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CCJ0014-WL-C-PP-Aula 06-Direito Civil 2 - Guido Cavalcanti

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Obrigações
Aula 6
 
Afirma o artigo 91 do C.C
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja existência supõe a do principal.
O mesmo conceito é transportado ao Direito das Obrigações. Há obrigações que nascem e existem por si mesma, independentes. Há outras que surgem unicamente para se agregar a outras. (acessórias)
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA
 
Isso pode nascer da vontade das partes ou da lei. Podem nascer juntas ou a acessória pode nascer em um momento posterior. Podem estar no mesmo documento ou em documentos diferentes. 
O exemplo mais frequente são alguns contratos que são agregados a um tipo de garantia. (fiança, hipoteca, anticrese)ex., um empréstimo agregado a uma garantia.
Existem algumas obrigações acessórias que são emanadas da lei, como a evicção. (é uma obrigação acessória em qualquer obrigação onerosa)
 
Art. 447. Nos contratos onerosos, o alienante responde pela evicção. Subsiste esta garantia ainda que a aquisição se tenha realizado em hasta pública.
 
A grande relevância é percebermos que a obrigação acessória sempre seguirá a sorte da principal. Se a principal for nula, também será a acessória, mas o contrário não é verdadeiro.
 
A obrigação é líquida quando conseguimos observar com precisão seu objeto, qualidade, quantidade e natureza.
A obrigação é ilíquida quando depende de prévia apuração para a verificação de seu exato objeto ou algum outro elemento. Toda obrigação ilíquida em algum momento tem que se tornar líquida (nem que seja em seu último momento, como p.ex., na execução forçada)
 
OBRIGAÇÃO LÍQUIDAS E ILÍQUIDAS
O processo civil tem 3 métodos para transformar uma obrigação ilíquida em líquida:
a)por cálculo do contador- são calculos aritméticos.
b)por arbitramento-usa-se o conhecimento técnico de um perito.
c)por artigos-quando, para determinar o valor de condenação, houver necessidade de alegar e provar fato novo. (alguma nova prova tem que ser produzida para se verificar o montante do prejuízo, p.e.x,)
 
A condição subordina a obrigação a evento futuro e incerto. Ex. obrigação de pagar certo valor se determinado time for campeão. A obrigação está subordinada. Podem ser de dois tipos: condiçoes suspensivas e condições resolutivas.
a)suspensivas: ainda não existe o direito (só uma expectativa). Ocorrendo o implemento da condição, fica sendo imediatamente exigível. (ex. caso do time)
b) resolutva: o direito já foi adquirido. Ex. fique com meu carro até você passar no vestibular. Com o implemento da condição, deve possuidor entregar a coisa. 
 
OBRIGAÇÕES CONDICIONAIS
Também chamado de encargo. É coercitivo. É um obrigação imposta ao beneficiário de um direito. 
Não se confunde com uma condição, pois esta é um evento futuro e incerto e não pode imposta sua execução. 
 
CONDIÇÕES MODAIS
O encargo fica restrito aos negócios gratuitos. É uma obrigação acessória que se impõe àquele que recebe uma liberalidade. Ex. doação de uma propriedade com um encaro de cuidar de um idoso. 
Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
 
Fixação de lapso temporal. É um evento inexorável. É um evento futuro, mas certo. Fixa quando a obrigação passa a ser exigível ou se extingue. (termo inicial e termo final)
Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
 
OBRIGAÇÃO A TERMO
Pode haver termo certo, no caso de uma data. (certo ou determinado). Nesse caso o devedor está constituido em mora de pleno direito na data fixada.
Termo incerto, sabemos que ocorrerá, mas não saber exatamente quando. Ex., o carro emprestado será devolvido na morte de fulano. 
 
Não existe na lei um conceito de juros. Doutrinariamente são a remuneração que o credor pode exigir do devedor por se privar de uma quantia em dinheiro.
Também são chamados de frutos civis do capital. São portanto obrigações acessórias.
Geralmente são fixados em porcentagem, mas nada impede que sejam fixados de outra forma.
 
OBRIGAÇÃO DE JUROS
Existem os convencionais e os legais. Os primeiros são pactuados e os segundos provêm da lei. Também afirma-se que são moratórios ou compensatórios.
Os juros moratórios são uma espécie de punição ao devedor que atrasa no cumprimento de sua obrigação.
Já os compensatórios são devidos como uma compensação pelo fato de o credor estar privado da disponibilidade de um capital. 
 
Os compensatórios são independentes de qualquer culpa ou descumprimento. Os moratórios sempre decorrem de alguma atitude contrária a vontade contratual.
Inicialmente, não havia limitação das taxas de juros, que podia ter qualquer valor. Em 33 surgiu a lei de usura, que tentou fixar os juros a 12% ao ano. Essa lei foi substituida pela lei dos crimes contra economia popular em 51.
 
Em função de pressões econômicas, o supremo passou a entender que às instituições financeiras não se aplicava a lei de usura. 
STF Súmula nº 596 - 15/12/1976 - DJ de 3/1/1977, p. 7; DJ de 4/1/1977, p. 39; DJ de 5/1/1977, p. 63.
Juros nos Contratos - Aplicabilidade em Taxas e Outros Encargos em Operações por Instituições Públicas ou Privadas que Integram o Sistema Financeiro Nacional
    As disposições do Decreto 22.626 de 1933 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o sistema financeiro nacional
 
Ou seja: pune-se o particular que cobra juros acima da taxa, mas autoriza-se os bancos a cobrar?
Em 1988 houve uma nova tentativa de controle, fixando nossa carta os juros a um limite anual de 12%. Novamente nosso tribunal entendeu que essa disposição não era autoaplicável. 
 
O código civil fez uma nova tentativa, através do seu artigo 406:
Dos Juros Legais
Art. 406. Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou o forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei, serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de impostos devidos à Fazenda Nacional.
Art. 407. Ainda que se não alegue prejuízo, é obrigado o devedor aos juros da mora que se contarão assim às dívidas em dinheiro, como às prestações de outra natureza, uma vez que lhes esteja fixado o valor pecuniário por sentença judicial, arbitramento, ou acordo entre as partes.
 
Usa-se com frequencia a chamada taxa SELIC – sistema especial de liquidação e de custódia, que é fixado pelo governo. Os diversos contratos particulares acabam usando esse indice por ser sólido e regulado pelo governo. 
Anatocismo é a contagem de juros sobre juros. (ana=repetiçã, tokos=juros)
O decreto 22.626/33 não permite sua cobrança. É também uma forma de usura.

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