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Gestão Ambiental Cristiano Corrêa Curso Técnico em Segurança do Trabalho Educação a Distância 2016 EXPEDIENTE Professor Autor Cristiano Corrêa Design Instrucional Deyvid Souza Nascimento Maria de Fátima Duarte Angeiras Renata Marques de Otero Terezinha Mônica Sinício Beltrão Revisão de Língua Portuguesa Eliane Azevêdo Diagramação Klébia Carvalho Coordenação Manoel Vanderley dos Santos Neto Coordenação Executiva George Bento Catunda Coordenação Geral Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra Conteúdo produzido para os Cursos Técnicos da Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, em convênio com o Ministério da Educação (Rede e-Tec Brasil). Agosto, 2016 C824g Corrêa, Cristiano. Gestão Ambiental: Curso Técnico em Segurança do Trabalho: Educação a distância / Cristiano Corrêa. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco, 2016. 36 p.: il. Inclui referências bibliográficas. 1. Educação a distância. 2. Ecologia. 3. Meio ambiente. 4. Gestão ambiental. 5. Resíduos. 6. Desenvolvimento sustentável. I. Corrêa, Cristiano. II. Título. III. Secretaria Executiva de Educação Profissional de Pernambuco. IV. Rede e-Tec Brasil. CDU – 504.06 Catalogação na fonte Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129 Sumário INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER ELEMENTOS SOBRE ASPECTOS NORMATIVOS AMBIENTAIS PARA AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NAS ORGANIZAÇÕES5 1.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental ............................................................................. 8 1.2 Economia Verde e Economia Inclusiva .................................................................................................. 11 1.3 Gestão Ambiental ................................................................................................................................. 20 1.4 Sistema de Gestão Ambiental ............................................................................................................... 21 2. COMPETÊNCIA 02 | QUALIFICAR SOBRE O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SEUS ASPECTOS HOLÍSTICOS PARA A ORGANIZAÇÃO .............................................................................................. 25 2.1 Análise de Risco e Gestão Ambiental .................................................................................................... 25 2.2 Implementando a ISO - 14001(SGA) ...................................................................................................... 29 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................ 32 REFERÊNCIAS................................................................................................................................. 33 MINICURRÍCULO DO PROFESSOR .................................................................................................. 37 4 INTRODUÇÃO Caro Estudante, É com alegria que o recebemos para este componente curricular de Gestão Ambiental. Esperamos que, ao término, tenhamos construído conhecimentos preciosos para você, futuro Profissional de Segurança no Trabalho. Neste caderno, você terá acesso a conteúdos importantes, relacionados com os fundamentos conceituais do que vem a ser a Gestão Ambiental, por meio de uma linguagem simples e com exemplos que propõem ligações entre o cotidiano das empresas e dos profissionais de segurança no trabalho. Além disso, veremos também como uma empresa implementa e quais as regras fundamentais para que seja posto em prática o Sistema de Gestão Ambiental, através das normas internacionais em vigor, sobretudo a ISO-14001. Ao concluir a disciplina, observaremos que a Gestão Ambiental muito mais do que mais uma responsabilidade e atribuição, é um direito e um importante componente para o bem estar dos trabalhadores, da empresa e de toda a sociedade. Cultivemos bons estudos para, em breve, colhermos conhecimentos que nos farão profissionais mais preparados e capazes para o mercado e para a vida. 5 1. COMPETÊNCIA 01 | CONHECER ELEMENTOS SOBRE ASPECTOS NORMATIVOS AMBIENTAIS PARA AVALIAÇÃO E IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL (SGA) NAS ORGANIZAÇÕES Como já foi dito, este componente curricular vai tratar da Gestão Ambiental. Neste contexto, é importante fazer a seguinte pergunta: Por que o Técnico de Segurança no Trabalho deve estudar Gestão Ambiental? Tentando responder a essa pergunta, observe as seguintes visões empresariais de importantes instituições brasileiras ou em funcionamento no Brasil: PETROBRÁS “Crescimento integrado, rentabilidade e responsabilidade socioambiental são as palavras-chave de nossa estratégia corporativa. É a partir da atuação nesses três pilares que construímos a Missão e a Visão 2020, de forma transparente e com olhos atentos ao que acontece no Brasil e no mundo.” (grifo do autor). (Fonte: http://www.petrobras.com.br/pt/quem-somos/estrategia-corporativa/ Acesso em: 20mai16) BANCO ITAÚ “Para nós, sustentabilidade é gerar valor para nossos clientes e para a sociedade no dia a dia da nossa operação.” (Fonte: http://www.itau.com.br/sobre/quem-somos/ Acesso em: 21mai16) NESTLÉ "Uma empresa saudável como a Nestlé, imbuída da missão de levar Nutrição, Saúde e Bem-estar aos consumidores, somente pode concretizar totalmente seus objetivos se conseguir o desenvolvimento Competência 01 6 sustentável do negócio aliado ao crescimento sustentável de cada comunidade onde está presente." (Ivan F. Zurita, presidente da Nestlé Brasil). (Fonte: http://www.nestle.com.br/mobile/Portal480/Sobre.aspx Acesso em 22mai13) Mas, afinal, o que a visão da maior empresa do Brasil, um dos maiores bancos nacionais e a maior multinacional de produção de alimentos têm em comum? As suas propostas corporativas estão baseadas na promoção da “responsabilidade socioambiental” e no “desenvolvimento sustentável” ou “sustentabilidade”. Isso é o que tentaremos discutir em nosso caderno e, ao fim, você poderá responder à pergunta inicial. Sendo assim, para aprimorar os estudos, aproveite ainda as dicas semanais e o encontro presencial, pois eles serão ferramentas para essa construção. A seguir, vê-se uma ilustração que pode inspirar a corresponsabilidade necessária quando se fala de Gestão Ambiental. Figura 01 - Sistema de Gestão Ambiental Fonte: www.naturezaecologica.com/a-gestao-ambiental- comeca-em-casa Descrição: várias mãos de formatos, cores e características distintas segurando um Globo Terrestre. Ao fundo um painel azul com um degradê suave do tom mais escuro acima e mais claro na base, pequenas nuvens brancas ornamentam a parte inferior. Competência 01 7 Partindo das reflexões propostas na introdução e tentando conhecer mais sobre Gestão Ambiental, é fundamental discutir alguns termos que foram citados como: responsabilidade socioambiental e desenvolvimento sustentável.É também importante compreender que a Gestão Ambiental é um compromisso individual e coletivo que reflete o exercício da cidadania plena e, em última análise, matéria presente na gestão empresarial. Assim, é uma importante ferramenta para os profissionais que pretendem ingressar nestas e em tantas outras empresas que admitem a sustentabilidade como parte fundamental de sua visão. Na maioria das grandes empresas, os departamentos de segurança do trabalho estão intimamente ligados aos de meio ambiente. Isso não é uma mera curiosidade. Por que? Quando em uma refinaria de petróleo vaza algum óleo combustível, tem-se um problema de segurança no trabalho ou um sinistro ambiental? Parece claro que os dois problemas, pois tanto teremos consequências negativas para os trabalhadores, comunidade do entorno, instalações da empresa e principalmente para o meio ambiente. Assim, se as prevenções e os atendimentos a acidentes forem pensados e prestados conjuntamente por profissionais de segurança do trabalho e gestão ambiental, ter-se-á uma maior probabilidade deste acidente sequer acontecer. Ou, em um caso fortuito, se houver atendimento com eficiência, existirão menos vítimas e menores prejuízos ambientais e econômicos, como está representado metaforicamente, a seguir, na ilustração. Competência 01 8 Figura 02 - Pensando a Sustentabilidade Fonte: http://amaivos.uol.com. br/amaivos09/noticia/noticia.as p?cod_noticia=11763&cod_cana l=48 Descrição: uma árvore na época do outono, sem folhas, onde os galhos e ramos entrelaçados parecem uma cabeça humana, tendo o tronco como pescoço, saindo da terra. Ela encontra-se sobre um aclive com a relva verde musgo, no horizonte um céu com tons de cinza e em na planície ao longe vegetação florestal. Mais adiante, trataremos dos conceitos de sustentabilidade e responsabilidade social, tão importantes para o conhecimento e implementação da Gestão Ambiental. 1.1 Sustentabilidade e Responsabilidade Socioambiental Presente em quase todos os debates empresariais, a sustentabilidade ou desenvolvimento sustentável nasceu, como conceito, através de uma conferência das Organizações das Nações Unidas (ONU), no ano de 1972, em Estocolmo, onde pela primeira vez foi posto em discussão o modelo vigente de desenvolvimento das nações. Na conferência, analisou-se que os recursos naturais (árvores, minérios, água etc.) eram usados de forma indiscriminada, muitas vezes, levando à exaustão completa das reservas naturais e isso promovia o enriquecimento de poucos em detrimento da pobreza de muitos. Isso inspirou o conceito que você verá abaixo, a mais clássica definição de Competência 01 9 desenvolvimento sustentável, feita pela presidente da Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMMAD) criada, no âmbito da ONU, para discutir o tema: Então, você pode afirmar que o desenvolvimento sustentável é aquele que alia o desenvolvimento econômico, a boa gestão dos recursos naturais somada a uma distribuição justa do fruto deste desenvolvimento. Esses aspectos dão origem ao tripé da sustentabilidade, composto pelos seguintes aspectos: Econômico, Social e Ambiental. Observe a imagem abaixo: Figura 03 - Triângulo da Sustentabilidade Fonte: http://www.ameninado de doverde.com.br/site/?p=2435 “desenvolvimento que é capaz de garantir as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras atenderem também as suas” (CMMAD, 1991, p.8). Para que você continue os estudos, assista o primeiro vídeo que preparamos para você, que trata da tríade ou base da sustentabilidade Competência 01 10 Descrição: ramo com três folhas. Sobre elas estão os termos: Ambiental, acompanhado da ilustração de uma semente; Econômico, acompanhado da ilustração de uma indústria; e Social, acompanhado da ilustração de três pessoas sem rosto, sobre um fundo verde. Apesar do termo “sustentabilidade” surgir apenas na década de 1970, as ideias que lhe dão base são bem mais antigas. Como prova, vejamos um pequeno texto que representa um importante foco do pensamento do Mahatma Ghandi (Mahatma, do sânscrito, “a grande alma”) mais conhecido entre os indianos: Esse trecho expressa a filosofia de uma coletividade humana socialmente justa e uma clarividência na exaustão dos recursos planetários, tomados em assalto pelas “vontades” e não necessidades. Ainda no campo da “vontade de poucos” dilacerando o patrimônio natural de todos os filhos da terra, Rousseau, importante pensador francês do século XVII, em seu contrato social, exprime: “ A cada dia, a natureza produz o suficiente para suprir nossas carências. Se cada um tomasse a porção que lhe fosse necessária, não haveria pobreza, guerras, e no mundo todo ninguém mais morreria de inanição.” (Fonte: GHANDI. Disponível em: www.rh.com.br/Portal/frases.php. Acesso em 13abr16) “A vontade geral é sempre reta, porém o julgamento que a guia nem sempre é esclarecido. É preciso (...), protegê-la contra a sedução das vontades particulares, aproximar de seus olhos os lugares e os tempos, comparar o atrativo das vantagens presentes e sensíveis com os perigos dos males distantes e ocultos.” (ROUSSEAU, 2010, p.55) Competência 01 11 As preocupações com a natureza equilibrada como base para a vida humana já eram expostas por Platão, na Grécia Antiga (século IV a.C.), ao chamar atenção para a preservação das florestas, para a prevenção da erosão do solo e como reguladora dos ciclos das águas (MAGALHÃES, 1998, p.2). Portanto, o conceito de sustentabilidade está intimamente ligado ao termo “responsabilidade socioambiental”, que exprime a preocupação das instituições não apenas com os ganhos econômicos, mas também com o meio ambiente e a sociedade na qual a empresa está inserida. Derivantes da responsabilidade socioambiental, temos vários temas dos quais destacamos: 1.2 Economia Verde e Economia Inclusiva Com o novo paradigma de um desenvolvimento que atendesse não apenas os interesses imediatos e financeiros dos empreendedores, mas também as faces social e ambiental, surgiram alguns conceitos, entre eles Economia Verde e Economia Inclusiva. Mas, afinal, o que vem a ser Economia Verde e Economia Inclusiva? Economia Verde – Forma de produção que tenta ao máximo adotar boas práticas no sentido de usar os recursos naturais com a maior racionalidade possível, gastando estritamente o essencial e quando possível reaproveitando os subprodutos, a água e a energia. Observe a imagem a seguir e imagine se todo o resíduo fosse disposto de forma inadequada, ao invés de ser reaproveitado. Atualmente, muitos institutos se destinam à pesquisa e à implantação da responsabilidade socioambiental, entre eles o Instituto ETHOS o qual recomendamos a navegação (consulta) através do endereço: http://www3.ethos.org.br/ Competência 01 12 Figura 04 - Aparas da Indústria Plástica Fonte: http://www.google.com.br/search?q=aprovei tamento+de+aparas+na+indplastico-plasticos-sao-fa bricados.html%3B400%3B267 Descrição: pequenos pedaços de aparas plásticas, de várias cores, tamanhos e formatos, reunidas em um pequeno monte, para serem reunidos para serem reutilizados No momento em que uma indústria plástica aproveita as “aparas” das peçasproduzidas, ao invés de descartá-las como resíduo, e as processa para que retornem à condição de matérias-primas, ela tem um ganho econômico, pois irá comprar menos matéria-prima. Ao mesmo tempo, isso ocasionará um ganho ecológico já que menos recursos serão usados para a produção daquela matéria-prima substituída pelas aparas, como também menos resíduos serão gerados, que no caso do plástico pode necessitar de centenas de ano para decompor-se. Observe as imagens seguintes: Figuras 05 e 06 - Reaproveitamento de Aparas Fonte: http://www.google.com.br/search?q=aproveita mento+de+aparas+na+ind%.html%3B242%3B250 Descrição: na figura 5 uma máquina de processamento de aparas, para reutilização, e na figura 6 uma ilustração de objetos plásticos encontrados em uma esteira de forma triste e debilitada, passando por um portal e saindo sorridentes e prontos para serem usados de novo. Competência 01 13 Outro exemplo é o reaproveitamento da água da chuva através de sistema de calhas, reservatórios, filtros e bombas hidráulicas. A água reaproveitada pode ser usada em determinado processo de refrigeração de equipamentos e outros processos fabris, passando por tratamento e retornando para água das torneiras e após um novo tratamento chegando à descarga das privadas. Portanto, a água que foi captada “gratuitamente”, é utilizada e reutilizada na empresa, exigindo processos relativamente simples. Esse é um dos inúmeros exemplos de reaproveitamento da água e está esquematizado a seguir: Figura 07 - Captação e Reaproveitamento da Água Fonte: http://www.google.com.br/search?q=aproveitamento=pt.portogen te.com.br%252Ftexto.php%253Fcod%253D53945%3B400%3B316 Descrição: na imagem, observa-se um prédio, com 05 pavimentos, e um corte longitudinal. No topo dele, aparecem uns pingos de água representando a chuva, à esquerda, e, à direita, um reservatório de água circular. Na base do prédio aparecem, no centro, uma cisterna redonda, à direita, e uma bomba de recalque, à esquerda. Todos esses equipamentos estão ligados por tubulação à cisterna que está no topo. De modo geral, a imagem apresenta uma sequência de 05 etapas: na primeira, a água pluvial é captada por pontos distribuídos pelo prédio, no topo. Na segunda etapa, a água é direcionada por tubulação para o sistema de filtragem. Após passar pelo filtro, a água é armazenada numa cisterna e, em seguida, por uma tubulação, a água é conduzida para o reservatório superior. Por último, o reservatório distribui a água para reuso. Competência 01 14 Ainda no campo do bom aproveitamento dos recursos naturais, podemos citar outro exemplo: as telhas convencionais em um teto de um galpão podem ser substituídas por telhas transparentes e parte das paredes por vitrais e básculas. Isso proporciona uma economia no gasto com iluminação durante o dia e uma menor demanda por energia elétrica. A seguir, vê-se um mercado público e uma empresa na Dinamarca, que utiliza a transparência das cobertas e laterais para promover a iluminação natural, diminuindo substancialmente a iluminação artificial, que gera custo e consome energia. Figura 08 - Aproveitamentos da Iluminação Natural Fonte http://www.google.com.br/search?q=aprovei tamento+da+luz+do+sol+pelas+empresas&source= Fc ategory%252Fconstrucao-civil%252Fpage%252F2%25 2F%3B500%3B334 Descrição: abóboda, parte superior da cobertura abaulada, de um mercado público que utiliza uma grande quantidade de telhas transparentes, tem-se na parte superior das fachadas muitos vitrais transparentes. Para saber mais e ver exemplos, observe as imagens a seguir: Competência 01 15 Figura 09 - Aproveitamentos da Iluminação Natural Fonte: http://ideiasgreen.com.br/2012/ 01/empresa-dinamarquesa-tem-sala-de. html. Descrição: edificação com sete pavimentos, tendo uma câmara comum ao centro com uma escada disposta ao centro da edificação interligando todos os pavimentos, por pequenos passadiços, dando impressão de leveza e elegância. Esta câmara é cercada de paredes transparentes as quais trazem uma impressionante luminosidade ao interior do edifício. As energias eólica e solar, através de painéis fotovoltaicos e acumuladores, são opões que exigem um investimento um pouco maior para a racionalização da energia necessária para a empresa. Contudo, apesar do custo inicial, em longo prazo, torna-se rentável economicamente e pode gerar ganhos absurdos do ponto de vista socioambiental. Competência 01 16 Figura 10 - Energia Eólica. Fonte: http://www.google.com.br/search? q= energia+solar+energia+eólica Descrição: enorme região de aclive, sobre uma superfície arenosa com a base intercortada por vegetação arbustiva com várias torres metálicas e brancas de captação de energia eólica; Figura 11. - Energia Solar, respectivamente. Fonte: http://www.google.com.br/search? q= energia+solar+energia+eólica Descrição: vista superior da fachada do estádio conhecido por Arena de Pernambuco, com o gramado verde retangular ao centro, tendo arquibancadas em todos os lados, com três níveis cada lado. A cobertura é metálica interligada a estrutura externa, ambas repletas de placas fotovoltaicas que captam a energia luminosa e a armazenam em células acumuladoras. Competência 01 17 Em vários estados brasileiros, temos uma considerável produção de cana de açúcar, para o fabrico de açúcar e álcool, em especial o etanol (combustível automotivo). Esta produção está relacionada com a moagem da cana que passa à condição de bagaço. Verdadeiras montanhas de bagaço são formadas a cada nova moagem. Anteriormente, esse resíduo representava um perigo em potencial para o ambiente onde era depositado e até mesmo para a segurança nas instalações do engenho ou destilaria, pois com a chuva o resíduo pode fermentar e provocar incêndios. Figura 12 - Montanhas de Bagaço de Cana Fonte: http://www.google.com.br/search?q= montanha+de+baga%C352Frevistapesquisa.f apesp.br%252Fwp Descrição: enorme montanha de bagaço de cana, produzido após a moagem, com aspecto granular o bagaço está disposto em uma vasta área, ligada a uma esteira em forma de ponte metálica que conduz o resíduo após a moagem. O céu está coberto de nuvens brancas e a montanha de bagaço tem uma cor bege clara e uma figura humana se destaca, ao longe, em meio aos resíduos, trajando roupa azul e capacete vermelho. Para continuarmos discutindo sobre economia verde e economia inclusiva, assista ao próximo vídeo desta primeira semana de curso. Competência 01 18 Atualmente, esse resíduo pode ser queimado em pequenas termoelétricas, produzindo energia elétrica e tornando várias instalações autossuficientes de energia. Em alguns casos, a energia excedente é inclusive vendida para a concessionária de energia elétrica, gerando uma nova receita para a empresa. Existe o inconveniente da liberação de alguns gases de efeito estufa (GEEs), mas já está disponível tecnologia para aproveitá-los também, como os processos de captação dos gases oriundos da combustão do bagaço, que aproveitam inclusive o gás carbônico que pode ser engarrafado e vendido, diminuindo a liberação nociva de gases e gerando uma nova receita para as usinas. Deste trecho em diante, observe o outro tipo de economia que apresentamos:a ECONOMIA INCLUSIVA. Para entender melhor este processo, veja a imagem no endereço: https://www.google.com.br/search?q=instala%C3%A7oes+termoel%C3%A9tricas+de +usinas+de+cana+de+a+na+termeletrica-abastecida-por&biw=1366&bih=657&source= lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwir8czD7YTOAhWDGpAKHQqsBcgQ_AUIBygC#imgrc= WxzxD2Ln704muM%3A Os termos ECOnomia e ECOlogia, obviamente, têm o mesmo prefixo, mas parecem tão diferentes! Será que são? Veja a entrevista com o Professor Ivo Pedrosa, Doutor em Economia, a qual foi preparada como uma das videoauas da semana. Para saber mais sobre a produção de energia a partir da queima do bagaço da cana de açúcar, consulte: http://www.unisalesiano.edu.br/simposio2011/publicado/artigo0034.pdf Competência 01 19 Economia Inclusiva – É aquela que tem por finalidade incluir plenamente, nos processos, projetos e ganhos, não apenas os acionistas, mas, sobretudo os parceiros, colaboradores e comunidade Seguem três exemplos desta tentativa de inclusão: Esses são apenas exemplos simples de um grande leque de ações que compõem a economia inclusiva. Para saber mais sobre a Sustentabilidade de 32 Municípios de Pernambuco, veja o artigo publicado recentemente disponível em: http://www.repositorios.ufpe.br/revistas/index.php/RMP/article/view/369. Determinada rede de hotéis, que tinha necessidade de trocar os colchões de suas unidades a cada três anos, observou que os colchões descartados ainda tinham condições de uso e estavam dentro da validade prevista pelo fabricante. Inicialmente disponibilizou-os para a doação aos funcionários e nas trocas sucessivas foram contempladas famílias de baixa renda no entorno dos hotéis. Os resíduos alimentares de um restaurante são um problema para seus donos sendo, em casos extremos, um grande problema de saúde pública. Ao observar que no entorno de seu restaurante havia uma criação comunitária de porcos, através da supervisão da vigilância sanitária local, o proprietário propôs que os resíduos alimentares passassem a ser processados e encaminhados para alimentar a criação de porcos. Um clube de luxo, cercado de comunidades menos abastadas, começou a promover mensalmente um “dia aberto” onde os moradores da vizinhança poderiam entrar gratuitamente, melhorando muito a relação da empresa com a comunidade. Com o sucesso das primeiras iniciativas, o clube cedeu uma sala onde funciona uma creche comunitária. Competência 01 20 1.3 Gestão Ambiental No tópico anterior, tratamos da sustentabilidade, da economia verde e inclusiva e vários conceitos e exemplos ligados a eles. Agora, discutiremos a gestão para colocar essas ideias e ações em prática a qual chamamos de Gestão Ambiental. Dentro do contexto da sustentabilidade, faz-se necessário uma correta administração do exercício de atividades econômicas e sociais racionalmente ordenadas ao uso responsável dos recursos naturais, incluindo-se as fontes energéticas renováveis (eólica, solar, etanol) ou não (carvão, radiotiva, petróleo). Estas são atividades iminentemente ligadas à Gestão Ambiental. Promover a preservação da biodiversidade, a reciclagem das matérias-primas e a redução do impacto ambiental das atividades antrópicas (realizadas por seres humanos) sobre os recursos naturais são objetos desta área do conhecimento. Técnicas como a recuperação de áreas degradadas, métodos de exploração de atividades sustentáveis e o estudo de riscos e impactos ambientais são algumas das atividades atribuídas ao departamento de gestão ambiental (que frequentemente está vinculado ao de segurança no trabalho). Porém, uma das atividades mais importantes da gestão ambiental está relacionada com o planejamento empresarial, buscando a redução de custos, através da diminuição dos desperdícios de recursos como água e energia, reaproveitamento de resíduos, desenvolvimento de uma relação positiva com a comunidade, promovendo educação ambiental dentro e no entorno da empresa. Lembremos que no momento que a gestão ambiental for bem executada, os acidentes ambientais e humanos tendem a ser evitados ou minimizados, vidas podem ser poupadas, custos com a recuperação das áreas afetadas serão evitados e as indenizações cíveis, ambientais e trabalhistas eliminadas. Competência 01 21 Logo, tanto a Gestão Ambiental como a Segurança no Trabalho partem do mesmo princípio: PREVENIR e trabalhar fortemente para que as atitudes da instituição sejam sempre responsáveis e seguras. 1.4 Sistema de Gestão Ambiental Inicialmente, destacamos que o termo “sistema” presume um conjunto de elementos que promovem interações para um objetivo comum. O Sistema Digestório, por exemplo, é o conjunto de órgãos como boca, esôfago, estômago, intestinos... que, juntos, promovem a digestão dos alimentos por nós ingeridos. Assim, na empresa, vários “órgãos” (setores, departamentos, etc.) devem envolver-se com o objetivo de promover a Gestão Ambiental. A esse esforço coletivo e sistematizado chamamos de Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Agora que já compreendemos o que é a Gestão Ambiental, vamos tratar, seguindo o mesmo tópico, do que seria o Sistema de Gestão Ambiental. Competência 01 22 Figura 13 - Esquema de Sistema de Gestão Ambiental Fonte: http://blogecoando.blogspot.com. br Descrição: com o fundo branco e ao centro o termo ‘Gestão Ambiental’, têm-se seis hexágonos azuis que se intercalam, lembrando a composição de uma colmeia de abelhas. Ao centro dos hexágonos está escrito, respectivamente: ‘Sistema de Gestão Ambiental’; ‘Estudo de Aspecto e Impactos Ambientais’; ‘Matriz Energética Sustentável’; ‘Gestão de Recursos Hídricos’; ‘Emissão Atmosférica e Mercado de Créditos de Carbono’; ‘Gestão de Resíduos Sólidos’. Os nomes estão dispostos de cima para baixo, em sentido horário. No diagrama acima, podemos ver que para o Sistema de Gestão Ambiental ser implementado, é necessário uma série de ações que se “encaixam” para a sua promoção. Entre elas, pode-se destacar: o controle da emissão de gases na atmosfera, a boa gestão dos recursos hídricos e que a matriz energética seja sustentável, os resíduos sólidos sejam geridos racionalmente e todos os empreendimentos sejam avaliados quanto ao seu impacto ambiental, antes de serem postos em prática. O SGA pode ser pensado e implementado em duas esferas. A primeira diz respeito às empresas públicas e a segunda às Corporações Privadas. Para ofertar um guia no objetivo da Gestão Ambiental foi editada a norma internacional, ISO – 14001 (Sistema de Gestão Ambiental). Competência 01 23 Antes de continuarmos, é importante deixar claro que o termo ISO é uma sigla em inglês (International Organization for Standardization), ou Organização Internacional para Padronização, em português. Mesmo tal norma podendo ser aplicada a empresas públicas, ela é mais usual em organizações privadas, sendo em muitos casos um diferencial competitivo importante, principalmente no mercado internacional de bens e serviços. Para tal norma (ISO-14001), o SGA é, em síntese: A ISO-14001 aposta no ciclo da melhoria constante e afirma que a Gestão Ambiental deve ser perseguida por todos os componentes da empresa, de forma incessante. Para saber mais sobre o que éISO, acesse: http://www.significados.com.br/iso/ A parte do sistema de gestão global que inclui estrutura prática, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. Na próxima semana, referente à segunda competência, será tratada a implementação do SGA na empresa, porém antes discutiremos a Análise de Risco, como um componente tanto da Gestão Ambiental quanto da Segurança no Trabalho. Competência 01 24 Sugerimos assistir ao vídeo “A História das Coisas” disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=Q3YqeDSfdfk, que expressa uma forte crítica ao modelo de desenvolvimento vigente, reforçando a necessidade de adoção de um desenvolvimento pautado na sustentabilidade. Competência 01 25 2. COMPETÊNCIA 02 | QUALIFICAR SOBRE O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E SEUS ASPECTOS HOLÍSTICOS PARA A ORGANIZAÇÃO Agora que você estudou um pouco sobre a Gestão Ambiental, tanto no caderno da disciplina como participando do encontro presencial, entendendo a dita gestão como um componente fundamental do Desenvolvimento Sustentável e, consequentemente, próximo na concepção das empresas e instituições como meta inegociável, iremos verificar como o técnico de segurança no trabalho pode fazer a sua parte nessa questão. 2.1 Análise de Risco e Gestão Ambiental Figura 14 – Analisando os Riscos Fonte: www.ambientsconsult.webnode.com.br Descrição: um mosaico com nove fotografias; um incêndio em local elevado; um CD transfixado por um cadeado; um corpo d’agua com uma bacia de contenção; uma mão manipulando um cofre; um escalador em uma montanha gelada; uma instalação petroquímica ao anoitecer; uma funcionária dentro de um escritório repleto de planejamentos; um jogo de xadrez em cristal; dois homens de terno e capacete discutindo algo escrito em uma prancheta. Competência 02 26 Caro estudante, neste momento do seu curso de Técnico em Segurança do Trabalho, você já deve ter explorado o tema Análise de Risco, especificamente para o ambiente laboral, porém apenas para relembrar, trazemos a seguinte definição: Figura 15 - Análise Preliminar de Risco Fonte: www.segurancaemeioambiente.blogspot.com.br Descrição: peça educativa com os dizeres APR-Análise Preliminar de Risco, sucedida da ilustração da frase Risco Zero e de um trabalhador utilizando Equipamentos de Proteção Individual, como Capacete, Óculos de proteção e Luvas. Portanto, analisar todas as etapas de produção/comercialização/prestação de serviço da empresa, prevendo possíveis riscos, minimizando, controlando e se possível eliminando tais riscos é um dos Análise de risco é o estudo realizado na organização em um panorama geral, identificando os riscos e perigos expostos a cada tarefa realizada, ambiente de trabalho, utilização de equipamentos entre outras atividades. A análise preliminar de riscos é a base para se obter um sistema de segurança do trabalho altamente eficaz. Qual objetivo da Análise de Riscos ? “A Análise de Riscos tem por objetivo minimizar, controlar e eliminar os riscos e perigos, oferecendo um ambiente seguro, ótimas condições de trabalho, redução de acidentes, funcionários satisfeitos, um sistema de operações eficiente, além de otimização das tarefas e custos.” (Disponível em: http://www.essencial.adm.br/artigos-seguranca-do-trabalho/63-o-que-e- analise-preliminar-de-risco-) Competência 02 27 principais objetivos da análise de risco e mesmo do exercício do profissional de segurança no trabalho. Será que a análise de risco do trabalho possui interfaces com a Gestão Ambiental? De acordo com a apresentação, podemos dizer, antes de tudo, que a questão ambiental, relacionada com o bem estar coletivo, a preservação da fauna e flora, qualidade do solo e da água e outras importantes questões são direitos e responsabilidade de todos, segundo nossa constituição. Além disso, a empresa que descumpre tal premissa legal poderá responder administrativamente (multas, interdição), civilmente (indenizações, recuperação de áreas degradadas) e criminalmente (os representantes e responsáveis legais, inclusive do departamento de segurança, podem chegar a ser presos). Os riscos ambientais podem ser produzidos em sua empresa ou ainda ser 'importados' pois a globalização tanto pode ser uma porta para inovação e crescimento planetário, como também pode fazer circular riscos, inclusive ambientais, veja a figura a seguir: Antes de responder a essa pergunta pedimos que vejam a apresentação do Professor Wanderley Feliciano, do Conselho Regional de Química da quarta Região: http://www.crq4.org.br/downloads/AnaliseRiscos_wanderley.pdf Agora assista a uma das videoaulas para compreender um pouco mais sobre a análise preliminar de riscos ambientais. Competência 02 28 Figura 16 - Os Riscos em seu círculo planetário Fonte: www.ecotecengenharia.com/investigacao.html Descrição: uma seta verde circundando a imagem do planeta terra, intercortado por algumas figuras; uma porção de terra explorada; um navio recebendo carga; um terminal de transporte e armazenamento; uma composição ferroviária; uma rodovia com vários caminhões de carga; um avião decolando; uma ponte sobre um longo curso de água. O Risco é uma combinação da probabilidade ou frequência, isto é, da repetição do evento, com a severidade ou magnitude, que é o “tamanho” das consequências do evento analisado. Portanto, um vazamento de Gás Cloro, por exemplo, que acontece semanalmente, possui uma frequência ou probabilidade bem alta e é perigoso; um considerável derramamento de um metal pesado (como o mercúrio) em uma área de estuário é bastante danoso, pois promove a contaminação de um importante berço de vida marinha, mas não acontece com frequência. Nesses casos, a análise de risco iria propor medidas que diminuíssem a probabilidade dos vazamentos de cloro, preferencialmente para anos ou décadas sem um registro, como também tudo faria para que não acontecesse sequer um derramamento de metal pesado em área de estuário. Parece claramente que ao analisar os riscos do derramamento de metal pesado e o vazamento de cloro de nossos exemplos fictícios, toda a empresa e, em especial, o Departamento de Segurança do Competência 02 29 Trabalho estaria promovendo a Gestão Ambiental, mas também a segurança dos trabalhadores. Desse modo, estes não inalariam o gás cloro ou se contaminariam com o metal pesado, ambos, altamente tóxicos. 2.2 Implementando a ISO - 14001(SGA) Agora que já compreendemos a relação da análise de risco no trabalho e a análise de riscos ambientais, vamos entender como o Sistema de Gestão Ambiental (ISO-14001) é implantado nas organizações. Figura 17 - ISO-14001 Fonte: www.ambientsconsult. webnode.com.br Descrição: a figura do planeta terra acolhido na palma da mão humana, com a inscrição abaixo ISO 14001. O primeiro passo na implantação da ISO-14001 é o processo de diagnóstico, que tem por finalidade identificar os aspectos de seu negócio que impactam o meio ambiente e compreender a legislaçãoambiental relevante à sua situação. Assim, toda a empresa deve ser envolvida na reflexão sobre onde e como os recursos naturais estão sendo mais usados, por exemplo: quantos litros de água são consumidos diariamente para a empresa funcionar, quantos litros por setor, por processo e até mesmo por equipamento. Lógica semelhante pode ser aferida ao consumo de energia elétrica, ao uso de matérias-primas e demais insumos e aos resíduos e subprodutos produzidos na empresa. Competência 02 30 Uma vez concluído o diagnóstico, é hora de preparar um programa de gestão ambiental, inserido na Política Ambiental que corrija as distorções e fortaleça as boas práticas encontradas. Esse programa deve contar, preferencialmente, com a participação dos colaboradores e não se deve ignorar nenhuma sugestão, pois, muitas vezes, soluções brilhantes vêm de pessoas que executam tarefas aparentemente menores. Periodicamente, deve-se avaliar o programa de gestão ambiental para perceber se, internamente (equipe da empresa) ou externamente, se os procedimentos estão alcançando os objetivos iniciais. É imprescindível, então, propor retificações e realinhamentos nas práticas e objetivos. Essa auditagem é periódica, pois o Sistema de Gestão Ambiental, proposto pela ISO-14001, aposta que ao término de uma auditagem, um novo processo de melhoria se inicia e em seguida estes novos procedimentos são auditados e geram mais um novo processo de melhoria. Isso dá cabimento ao termo “Melhoria Contínua”. Figura 18 - Esquema da Melhoria Contínua da ISO-14001 Fonte: Revista Gestão e Produção vol.17 n 1, São Carlos, 2010 Descrição: imagem com uma seta em forma de elipse, passando por caixas com Veja o vídeo para compreender um pouco mais sobre a Gestão Ambiental e Melhoria Contínua, a qual foi preparada com a área porto industrial por fundo. Competência 02 31 conceitos, saindo da: ‘Política ambiental’; ‘Planejamento’; Implementação e Operação’; Verificação e Ação Corretiva’; ‘Análise Crítica pela Administração, encerrando com o termo ‘Melhoria Contínua’, intuindo um recomeço do ciclo. Acima, vemos, esquematicamente, o que foi relatado anteriormente: a Política Ambiental da empresa é analisada, promovendo um Planejamento de novas ações que geram a Implementação e Operação dos procedimentos planejados. Em seguida, é feita a Verificação e possíveis Ações Corretivas, promovendo posteriormente uma Análise Crítica feita pela Administração e uma nova Política Ambiental é estabelecida. Assim, a melhoria contínua reinicia-se. Para saber mais sobre a implementação do Sistema de Gestão Ambiental (ISO-14001), consulte o Artigo a seguir. Nele, dois estudos de caso são analisados à luz dos parâmetros aferidos pela norma internacional. Acesse:http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104- 530X2010000100005&script=sci_arttext Competência 02 32 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Durante as duas semanas anteriores você pôde discutir um pouco mais sobre a sustentabilidade e a responsabilidade socioambiental e a presença destes conceitos na vida corporativa. Você pode também entender um pouco mais sobre a Economia Verde e a Economia Inclusiva, como objetivos das empreendimentos sustentáveis, entendendo que a Segurança no Trabalho é parceira desta sustentabilidade. Compreendeu os fundamentos da Gestão Ambiental e do Sistema de Gestão Ambiental. Verificou que a análise de risco ambiental é um ponto fundamental, para intuir os riscos inerentes a cada atividade produtiva e consequentemente eliminá-lo ou pelo menos mitigá-lo. Por fim, você pôde discutir como a implementação do Sistema de Gestão Ambiental é feita, compreendendo o seu ciclo e a retroalimentação através do melhoria contínua. Esperamos encontrar você em breve! 33 REFERÊNCIAS BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Editora do Congresso Nacional, 1988. ______ . Decreto Nº 5.098, de 3 de Junho de 2004 - Dispõe Sobre a Criação do Plano Nacional de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos - P2R2. Disponível em: www.dji.com.br/decretos/2004-005098/2004-005098.htm, acesso em 08jan11. BELLEN, Hans Michael van. Indicadores de Sustentabilidade: uma análise comparativa. Rio de Janeiro, RJ: FGV, 2006. CAMARGO, Aspásia; CAPOBIANCO, João Paulo Ribeiro; OLIVEIRA José Antonio Puppim. Meio Ambiente Brasil – avanços e obstáculos pós Rio-92. Rio de Janeiro – RJ: FGV, 2002. CÂMARA MULTIDISCIPLINAR DE QUALIDADE DE VIDA. Boletim n 1197 do Portal Eco Debate disponível em www.cmqv.org/website/artigo.asp?cod=1461&idi=1&moe=212&id=16926, acesso em 10 jan11 . CAPRA, Fritjof. A Teia da Vida : Uma Nova Compreensão Científica dos Sistemas Vivos. São Paulo, SP: Cultrix, 2004. _______. O Ponto de Mutação. São Paulo, SP: Cultrix, 2006. CAVALCANTI, Clovis. Desenvolvimento e Natureza: Estudos para uma Sociedade Sustentável. São Paulo: Cortez , 1995. _______. Meio Ambiente, desenvolvimento sustentável e políticas públicas. São Paulo: Cortez: Recife: Fundação Joaquim Nabuco, 2001. 34 CARVALHO, Antonio César Leite de. SANTANA, José Lima. Direito Ambiental Brasileiro em Perspectiva: aspectos legais, críticas e atuação prática. Curitiba: Juruá, 2009. CONFERENCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE. Declaração de Estocolmo Sobre o Ambiente Humano, disponível em www.silex.com.br/leis/normas/estocolmo.htm, acesso em 12 dez 10 COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso Futuro Comum, Rio de Janeiro: FGV, 1991. CORRÊA, Cristiano. A contribuição dos serviços de Combate a Incêndios (CI) e Salvamento (S) para o Desenvolvimento Sustentável (DS): Um panorama pernambucano a partir dos gestores municipais. Projeto de Pesquisa de Dissertação, Recife, 2011. CORRÊA, Cristiano; PEDROSA, Ivo Vasconcelos. POR UM ÍNDICE DE SUSTENTABILIDADE LOCAL (ISL).RMP-REVISTA DOS MESTRADOS PROFISSIONAIS-ISSN: 2317-0115, v. 3, n. 1, 2014. DAY, R.H. Psicologia da Percepção. São Paulo: Livraria José Olympio Editora, 1985. DIEHL, Astor Antônio e TATIM, Denise Carvalho. Pesquisa em Ciências Sociais. São Paulo: Pearson, 2004. FIORILLO, Celso Antonio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo: Saraiva, 2010. FLORÊNCIO, Neide. 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Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração, São Paulo-SP: Atlas, 2008. 37 MINICURRÍCULO DO PROFESSOR Sou o professor Cristiano Corrêa e antes de tudo sou um aprendiz como você, Doutorando em Engenharia Civil - UFPE, com ênfase em Segurança Contra Incêndio e Mestre em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável - UPE, colaboro como professor do curso técnico em segurança do trabalho, em algumas instituições no Estado, além de colaborar em Instituições Superiores de Ensino como professor e pesquisador. Estou a vosso dispor, para que possamos aprender juntos através do Sistema AVA.
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