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Aulas 7 e 8: escolha sob risco 1 Escolha sob Risco Bibliografia: Pindyck & Rubinfeld (2010), cap.5 AULAS 7 e 8 Aulas 7 e 8: escolha sob risco 2 1. Risco e incerteza - I • Todas as análises até o momento envolviam situações no presente, nas quais o agente tem certeza total quando ás variáveis que determinam suas escolhas. Todavia, em muitas situações precisamos tomar decisões que envolvem situações no futuro, sobre as quais não temos muitas (ou nenhuma) informação. • Nessas escolhas sobre o futuro, temos que levar em conta dois fatores, e separar três situações (isto não está no livro, mas deveria!): a) Resultados possíveis conhecidos, distribuição de probabilidades conhecida (loteria). b) Resultados possíveis conhecidos, distribuição de probabilidades desconhecida (Brasileirão 2012). c) Resultados possíveis desconhecidos, distribuição de probabilidades desconhecida (eleições de 2014). Aulas 7 e 8: escolha sob risco 3 1. Risco e incerteza - II • O caso a) é o que nós trataremos neste curso como risco. As situações b) e c) são caracterizadas pela incerteza (também dita radical ou knightiana). • Em algumas ocasiões, a teoria econômica trata os casos de incerteza como sendo apenas de risco, partindo de avaliações subjetivas do agente. • O cálculo do risco exige conhecer quais são os resultados possíveis de um certo evento, quais são as probabilidades de cada resultado q e qual o payoff que corresponde a cada caso. • Ex: num cara ou coroa com uma moeda não viesada, se eu aposto R$ 10 a que sai cara, os resultados são {cara, coroa}, as probabilidades {0,5; 0,5} e os payoffs {10; -10}. Aulas 7 e 8: escolha sob risco 4 2. Valor esperado - I • O valor esperado de um evento é a média ponderada dos payoffs dos resultados possíveis. • Ex: num evento H, com dois resultados possíveis, A e B, dois payoffs, xA e xB, e duas probabilidades, pA e pB, temos: E(H) = pA xA + pB xB • Variabilidade: é uma medida da diferença entre os resultados possíveis. • O desvio-padrão (a raiz quadrada da variância) é a medida mais habitual da variabilidade. Var (H) = pA [xA - E(H)] 2 + pB [xB - E(H)] 2 • As comparações entre diversos eventos dependem, além dos payoffs e suas probabilidades, das preferências dos indivíduos. Aulas 7 e 8: escolha sob risco 5 3. Risco e preferências - I • Ao comparar alternativas, os agentes não usam como critério o valor esperado das mesmas. • Duas alternativas, com valores esperados e variabilidades diferentes podem levar a escolhas diferentes, dependendo das preferências dos agentes. • O critério que orientará a escolha do agente será a utilidade que ele espera obter com cada alternativa. • Nestes casos, supõe-se que é possível mensurar cardinalmente a utilidade. • Logo, os agentes devem calcular a utilidade esperada de cada evento para tomar sua decisão. No caso do evento H, essa utilidade é calculada como; UE(H) = pA U(xA) + pB U(xB) Aulas 7 e 8: escolha sob risco 6 3. Risco e preferências - II • Os agentes vão se diferenciar de acordo com a sua utilidade marginal em relação à renda. a. Se o agente tiver utilidade marginal decrescente em relação à renda, ele será avesso a riscos. b. Se o agente tiver utilidade marginal constante em relação à renda, ele será neutro em relação a riscos. c. Se o agente tiver utilidade marginal crescente em relação à renda, ele será apreciador de riscos. • Para entender isso, comparamos sua utilidade ante um evento arriscado com a utilidade que ele auferiria de um evento certo com o mesmo valor esperado. Aulas 7 e 8: escolha sob risco 7 3. Risco e preferências - III • Prêmio de risco: é o valor que um agente avesso a riscos pagaria para evitar assumir um determinado risco. • Para conseguir uma redução no risco, os agentes têm algumas alternativas ao seu alcance: a) Diversificação: redução de risco por meio da alocação de recursos em atividades diversas, cujos resultados tenham baixa correlação. • Idealmente, seriam inversamente correlacionados. b) Seguros: o agente aumenta sua utilidade ao tornar um evento incerto (e tipicamente de grande variabilidade) em um evento certo. • Isso está baseado na lei dos grandes números: o resultado de um evento específico pode ser difícil de prever, mas a esperança desse tipo de eventos é previsível.
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