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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL Discente: Maria Daianyy de Souza Machado Disciplina: Direito Constitucional Docente: Geovani de Oliveira Atividade II 1. Fazer uma pesquisa histórica sobre as Constituições Brasileiras e descrever as principais características e contexto em que elas foram elaboradas. Histórico das Constituições Brasileiras A Constituição em vigor foi promulgada no dia 5 de outubro de 1988, durante o governo de José Sarney, é conhecida por "Constituição Cidadã", sendo a sétima constituição adotada no país e tem como um de seus fundamentos dar maior liberdade e direitos ao cidadão, os quais foram reduzidos durante a ditadura militar do período de 1 de abril de 1964 e perdurou até 15 de março de 1985. Dessa forma, a Constituição Federal de 1988 tem por objetivo manter o Estado como república presidencialista, assegurando os princípios básicos da dignidade da pessoa humana. Nesta senda, os contextos sociais, políticos e econômicos vividos no Brasil desde a independência até os dias hodiernos, refletem nas cartas magnas. O desenvolvimento de cada Constituição, primeiramente, deve ser observado para entender a forma que se apresenta a Carta Magna de 1988. Das sete Constituições, quatro foram promulgadas por assembleias constituintes, duas foram impostas: uma por D. Pedro I e outra por Getúlio Vargas; e uma aprovada pelo Congresso por exigência do regime militar. Na história das Constituições brasileiras, há uma alternância entre regimes fechados e mais democráticos, com a respectiva repercussão na aprovação das Cartas, ora impostas, ora aprovadas por assembleias constituintes. Abaixo faremos uma análise história a respeito das medidas adotadas pelas Constituições do país, abordando os momentos históricos em que cada Constituição foi elabora, bem como destaca suas principais características e, similarmente aponta desde o momento imperial, o momento ditatorial e democrático que, indubitavelmente, contribuíram para a criação das constituições. Desta maneira, visando explorar a composição do processo constitucional do Brasil, bem como relatar a forma de cada uma das Constituições, a começar pela Constituição Imperial de 1824 até a Constituição Federal de 1988. A CONSTITUIÇÃO DE 1824 (BRASIL IMPÉRIO) Após a independência do Brasil ocorreu uma intensa disputa entre as principais forças políticas pelo poder. Apoiado pelo Partido Português, constituído por ricos comerciantes portugueses e altos funcionários públicos, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823 e impôs seu próprio projeto, que se tornou a primeira Constituição do Brasil. O partido brasileiro, representando principalmente a elite latifundiária escravista, produziu um anteprojeto, apelidada "constituição da mandioca", que limitava a poder imperial antiabsolutista e discriminava os portugueses antilusitano. Apesar de aprovada por algumas UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL Câmaras Municipais da confiança de D. Pedro I, essa Carta, datada de 25 de março de 1824 e contendo 179 artigos, é considerada pelos historiadores como uma imposição do imperador. Entre as principais medidas dessa Constituição, destacando-se o fortalecimento do poder pessoal do imperador, com a criação do Poder Moderador, que estava acima dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Essa constituição é conhecida por estabelecer no Brasil um governo de Monarquia hereditária. As províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador e as eleições são indiretas e censitárias. Na Constituição Imperial predominavam algumas características, dentre elas estão: as eleições censitárias a qual somente poderão votar e ser votado alguns cidadãos, de acordo com características como gênero e capacidade econômica, apenas homens que estivessem dentro dessa categoria poderiam participar das eleições como eleitores ou candidatos. Grupos minoritários como os escravos, indígenas e pobres não eram considerados cidadãos dentro desta constituição. O Estado unitário, aquele em que não há divisão territorial de poder político. Estado confessional ligado ao catolicismo como religião oficial. Quatro poderes: Executivo, Legislativo, Judiciário e Moderador, este exercido pelo imperador; e, os “cidadãos” elegiam os Deputados e os Senadores. Essa constituição teve a maior vigência no Brasil, durou mais de 65 anos, foi emendada pelo ato adicional de 1834, durante o período regencial, para proporcionar mais autonomia para as províncias. Essa emenda foi cancelada pela lei interpretativa do ato adicional, em 1840. A CONSTITUIÇÃO DE 1891 (BRASIL REPÚBLICA) Esta segunda Constituição datada de 24 de fevereiro de 1891, tinha como contexto a pós- proclamação da república. Após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve mudanças significativas no sistema político e econômico do país, com a abolição do trabalho escravo, a ampliação da indústria, o deslocamento de pessoas do meio rural para centros urbanos e também o surgimento da inflação. Outra mudança foi o abandono do modelo do parlamentarismo franco-britânico, em proveito do presidencialismo norte- americano. Ela também era repleta de interesses, principalmente da elite oligárquica latifundiária, com destaque para os cafeicultores. Essas elites influenciando o eleitorado ou fraudando as eleições ("voto de cabresto") impuseram seu domínio sobre o país ou coronelismo. Essa elite acabava influenciando o eleitorado ou fraudando as eleições e assim impondo seu domínio sobre o país. Nessa Constituição estabelecia uma Republica Presidencialista, além de ter excluído o poder moderador, ficando agora com três poderes legislativo, executivo e judiciário. O marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da República e chefe do governo provisório, e Rui Barbosa, seu vice, nomearam uma comissão de cinco pessoas para apresentar um projeto a ser examinado pela futura Assembleia Constituinte. O projeto escolhido vigorou como Constituição Provisória da República até as conclusões da Constituinte. Na Constituição Republicana predominavam algumas características, dentre elas: o nome do país era Estados Unidos do Brasil; Estado Federalista, ou seja, estados com certa autonomia; O Brasil é um Estado laico, não sendo mais assegurado à religião católica o status de religião http://www.politize.com.br/vamos-falar-sobre-genero/ http://www.politize.com.br/como-acompanhar-os-candidatos-eleitos/ UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL oficial; Estabelecimento da independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; Constituição rígida, ou seja, não existe mais distinção ente norma material e formalmente constitucional; Remédio constitucional de habeas corpus, no início servia para tutela qualquer direito, mas, em 1926 foi restrita exclusivamente a liberdade de locomoção; Controle difuso de constitucionalidade no qual, qualquer juiz pode declarar uma lei inconstitucional; O fim do voto censitário, criando assim o sufrágio com menos restrições, impedindo ainda o voto aos mendigos e analfabetos; Mandado de quatro anos para presidente sendo proibida a reeleição. A CONSTITUIÇÃO DE 1934 (SEGUNDA REPÚBLICA) Com a crise econômica de 1929 e com os diversos movimentos sociais que buscavam melhores condições de trabalho, em 16 de julho de 1934, foi promulgada a terceira constituição federativa, o seu contexto político estava incluído na chamada Era Vargas. Segundo seu preâmbulo foi criada “para organizar um regime democrático que assegura à nação a unidade, a liberdade, a justiça e o bem-estar social e econômico”. Esta foi a Constituição com menor duração da história do país,tendo duração apenas três anos. Haja visto, que a Constituição traz a marca getulista das diretrizes sociais a qual adota as seguintes medidas: maior poder ao governo federal; o voto se torna obrigatório e secreto, implementado para maiores de 18 anos com direito de voto às mulheres, mas mantendo proibição do voto as pessoas em situação de rua e analfabetos; criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho; criação de leis trabalhistas, instituindo jornada de trabalho de oito horas diárias, repouso semanal e férias remuneradas, indenização para trabalhadores demitidos sem justa causa, assistência médica e dentária, assistência remunerada a trabalhadoras grávidas; proíbe o trabalho infantil; proíbe a diferença de salário para um mesmo trabalho, por motivo de idade, sexo, nacionalidade ou estado civil. A CONSTITUIÇÃO DE 1937 (ESTADO NOVO) Pouco mais de três anos depois de promulgada a Constituição de 1934, foi imposta por Getúlio Vargas em 10 de novembro de 1937, sem passar pela Assembleia Constituinte sendo elaborada por Francisco Campos, que era Ministro da Justiça do governo Getúlio Vargas. A carta foi outorgada sob a alegação de uma possível ameaça comunista ao país, criando o denominado Estado Novo, sendo conhecido pela forte influição do modelo fascista de organização política com a supressão dos partidos políticos e concentração de poder nas mãos do chefe supremo do Executivo. O novo texto formulado para dar esteio ao regime ditatorial estabelecido por Getúlio trazia em seu bojo o fascismo polonês, além da influência do regime italiano liderado por Mussolini. A Carta de 1937, apelidada de “polaca” diante da paridade com a Lei Maior polonesa de 1921, não foi de fato vigente, pois Getúlio tal como um ditador, governou por seus próprios termos. O Senado foi substituído por um Conselho Federal, cujos membros eram indicados pela Presidência da República. Embora mantida a Câmara dos Deputados, Getúlio Vargas tinha o poder constitucional de dissolvê-la, além de indicar os membros do Conselho Federal. Na Carta Política de 1937 predominavam algumas características, dentre elas estão à centralização do Poder Executivo e Legislativo na pessoa do Presidente, a separação era apenas formal; acabar com o liberalismo; pena de morte; expurgar funcionários contrários ao UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL regime; os direitos e garantias fundamentais, ou seja, proibição de greve, ação popular, etc.; diminuição do controle de inconstitucionalidade; prenunciava o plebiscito para outorga-la, contudo, jamais aconteceu. Diante dos abalos políticos sofridos com o golpe de Estado arquitetado por Getúlio Vargas, as eleições de 1938 não se concretizaram e Getúlio permaneceu no poder. Foi o Presidente brasileiro que perdurou no poder por mais tempo, atingindo um total de 18 anos de governo. CONSTITUIÇÃO DE 1946 Getúlio Vargas ainda no poder, após a segunda Guerra Mundial em 1945, com o retorno das tropas, convocou as eleições para Presidência, momento em que vence o pleito Eurico Gaspar Dutra. Essa Constituição, datada de 18 de setembro de 1946, retomou a linha democrática de 1934 e foi promulgada de forma legal, após as deliberações do Congresso recém-eleito, que assumiu as tarefas de Assembleia Nacional Constituinte. A nova Carta Política tinha como objetivo extinguir os atos repressivos criados durante o Estado Novo. Para o processo de discussão e criação da Carta participaram nove legendas partidárias, demonstrando assim, sua condição democrática. Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da censura e da pena de morte. A Carta também devolveu a independência ao Executivo, Legislativo e Judiciário e restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, além de dar autonomia a estados e municípios. Outra medida foi a instituição de eleição direta para presidente da República, com mandato de cinco anos. As demais normas estabelecidas por essa Constituição foram: pluralidade partidária; direito de greve e livre associação sindical; e condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando a desapropriação por interesse social. Destaca-se, entre as emendas promulgadas à Carta de 1946, o chamado ato adicional, de 2 de setembro de 1961, que instituiu o regime parlamentarista. Essa emenda foi motivada pela crise político-militar após a renúncia de Jânio Quadros, então presidente do país. Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito, realizado em janeiro de 1963, o país retomou o regime presidencialista, escolhido pela população, restaurando, portanto, os poderes tradicionais conferidos ao presidente da República. A CONSTITUIÇÃO DE 1967 (DITADURA MILITAR) Documento autoritário, a constituição de 1967 foi largamente emendada em 1969, absorvendo instrumentos ditatoriais, e ela estava inserida em uma nova ditadura, agora a militar, um passado negro na história brasileira. Essa constituição surgiu na passagem do governo Castelo Branco para o Costa e Silva, período no qual predominavam o autoritarismo e o arbítrio político. Em 1964 o país sofria um golpe Militar que derrubou o então Presidente da República em exercício João Goulart em 31 de março. A Constituição não foi inteiramente revoga de imediato, no entanto, sofreu diversas alterações, deixando sua linha democrática para chegar à ditadura militar. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL O contexto predominante nessa época era o autoritarismo e a política da chamada segurança nacional, que visava combater inimigos internos a ditadura, rotulados de subversivos. Instalado em 1964, o regime militar conservou o Congresso Nacional, mas dominava e controlava o Legislativo. Dessa forma, o Executivo encaminhou ao Congresso uma proposta de Constituição que foi aprovada pelos parlamentares e promulgada no dia 24 de janeiro de 1967. Mais sintética do que sua antecessora, essa Constituição manteve a Federação, com expansão da União, e adotou a eleição indireta para presidente da República, por meio de Colégio Eleitoral formado pelos integrantes do Congresso e delegados indicados pelas Assembleias Legislativas. O Judiciário também sofreu mudanças, e foram suspensas as garantias dos magistrados. Segundo Pires (2016) “Os militares baixaram de imediato o Ato Institucional n.º 1, que previa a instalação de uma Assembleia Constituinte popular. E a partir de então durante o tempo vigente da Constituição de 1967, seriam usados Atos Institucionais como forma de Governo. Estes atos eram baixados pelos militares na condição de Presidentes da República, e tinham caráter antidemocrático e ditatorial.” Os militares tão logo tomaram o poder, e a Constituição de 1964 começou a ser invalidada aos poucos por meio dos Atos Institucionais, ou seja, decretos autoritários que davam ao Presidente da República, mesmo com uma Constituição Vigente, poderes absolutos. Devido aos abusos de poder cometidos pelos Presidentes militares, por meio dos Atos Institucionais, geraram insatisfações e ocasionaram alguns movimentos estudantis que encheram as ruas do país. Com o início desses movimentos, logo os militares fizeram o AI-5, com aspecto totalmente autoritário, conferindo ao regime poderes absolutos e cuja primeira consequência foi o fechamento do Congresso Nacional, e suspender os direitos políticos e cassar os mandatos de parlamentares que se manifestassem contra a ditadura militar vigente, suspendeu também a garantia do habeas corpus em crimes políticos, bem como suspender as garantias de membros do Judiciário. Com as eleições para Governador em 1982, e a baixa popularidade do “governo” e com a vitória da principal oposição do governo ditatorial, fomentouo povo a reivindicar eleições diretas para Presidente da República, que aconteceu pouco tempo depois. Essas manifestações encabeçadas pela população brasileira em 1984, ficou conhecidas como “diretas já”. No entanto, as eleições foram indiretas, o que levaram ao poder Tancredo Neves do partido da mobilização democrático do Brasil. Contudo, o Presidente então eleito não chegou a tomar posse, pois faleceu logo após, e seu vice Jose Sarney é quem assume a Presidência. CONSTITUIÇÃO DE 1988 (CONSTITUIÇÃO CIDADÃ) Tendo em vista que, o então presidente José Sarney, por meio da emenda constitucional 26, convocou a Assembleia Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar novo texto constitucional para expressar a realidade social pela qual passava o país, que vivia um processo de redemocratização após o término do regime militar. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL Nas discussões da Constituinte diversos temas seriam abordados e discutidos, inclusive a durabilidade do mandato de Sarney, além da reforma agrária, o papel dos militares no país, duração da jornada de trabalho etc. Após um extenso procedimento de elaboração, discussão e votação do texto, e depois de 20 anos de ditadura, a Constituição foi promulgada no dia 05 de outubro de 1988, conhecida como “Constituição Cidadã”, defensora dos valores democráticos. A nova Carta consagrou cláusulas transformadoras com o objetivo de alterar relações econômicas, políticas e sociais, concedendo direito de voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. Estabeleceu também novos direitos trabalhistas, como redução da jornada semanal de 48 para 44 horas, seguro-desemprego e férias remuneradas acrescidas de um terço do salário. Segundo Rodrigo Rebello: “Essa Constituição é fruto de um poder constituinte originário, que teve como origem em um processo de transição pacífica do regime militar para o regime democrático. A maior evidencia de que a atual Constituição é fruto de um poder originário, muito embora tenha sido convocada por uma emenda à Constituição, foi a realização do plebiscito em que o povo brasileiro pode escolher a forma de governo a ser adotada pelo Estado brasileiro: Republica ou Monarquia. A República era uma das cláusulas pétreas de todas as Constituições republicanas. Só se foi possível a realização da consulta popular em razão de a Assembleia Nacional Constituinte possuir poderes próprios de um constituinte originário, não estando subordinado a limitações anteriormente existentes”. (2014, p. 204) A atual Constituição possui em suas principais características: instituição de eleições majoritárias em dois turnos; direito à greve e liberdade sindical; licença maternidade; licença paternidade; décimo terceiro salário para os aposentados; restabeleceram eleições diretas para os cargos de presidente da república, governadores de estados e prefeitos municipais; sistema pluripartidário; leis de proteção ao meio ambiente; colocou fim a censura aos meios de comunicação; demarcação das terras indígenas e quilombolas; proteção a mulher; o racismo se torna crime inafiançável; entre outras medidas de cunho social, político e econômica. 2. Identificar e descrever 1 caso de violação de direitos constitucionais que possa ser trabalhado em sala de aula. O direito à moradia é tido como um dos direitos fundamentas para a dignidade da pessoa humana, previsto no Artigo 6° da Constituição Federal de 1988, haja visto que o direito à moradia é uma competência comum da União, dos estados e dos municípios. A eles, conforme aponta o texto constitucional, cabe “promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico”. Posto que no Brasil existem mais de 6,35 milhões de famílias sem uma casa para morar, isso se traduz em mais de 30 milhões de pessoas sem um teto para viver e abrigar suas famílias, 87% dessas famílias vivem em áreas urbanas. As cidades brasileiras apresentam algumas das maiores taxas de desigualdade social do mundo assim como o m² mais caro da América Latina. Milhares de comunidades e ocupações estão em ameaça de despejo no Brasil. Isso UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAS APLICADAS ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO SOCIAL quer dizer que milhões de brasileiras e brasileiros estão sob risco de ficarem sem teto e sem uma solução que garanta o direito à moradia. Ademais podemos citar como exemplo desse ato a violação constitucional a extinção do programa Minha Casa Minha Vida, o qual foi anunciado durante o último mês de janeiro de 2021 pelo governo de Jair Bolsonaro, sem alarde. O programa teve duração de 10 anos e investiu mais de 100 Bilhões de reais em todo território nacional, levou moradia digna para milhões de cidadãos brasileiros. Com cinco milhões de casas contratadas e cerca de quatro milhões de imóveis entregues no Brasil, o programa foi um dos grandes motores da economia nacional e o maior plano de habitação popular da história brasileira REFERRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Miqueias, Ítalo S. Alves. A História das Constituições Brasileiras. Disponível em: https://jus.com.br/artigos/61157/a-historia-das-constituicoes-brasileiras Acesso em: 22/02/2021 às 11h:23min SENADO, Federal. 25 anos da Constituição Cidadã. Disponível em: http://www.senado.gov.br/noticias/especiais/constituicao25anos/historia-das- constituicoes.htm Acesso em: 22/02/2021 às 14h:46min Âmbito Jurídico. A história das constituições brasileiras e a evolução ao longo dos anos Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-historia-das- constituicoes-brasileiras-e-a-evolucao-ao-longo-dos-anos/ Acesso em: 22/02/2021 às 16h:17min Brasil de Fato. Artigo | Fim do Minha Casa Minha Vida é marca da gestão de Bolsonaro. Disponível em: https://www.brasildefatope.com.br/2021/02/19/artigo-fim-do-minha-casa- minha-vida-e-marca-da-gestao-de-bolsonaro Acesso em: 22/02/2021 as 17h:37min Habitat Humanidade Brasil. Disponível em: https://habitatbrasil.org.br/impacto/nossa-causa/ Acesso em: 16h:43min PINHO, Rodrigo Rebello. Col. Sinopses jurídicas 18 – Da organização do Estado, dos poderes e histórico das constituições, 15ª edição. Saraiva, 10/2014. Vital Source Bookshelf Online. https://jus.com.br/artigos/61157/a-historia-das-constituicoes-brasileiras http://www.senado.gov.br/noticias/especiais/constituicao25anos/historia-das-constituicoes.htm http://www.senado.gov.br/noticias/especiais/constituicao25anos/historia-das-constituicoes.htm https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-historia-das-constituicoes-brasileiras-e-a-evolucao-ao-longo-dos-anos/ https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-historia-das-constituicoes-brasileiras-e-a-evolucao-ao-longo-dos-anos/ https://www.brasildefatope.com.br/2021/02/19/artigo-fim-do-minha-casa-minha-vida-e-marca-da-gestao-de-bolsonaro https://www.brasildefatope.com.br/2021/02/19/artigo-fim-do-minha-casa-minha-vida-e-marca-da-gestao-de-bolsonaro https://habitatbrasil.org.br/impacto/nossa-causa/ Miqueias, Ítalo S. Alves. 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