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....................................................................................................................................
2. CONSTITUIÇÃO: CONCEITOS, CLASSIFICAÇÕES, ELEMENTOS E HISTÓRICO 
2.3) ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES. 2.4) HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS. 2.4.1) Constituição de 1824. 2.4.2) Decreto nº. 1, de 15/11/1889 – primeiro Governo Provisório da República. 2.4.3) Constituição de 1891. 2.4.4) A Revolução de 1930 – segundo governo provisório da República. 2.4.5) Constituição de 1934. 2.4.6) Constituição de 1937. 2.4.7) Constituição de 1946. 2.4.8) Golpe Militar de 1964. 
2.3) ELEMENTOS DAS CONSTITUIÇÕES:
	A Constituição parece um todo orgânico e sistematizado, mas na verdade as normas constitucionais estão agrupadas em títulos, capítulos e seções, com conteúdo, origem e finalidade diversos. 
	Natureza POLIFACÉTICA da Constituição – a doutrina vai agrupar as diversas normas de acordo com a finalidade, surgindo os elementos da constituição.
 	Definição de JOSÉ AFONSO DA SILVA – (+ correta) - identifica 5 categorias de elementos: ORGÂNICOS, LIMITATIVOS, SOCIOIDEOLÓGICOS, DE ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL; FORMAIS DE APLICABILIDADE.
 
1) ELEMENTOS ORGÂNICOS: são as normas que regulam a estrutura do Estado e do Poder. Ex: a) Título III (Da Organização do Estado); b) Título IV (Da Organização dos Poderes e do Sistema de Governo); c) Capítulos II e III do Título V (Das Forças Armadas e da Segurança Pública); d) Título VI (Da Tributação e do Orçamento).
2) ELEMENTOS LIMITATIVOS: manifestam-se nas normas que compõem o elenco dos direitos e garantias fundamentais (direitos individuais e suas garantias, direitos de nacionalidade e direitos políticos e democráticos), limitando a atuação dos poderes estatais. Ex: Título II (Dos Direitos e Garantias Fundamentais), excetuando o Capítulo II do referido Título II (Dos Direitos Sociais), que são elementos socioideológicos. 
3) ELEMENTOS SOCIOIDEOLÓGICOS: revelam o compromisso da Constituição entre o Estado individualista e o Estado social, intervencionista (o meio-termo entre os 2). Ex: a) Capítulo II do Título II (Dos Direitos Sociais); b) Título VII (Da Ordem Econômica e Financeira); c) Título VIII (Da Ordem Social).
4) ELEMENTOS DE ESTABILIZAÇÃO CONSTITUCIONAL: estão nas normas constitucionais destinadas a assegurar a solução de conflitos constitucionais, a defesa da Constituição, do Estado e das instituições democráticas. Cnstituem instrumentos de defesa do Estado e buscam garantir a paz social. Ex: a) art. 102, I, “a” (ação de inconstitucionalidade); b) arts. 34 a 36 (Da intervenção nos Estados e Municípios); c) arts. 59, I e 60 (Processos de emendas à Constituição); d) arts. 102 e 103 (Jurisdição constitucional); e) Título V (Da Defesa do Estado e das Instituições Democráticas, especialmente o Capítulo I, que trata do estado de defesa e do estado de sítio, já que os Capítulos II e III do Título V caracterizam-se como elementos orgânicos).
5) ELEMENTOS FORMAIS DE APLICABILIDADE: estão nas normas que estabelecem regras formais de aplicação das Constituições. Ex: a) preâmbulo; b) disposições constitucionais transitórias; c) art. 5º., § 1º.,(estabelece que as normas definidoras dos direitos e garantias têm aplicabilidade imediata). 
2.4) HISTÓRICO DAS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS:
CONSTITUIÇÃO - SURGIMENTO – VIGÊNCIA EM ANOS 
 1824 - 25.03.1824 65
 1891 24.02.1891 39
 1934 16.07.1934 03
 1937 10.11.1937 08
 1946 18.09.1946 20
 1967 24.01.1967 02
 EC n. 1/1969 17.10.1969 18
 1988 05.10.1988 22 
 
2.4.1) Constituição de 1824
Origem: 26/04/1821 – regresso da família Real à metrópole – RJ- 1808. Recusa de D, Pedro I em voltar para Portugal: 
DIA DO FICO (26/04/1821). – Lei do “CUMPRA-SE” – nenhuma lei, norma, decreto de Portugal teria vigor se não tivesse a aprovação do príncipe. 
03/06/1822 - CONVOCA A 1ª. ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE: 
	Ideais marcadamente liberais.
05/05/1823 – INSTAURADA A 1ª. A.N.C.:
 “Constituição digna da nação” -, ou seja, das vontades do Imperador, de seu poder e autoridade. Centralismo administrativo e político; unitarismo e absolutismo.
12/11/1823 – DISSOLVEU A A.N.C:
 Justificava que não era digna e compatível com a nação. A partir daí, passou para si e seus aliados a feitura da Constituição.
25/03/1824 – OUTORGA A CONSTITUIÇÃO:
Características: 
	179 artigos, e traz no seu bojo um:
PREÂMBULO – Origem: D. Pedro I – a benevolência, vontade, desejo, magnificência do Imperador. 
RELIGIÃO OFICIAL – Católica Apostólica Romana. Não havia separação entre Igreja e Estado. Apenas com o advento da República, em 1889, houve separação entre Igreja e Estado. 
FORMA DE GOVERNO: MONARQUIA HEREDITÁRIA CONSTITUCIONAL E REPRESENTATIVA (representava a vontade do Imperador).
FORMA DE ESTADO: UNITÁRIO (centralização político-administrativa – o Imperador escolhia os presidentes das províncias).
4 PODERES: Art. 10º. EXECUTIVO, LEGISLATIVO, JUDICIÁRIO E MODERADOR:
este foi a “chave” de toda a organização política, acima dos interesses eleitorais, dos partidos, podia decidir e opinar em tempos de crise – destinado a coibir os abusos (conservador), constituindo-se grave crime político obstar as decisões e atos (art. 98). Foi o mecanismo que serviu para assegurar a estabilidade do trono do Imperador durante o reinado no Brasil. Chamado por Benjamin Constant, criador da ideia de Poder Moderador, de “PODER REAL”. Inspirado em um francês, Clermont Tonerre – “la clef de toute organisation politique” – Art. 98 – traduziu essa frase, e ditou: “o Poder Moderador é a chave de toda a organização política”. Discussão: “clef” – pode ser “chave” ou “fecho” – para os liberais, era “fecho” no sentido de “apoio e coordenação” em relação aos demais poderes. Já para os conservadores, a tradução é “chave”, dando a ideia de “possibilidade de abrir qualquer porta”, tendo em vista as constantes intervenções e imposições do Poder Moderador sobre os demais Poderes. 
	 Ideia de “irresponsabilidade total do rei” – crimes de responsabilidade – não podia ser responsabilizado pelos crimes que cometesse). O Imperador, no Poder Legislativo, nomeava os Senadores, convocava a Assembleia Geral extraordinariamente, sancionava e vetava proposições do Legislativo, dissolvia a Câmara dos Deputados, convocando imediatamente outra, que a substituía. No Poder Executivo, nomeava e demitia livremente os Ministros de Estado. No Poder Judiciário, suspendia os magistrados.
PODER LEGISLATIVO – BICAMERAL: (2 casas legislativas: CÂMARA ALTA – SENADO –(vitalícios) CÂMARA BAIXA - DEPUTADOS (mandato 4 anos). DIREITOS POLÍTICOS: proibido às mulheres, praças de baixo escalão, menores de 25 anos, com renda mínima de 100 mil réis, clero. Para ser Senador, idade mínima de 40 anos e renda mínima de 800 mil réis – equivalente a 150.000,00 dólares atuais.
PODER JUDICIÁRIO: juiz local e juiz de fora – sendo que o segundo vinha ao local decidir questões suspeitas decididas pelo local. 
Necessidade de criar novos órgãos, dificuldades do juiz de fora atender a várias comunidades resultou em criação de novas instâncias. 
CONSTITUIÇÃO SEMI-RÍGIDA 
 DIREITO DE PROPRIEDADE: ILIMITADO – Consequências: 1) a formação dos latifúndios;2) formação da burguesia, mas a principal foi a: 3) de permitir a compra e venda de escravos como se fossem bens, coisas, já que o direito de propriedade era ilimitado. 
2.4.2) Decreto nº. 1, de 15/11/1889 – primeiro Governo Provisório da República:
1860 - ENFRAQUECIMENTO DA MONARQUIA – GUERRA DO PARAGUAI – 
	1868- Guerra do Paraguai- houve a convocação de muitos jovens negros alforriados para o exército, resultando em muitas perdas humanas. Os brancos tomaram os comandos das tropas e os negros permaneceram lutando contra a escravidão. Para o Imperador D. Pedro, isso não interessava tanto, de modo que os abolicionistas acabaram ganhando apoio do Exército, já que negros e mulatos já haviam nele ingressado – tendo o Exército influência de Augusto Comte: “o amor como base, a ordem como meio e o progresso como fim.” Por isso, Marechal Deodoro da Fonseca assume o poder na luta pela República, já que a desconfiança do Exército e as ideias abolicionistas fundiram-se, fazendo o Império cair por terra.
Lei Eusébio de Queiroz- Em 1888, a Princesa Isabel assinou a Lei Áurea, pondo fim à escravidão, dando a entender que os proprietários de terras seriam indenizados, mas não foi isso que ocorreu.
Também houve protestos contra a vitaliciedade dos senadores e entraves entre o Estado e a Igreja Católica, até que em 15 de novembro de 1891, a República é proclamada pelo Marechal Deodoro da Fonseca, afastando do Poder D. Pedro II e toda a dinastia dos Bragança, em um golpe de Estado militar e armado, sem participação popular. 
2.4.3) Constituição de 1891. – PROMULGADA EM 24 DE FEVEREIRO DE 1891
Características: 
ORIGEM DO PODER: POVO.:
LAICISMO:
Não menciona o nome de Deus (única Constituição brasileira que não menciona, pois estava sob influência do cientificismo do século anterior – darwinismo, Mendel, Karl Marx), e também porque houve a separação da Igreja e do Estado – não há mais religião oficial.
	Art. 1º. - PROCLAMAÇÃO JURÍDICA (DEFINITIVA) DA REPÚBLICA:
	Consolida a República Federativa dos Estados Unidos do Brasil, confirma a República indissolúvel, petrifica a República. 
	Art. 2º. - DISTRITO FEDERAL – CAPITAL DO BRASIL, COM SEDE NO RIO DE JANEIRO: 
	O Rio de Janeiro, que era um município neutro, mas já era a sede do Poder Imperial, foi transformado em Distrito Federal,continuando a ser a capital da União. Mas demarcou Brasília para ser a capital federal, instituindo uma zona de 14.400 km², no planalto central da República, que seria oportunamente demarcada para nela se estabelecer a futura Capital Federal.
	Art. 15 – TRIPARTIÇÃO DE PODERES – MONTESQUIEU – LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO - harmônicos
	O Poder Moderador foi extinto, adotando-se pela primeira vez no Brasil a teoria de Montesquieu, da tripartição dos poderes. Entre eles não há supremacia, e sim HARMONIA. 
LEGISLATIVO: BICAMERAL – modelo norte-americano. SENADO e CÂMARA DOS REPRESENTANTES – inspirado na Câmara dos Lordes e Câmara dos Comuns (EUA). Cada Estado tinha 3 representantes, os Senadores (mandato 9 anos). Câmara dos Representantes – mandato de 3 anos, eleitos por voto direto. O Presidente do Senado era o vice-presidente da República.
EXECUTIVO – SISTEMA PRESIDENCIALISTA de governo, pela primeira vez no Brasil, sistema que perdurou até hoje, com um hiato na época de Jânio Quadros – um gabinete parlamentarista, que foi repudiado pela “Campanha da Legalidade” , restaurando a Constituição. 
ELEIÇÕES DIRETAS - critério da maioria absoluta, prevendo o 2º, turno, que era através de eleição indireta. Eleição HÍBRIDA. Proibida a reeleição. Presidente da República: eleito (por eleição indireta): Marechal Deodoro da Fonseca. Vice-Presidente: Marechal Floriano Peixoto. Havia Ministros de Estado, que auxiliavam o Presidente, nomeados e demitidos livremente por ele. 
JUDICIÁRIO:Art. 55 – criação do STF – 15 juízes. Previsão dos crimes de responsabilidade. 
DIREITOS POLÍTICOS- VOTO UNIVERSAL; extingue o voto censitário (baseado na renda). Entretanto, não era tão universal assim. Excluía as mulheres, mendigos, analfabetos, praças de pré (militares não graduados), continuando com restrições eleitorais. 
1º. PRESIDENTE ELEITO NO BRASIL – PRUDENTE DE MORAIS. 
	Foi eleito com 576 votos, sendo que a população brasileira era de aproximadamente 2 milhões. 
DIREITOS FUNDAMENTAIS- extingue-se pena de morte, pena de banimento (exílio- perdia a cidadania e a nacionalidade), e de galés (parte do navio onde o preso ficava amarrado trabalhando; quem fosse punido com ela deveria trabalhar em público com calceta no pé e corrente de ferro – geralmente aplicada para crimes de perjúrio, pirataria e ofensa física que resultasse em deformidade física na vítima). 
HABEAS CORPUS – primeira garantia constitucional brasileira, em defesa da liberdade de locomoção, inspirado no direito americano e francês. Era o remédio para todos os males, que garantia os direitos fundamentais. 
CONSTITUIÇÃO RÍGIDA- processo de alteração mais solene que para alterar as outras leis. CLÁUSULAS PÉTREAS; FORMA REPUBLICANO-FEDERATIVA; IGUALDADE DE REPRESENTANTES DOS ESTADOS NO SENADO (já que era “Estados Unidos do Brasil”)., lembrando que a força brasileira estava na região paulista (café), e nas litorâneas, que detinham o poder por causa dos portos (Sudeste, Sul e parte do Nordeste- Bahia).
PRESIDENTES: 
Mal. Deodoro da Fonseca – 1889-1892
Mal. Floriano Peixoto – 1892-1994
Pres. Prudente de Morais – 1894-1898
Pres. Campos Sales – 1898-1902
Pres. Rodrigues Alves – 1902-1906
Pres. Afonso Pena – 1906- 1908 (faleceu)
Pres. Nilo Peçanha – 1909-1910
Pres. Hermes da Fonseca – 1910-1914
Pres. Wenceslau Brás – 1914-1918 (1ª. Guerra Mundial)
Pres. Rodrigues Alves – falece antes da posse
Pres. Delfim Moreira – 1918-1919
Pres. Epitácio Pessoa – 1918-1922 (política do Café-com-Leite) 
Pres. Artur Bernardes- 1922-1926 (política do Café-com-Leite) 
Pres. Washington Luís – 1926-1929
2.4.4) A Revolução de 1930 – segundo governo provisório da República.
FATORES QUE DESENCADEARAM A REVOLUÇÃO:
1ª. GUERRA MUNDIAL – Já havia o pan-germanismo alemão, mas Hitler ainda não tinha se manifestado. Quando o Ministro Lauro Muller demonstrou simpatia pelas forças alemãs, e os alemães afundaram um navio brasileiro, ele se demite e desencadeia uma crise, pois produtos brasileiros foram confiscados em prol do benefício da guerra, empobrecendo o campo e seus agricultores. Com a imigração, ideias novas gerais surgiram, com as novas colônias que surgiam. Essas manifestações desencadeiam a segunda independência:
1922 – INDEPENDÊNCIA CULTURAL – SEMANA DA ARTE MODERNA - 
	Nos salões do Teatro Municipal de São Paulo, houve manifestações culturais, ideológicas e politicas, não só estéticas. Verificando os valores da época, nomes como: Tarsila do Amaral; Menotti del Picchia; Oswald de Andrade, Plínio Salgado.
Movimento Pau-Brasil: esquerda
Movimento Verde-Amarelismo, Integralista – direita
19 DE MARÇO – CRIAÇÃO DO PCB - 
	O Partido Comunista Brasileiro é fundado por lideranças políticas, artísticas, como Oscar Niemeyer. Essas novas ideias afetaram também a hierarquia militar (tenentismo).
 TENENTISMO - 
	Os cargos menores não queriam mais aceitar a supremacia dos seus superiores, e queriam transformações profundas como reforma agrária, e acabaram massacrados no Forte de Copacabana. O episódio ficou conhecido como “Os 18 do Forte”, 18 que resistem contra outros 3000 (atirando), sendo que 2 não morrem- que se tornou Brigadeiro Eduardo Gomes e Siqueira Campos, mártires do movimento, que não aceitaram os acordos das lideranças militares. 
COLUNA PRESTES – 1924 - 
	Juntos, percorriam o Brasil libertando presos políticos e comuns, abolindo instrumentos de tortura, queimando livros de impostos. Muitos são perseguidos, Prestes é exilado na Bolívia e mais tarde, sua esposa Olga é perseguida e morta pelos alemães.
1929 – QUEBRA DA BOLSA DE NOVA YORK -Com efeitos devastadores, empobrecimento geral que gerou muitos problemas para o governo brasileiro. Assassinato de João Pessoa – desencadeia a posse de Getúlio Vargas,que EXTINGUE O CONGRESSO EM 1930, e chama para si as Assembleias Legislativas dos Estados e dos Municípios, nomeando INTERVENTORES nos Estados. 
GOVERNO GETÚLIO VARGAS - 
	GOVERNO PROVISÓRIO – exercido até o texto da Constituição de 1934. Em 1932, paulistas lideram a Revolução Constitucionalista de 1932, lutando pela legalidade, exigindo restauração da ordem democrática, queriam o retorno da Constituição de 1891 ou convocar a Assembleia Nacional Constituinte, pois Getúlio havia dissolvido a ANC, e também as dos Estados, mas foram massacrados (Borba Gato e outros) pelas tropas de Getúlio.
	Getúlio começa com sua política pendular- ora agrada um lado; ora agrada outro lado – as ordens partidárias ou o povo (caudilhismo). Convoca a ANC. 
	Decreta o CÓDIGO ELEITORAL – deu direito de voto às mulheres; voto secreto, direto e universal. Institui a Justiça Eleitoral.
2.4.5) Constituição de 1934 – PROMULGADA EM 16.07.1934 
	Em razão da Rev. Constitucionalista, Getúlio foi obrigado a convocar a ANC. Cria então um espírito corporativo, independente dos representantes políticos (eram os representantes sindicais).
Características:
PREÂMBULO – DEUS – volta a invocar a força divina, solenemente. 
BEM-ESTAR ECONÔMICO E SOCIAL– consagração, reconhecimento do Estado social (Welfare State – encargos para o Estado, saúde, educação, previdência social, Secretarias de Estado Social, Previdência Social, etc). Imunidade de impostos aos professores, jornalistas e escritores – Getúlio era um bom “peronista”, fez para agradar as classes.
ART. 5º. - CENTRALIZAÇÃO :
	Previa a centralização do Estado, não abre mão das suas competências privativas. Não há repartição igualitária de competências. Contratação de servidores, encargos públicos, etc. 
PODER LEGISLATIVO – 1/5 corporativo – continuou bicameral, porém 1/5 dos membros da Câmara eram eleitos pelas entidades de classe (representantes classistas, de certas categorias), que possuíam a sua reserva de mercado.
MANDADO DE SEGURANÇA – “JUICIO DEL AMPARO”- 
	De inspiração mexicana, foi um instrumento de garantia, assume a posição de “grande remédio”, contrapondo-se ao habeas corpus que passou a ser mais específico, só para liberdade de locomoção. GARANTIA CONTRA A ILEGALIDADE e contra ABUSO DE PODER. 
INCLUSÃO DOS DIREITOS SOCIAIS: 
- direito a equiparação salarial – de acordo com os cargos e salários; 
- férias remuneradas, anuais;
- indenização por dispensa por justa causa;
instituição da Justiça do Trabalho, porém com uma peculiaridade: fazia parte do Poder Executivo, era um órgão administrativo e não judiciário.
	A Constituição de 1934 durou apenas 3 anos, devido às fortes alterações políticas e econômicas. Ao lado da democracia, na década de 30, houveram vários regimes totalitários: NAZISMO; FASCISMO; SALAZARISMO E FRANQUISMO, e Getúlio pretendeu implantar uma espécie de regime parecido com esses.
	Atos extremistas manifestaram 2 tentativas de golpe contra Getúlio – Plínio Salgado (INTEGRALISMO) e Luís Carlos Prestes (COLUNA PRESTES)- estes movimentos tentaram tomar o poder à força. 
18/09/36 GETÚLIO CRIA O TRIBUNAL DE SEGURANÇA NACIONAL – TSN:
	 Com a função de processar e julgar políticos considerados subversivos ao regime. Processou 1420 pessoas, que perderam seus direitos políticos, inclusive Luís Carlos Prestes, e posteriormente sua mulher Olga, de origem judia, que foi entregue grávida aos alemães nazistas pelo governo de Getúlio, sendo morta por eles na Alemanha.
CONSTITUIÇÃO RÍGIDA – clausula pétrea – forma republicana federativa.
2.4.6) Constituição de 1937 – OUTORGADA EM 10 DE NOVEMBRO DE 1937 – “POLACA”
	O manifesto de Luís Carlos Prestes foi considerado ilegal com base na LEI DE SEGURANÇA NACIONAL.
1935 - INTENTONA COMUNISTA – GOVERNO DECRETOU ESTADO DE SÍTIO - PLANO COHEN- GOLPE DE ESTADO
	Movimento que queria derrubar Vargas e implantar o socialismo no Brasil. Estado de sítio – para reprimir o comunismo. Vargas decretou “ESTADO DE GUERRA”, com apoio do Congresso Nacional. 
O plano Cohen foi uma desculpa para que Getúlio alegasse que se tratava de um plano dos comunistas para tomarem o poder, mas na verdade o Plano Cohen nem existiu. 
GOLPE DE ESTADO – 1937- 
	Com apoio dos generais Góis Monteiro e Eurico Gaspar Dutra, Vargas e dá o golpe ditatorial fechando o Congresso Nacional e centralizando o poder. 
	Outorga-se a Constituição de 1937, influenciada por ideais autoritários e fascistas, instalando-se a DITADURA – “ESTADO NOVO”, que durou até a redemocratização de 1945, declarando em todo o país, estado de emergência. 	“POLACA” – apelido da Constituição de 1937, elaborada por Francisco Campos, influenciada pela Constituição polonesa fascista de 1935. Deveria ter sido submetida a plebiscito nacional, mas nunca ocorreu.
Características:
-DIREITOS SOCIAIS: implantou a CLT e salário mínimo. 	
-Forma de Governo: REPÚBLICA. Art. 1º. - O poder emana do povo e é exercido em nome dele e no interesse do seu bem-estar, de sua honra, de sua independência e prosperidade.
-Forma de Estado: Estado Federal, formado pela união indissolúvel dos Estado, DF e territórios. Mas os estados ainda estavam sob o comando dos interventores, que por sua vez, nomeavam os prefeitos e vereadores.
-Distrito Federal – Rio de Janeiro 
-Não há mais religião oficial – não invocava Deus na Constituição. 
-3 Poderes (L, E, J) – sendo que Poder Legislativo e Judiciário foram esvaziados, devido ao forte traço autoritário do governo.
PODER LEGISLATIVO – exercido pelo Parlamento Nacional com a colaboração do Conselho da Economia Regional e do Presidente da República.
PARLAMENTO NACIONAL: duas câmaras – Câmara dos Deputados e Conselho Federal. Não tem Senado no Estado Novo.
- Sufrágio direto para eleger deputados (mandato 4 anos).
PODER EXECUTIVO – Presidente da República - autoridade suprema do Estado. 
- eleição indireta para escolher o Presidente da República (mandato de 6 anos).
- DIREITOS FUNDAMENTAIS- não houve previsão do mandado de segurança nem da ação popular. Direito de manifestação restringido, censura prévia da imprensa, para garantir a paz, ordem e segurança pública. 
- Pena de morte para crimes políticos e para homicídio cometido por motivo fútil e com extremos de perversidade. 
- Proibiu direito de greve; 
- Possibilidade de declarar “Estado de Guerra”, com restrição a direitos fundamentais, diante de ameaça à segurança do Estado; 
- Nacionalização formal da economia e conquista de direitos e vantagens trabalhistas: controle sobre mineração, petróleo, aço – expansão capitalista.Criação da Companhia Vale do Rio Doce (1942); Fábrica Nacional de Motores (1943); Companhia Hidrelétrica de São Francisco (1945).
 - Constituição rígida. 
	Embora houvesse avanços no setor trabalhista, a Constituição não desempenhou papel algum, substituída pelo mando autoritário e personalista de Getúlio Vargas. Governo de fato, de suporte policial e militar, sem submissão à Lei maior, não teve vigência efetiva.

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