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Resumo sociologia da saúde

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Síntese sociologia da saúde
Apesar de a sociologia ser um campo de estudo considerado novo, devido a sua consolidação ter vindo apenas no século XIX, ela vem mostrando espaço desde a Grécia Antiga, onde já se percebia o desejo de entender a sociedade. Assim, A partir do século XIV, os renascentistas, com base naquilo que os gregos deram início, começaram a rejeitar a explicação religiosa e defender a razão como forma de entendimento. Séculos mais tarde surgiu na Europa o movimento iluminista, onde a partir dele a ideia de valorizar a ciência e a racionalidade no entendimento da vida social tornou- se ainda mais forte, preparando o território para o que viria a acontecer mais tarde.
No século XVIII ocorreu à revolução industrial, esse acontecimento abalou a sociedade daquela época, visto que o trabalho manual foi substituído pelo trabalho tecnológico. Esse fato fez com que os problemas sociais aumentassem, uma vez que, os homens, acostumados a realizarem trabalhos braçais, agora estava sem emprego, pois esse foi substituído pelas máquinas, tendo agora que se adaptar a essa nova realidade, aprendendo a controlar a maquinaria e estabelecerem trabalhos repetitivos e alienados. Devido isso, criou-se a Lei dos Pobres, tendo como o objetivo dar assistência aos pobres. Foram desfeitos alguns costumes e tradições, como a família patriarcal, a servidão e o trabalho manufatureiro, dando início à indústria capitalista. Além disso, é importante ressaltar o surgimento de uma nova classe, a burguesia, sendo composta por homens que detinham as fábricas e controlavam a economia. Assim, nesse contexto, surgiu a necessidade de explicar o que se estava acontecendo, surgindo então à sociologia. 
Auguste Comte foi um dos primeiros sociólogos a tentar explicar o que se passava naquela época, ele foi o criador do termo Sociologia. Sua teoria era de que a sociedade possuía três estados: Teológico, metafisico e positivista. O estado teológico seria o primeiro pensamento humano, onde ele recorreria às ideias de deuses e espíritos para explicar os fenômenos naturais. Posteriormente, o homem passaria pelo estado metafísico, onde ele iria fundamentar o conhecimento em abstrações - como essências, causas finais ou concepções idealizadas da natureza. Por ultimo, ocorreria o estado positivista, onde as explicações sobre o mundo natural e social seriam fabricadas através da observação dos fenômenos, da elaboração de hipóteses e da formulação de leis universais. Ou seja, basicamente utilizando as regras do método científico.
Nesse mesmo cenário, o sociólogo Karl Marx propôs a teoria do materialismo dialético, dizendo que as respostas para os fenômenos sociais estariam inseridas nos meios materiais dos sujeitos.  Essa diferença seria, para Marx, vetor de conflitos entre grupos de indivíduos submetidos a realidades materiais diferentes. Tempos mais tarde, o sociólogo Marx disse que o papel da sociologia é observar e analisar os fenômenos que ocorrem na sociedade, buscando extrair desses fenômenos os ensinamentos e sistematizá-los para uma melhor compreensão. Tanto a análise quanto método de Weber valorizavam as particularidades, ou seja, a formação específica da sociedade; entendendo a sociedade sob a  perspectiva histórica, o que claramente o diferenciava dos positivistas.
No palco onde a sociologia ainda está sendo implantada, surge um debate da saúde pública, onde as primeiras preocupações surgiram com as epidemias, visto que, esses acontecimentos geraram altos índices de mortalidade. Primeiramente acredita-se que as doenças eram punições dos Deuses, exemplificando o estado teológico de Auguste Comte. Anos mais tarde, passou a estudar mais essas doenças e descobriu que elas não eram castigos dos Deuses, mas sim que haveria um agente causador agregado a péssimas condições sanitárias. Nesse contexto surgiram duas teorias importantes: O internalismo e o Externalismo. O internalismo sustenta que a justificação é determinada internamente, seja pela evidência do sujeito, ou por coerência entre as crenças, ou mesmo por alguma condição interna. Para os teóricos internalistas, os fatores internos são suficientes para garantir justificação ao sujeito. Já o externalismo, nega que fatores internos são suficientes para justificação. Para eles, alguma coisa externa tem um papel independente em justificar crenças. Assim, eles reconhecem a importância tanto de fatores internos quanto de fatores externos para justificação das crenças do sujeito. 
Anos mais tarde o sociólogo Émile Durkheim propôs a teoria do funcionalismo, onde procurava explicar aspectos da sociedade em termos de funções. Para ele, cada instituição exerce uma função específica na sociedade e o seu mau funcionamento significa um desregramento da própria sociedade. A sua interpretação de sociedade está diretamente relacionada com o estudo do fato social, que, segundo Émile Durkheim, apresenta características específicas: exterioridade e a coercividade. O fato social é exterior, na medida em que existe antes do próprio indivíduo, e coercivo, na medida em que a sociedade se impõe, sem o consentimento prévio do indivíduo. 
Desse modo, o Estado teria o papel de oferecer uma saúde de qualidade á população. Aos poucos, a política nacional de saúde foi se constituindo numa rede de instituições públicas que compartilhavam uma concepção geral de saúde e de doença, transformando as moléstias transmissíveis em problema político. A epidemia de gripe espanhola, que tomou conta do país em 1918, ao atingir também as elites produziu um consenso mínimo a respeito da necessidade urgente de mudanças na área Saúde. Sob o impacto dessa epidemia, o poder público federal avançou na sua capacidade de agir coercitivamente sobre a sociedade, durante a década de 1920 (Hochman, 1998).
Como decorrências desse novo modelo de organização, surgiram os centros de saúde, que realizavam palestras educativas, elaboravam cartazes e folhetos explicativos e organizavam exposições com projeções de slides e filmes. Dessa forma, difundiam a educação com o objetivo de criar uma consciência sanitária, introduzindo nova personagem no serviço público de saúde: a educadora sanitária. Priorizavam-se os cuidados com as doenças sexualmente transmissíveis, a lepra e a tuberculose (Ribeiro, 1993).
Assim, com o passar dos anos, os governantes perceberam que era urgente a sua intervenção. Desse modo realizaram serviços básicos de saúde, como por exemplo, a limpeza das ruas e a drenagem, o tratamento de esgoto e “condutos”, fizeram um sistema hidráulico adequado, entre outros. Além disso, devido ao estado de calamidade em que os hospitais encontravam-se, foram feitas reformas a fim de proporcionar um ambiente em que poderia ajudar na cura e não prejudica-la. 
Nesse contexto surgiu dois termos bastante importantes: Promoção e prevenção da saúde. A promoção da saúde consiste em proporcionar às pessoas e comunidades os meios para melhorar a qualidade de vida e “tomar as rédeas de sua saúde”. Já a prevenção corresponde a medidas gerais, educativas, que objetivam melhorar a resistência e o bem-estar geral dos indivíduos (comportamentos alimentares, exercício físico e repouso, contenção de estresse, não ingestão de drogas ou de tabaco), para que resistam às agressões dos agentes.
Análise de conjuntura: Uma análise de conjuntura é um retrato dinâmico de uma realidade e não uma simples descrição de fatos ocorridos em um determinado local e período. Ela deve ir além das aparências e buscar a essência do real. Porém, a realidade mundial, nacional ou local, é multifacetada, o que torna difícil a sua apreensão à primeira vista. O desafio de qualquer análise de conjuntura é compreender as inter-relações das partes que formam o todo, pois a totalidade é um conjunto de múltiplas determinações. Neste sentido, a análise de conjuntura funciona como um mapa que nos permite “viajar” na realidade. Existem mapas mais detalhados ou menos detalhados, assim como existem muitos tipos de mapas: geográficos, rodoviários, ferroviários etc. Cadaum é definido em função de um objetivo e tem a sua própria escala. Assim, também, é a análise de conjuntura que busca traçar um mapa da correlação das forças econômicas, políticas e sociais que constituem a estrutura e a superestrutura da sociedade, as quais se vinculam através de relações de poder.
Exemplo de uma análise de conjuntura: A necessidade de levantar dados epidemiológicos relativos à prevalência das doenças bucais da população idosa é de extrema importância, já que são muito raros ou mesmo inexistentes. É necessário conhecer o estado de saúde bucal das pessoas acima de 60 anos obtendo subsídios para o desenvolvimento de programas de prevenção direcionados a estes. Sendo assim, o objetivo de nosso estudo foi o de avaliar a condição bucal dos idosos atendidos na clínica odontológica da Universidade Tiradentes, na cidade de Aracaju, Sergipe. Este foi um estudo epidemiológico retrospectivo de prevalência de edentulismo na terceira idade. Os resultados mostraram que o edentulismo total foi em média de 20,7% da população idosa. Apenas 2,5% dos pacientes atendidos são idosos, necessitando de maiores condições para aumentar o número de pacientes idosos atendidos dentro da nossa clínica. Analisando a dentição em relação ao grau de escolaridade observamos que esta não influencia a melhora na dentição. Diante destes dados, fica evidente a necessidade dos cursos de graduação em odontologia de todo o Brasil incluírem em seu currículo a disciplina de Odontogeriatria, capacitando os graduados a saírem com um mínimo de conhecimento das necessidades bucais dos idosos. Do total da amostra, 68,55% infringiram a bioética quanto ao princípio da beneficência e nenhum deles feriu o princípio da não-maleficência. Observou-se que 51,61% dos trabalhos analisados obtiveram o parecer favorável do Comitê de Ética em Pesquisa. Assim sendo, é necessária uma melhor orientação por parte dos pesquisadores e das revistas da área de saúde quanto ao critério da bioética.

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