação ocorrer com muita frequência, a quantidade de esperma tende a diminuir, diminuindo portanto a fertilidade.[19
2.4. Andropausa
O que É Andropausa?
Entre as idades de 40 a 55 anos, os homens podem percebem sintomas semelhantes à menopausa. De modo diferente das mulheres, os homens não têm uma sintoma específico como a interrupção da menstruação para marcar a transição. Ambos, no entanto, são caracterizados por uma queda nos níveisde hormônios. Estrógeno nas mulheres, testosterona nos homens. As mudanças ocorrem muito gradualmente nos homens e podem ser acompanhadas por mudanças em atitudes e humores, fadiga, perda de energia, libido e agilidade física.
Estudos mostram que este declínio de testosterona pode acarretar riscos em outros problemas de saúde, como doenças cardíacas e ossos frágeis. Com isto, tudo ocorre em uma época da vida em que muitos homens começam a questionar seus valores, realizações e objetivos de vida. É difícil perceber que as mudanças são ligadas mais a problemas hormonais do que só as condições externas.
Diferente da menopausa, que geralmente ocorre em mulheres entre 45 e 55 anos, a “transição” dos homens pode ser bem mais gradual e se estende por décadas. Atitudes, estresse psicológico, álcool, acidentes, cirurgias, medicação, obesidade e infecções podem desencadeá-la. Com a idade, o declínio nos níveis de testosterona vai ocorrer praticamente em todos os homens. Não há maneira de predizer quem vai ter sintomas de andropausa com intensidade suficiente para procurar ajuda médica.
Também não é previsível em que idade os sintomas vão ocorrer num determinado indivíduo. Os sintomas de cada homem podem ser também diferentes.
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