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Fitopatologia- Manejo Integrado de Doenças de Plantas (MID)

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MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DE PLANTAS (MID)
Instituto de Desenvolvimento Rural
Curso: Agronomia
Disciplina: Fitopatologia
Docente: Prof. Joaquim Torres
 Discentes : Sebastião Martinho Chiquete 
	 Thereza Cristina de Assis Botelho
	 Tina Karen Soares de Oliveira
A partir da década de 70, foi proposto o termo Manejo Integrado de Doenças por CHIARAPPA em 1974. O termo Manejo implica na “utilização de todas as técnicas disponíveis dentro de um programa unificado, de tal modo a manter a população de organismos nocivos abaixo do Limiar Econômico de Dano (LED) e a minimizar os efeitos colaterais deletérios ao meio ambiente” (NAS, 1969).
Manejo
Manejo: Processo contínuo de Controle da doença. 
Objetivos do Manejo Integrado de Doenças (M.I.D):
Redução dos custos de produção; 
Manter equilíbrio ecológico; 
Redução dos riscos de intoxicação do aplicador;
Preservar saúde do consumidor.
Doença
A doença é o tema central da Fitopatologia. Desde os trabalhos de De Bary, em 1853, quando se comprovou a natureza parasitária das doenças de plantas, estabelecendo a Fitopatologia como ciência, muitas definições e conceitos foram propostos para doenças de plantas.
Doença
Kühn (1858): “As doenças de plantas devem ser atribuídas a mudanças anormais nos seus processos fisiológicos, decorrentes de distúrbios na atividade normal de seus órgãos”.
Walker (1950): “Plantas doentes são caracterizadas por mudanças na sua estrutura ou processos fisiológicos acarretadas por ambiente desfavorável ou por algum agente parasitário”.
Classificação conforme McNew
Grupo I - Doenças que destroem os órgãos de armazenamento;
Grupo II - Doenças que causam danos em plântulas;
Grupo III - Doenças que danificam as raízes;
Grupo IV - Doenças que atacam o sistema vascular;
Grupo V - Doenças que interferem com a fotossíntese;
Grupo VI - Doenças que alteram o aproveitamento das substâncias fotossintetizadas.
Características do Manejo
Manejo conduz ao conceito de que doenças são componentes inerentes do agroecossistema;
 Manejo baseia-se no princípio de manter o dano ou o prejuízo abaixo do nível econômico, sugerindo a necessidade de contínuo ajuste do sistema;
 Manejo, baseado no conceito de limiar econômico, enfatiza a minimização do dano, estando menos sujeito a mal-entendidos.
Princípios Gerais de Manejo de Doenças Infecciosas de Plantas 
Controle biológico
Em programas de manejo de doenças, o controle biológico pode assumir importância relevante do ponto de vista econômico, ecológico e social. Dentre os cases reconhecidos como eficazes na inibição de patógenos podemos citar Agrobacterium radiobacter, Bacillus subtilis, Trichoderma harzianum e Trichoderma viride.
Controle Físico 
Utilização de agentes físicos para reduzir o inóculo inicial ou o desenvolvimento da doença; 
Temperatura;
Luz;
Radiação; 
Ventilação. 
Controle Genético 
Através do melhoramento genético é possível obter plantas com resistência a determinadas doenças em diversos estádios ou órgãos vegetais. São diversas as possibilidade de mecanismos de resistência, podendo variar desde resistência vertical completa até resistência parcial incompleta.
Controle Químico 
Aplicação de substâncias químicas que impedem / diminuem ação dos fitopatógenos.
Fungicidas: substâncias químicas utilizadas para manejar doenças.
Fungitoxicidade: propriedade inerente (habilidade) de uma substância em produzir efeito adverso, a determinado nível de exposição, sobre fungos. 
Controle Cultural
Várias são as práticas que compreendem estes métodos, dentre elas:
• Rotação de culturas;
• Época de semeadura;
• Semente com qualidade sanitária;
• Colheita e destruição de restos culturais;
• Vazio sanitário (método legislativo em obediência ao regulamentado pelo Ministério da Agricultura);
• Cultura no limpo (eliminação de plantas daninhas);
• Adubação equilibrada.
Ferrugem
Ferrugem do sorgo (Puccinia purpurea)
Sintomas
• Aparece em qualquer estádio da planta; 
• Os primeiros sintomas são minúsculos pontos escuros; 
• As urédias se abrem no poro e expelem os esporos hialinos; 
• O tecido da folha ao redor da urédia adquire coloração castanho-clara a castanho-avermelhada.
Condições de Desenvolvimento
• Depende de água livre na superfície;
• Temperaturas entre 18°C e 26,5°C;
• Quanto mais cedo ocorrer a desfolha, menor será o tamanho dos grãos;
• Ferrugem americana causa pouco impacto sobre o rendimento;
• Ferrugem asiática é mais agressiva e causa grandes perdas.
Controle
• Evitar semear na época mais favorável à doenças;
• Selecionar cultivares mais precoces;
• Evitar a semeadura em safrinha;
• Fazer o monitoramento periódico da lavoura.
Antracnose
Antracnose “mancha chocolate” no Fruto (A) e na Folha (B) da Goiabeira (Psidium guajava), causada pelo agente causal Colletotrichum gloeosporioides Penz.
Sintomas
• Causa a morte de plântulas, necrose dos pecíolos e manchas nas folhas, hastes e vagens;
• Queda total das vagens ou deterioração das sementes quando há atraso na colheita;
• Vagens infectadas nos estádios R3-R4 adquirem coloração castanho escura a negra;
• Nas vagens em granação, as lesões começam por estrias de anasarca e evoluem para manchas negras;
• Em alta umidade, as partes infectadas ficam cobertas por pontuações negras.
Condições de Desenvolvimento
• É a principal doença que afeta a fase inicial de formação das vagens;
• É um dos principais problemas do Cerrado, devido à elevada precipitação e às altas temperaturas;
• Em anos chuvosos pode causar perda total da produção;
• O uso de sementes infectadas também contribuem para a ocorrência da doença; 
• Apresenta índices elevados de infecção em lavouras que sofreram atraso de colheita.
Controle
• Usar semente sadia;
• Fazer rotação de cultura;
• Espaçamento entre as linhas de 50 a 55 cm;
• Manejo adequado do solo, principalmente com relação à adubação potássica;
• Fazer tratamento da semente com fungicidas adequados.
Oídio
Oídio na folha de pepino
Sintomas
• É um parasita obrigatório que se desenvolve em toda a parte aérea da planta; 
• Apresenta uma fina cobertura esbranquiçada; 
• É constituído de micélio e esporos pulverulentos; 
• A coloração branca do fungo muda para castanho-acinzentada com o passar do tempo; 
• Em condições de infecção severa, causa seca e queda prematura das folhas.
Condições de Desenvolvimento
• Ocorre em qualquer estádio de desenvolvimento da planta;
• É mais comum no início da floração;
• Baixa umidade e temperaturas amenas (18°C a 24°C) são favoráveis ao desenvolvimento do fungo;
• O desenvolvimento do fungo é inibido acima de 30°C.
Controle
• O método mais eficiente é o uso de cultivares resistentes; 
• Pode utilizar fungicidas foliares do grupo dos triazóis e/ou dos benzimidazóis;
 
• Para controle em estádios inicias, é indicado preferencialmente o enxofre.
Murcha causada por Verticillium na planta de berinjela
Sintomas de antracnose em
plantas de berinjela, causada por
Colletotrichum gloeosporioides.
Folha de videira com sintomas de escoriose
Mancha dendrofoma ou crestamento das folhas causado pelo fungo Dendrophoma obscurans.
Pinta-preta ou varíola causada pelo fungo Asperisporium caricae (Speg) Maubl
Referências Bibliográficas
De Primeira, Sem Duvida- MID. Disponível em: <http://deprimeirasemduvida.com.br/mid>. Acesso em: 01 nov. 2016.
 MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DE PLANTAS - MID. 2009. Disponível em: <http://fitodisease.blogspot.com.br/2009/02/manejo-integrado-de-doencas-de-plantas.html>. Acesso em: 01 nov. 2016.
MENTEN, José Otávio Machado. MANEJO INTEGRADO DE DOENÇAS DE PLANTAS. São Paulo, 2012. Disponível em: <http://www.psvs.com.br/aparecido/files/2016/02/manejointegradodedoenascompletaccas-130624095144-phpapp01.pdf>. Acesso em: 01 nov. 2016.
MICHEREFF, Sami J.. FUNDAMENTOS de Fitopatologia Prof. Recife, 2001.
ZAMBOLIM, Laércio. Manejo Integrado de Doenças de Plantas.
Viçosa: Editoração Eletrônica, 2010. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAg7-0AD/manejo-integrado-doencas-plantas>. Acesso em: 01 nov. 2016.
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