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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE FLORIONÓPOLIS/SC. Distribuição por dependência e em apenso aos autos da execução n°: _ PEDRO DE CASTRO, (qualificação conforme artigo 319 Código de Processo Civil),vem por seu advogado ( qualificação completa).que indica para fins do artigo 914 e artigo 920 do código de processo civil e demais dispositivos apresentar. EMBARGOS A EXECUÇÃO Em face de BANCO QUERO SEU DINHEIRO S/A,(qualificação completa ) ,com sede no Rio de janeiro ,pelos fatos e fundamentos que passa a expor: I – PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE No fato alegado na inicial o exeqüente está afirmando que o executado esta em mora em um empréstimo contraído em nome de Laura. Este contrato esta vinculado a um empréstimo anterior feito pela mesma do qual o executado era fiador. Ocorre que o referido contrato fora quitado em abril de 2015. O fato é que o exeqüente utilizou-se deste, para embasar a execução, tendo ainda incluído-o no pólo passivo,e requereu a penhora de seu consultório . È evidente que esta eivada de vicio processual conforme artigo 337 do código de processo civil, corroborado com o artigo 485,VI, desta forma. O Executado deseja incluir no pólo passivo a Laura, em virtude de o titulo executável esta em seu nome e desta forma desvinculando- o. Por esta preliminar está caracterizada a ilegitimidade passiva contestante para responder a ação proposta. Visto que o titulo executável esta em nome de Laura sem qualquer vinculo com o executado, provado com documentos em anexo. Corrobora com este entendimento a jurisprudência do Tribunal de justiça do Rio Grande do Sul, vejamos: APELAÇÃO CÍVEL. EXECUÇÃO DE NOTAS PROMISSÓRIAS. EMBARGOS Á EXECUÇÃO. ILEGITIMIDADE PASSIVA. NULIDADE DA CITAÇÃO. PROVA. É nula a citação feita a quem não é parte, e quem não é parte não responde pela dívida, justificando a exclusão da lide. (Apelação Cível Nº 70062265533, Vigésima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Carlos Cini Marchionatti, Julgado em 19/11/2014).(TJ-RS - AC: 70062265533 RS, Relator: Carlos Cini Marchionatti, Data de Julgamento: 19/11/2014, Vigésima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 21/11/2014) Em razão que por esta preliminar pede a extinção do processo sem julgamento de mérito com condenação do exeqüente ao pagamento de custas e honorários advocatícios em 20% o valor da causa. II – DOS FATOS Ocorre que no mês de agosto de 2015 o embargante assinou nota promissória assumido encargo de avalista do empréstimo de mutuo financeiro contraído por Laura junto ao embargado no valor de R$ 300.000.00 (trezentos mil reais ) a serem pagos em 30 vezes. No mês de março de 2016 o embargante ,foi informado pelo embargado que Laura havia deixado de cumprir sua obrigação ,a partir da quarta parcela em dezembro de 2015. Desta forma objetivando evitar maiores transtornos o embargante quitou o encargo assumido como avalista em 03 de abril de 2016,sem contudo ter solicitado que lhes fosse entregue a nota promissória eu havia assinado ao contrair a divida como avalista. O embargante surpreendeu-se quando a poucos dias foi informado pelo porteiro de seu edifício ao qual tem seu consultório que que um oficial de justiça o procurava. Preocupado ,ao inteirar-se do assunto na 2° Vara Civil da Comarca de Florianópolis ,o embargante se viu em uma ação de execução fundada em titulo executivo extrajudicial em face do mesmo e de Laura tramitando neste juízo. Acreditando tratar-se de um equivoco o embargante fora consultar os autos quando se deparou com os seguintes pedidos. O embargante estava executando outro empréstimo contraído por Laura no valor de R$ 150.000,00 ( cento e cinqüenta mil reais ),sendo que o mesmo não possui qualquer garantia. Apesar da nota promissória assinada pelo embargante estar vinculada ao contrato quitado em abril de 2015, o embargado utilizou-se da mesma para embasar a execução, tendo ainda o incluído no pólo passivo. O embargado requereu ainda a penhora do consultório do embargante situado a Rua Nóbrega n° 36, sala 801, centro, Florianópolis, o que fora deferido pelo juiz. O embargante ao comparecer ao cartório fora intimado pelo oficial de justiça da penhora que incide sobre seu imóvel. III – DO FUNDAMENTO Não resta duvidas, comprovado está a inexigibilidade do titulo uma vez que o titulo em questão está vinculado à nota promissória de titulo executável diverso a este requerido na ação. O titulo obrigacional no qual o embargante se compromete como fiador foi somente o primeiro no qual já foi devidamente quitado em abril de 2015. O mesmo não assumiu vinculo com o segundo empréstimo por livre e espontânea vontade. O Banco aproveitou-se do documento que tem a posse para vincular o embargante sem que o mesmo tivesse conhecimento. Desta forma o titulo é inexeqüível e inexigível como trata o seguintes dispositivo legal. NCPC Art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: I - inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; Uma vez que a avaliação ocorreu sem o consentimento do embargante esta pode ser considerada de má-fé e indevida. Pois para que uma pessoa se comprometa como avaliador a mesma deverá ter ciência do ato praticado. Ocorre que o embargante não autorizou a utilização de seu documento para celebrar novo negocio sendo assim não pode ter penhorado seus bens, pois não se comprometeu a assegura a garantia do segundo negocio celebrado. NCPC Art. 917 II - penhora incorreta ou avaliação errônea; O titulo é cobrado indevidamente, pois foi feito sem consentimento e sendo assim não poderá ser executado, pois não houve contrato celebrado entre as partes como dispõe o artigo abaixo: NCPC Art. 917 III - excesso de execução ou cumulação indevida de execuções; Portanto como facilmente se constata, não há vinculo obrigatório , o que torna o título ineficaz para a presente execução. VI – DO PEDIDO Diante do exposto, requer: A - A distribuição por dependência e a atribuição do efeito suspensivo com a conseqüente suspensão do titulo executável. B - A intimação do embargado para no prazo de quinze dias manifestar-se. C - O reconhecimento da ilegitimidade passiva do embargante com a conseqüente extinção da execução e desconstituição da penhora que incide sobre o imóvel. D – A condenação do embargante ao ônus sucumbências. VI – DAS PROVAS Protesta por todas as provas admitidas em direito, em especial a documental Dá-se o valor da causa de R$150.000.00 (cento e cinqüenta mil reis). Termo em que, Pede deferimento. (local), (data) (Nome completo do Advogado) OAB n°: ____ .
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