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* * ENGENHARIA ECONÔMICA INTRODUÇÃO * * CONCEITOS GERAIS PORCENTAGEM JUROS TAXAS DE JUROS DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA REGRAS BÁSICAS CRITÉRIOS OU REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS * * 1 - PORCENTAGEM A percentagem ou porcentagem significa "por cento“ ou seja, "a cada centena"). Porcentagem representa uma razão com base em 100. 1% significa que um Inteiro foi dividido em 100 partes iguais, portanto, é uma parte desse todo, calculado da seguinte maneira: 100% significa o todo: * * 1 - PORCENTAGEM Calcular: Na última década a população da cidade A cresceu de 100 mil para 125 mil e, a população da cidade B passou de 40 mil para 50 mil habitantes. Qual das cidades teve um aumento populacional maior? * * 1 - PORCENTAGEM Calcular: João tem um salário de R$ 2.000,00. Irá receber um aumento de 15%. Qual o novo salário do João? Pedro recebeu um aumento de 15% de modo que seu salário é de R$ 4.600,00. Qual era o salário de Pedro? * * 2 - JUROS A mudança de valor do dinheiro ao longo de determinado período é chamada de valor do dinheiro ao longo do tempo. Este é o conceito mais importante da engenharia econômica. Receber uma quantia hoje ou no futuro não são a mesma coisa. Uma unidade monetária hoje é preferível à mesma unidade monetária amanhã. Postergar uma entrada de caixa (recebimento) por certo tempo envolve um sacrifício, o qual deve ser pago mediante uma recompensa, definido pelos juros. * * 2 - JUROS Juros representam a remuneração do capital. São os juros que efetivamente induzem o adiamento do consumo, permitindo a formação de poupanças e de novos investimentos na economia. Juros é a manifestação do valor do dinheiro no tempo Em termos de cálculo corresponde a diferença entre uma quantia em dinheiro no fim e no início de um período de tempo. Juros pagos: quando alguém utiliza recursos de terceiros paga juros pelo seu uso. Juros ganhos: quando alguém que poupou, realiza um investimento e, recebe uma remuneração na forma de juros. * * 3 – TAXAS DE JUROS As taxas de juros devem ser suficientes para remunerar: O risco envolvido na operação (empréstimo ou aplicação) A perda do poder de compra do capital motivada pela inflação O capital emprestado/aplicado * * 3 – TAXA DE JUROS A taxa de juros é o coeficiente que determina o valor dos juros. As taxas de juros se referem sempre a uma unidade de tempo – mês, semestre, ano etc. - e podem ser representadas equivalentemente de duas maneiras: Taxa percentual Taxa unitária * * 3 – TAXA DE JUROS A transformação da taxa percentual em taxa unitária se processa pela divisão da notação percentual por 100. Para a transformação inversa, basta multiplicar a taxa unitária por 100 taxa percentual taxa unitária 1,5 % ------------------- 0,015 8 % --------------------- 0,08 17% -------------------- 0,17 120% ------------------ 1,20 1.500 % ---------------15,0 Nas fórmulas de matemática financeira todos os cálculos são efetuados utilizando-se a taxa unitária de juros. * * 3 – TAXA DE JUROS Exemplo 1: um capital de $ 1.000,00 aplicado a 20% ao ano rende de juros, ao final deste período: Juros = $ 1.000,00 x (20 ÷ 100) Juros = $ 1.000,00 x 0,20 Juros = $ 200 * * 3 – TAXA DE JUROS Exemplo 2: Um investidor aplicou $ 10.000,00 em títulos. Ao final de 1 ano, reembolsou $ 10.700,00. Nesta aplicação, os juros ganhos corresponde a $ 10.700,00 – 10.000,00 = 700,00 A taxa de juros percentual é $ 700,00 / $ 10.000,00 x 100% = 7% * * 4 – DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA Para facilitar a representação das operações financeiras, costuma-se empregar o diagrama de fluxo de caixa, que consiste na representação gráfica da movimentação de recursos ao longo do tempo (entradas e saídas de caixa). Exemplos de entradas de caixa: Receita de vendas, recebimento de empréstimos, Recebimento pela venda de títulos etc. Exemplos de saídas de caixa: Custo de aquisição de ativos, custos operacionais, Imposto de renda etc. Fluxo de Caixa Líquido = Recebimento (–) Desembolsos * * 4 – DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA CONVENÇÃO Os fluxos de caixa normalmente se desenvolvem em intervalos de tempo variáveis dentro de um período de juros. Uma hipótese simplificadora é assumida: Convenção “fim do período”: presume-se que todos os fluxos de caixa ocorram no fim de um período de juros. Quando ocorrem diversos recebimentos e desembolsos dentro de determinado período de juros, considera-se que o fluxo de caixa líquido ocorre no fim do período de juros. * * 4 – DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA O diagrama inclui tudo aquilo que é conhecido, aquilo que é estimado e aquilo que é necessário. * * 4 – DIAGRAMA DO FLUXO DE CAIXA 0 3 2 1 4 5 $ 1.000 $ 500 $ 400 $ 300 $ 400 Entradas de Caixa (+) Saídas de Caixa (-) A linha horizontal representa a escala de tempo. O ponto Zero indica o momento inicial e os demais pontos representam os períodos de tempo (datas). As setas para cima da linha do tempo refletem as entradas (ou recebimentos de dinheiro), e as setas para baixo da linha indicam saídas (ou aplicações) de dinheiro. * * 5 – REGRAS BÁSICAS Nas fórmulas, tanto o prazo da operação como a taxa de juros devem necessariamente estar expressos na mesma unidade de tempo. Exemplo: um fundo de poupança oferece juros de 2% ao mês e os rendimentos creditados mensalmente. Neste caso, a taxa de juros e o período de capitalização são coincidentes – atendem à regra. Se uma aplicação foi efetuada pelo prazo de um mês, mas os juros definidos em taxa anual, não há coincidência nos prazos, devendo-se transformar a taxa de juro anual para o intervalo de tempo definido pelo prazo da operação, ou vice-versa. Os critérios de transformação do prazo e da taxa para a mesma unidade de tempo podem ser efetuada através das regras de juros simples (média aritmética) e de juros compostos (média geométrica), dependendo do regime de capitalização (simples ou composto). * * 5 – REGRAS BÁSICAS SIMBOLOGIA P = valor ou quantidade de dinheiro em um tempo designado como presente ou tempo 0. P também é chamado de capital presente (CP), valor presente (VP), valor presente líquido (VPL), fluxo de caixa descontado (FCD). F = valor ou quantidade de dinheiro em algum tempo futuro. F também é chamado de valor futuro (VF) e capital futuro (CF). A = série de montantes consecutivos, iguais e em fim de período. A também é chamado de valor anual (VA) e valor anual uniforme (VAUE). n = número de períodos de juros: anos, meses, dias. i = taxa de juros ou taxa de retorno no período (porcentagem anual, mensal, diário). * * 6 – CRITÉRIOS (OU REGIMES) DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS Os critérios ou regimes de capitalização demonstram como os juros são formados e sucessivamente incorporados ao capital no decorrer do tempo. São dois os regimes de capitalização: SIMPLES COMPOSTO * * 6 – CRITÉRIOS (OU REGIMES) DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS REGIME DE CAPITALIZAÇÃO SIMPLES É o regime segundo o qual os juros produzidos no final de cada período, têm sempre como base de cálculo o Capital Inicial empregado Exemplo: Um investidor aplica $ 100,00 a juros simples durante quatro meses à taxa de 10% ao mês: A incorporação dos juros ao principal ocorre em progressão aritmética * * 6 – CRITÉRIOS (OU REGIMES) DE CAPITALIZAÇÃO DOS JUROS REGIME DE CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA Os juros produzidos ao final de um dado período se agregam ao capital, passando ambos a integrar a nova base de cálculo para o período subseqüente e, assim, sucessivamente. Exemplo: Um investidor aplica $ 500,00 a juros compostos durante seis meses à taxa de 4% ao mês: A incorporação dos juros ao principal ocorre em progressão geométrica
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