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Resumo de Direito Tributário Para Administradores e Contadores Primeira Parte

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Resumo de Direito Tributário 1ª NDA 
Autor: Luiz Eduardo Salgado Da Silva 
 Competência legislativa 
A competência para legislar sobre o direito tributário, financeiro e 
sobre orçamento é concorrente da União, Estados e Distrito Federal (art. 24, 
I e II, da CF). 
Sujeitos 
Existem dois tipos de sujeitos no direito, que são: 
Sujeito Ativo: União, Estado Federativo, Distrito Federal e Município. 
Sujeito Passivo: Contribuinte 
Receitas do estado 
 O estado necessita de “entradas” suficientes para custear as despesas, 
ou seja, o ingresso de dinheiro aos cofres públicos para pagamento das despesas. 
Existem dois tipos de entradas de dinheiro: 
 Originárias: também chamadas de receitas não tributárias, são as que 
decorrem da exploração do bem público. Podemos citar como exemplos 
as atividades do Estado submetidas ao direito privado (contratos, herança 
vacante, doações etc.), a exploração do patrimônio do Estado (vias 
públicas, mercados, espaços em aeroportos etc.) ou em decorrência de 
serviços públicos prestados por concessionário (preço público). 
 Derivadas: São as que provêm do constrangimento sobre o patrimônio 
particular. São os tributos que é pago pelo sujeito passivo. 
Atos Normativos 
Compreende os seguintes atos 
normativos: A Constituição Federal, 
as emendas à Constituição, as leis 
complementares à Constituição, as 
leis ordinárias, as leis delegadas, os 
decretos legislativos, as resoluções 
e as medidas provisórias (CF/88, art. 
59). 
 
 
Constituição Federal A constituição é a maior fonte formal do direito 
tributário. De acordo com o Ministro Celso de Mello a superioridade normativa 
da constituição traz a ideia de uma lei fundamental cujo incontrastável no valor 
jurídico. 
 
Emendas à Constituição Podem modificar a constituição; 
 
Leis Complementares  Resolve conflitos de competência tributaria entre os 
sujeitos ativos. Regulam as limitações constitucionais ao poder de tributar e 
estabelecem normas gerais em matéria de legislação tributária. 
 
Leis Ordinárias Criam tributos, sua aprovação exige maioria simples; 
 
Leis Delegadas Elaboradas pelo Presidente da República, que antes deve 
solicitar a delegação ao Congresso Nacional. São mais utilizadas em situações 
de emergências; 
 
Medidas Provisórias É um instrumento com força de lei, adotado pelo 
presidente da República, em casos de relevância e urgência. Produz efeitos 
imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para 
transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de sessenta dias, 
prorrogáveis uma vez por igual período. 
 
Tratados e Convenções internacionais é de competência privativa do 
Presidente da República, sujeito a referendo do Congresso Nacional através de 
Decreto Legislativo; 
 
Normas complementares Os atos normativos são expedidos pelas 
autoridades administrativas, como por exemplo: circulares, ordens de serviços e 
instruções. As decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição 
administrativa tem um efeito erga omnes (Atingi a todos) por ser normativa, ou 
seja, se aplica a todos os contribuintes em processos ou em situações 
semelhantes. 
 
Decreto  São expedidos pelo presidente da República para fiel execução das 
leis, por meio de decreto pode alterar as alíquotas dos impostos ou criar regras 
singulares ou autônomas para se cumprir a lei. 
 
Instrução ministerial São regra elaborada pelo poder executivo federal 
através dos seus ministérios. Por meio dela, o ministro realiza um detalhamento 
que permita a aplicação de uma lei muito ampla com a intervenção do próprio 
ministério. 
 
 
 
 
Obs: Os tratados e convenções tem que seguir os seguintes passos: 
 
 
 
Fontes Do Direito 
Costumasse se separar em dois tipos de fontes no direito tributário, os 
materiais e as formais. 
 Fonte material: São os fatos tributários geradores, ou seja, uma situação 
geradora de um fato tributário. 
 Fonte Formais: São a elaboração de leis tributarias baseadas em um fato 
gerador. 
 
Legalidade e Ilegalidade 
Legal se diz do Decreto (ou ato normativo de hierarquia inferior) que, ao 
dispor sobrea execução da lei, se contém dentro das diretrizes por essa 
traçadas, dispondo conformemente. 
Ilegal se diz quando tais atos normativos expedidos pelo Poder Executivo 
infringem a lei que regulamentam ou normatizam, mesmo que contrariem apenas 
um artigo, ou um parágrafo, ou um inciso, ou um item, ou uma letra: será ilegal 
tão somente naquilo que contrariar. 
 
 
 
Tributos 
Definição: De acordo com a lei nº 5.172/66 
“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela 
se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada 
mediante atividade administrativa plenamente vinculada” 
 Vinculado e Não Vinculado 
O Tributo Vinculado é aquele que você paga um determinado valor 
devido a uma contraprestação específica, ou seja, um serviço que já foi 
determinado. São considerados tributos vinculados: taxas e contribuições. Um 
exemplo de obra pública considerada contribuição de melhoria, o BRT Belém 
que será necessário o pagamento de uma contribuição dos moradores 
beneficiados com as obras. 
O Tributo Não Vinculado é aquele tipo de tributo que você paga e será 
utilizado de forma generalizada. Sendo assim, a contraprestação que recebemos 
não é específica: esse dinheiro poderá ser utilizado para pagar o salário de 
algum funcionário público, por exemplo. Somente os impostos são considerados 
tributos não vinculados. 
Classificação de tributos de acordo com o STF 
 
Classificação de Imposto 
Definição: De acordo com a lei nº 5.172/66 
“Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação 
independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. ” 
Imposto pessoal É o imposto que estabelece diferenças tributarias em função 
das condições “próprias” do contribuinte. Exemplo: IRPF 
Imposto real É o imposto baseado em bens reais (físicos), ou seja, patrimônio 
em geral, sem levar em conta os aspectos “pessoais” do contribuinte e a sua 
capacidade econômica. Exemplo: IPTU, IPVA e ITR. 
Imposto direto Quando se reúne numa só pessoa as contribuições de direito 
e de fato. Exemplo: No Imposto de Renda da pessoa física assalariada, por 
exemplo, é o empregado quem suporta a obrigação, não havendo condições de 
ocorrer a repercussão (transferência do ônus tributário para outrem) 
Imposto indireto A carga tributária cai sobre o “Contribuinte de Direito” que o 
transfere para outrem. Exemplo: O IPI e o ICMS são impostos indiretos. Uma 
vez que o consumidor final é que, de fato, acaba por suportar a carga tributária, 
embora não seja designado pela lei como contribuinte desses impostos. 
Imposto proporcional  É quando estabelecido em porcentagem única 
incidente sobre o valor da matéria tributável, crescendo o valor do imposto 
apenas quando o valor básico para o cálculo sofra crescimento, por exemplo: 
ICMS, IPI e o ISS, quando incidente sobre a receita. 
Imposto progressivo  É quando suas alíquotas são fixadas em porcentagens 
variáveis e crescentes, conforme a elevação de valor da matéria tributável - como 
exemplo, o Imposto de Renda das Pessoas Físicas. 
Imposto fixo É o imposto cujo o valor é estabelecido desde logo, sem levar 
em consideração a alíquota e a base de cálculo. Juntam-se numa só legenda a 
base de cálculo e a alíquota, assim tornasse um imposto fixo. Como exemplo, 
o ISS dos profissionais liberais 
Imposto monofásico  Na ocorrência de sucessivas operações no ciclo 
econômico a legislação prevê uma única incidência, ou seja, atribui a um 
determinado contribuintea responsabilidade pelo tributo devido em toda cadeia 
de um produto ou serviço, assim o comprador que participa da sequência dessa 
cadeia passa a tributar com a alíquota zero. 
Imposto plurifásico  É aquele imposto que incide em várias fases, etapas ou 
operações sequenciais, até chegar ao consumidor final. Exemplo: IPI e ICMS 
Imposto cumulativo  É aquele que incide em cada operação tributável, não 
sendo prevista compensação, dedução ou abatimento em relação à operação 
anterior. Exemplo: IOF – Imposto sobre Operações Financeiras. 
Imposto não cumulativo É aquele cuja norma prevê compensação, 
abatimento ou dedução do valor do tributo pago ou devido na operação anterior. 
Exemplo: IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados. 
Imposto nominado  É aquele previsto na Constituição e é considerado o 
imposto mais apropriado para suprir as necessidades do Estado. Exemplo: I.R. 
– Imposto de Renda; IPI; ICMS. 

Imposto inominado (residual) É instituído com base na competência residual 
da União. Exemplo: Lei complementar nº 84/96, que instituiu contribuição social 
dos administradores e autônomos 
Imposto regulatório (extrafiscal) É aquele que, incidindo sobre fluxos 
comerciais e financeiros, têm por finalidade regular a economia segundo o 
interesse do País. Exemplo: Imposto de Importação. 
Imposto seletivo  É aquele que incide sobre certos produtos, mercadorias ou 
serviços, que se destacam dos outros pela sua qualidade. Exemplo: Carro de 
Luxo
Imposto adicional  É o que se adiciona ao mesmo imposto, permitindo um bis 
in idem (não repetir sobre o mesmo), desde que não ofenda princípios 
constitucionais, tais como o da legalidade, igualdade, capacidade contributiva e 
confisco. 
TAXAS 
Definição: Podem ser criadas e exigidas ela União, pelos Estados, pelo 
Distrito Federal e pelos municípios, mas limitados ao âmbito de suas respectivas 
atribuições. Têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a 
utilização efetiva ou potencial de serviço público específico ou posto a sua 
disposição. 
As taxas podem ser exigidas pela União, pelos Estados, pelo Distrito 
Federal ou pelos Municípios; enfim, por qualquer das pessoas jurídicas de direito 
público, desde que presentes os requisitos postos no texto constitucional e na lei 
complementar (CTN) para sua criação. E dos mesmos textos vê-se serem duas 
as possibilidades de embasamento das taxas ou que há dois tipos de taxas: de 
serviço e pelo exercício do poder de polícia (ou taxas de polícia). 
Exercício do poder de polícia 
 Definição: “Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública 
que, limitando ou disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de intêresse público concernente à segurança, à higiene, 
à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de 
atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou 
coletivos. ” 
Diferenças entre taxa, preços e pedágio 
Taxa Serve para custear os serviços públicos fundamentais, prestados 
diretamente pelo estado. 
Preço Público Remunera serviços públicos prestados indiretamente pelo 
estado, por meio de concessão ou permissão. 
Preço Privado Remunera o serviço privado objeto da livre concorrência. 
Pedágio Estabelece limitações ao trafego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais. 
CONTRIBUIÇÕES 
Contribuição de melhoria: Contribuição vinculado a atividade estatal. A 
atividade do estado que é exigida é a obra pública que traga uma valorização 
imobiliária. Em decorrência disso, o proprietário pagará essa contribuição a 
valorização do seu imóvel. 
Contribuições Sociais Gerais: De acordo com a CF art. 149. “compete á União 
instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das 
categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas 
respectivas áreas...” 
Desse modo, diante da vigente Constituição, pode-se conceituar a Contribuição 
Social como espécie de tributo com finalidade constitucionalmente definida, a 
saber, intervenção no domínio econômico, interesse de categorias profissionais 
ou econômicas e seguridade social. 
Contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública: De acordo 
com a constituição artigo 149-A “Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir 
contribuição, na forma das respectivas leis, para custeio de iluminação pública, 
observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na 
fatura de consumo de energia elétrica”. Assim poderá (facultatividade) ser instituída 
por lei ordinária, e só poderá ser exigida de quem recebe fornecimento de 
energia elétrica. O município não poderá arredar mais do que o custeio do 
serviço de iluminação pública. 
Contribuições Parafiscais: São certos tributos que ora são verdadeiros 
impostos, ora taxas, e às vezes, um misto destas duas categorias e que por 
delegação, são arrecadadas por entidades beneficiárias. Ex.: as contribuições 
arrecadadas pelo INSS, pelos Sindicatos, pela OAB e outras entidades 
profissionais ou econômicas. 
Empréstimos Compulsórios: São tributos criados em alguns casos, de acordo 
com a CF art. 148: “ A União pode instituí-lo, mediante lei complementar: 
a) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, 
de guerra externa ou sua iminência; 
b) no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse 
nacional, respeitado o princípio da anualidade. ” 
 
 
 
Obrigação Acessória 
De acordo com CF art .113: “A obrigação tributária é principal ou acessória. 
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto 
o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o 
crédito dela decorrente. 
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as 
prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da 
fiscalização dos tributos. 
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em 
obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária” 
Na realidade, tratam-se de deveres instrumentais, que auxiliam o Fisco 
nas suas atividades. Em outras palavras, consideram-se obrigações acessórias 
a escrituração de livros contábeis, emissão de notas fiscais e recolhimento de 
imposto de renda. 
 
PRINCÍPIOS GERAIS TRIBUTÁRIOS 
Legalidade tributaria: Em termos gerais, está expresso em nossa Constituição 
no art. 52 , II: "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei". Assim ninguém será obrigado a cumprir um dever 
instrumental tributário que não tenha sido criado por meio de lei, pela pessoa 
política competente. Ou seja, por meio de ato do legislativo, cria-se a lei (reserva 
formal), e tal lei descreve o tipo tributário (reserva material). 
Igualdade tributária: De acordo com a CF art. 150, II: 
“Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à 
União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II - Instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos 
rendimentos, títulos ou direitos” 
Assim não poderá haver instituição e cobrança de tributos de forma 
desigual entre contribuintes que se encontram em condições de igualdade 
jurídica.A igualdade serve para comprar situações iguais e desiguais, e não se 
com a “capacidade contributiva”. A capacidade contributiva serve para examinar 
e adequar a densidade da tributação. 
 
Capacidade Econômica: De acordo com a CF art. 145: 
“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os 
seguintes tributos: 
(...) 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados 
segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração 
tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, 
respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e 
as atividades econômicas do contribuinte” 
 Assim a CF descreve a hipótese de incidência tributária sobre fatores 
econômicos, ou seja, fatos que podem ser objeto de tributação, e que, portanto, 
são portadores dos chamados signos presuntivos de riqueza econômica, ou 
seja, a CF presume que tais fatos tenham capacidade de suportar tributação. 
Portanto é o gênero e diz respeito à manifestação de riqueza do sujeito, 
não necessariamente vinculada à sua capacidade de contribuir para o Estado. 
É, pois, a capacidade de qualquer pessoa que recebe recursos e tem a 
disponibilidade desses. 
Capacidade Contributiva: É a capacidade para “contribuir” com o custeio das 
contribuições destinadas à Seguridade Social, inclusive em face do princípio da 
progressividade. 
Solidariedade: O conceito de solidariedade está expresso no Código Civil: "Há 
solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou 
mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado a dívida toda" (CC, art. 
264). A solidariedade pode ser ativa (quando há vários credores solidários, cada 
um podendo, independentemente dos outros, exigir do devedor totalidade da 
dívida) ou passiva (quando há vários devedores solidários, podendo o credor 
exigir de qualquer deles a totalidade da obrigação). 
 
Irretroatividade: De acordo com a CF art.150 “Art. 150. Sem prejuízo de outras 
garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios: 
III - cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os 
houver instituído ou aumentado;” . Assim o princípio da irretroatividade estabelece 
que não haverá cobrança de tributo sobre fatos que aconteceram antes da 
entrada em vigor da lei que o instituiu. 
Anterioridade Anual: O princípio estabelece que não haverá cobrança 
de tributo no mesmo exercício fiscal da lei que o instituiu. Assim sendo, um 
tributo só poderá ser cobrado pelo Fisco no ano seguinte àquele em que a lei 
que o criou fora promulgada. Sua base legal é a Constituição Federal, em seu 
art. 150, II, "b": ou seja, se a lei for divulgada hoje só pode ser exercida no ano 
seguinte. 
Anterioridade Nonagesimal: O princípio estabelece que não haverá cobrança 
de tributo senão decorridos no mínimo 90 dias após a promulgação da lei que o 
instituiu. Assim sendo, um tributo só poderá ser cobrado pelo Fisco após 90 dias 
(daí o nome) da publicação, no Diário Oficial da lei que o criou. Este princípio 
encontra seu fundamento legal na Constituição Federal, em seu art. 150, III, "c": 
Não Cumulatividade: Os princípios da não-cumulatividade não se aplicam a 
todos os tributos, em nosso direito vigente, apresentando-se como restritos ao 
IPI, ICMS e aos impostos residuais. Não-cumulatividade significa diminuir 
(compensar), do imposto devido em cada operação, o imposto pago nas 
operações anteriores. Assim, se na venda do fabricante ao atacadista foi pago 
10 de imposto e na venda do atacadista ao varejista é devido 20, o valor a pagar, 
nessa operação, será 10, que é a diferença entre o valor a pagar e o montante 
pago nas operações anteriores. 
Razoabilidade e Proporcionalidade: 
 
Incidência, Não incidência, Isenção, Imunidade e Alíquota Zero. 
Incidência: É a situação em que um tributo é devido por ter ocorrido o respectivo 
fato gerador, ou seja, uma situação que ocorreu e gerou um fato gerador. 
Exemplo: O fato gerador do imposto predial é a propriedade de imóvel construído 
na zona urbana, sempre que exista um terreno com construção, situado em zona 
urbana, incide o imposto predial. 
Não incidência: É o oposto da incidência, a situação que um tributo não é devido 
por não ter ocorrido fato gerador. Exemplo: Um terreno situado em zona urbana 
e não construído não pode ser tributado pois não ocorreu fato gerador. 
Isenção: É um favor fiscal concedido por lei, que consiste em dispensar o 
pagamento de um tributo devido, ou seja, é a dispensa de pagamento de um 
determinado tributo por força de lei, com fundamento no art. 150 § 6º da CF. 
Imunidade tributária: Ocorre quando a CF impede a incidência de tributação, 
exigindo que o Estado se abstenha de cobrar tributos (não sofrer a tributação). 
São imunes as Entidades Filantrópicas de acordo com art.195 § 7º da CF. 
Exemplos: 
 
Alíquota Zero: De acordo com o STF “ A alíquota zero, como categoria da 
técnica fiscal, significa tributação qualificada ou incidência cuja alíquota é zero e 
essa alíquota mantem ou qualifica a hipótese como de incidência”, ou seja, 
alíquota corresponde ao percentual sobre a base de cálculo, para se determinar 
o valor de um tributo. Quando este percentual é zero, mesmo que haja base de 
cálculo, o resultado é que aquela operação não terá valor de tributo devido. 
Diferença entre Alíquota Zero e Isenção 
 
 
 
 
 
Espécies de Imunidade e Isenção

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