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Eutanásia X Distanasia

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Eutanásia X Distanasia
A palavra Eutanásia dividida em “Eu” que significa boa e “thonatos” significa morte Eutanisia significa “boa morte” faz pensa em uma morte piedosa sem dor.
Eutanásia
É definida como a conduta pela qual paciente em estado terminal, ou portador de enfermidade incurável que esteja em sofrimento constante, uma morte rápida e sem dor.
Existe duas práticas de Eutanásia são Eutanásia Ativa e Eutanásia Passiva.
Eutanásia Ativa: Conta com o traçado de ações que têm por objetivo pôr término à vida, na medida em que é planejada e negociada entre o doente e o profissional que vai levar e a termo o ato por meio de artifício. Ex.: injeção letal, medicamentos em dose excessiva e etc.).
Eutanásia Passiva:  A morte do doente ocorre por falta de recursos necessários para manutenção das suas funções vitais. Ex.:( quimioterapia, uso de medicamentos.).
A eutanásia é um ato de vontade própria e individual do enfermo, quando em estado de plena consciência, que garante a esse a escolha entre cessar seu sofrimento em vida ou continuar lutando. Este é o principal ponto da discussão sobre o direito de escolha individual à vida: a liberdade do sujeito que sofre em determinar se sua vivência é justificada seja pelas suas crenças, vontade individual, ou por simples compaixão por aqueles que seriam atingidos pela sua morte.
A eutanásia no Brasil não é permitido que comente será atuando no artigo penal 121 pelo crime de homicídio pegar entre 3 a 7 anos de prisão .Mesmo sendo proibida no Brasil, existem algumas situações em que resquícios dessa prática são aplicados. Por exemplo, no estado de São Paulo, a lei 10.241 de 1999, confere o direito ao usuário de um serviço de saúde de rejeitar um tratamento que seja considerado doloroso e que sirva unicamente para o prolongamento da vida do paciente terminal.
 Alguns pais como Holanda e a Belgica a Eutanasia é um direito legalmente nos casos para pacientes terminais ou portadores de doenças incuráveis que acarretam em sofrimento físico e emocional para o paciente e seus familiares. Em outros países inclusive o Brasil , no entanto, é possível que o paciente faça o requerimento legal de não haver tentativa de ressuscitação no caso de parada crítica de órgãos. 
Profissional de Enfermagem pelo respeito à dignidade humana desde o nascimento à morte, devendo o enfermeiro ser um elemento interveniente e participativo em todos os atos que necessitem de uma componente humana efetiva por forma a atenuar o sofrimento, todos os atos que se orientem para o cuidar, individualizado e holístico.
As necessidades de um doente em estado terminal, muitas vezes isolado pela sociedade, aumentam as exigências no que respeita a cuidados de conforto que promovam a qualidade de vida física, intelectual e emocional sem descurar a vertente familiar e social.
Perante este quadro, com o qual nós poderemos deparar um dia, há que ter um profundo conhecimento das competências, obrigações e direitos profissionais, de forma a respeitar e proteger a vida como um direito fundamental das pessoas.
A favor 
Sabemos que temos o direito de ir vir e de fazer o que queremos com nosso corpo e nossa vida, faz sim o pensamento que a pessoa em pleno estado normal por consequência da vida acaba estado vegetativo que seu único método de aliviar sua dor é uma morte digna através da Eutanásia. Quando uma pessoa passa a ser prisioneira do seu corpo, dependente na satisfação das necessidades mais básicas; o medo de ficar só, de ser um "fardo", a revolta e a vontade de dizer "Não" ao novo estatuto, levam-no a pedir o direito a morrer com dignidade. Obviamente, o pedido deverá ser ponderado antes de operacionalizado, o que não significa a desvalorização que tantas vezes conduz esses prolongamento de um processo de deterioramento ou não evolução. “A dor, sofrimento e o esgotamento do projeto de vida, são situações que levam as pessoas a desistirem de viver”. Conduzem-nas a pedir o alívio da dor, a dignidade e piedade no morrer, porque na vida em que são "atores" não reconhecem qualidade. A qualidade de vida para alguns homens não pode ser um demorado e penoso processo de morrer.
Contra
Muitos são os argumentos contra a eutanásia, desde os religiosos, éticos até os políticos e sociais. Do ponto de vista religioso a eutanásia é tida como uma usurpação do direito à vida humana, devendo ser um exclusivo reservado ao Senhor, ou seja, só Deus pode tirar a vida de alguém. "algumas religiões, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir para morrer, defende acima de tudo o caráter sagrado da vida,…" 
Da perspectiva da ética médica, tendo em conta o juramento de Hipócrates, segundo o qual considera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o médico não pode ser juiz da vida ou da morte de alguém, a eutanásia é considerada homicídio. Cabe assim ao médico, cumprindo o juramento hipocrático, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessário à sua subsistência.
Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que o Código Penal atual não especifica o crime da eutanásia, condenando qualquer ato antinatural na extinção de uma vida. Sendo quer o homicídio voluntário, o auxílio ao suicídio ou o homicídio mesmo que a pedido da vítima ou por "compaixão", punidos criminalmente.
Caso Reais
Vincent Humbert
O francês Vincent Humbert, que levou toda a sociedade francesa a rediscutir a lei local sobre eutanásia. Vitima de um grave acidente automobilístico aos 19 anos, em 24/9/2000, Vincent ficou tetraplégico, mudo e cego, e só conseguia movimentar um de seus polegares, com o qual se comunicava com a mãe. Vincent “escreveu” uma carta ao então presidente Jacques Chirac, pleiteando o direito de morrer e solicitando a descriminalização da eutanásia. Em 2003, Vincent escreveu - com auxílio de um jornalista - um livro, intitulado “Eu lhe peço o direito de morrer”, no qual dizia:
“Eu nunca verei este livro porque morri em 24 de setembro de 2000.... Desde aquele dia, eu não vivo. Me fazem viver. Sou mantido vivo. Para quem, para que, eu não sei. Tudo o que eu sei é que sou um morto-vivo, que nunca desejei esta falsa morte".
Diante do desejo de seu filho de se ver livre do sofrimento provocado por sua condição, Marie Humbert, no mesmo dia do lançamento do livro de Vincent, teria misturado aos alimentos ministrados a Vincent através de uma sonda uma mistura de barbitúricos, que teriam provocado o coma e morte do jovem um dia depois do lançamento do livro.
Ramón Sampedro 
ficou tetraplégico quando tinha 26 anos, ficando neste estado durante 29 anos. Solicitou, em 1993, a autorização para morrer, no entanto não lhe foi concedida. Contra a justiça espanhola, Ramón planeja sua morte com o auxílio dos seus amigos. Em 1998 é, desse modo, encontrado morto em Galiza. Os seus últimos momentos da sua vida estão gravados num vídeo, onde se regista uma ação consciente de morte. Em 2003, Alejandro Amenábar realizou um filme inspirado em Ramón com o título Mar Adentro.
Brittany
Recém casada, Brittany descobriu que só lhe restavam seis meses de vida. Então, decidiu "morrer com dignidade", como ela costumava dizer. Nesse tempo, além de viajar com seu marido e amigos, ela fundou o The Brittany Maynard Fund, uma organização que tem como objetivo receber fundos e lutar para que a eutanásia seja legalizada nos Estados Unidos. No dia 1º de novembro, como havia planejado, Brittany morreu.
No Brasil Virginia Helena Soares diretora médica da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Evangélico Curitiba (PR). Ela e mais três médicos e duas enfermeiras do Hospital Evangélico são acusados por homicídio (realizava eutanásia) e formação de quadrilha. A polícia e o Ministério público investigam também mais de 300 mortes consideradas suspeita s na mesma UTI, entre 2006 e 2013. O paciente que tinha dois pontos críticos, que são a ventilação mecânica e as medicações que servem para manter a pessoa viva Ela interrompia um dos dois, ou os dois, afirmou o enfermeiro.
DistanasiaA palavra "distanásia" tem origem grega, onde dis significa "afastamento" e thanatos quer dizer "morte" que dizer “afastamento da morte”.
 Distanásia é a prática pela qual se prolonga, através de meios artificiais e desproporcionais, a vida de um enfermo incurável. Também pode ser conhecida como “obstinação terapêutica”.O objetivo da distanásia é o prolongamento máximo da vida. Também pode ser definida como o adiamento da morte através de métodos reanimatórios. A distanásia representa, atualmente, uma questão de bioética e biodireito. Este conceito insere-se no campo vasto da discussão do valor da vida humana e da morte. Opõe-se à eutanásia e pode associar-se a conceitos como a ortotanásia, a própria morte e a dignidade humana. 
A distanásia pode abranger 3 aspectos principais: o pessoal, o familiar e o social.
No aspecto pessoal, o indivíduo doente, que inicialmente teve seu processo de morte prolongado em vista de uma possibilidade idealizada de cura, aos poucos passa a depender completamente do processo tecnológico que o mantém, e a prorrogação constante da morte se torna o único elo com a vida; o doente se torna passivo e já não decide por si mesmo, apenas vive em função do processo de controle sobre a natureza[3].
No aspecto familiar, ocorre uma dualidade psicológica: por um lado o prolongamento da vida do ente querido, enquanto por outro o sofrimento perante a possibilidade constante e repetitiva da perda, além do doloroso ônus financeiro em prol de um objetivo inalcançável.
No aspecto social, ocorre o esgotamento da disponibilidade de recursos mediante uma situação irreversível, que repercute sobre o emprego oneroso dos recursos públicos, em especial nas sociedades carentes, em prejuízo de questões mais essenciais para a saúde pública, cujo resultado teria maior abrangência social.
Dados do Conselho Federal de Medicina revelam que atualmente, no Brasil, 30% dos internados em unidades de tratamento intensivo (UTIs) são pacientes em estado terminal, que não deveriam permanecer nessas unidades. Eles deveriam estar recebendo cuidados paliativos, ou seja, não sendo mais possível a cura, deveria ser dado a esses pacientes conforto e atenção a suas necessidades físicas, psíquicas, sociais e espirituais.
No caso dos pacientes sem esperança de recuperação, o uso de recursos tecnológicos caríssimos para prolongar a vida, além de representar um gasto desnecessário, impõe mais sofrimento tanto aos doentes quanto aos familiares. É preciso ter a coragem de reconhecer que, em determinadas situações, chegamos a um limite. Devemos então proporcionar mais conforto e evitar a dor e o sofrimento desnecessários.
No aspecto jurídico a distanásia não é permitida no Brasil, de acordo com o artigo 5º, III, da CF: "ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante." A dignidade humana é direito de todas as pessoas e está ordenado na legislação brasileira. O artigo 13 do NCC diz que "Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes". Pelo fato do médico ser quem decide o que será exigido de acordo com suas razões técnicas, esse artigo entra em confronto com o art.15 em que "ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica" (FORTES, 2007).
 O Estado de Terminalidade e Suas Consequências
É interessante que se estabeleça o limite ético a partir do qual o tratamento será considerado fútil e a conduta implementada passa a configurar Distanásia. Trata-se do estado de terminalidade, que é a linha a partir da qual qualquer tratamento será considerado fútil, já que impossível se promover a cura.
Conclusão
Concluímos que Eutanásia é morte escolhida pelo paciente sem dor como ato de alivio de suas condições vegetativa e de uma forma de diminuir o sofrimento “pessoal e familiar” sendo considerado por religiosos como ato de usurpação do direito à vida humana pelo senso só Deus tem o direito de escolher o dia da sua morte. No Brasil é ilegal a pratica da Eutanásia e da Distanásia.
 Eutanasia sendo considerado crime penal de homicídio e a distanásia (como ato atrasar o momento morte) considerado tortura para o paciente sendo ato degradante e desumano.

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