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SOCIEDADE ANONIMA

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SOCIEDADE ANÔNIMA 
 
Cristian Carlos da Silva Coelho¹ 
Edenildo Xavier da Silva¹ 
Gabriel Ribeiro de Abreu¹ 
Gustavo Italo Alves Batista¹ 
Jerry Adriano Torres Campelo¹ 
Laerte Santos Silva¹ 
Yuri Jesus Lima¹ 
 
 
 
RESUMO 
Este trabalho descreve uma Sociedade Anônima, abordando seus conceitos, onde 
mostra que é uma sociedade que limita a responsabilidade dos seus sócios até o valor da 
emissão de suas ações. Neste estudo mostra-se que a mesma pode ser classificada em aberta 
ou fechada, apresentando as suas respectivas características como Capital social, Sociedade 
de capital Subscrição pública do capital, Sociedade institucional ou estatutária, 
Responsabilidade limitada dos acionistas, Sociedade mercantil, dentre os demais aspectos que 
envolvem uma Sociedade Anônima. 
 
Palavras-chave: Sociedade anônima, Ações, Capital social. 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
Diante da oportunidade em que duas ou mais pessoas possam obter 
lucros, estas resolvem se unir constituindo uma sociedade. No entanto, é 
necessário se observar diversas regras que integram o contexto das 
Sociedades Anônimas, tais como ações, capital social e a sua constituição em 
si, sem mencionar inúmeras outras. 
 
¹ Acadêmico do curso Bacharelado em Ciências Contábeis – FSA (Faculdade Santo 
Agostinho) 
Logo na primeira parte será discorrido sobre o seu conceito, abordando 
aspectos a acerca de sua divisão por ações e sobre a responsabilidade dos 
sócios. Em seguida serão abordadas suas características como a forma de 
divisão do capital social, a liberdade de transmissão de suas ações, dentre 
outras. 
Veremos como é dividida a sua classificação como Companhia fechada 
ou aberta, os requisitos e como se constitui uma sociedade anônima, valores 
imobiliários, e por último, os órgãos sociais. Esse trabalho não faz com que se 
finde o assunto, visto a grandiosidade e a diversidade do tema proposto, mas 
sim, abre a oportunidade para o debate e pesquisas mais afundo. 
 
2. CONCEITO 
Sociedade Anônima (S/A) é um tipo de companhia que tem seu capital 
dividido por ações. Os sócios são chamados acionistas e têm responsabilidade 
limitada ao preço das ações adquiridas. 
Analisando o art. 1º da lei 6.404/76, a sociedade anônima, ou companhia 
como também é chamada, terá seu capital dividido por ações e a 
responsabilidade pela atividade exercida pelos acionistas será limitada até o 
preço das ações subscritas ou adquiridas por cada um dos mesmos. 
Em outras palavras, a sociedade anônima é a sociedade empresária que 
limita a responsabilidade dos seus sócios, chamados de acionistas, até o valor 
da emissão de suas ações. 
Promover a entrada de terceiros investindo capital na empresa tinha 
como objetivo principal acelerar o crescimento dela. Dessa forma, a maior 
quantidade de recurso aumentaria a produção e a circulação de produtos no 
mercado, o que contribuiria para o crescimento da economia. 
Seu capital é formado exclusivamente por ações, que são, em regra, 
plenamente negociáveis entre os acionistas ou entre os interessados em 
participar da companhia, ou seja, a participação do sócio ou acionista se dá 
através da subscrição ou aquisição de ações. 
Sobre o conceito de capital social da companhia, Fábio Ulhôa Coelho 
(2004, 
p. 64-65) explica que: “é bastante complexo, mas, grosso modo, trata-se 
de uma referência à contribuição que os sócios dão para a sociedade 
desenvolver a atividade econômica dela”. 
 
3.CARACTERÍSTICAS 
 Capital social 
O capital social é dividido em partes ou frações, denominadas Ações, ao 
contrário das sociedades contratuais, cujo capital é dividido em quotas. 
 Sociedade de capital 
As S/A são tipicamente sociedades de capital; suas ações são 
livremente transmissíveis a qualquer pessoa porque o importante é a entrada 
do capital, pouco importando a qualidade do sócio. 
O estatuto da S/A pode limitar a transferência, estabelecendo, por 
exemplo, direito de preferência a outros sócios, mas não pode impedir a livre 
negociação. 
Como consequências de a S/A ser uma sociedade de capital, temos que 
as ações de um determinado acionista podem ser penhoradas por suas 
dívidas. Além disso, no caso de falecimento de um acionista, seus sucessores 
não poderão ser impedidos de ingressar no quadro social, nem tampouco 
poderão requerer a apuração de haveres do sócio falecido. 
 Subscrição pública do capital (possibilidade) 
A concepção original das S/A é voltada para viabilizar grandes 
empreendimentos e a poupança popular é o meio mais eficaz de buscar 
recursos para consecução de seus objetivos sociais. Portanto, a possibilidade 
de buscar esses recursos, mediante a subscrição de capital, diferencia as S/A 
das demais sociedades. 
 Sociedade institucional ou estatutária 
A S/A é regida pelo estatuto social, que é aprovado pela assembleia de 
fundação da sociedade e levado a registro na Junta Comercial, dando início à 
pessoa jurídica. Diz-se que tal sociedade tem natureza institucional porque, 
como já visto, o que importa é o objeto social a ser atingido, pouco importando 
a qualidade dos sócios. 
O estatuto da S/A não tem natureza contratual. Diferentemente das 
sociedades contratuais, onde os sócios pactuam as cláusulas do contrato 
social, nas S/A os novos acionistas aderem a um estatuto já existente – ou a 
um projeto de estatuto, no caso de constituição por subscrição pública. 
 Responsabilidade limitada dos acionistas 
A responsabilidade dos acionistas está limitada ao preço de emissão das 
ações que o acionista subscrever. Integralizado o valor das ações subscritas, o 
sócio estará liberado de qualquer responsabilidade patrimonial, no caso de 
insucesso do empreendimento. 
Não se aplica, portanto, o previsto no seguinte Decreto: 
Art. 268. O titular da firma individual e os sócios das empresas por cotas 
de responsabilidade limitada respondem solidariamente, com seus bens 
pessoais, pelos débitos junto à seguridade social. (Decreto nº 3.048/99 de 6 
maio de 1999) 
Sociedade mercantil 
A S/A será sempre mercantil, qualquer que seja seu objeto, de acordo 
com a LSA: 
Art. 2º - Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de 
fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons 
costumes. 
§ 1º - Qualquer que seja o objeto, a companhia é mercantil e se 
rege pelas leis e usos do comércio. 
 
4. CLASSIFICAÇÃO 
As sociedades anônimas classificam-se em abertas e fechadas, de 
acordo com a negociação de seus valores mobiliários no Mercado de 
Capitais. É o que dispõe a LSA: 
Art. 4º - Para os efeitos desta Lei, a companhia é aberta ou fechada 
conforme os valores mobiliários de sua emissão estejam ou não admitidos à 
negociação no mercado de valores mobiliários. (Lei N° 6.404, de 15 de 
dezembro 1976) 
Valores mobiliários são títulos (de crédito) emitidos pela S/A para captar, 
junto ao mercado, os recursos necessários à consecução de seu objeto social. 
São eles: ações, debêntures, partes beneficiárias, bônus de subscrição, 
certificados de depósitos de ações e comercial papers. 
Companhia fechada 
A companhia fechada não tem valores mobiliários ofertados ao público 
em geral; seu capital advém da contribuição de seus acionistas, geralmente em 
pequeno número. Consequentemente, nas palavras de Marcelo Bertoldi, “os 
interesses da companhia e de seus sócios são regulados no âmbito do contrato 
de sociedade, sendo dispensada a tutela do interesse público. ” 
A companhia fechada poderá, ainda, ser de pequeno porte, atendendo 
ao disposto no artigo 294 da LSA. Para ser assim classificada, a companhia 
deverá ter menos de vinte acionistas, com patrimônio líquido inferior a ummilhão de reais (caput), desde que não seja controladora de grupo de 
sociedade, ou a ela filiadas (§ 3º). Assim enquadrada, a sociedade poderá 
deixar de publicar convocação para as assembleias-gerais, bastando obter do 
acionista o recibo do anúncio da convocação (inciso I), que poderá ser feita por 
correspondência com aviso de recebimento, por exemplo. Além disso, também 
estará isenta de publicar os documentos da administração (inciso II), bastando 
arquivá-los no Registro do Comércio. 
Companhia aberta 
Ao contrário da companhia fechada, a aberta pode buscar recurso junto 
ao mercado de capitais, pela oferta de valores mobiliários. 
Para proteção dos investidores, a lei exige que a sociedade anônima 
efetue seu registro junto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Além dessa 
proteção, a LSA estabelece que as sociedades abertas assumam inúmeras 
responsabilidades para proteção do mercado. Exemplos: 
Art. 155... 
§ 1º - Cumpre, ademais, ao administrador de companhia 
aberta, guardar sigilo sobre qualquer informação que ainda 
não tenha sido divulgada para conhecimento do mercado, 
obtida em razão do cargo e capaz de influir de modo 
ponderável na cotação de valores mobiliários, sendo-lhe 
vedado valer-se da informação para obter, para si ou para 
outrem, vantagem mediante compra ou venda de valores 
mobiliários. 
§ 2º - O administrador deve zelar para que a violação do 
disposto no §1º não possa ocorrer através de 
subordinados ou terceiros de sua confiança. 
§ 4º - É vedada a utilização de informação relevante ainda 
não divulgada, por qualquer pessoa que a ela tenha tido 
acesso, com a finalidade de auferir vantagem, para si ou 
para outrem, no mercado de valores mobiliários. 
Art. 157... 
§ 4º - Os administradores da companhia aberta são obrigados 
a comunicar imediatamente à bolsa de valores e a divulgar pela 
imprensa qualquer deliberação da assembleia-geral ou dos 
órgãos de administração da companhia, ou fato relevante 
ocorrido nos seus negócios, que possa influir, de modo 
ponderável, na decisão dos investidores do mercado de vender 
ou comprar valores mobiliários emitidos pela companhia. 
Art. 177... 
§ 3º - As demonstrações financeiras das companhias abertas 
observarão, ainda, as normas expedidas pela Comissão de 
Valores Mobiliários, e serão obrigatoriamente auditadas por 
auditores independentes registrados na mesma comissão. 
 
5. CONSTITUIÇÃO 
A constituição da sociedade anônima deve observar as regras 
estabelecidas na Lei. Se os seus fundadores tiverem como objetivo a criação 
de uma companhia aberta é necessário obter o seu registro junto à CVM, 
devendo, para a constituição da companhia aberta ou fechada, serem 
observadas três condições (art. 80/LSA): 
1) Subscrição de todo o capital por mais de uma pessoa. 
 Se a sociedade anônima a ser constituída é fechada, o mínimo de 
subscritores da totalidade das ações em que se divide o capital social é dois, 
podendo ser pessoa jurídica ou física. Se aberta, exige-se no mínimo 3 (três) 
acionistas pessoas físicas subscritores das ações, uma vez que a composição 
do Conselho de Administração exige a participação de no mínimo três 
acionistas pessoas físicas (Art. 138, § 2º, 140 e 146/LSA); 
2) Pagamento de no mínimo 10% da emissão das ações subscritas em 
dinheiro. 
Deve ser observado que as ações podem ser integralizadas através de 
três formas distintas: dinheiro, bens ou crédito. Assim este requisito diz respeito 
às ações integralizadas em dinheiro e a prazo, sendo que esta primeira 
prestação não poderá ser inferior a 10% do preço; 
 
3) Depósito bancário dos valores pagos a título de subscrição do 
capital social. 
Mas, para a constituição ainda se exige a realização, como entrada, de 
10% no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas em dinheiro a não 
ser que a lei reclame a realização inicial de maior valor, e o depósito, no Banco 
do Brasil S/A, ou em outro estabelecimento bancário autorizado pela comissão 
de Valores Mobiliários, da parte do capital realizado em dinheiro. 
 
6. MODALIDADES DE CONSTIRUIÇÃO 
A sociedade anônima pode formar-se simultaneamente ou 
sucessivamente. Daí distinguirem-se as duas modalidades de criação da 
sociedade: simultânea e sucessiva. Na constituição simultânea os subscritores 
do capital se reúnem e por instrumento particular, representado pela ata da 
assembleia geral, ou por escritura pública, dão por constituída definitivamente a 
sociedade. A subscrição do capital se procede, nesses casos, particularmente, 
sem apelo ao público. Na constituição sucessiva, em que o capital se forma por 
apelo público aos subscritores, surge nítida a figura do fundador, que se 
encarrega de liderar a formação da sociedade em etapas sucessivas. 
Constituição por Subscrição Pública 
No sistema da lei vigente somente as companhias abertas se podem 
constituir por subscrição pública. O ato de subscrição constitui um negócio 
jurídico bilateral. Configura um contrato de adesão no qual o subscritor, 
assinalando a lista, boletim ou carta em separado, adere ao contrato, visando à 
constituição da sociedade anônima. A outra parte contratante não é sociedade, 
pois ainda está em formação, não tendo nascido; o contrato se forma com os 
fundadores. Encerrada a subscrição de todo o capital, os fundadores podem 
dar os primeiros passos para a constituição da sociedade. Cabe-lhes a 
convocação da assembleia de constituição que deverá promover a avaliação 
dos bens, se for o caso, e deliberar sobre a constituição da companhia. 
Assim, verificando-se que forma observadas as formalidades legais e 
não havendo oposição de subscritores que representem mais da metade do 
capital social, o presidente declarará constituída a companhia. 
Constituição por Subscrição Particular 
As companhias abertas, que não lançarem subscrição pública, e 
também as companhias fechadas, poderão adotar o sistema de constituição 
simultânea. 
A subscrição, nesses casos, será somente particular, sem nenhuma 
publicidade, concitando os subscritores a aderir à constituição. Será feita, 
portanto, no círculo íntimo de amigos ou familiares. A constituição da 
companhia, assim, pode fazer-se por deliberação dos subscritores em 
assembleia geral ou por escritura pública. Todos os subscritores, nesse caso, 
são fundadores. 
 
7. VALORES IMOBILIÁRIOS 
São títulos de investimento que a sociedade anônima emite para 
obtenção dos recursos que necessita. Além da ação (valor mobiliário 
representativo de unidade do capital social), a companhia poderá emitir os 
seguintes principais valores imobiliários: 
Debêntures (art. 52 a 74) 
As debêntures são títulos representativos de um contrato de mútuo, em 
que a companhia é a mutuaria e o debenturista o mutuante. Os titulares de 
debêntures têm direito de crédito, perante a companhia, nas condições fixadas 
por um instrumento elaborado por esta, que se chama “escritura de emissão”. 
Tal instrumento estabelece se o crédito é monetariamente corrigido ou não, as 
garantias desfrutadas pelos debenturistas, as épocas de vencimento da 
obrigação e demais requisitos determinados por lei (art. 59, LSA). 
A comunidade de interesses dos debenturistas pode ser representada 
por um agente fiduciário, nomeado pela escritura de emissão. Sempre que as 
debêntures forem distribuídas, ou admitidas no mercado, a nomeação de 
agente fiduciário é obrigatória. Se a negociação das debêntures não se fizer no 
mercado, será facultativa a sua intervenção. Pode exercer a função de agente 
fiduciário dos debenturistas a pessoa física que preencher os requisitos que a 
lei estabelece para os administradores e a instituição financeira especialmenteautorizada pelo Banco Central do Brasil, observados os impedimentos que a lei 
contempla no art. 66, §3º. 
As debêntures, de acordo com a garantia oferecida aos seus titulares, 
podem ser de quatro espécies: 1. Com garantia real 2. Com garantia flutuante 
3. Quirografária 4. Subordinada ou subquirografária as debêntures podem ter a 
cláusula de conversibilidade em ações e podem ser nominativas ou escriturais. 
Partes beneficiárias (art. 46 a 51) 
As partes beneficiárias são títulos negociáveis, sem valor nominal e 
estranhos ao capital social, que conferem aos seus titulares direito de crédito 
eventual, consistente na participação nos lucros da companhia emissora (art. 
46, §1º, LSA). 
Dos lucros da sociedade anônima não poderá ser destinado às partes 
beneficiárias mais do que 10%. Esses títulos poderão ser alienados ou 
atribuídos. A atribuição, por sua vez, poderá ser onerosa, em pagamento a 
prestação de serviços, ou gratuita. A companhia Berta não poderá emitir partes 
beneficiárias. 
As partes beneficiárias terão a duração estabelecida pelos estatutos, nunca 
superior a 10 anos no caso de títulos de atribuição gratuita, salvo se emitidos 
em favor de sociedade ou fundação beneficente de empregados da companhia, 
hipótese em que os estatutos poderão fixar a duração do título livremente. 
As partes beneficiárias podem conter, também, a cláusula de 
conversibilidade em ações, devendo, neste caso, ser constituída uma reserva 
especial para capitalização. A alteração dos estatutos que importe em 
modificação ou redução das vantagens conferidas aos titulares das partes 
beneficiárias somente terá eficácia após sua aprovação pela metade, no 
mínimo, dos titulares das partes beneficiárias, reunidos em assembleia. 
Bônus de subscrição (art. 75 a 79) 
Os bônus de subscrição conferem aos seus titulares o direito de 
subscreverem ações da companhia emissora, quando de futuro aumento de 
capital social desta. O titular de um bônus não estará dispensado do 
pagamento do respectivo preço de emissão. São títulos criados pela sociedade 
anônima para alienação onerosa ou atribuição como vantagem adicional aos 
subscritores de suas ações ou debêntures. 
Ações (art. 11 a 45, LSA) 
As ações são valores mobiliários representativos de unidade do capital 
social de uma sociedade anônima, que conferem aos seus titulares um 
complexo de direitos e deveres. 
Classificam-se as ações segundo três critérios distintos: 
1. Quanto à espécie: 
- Ordinárias: aquelas que conferem aos seus titulares os direitos que a 
lei reserva ao acionista comum. São ações de emissão obrigatória. O estatuto 
não precisará disciplinar esta espécie de ação, uma vez que dela decorrem, 
apenas, os direitos normalmente concedidos ao sócio da sociedade anônima. 
- Preferenciais: ações que conferem aos seus titulares um complexo de 
direitos diferenciado (como por exemplo, a prioridade na distribuição de 
dividendos). As ações preferenciais podem ou não conferir o direito de voto aos 
seus titulares. Para serem negociadas no mercado de capitais, os direitos 
diferenciados das preferenciais devem ser pelo menos um de três definidos na 
LSA (art. 17, §1º). 
O máximo de ações preferenciais sem direito a voto, ou com restrições a 
esse direito, tolerado por lei é de 50% das ações emitidas (art. 15, §2º). 
- De fruição: são aquelas atribuídas aos acionistas cujas ações foram 
totalmente amortizadas. O seu titular estará sujeito às mesmas restrições ou 
desfrutará das mesmas vantagens da ação ordinária ou preferencial 
amortizada, salvo se os estatutos ou a assembleia geral que autorizar a 
amortização dispuserem em outro sentido. 
1. Quanto à classe: 
- As ações preferenciais se dividem em classes de acordo com o 
complexo de direitos ou restrições que, nos termos dos estatutos, forem 
conferidos aos seus titulares. 
- As ações ordinárias, em tese, não deveriam ser divisíveis em classes, 
na medida em que se conceituam justamente por conferirem um mesmo 
conjunto de direitos aos seus titulares. No entanto, a lei possibilita aos 
estatutos da companhia fechada a previsão de classes de ações ordinárias. As 
ações ordinárias das companhias abertas não poderão ser divididas em 
classes (art. 15, §1º). 
1. Quanto à forma (art. 20, LSA): leva em conta o ato jurídico que 
opera a transferência de titularidade: 
- Nominativas: circulam mediante registro no livro próprio da sociedade 
emissora. 
- Escriturais: são mantidas, por autorização ou determinação dos 
estatutos, em contas de depósito em nome de seu titular. Essas ações são 
desprovidas de certificado e sua circulação se opera por lançamento da 
operação nos registros próprios da instituição financeira depositária, a débito 
da conta de depósito do alienante e a crédito da conta de depósito do 
adquirente. 
Os estatutos da companhia fechada podem estabelecer limites à livre 
circulação das ações representativas de seu capital social, desde que, dispõe a 
lei (art. 36), não impeçam a sua negociação nem sujeitem o acionista ao 
arbítrio dos órgãos de administração ou à maioria dos acionistas. O exemplo 
mais corrente de aproveitamento dessa faculdade do legislador encontra-se na 
previsão do direito de preferência para a compra de ações reconhecido aos 
demais acionistas da companhia. Nesse caso, aquele que pretender alienar 
suas ações estará obrigado a oferecê-las, inicialmente, aos demais integrantes 
do quadro associativo da sociedade anônima. A circulação das ações da 
companhia aberta, no entanto, não poderá sofrer qualquer restrição por parte 
dos estatutos. 
Capital Social 
O capital social de uma SA pode ser integralizado pelo acionista em 
dinheiro, bens ou créditos. 
Para a integralização do capital social em bens é necessário realizar-se 
a avaliação desses bens, que deve ser feita com observância de determinadas 
regras fixadas em lei (art. 8º, LSA). Se o valor obtido por laudo pericial for 
aprovado pelo órgão social e aceito elo subscritor, perfaz-se a integralização do 
capital social pelo bem avaliado. Qualquer bem, corpóreo ou incorpóreo, móvel 
ou imóvel, pode ser usado para a integralização do capital social da 
companhia. O bem transfere-se a título de propriedade, salvo estipulação 
diversa, e a responsabilidade do subscritor equipara-se, outrossim, à do 
vendedor. 
No tocante à integralização por créditos de que seja titular o subscritor, 
há de se observar a responsabilidade deste pela existência do crédito e pela 
solvência do devedor. Mesmo em se tratando de cessão civil, será sempre 
possível demandar o subscritor quando o devedor não honrar o título junto à 
companhia cessionária (art. 10, § único, LSA). O certificado de ação 
integralizada por transferência de crédito somente poderá ser expedido após a 
sua realização (art. 23, §2º, LSA). 
O capital social pode – e, em certos casos, deve – ser aumentado. O 
aumento do capital social, no entanto, nem sempre decorre de ingresso de 
novos recursos na companhia. 
 
8. ÓRGÃOS SOCIAIS 
As sociedades anônimas possuem uma estrutura fixa, determinada pela 
lei 6.404/76. Deve existir uma divisão de órgãos dentro das companhias para 
que não haja relação de vantagem e desvantagens entre grupos de pessoas, 
além de manter a legalidade de tudo que se pratica dentro da empresa. Os 
referidos órgãos são: 
Assembleia Geral 
É o órgão mais poderoso no que diz respeito às decisões da empresa. A 
responsabilidade da assembleia é reunir os acionistas para discutir os 
interesses da companhia. Através de eleição, é possível decidir sobre o futuro 
dela ou mesmo destituir membros da administração e do conselho fiscal. 
Existem, ainda, a Assembleia geral ordinária e Assembleiageral extraordinária. 
A primeira é obrigatória e anual e visa discutir matérias pré-estabelecidas. A 
segunda pode ser convocada a qualquer momento, quando houver 
necessidade para se debater assuntos residuais ou urgentes; 
Conselho de administração 
É um órgão facultativo. Só precisa existir caso a sociedade seja do tipo 
dualista, isto é, quando, além da assembleia geral, existe outro órgão com 
poder de fiscalizar a diretoria, que, no caso, é o conselho de administração. 
É também um órgão deliberativo e composto por acionistas escolhidos 
pela assembleia geral, os chamados conselheiros. A principal função do 
conselheiro é agilizar as decisões. Cabe a ele também se reunir com os outros 
conselheiros para que possam discutir os negócios da empresa e fiscalizar o 
trabalho dos diretores. 
Diretoria 
É composta por, no mínimo, duas pessoas, que podem ser naturais, acionistas 
ou não. A escolha dos membros da diretoria é feita por eleição pela assembleia 
geral ou pelo conselho de administração, caso exista. As principais obrigações 
dos diretores são dirigir a empresa e representar legalmente os interesses dela. 
Conselho Fiscal 
É um órgão obrigatório na sociedade anônima. No entanto, o estatuto 
social da empresa é que define se ele será permanente ou funcionará apenas 
quando solicitado pelos acionistas. Esse conselho pode ser formado por três a 
cinco pessoas (acionistas ou não) e por mais alguns componentes de mesmo 
número, escolhidos pela assembleia geral. Os eleitos são chamados suplentes. 
O órgão em questão é como um assessor da assembleia geral, pois ajuda na 
votação de assuntos relevantes à administração tem por responsabilidade 
acompanhar de perto o andamento da gestão da empresa e fiscalizar os atos 
dos órgãos administrativos. 
Acionistas e poder de controle 
Em uma sociedade anônima, a participação dos investidores é medida 
pela quantidade de ações que eles possuem. Desta forma, o acionista precisa 
ter a maior parte das ações com direito de voto, o que dá o poder de controle 
da empresa. 
Mais especificamente, para comandar a empresa, é preciso deter boa 
parte das ações ordinárias, mais de 50%, o que dará ao acionista o controle 
majoritário. Essa regra geral do comando das companhias parte do 
pressuposto de que as sociedades são feitas para atender aos interesses dos 
sócios e, portanto, aquele que tem o maior controle das ações pode decidir 
pelos seus próprios interesses dentro da empresa. 
A partir disso, o acionista controlador pode escolher a maioria dos 
administradores, eleger os membros do conselho fiscal e dirigir as atividades 
sociais da empresa. Portanto, se essas atividades forem mal administradas, 
pode ser que a empresa enfrente problemas. 
 
9. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Notamos neste trabalho que estabelecer uma sociedade não é tão fácil 
quanto aparenta ser, vai mais adiante daquilo que imaginamos. Porém, 
possuímos um propósito jurídico e uma boa doutrina que orienta àqueles que 
querem seguir por este caminho, caminho este nem sempre rentável, mas 
cheio de responsabilidades, se não fosse dessa forma não haveriam normas 
específicas e bastantes regras, regras estas que se fazem necessárias para 
proteger àquele que desempenha seu trabalho dentro das conformidades da lei 
e desempenha com zelo seus negócios. 
Desta forma, é indispensável, antes de se dar inicio a uma sociedade, a 
consulta de um especialista na área, de forma para que não incorram erros que 
possam vir a lhe prejudicar. Não devemos esquecer que todos possuem 
responsabilidades, sejam elas grande ou pequena, de cumprir e se fazer 
cumprir o estatuto e o (s) objetivo (s) da sociedade, não podendo esquecer a 
função social que cada uma desenvolve. 
 
10. REFERÊNCIAS 
BRASIL, Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprovação do Regulamento 
da Previdência Social, dando outras providências. 
BRASIL, Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976.Dispõe sobre as 
Sociedades por Ações. 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 1. 6. ed. Ver. e 
atual. – São Paulo: Saraiva, 2002. 
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de Direito Comercial, volume 2. 7.ed. ver. e 
atual. – São Paulo: Saraiva, 2004. 
REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial, volume 2. 20. ed. – São 
Paulo: Saraiva, 1995.

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