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historia regular professor autoregulada 1s 1b

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Prévia do material em texto

1 
 
História 
 
 Professor 
 
Caderno de Atividades 
Pedagógicas de 
Aprendizagem 
Autorregulada - 01 
1ª Série | 1° Bimestre 
 
 
 
Disciplina Curso Bimestre Série 
História Ensino Médio 1° 1ª 
Habilidades Associadas 
1. Compreender a noção de História e identificar os diferentes agentes da História. 
2. Analisar o conceito de fonte histórica. 
3. Compreender o conceito de democracia. 
 
2 
 
A Secretaria de Estado de Educação elaborou o presente material com o intuito de estimular o 
envolvimento do estudante com situações concretas e contextualizadas de pesquisa, aprendizagem 
colaborativa e construções coletivas entre os próprios estudantes e respectivos tutores – docentes 
preparados para incentivar o desenvolvimento da autonomia do alunado. 
A proposta de desenvolver atividades pedagógicas de aprendizagem autorregulada é mais uma 
estratégia pedagógica para se contribuir para a formação de cidadãos do século XXI, capazes de explorar 
suas competências cognitivas e não cognitivas. Assim, estimula-se a busca do conhecimento de forma 
autônoma, por meio dos diversos recursos bibliográficos e tecnológicos, de modo a encontrar soluções 
para desafios da contemporaneidade, na vida pessoal e profissional. 
Estas atividades pedagógicas autorreguladas propiciam aos alunos o desenvolvimento das 
habilidades e competências nucleares previstas no currículo mínimo, por meio de atividades 
roteirizadas. Nesse contexto, o tutor será visto enquanto um mediador, um auxiliar. A aprendizagem é 
efetivada na medida em que cada aluno autorregula sua aprendizagem. 
Destarte, as atividades pedagógicas pautadas no princípio da autorregulação objetivam, 
também, equipar os alunos, ajudá-los a desenvolver o seu conjunto de ferramentas mentais, ajudando-o 
a tomar consciência dos processos e procedimentos de aprendizagem que ele pode colocar em prática. 
Ao desenvolver as suas capacidades de auto-observação e autoanálise, ele passa ater maior 
domínio daquilo que faz. Desse modo, partindo do que o aluno já domina, será possível contribuir para 
o desenvolvimento de suas potencialidades originais e, assim, dominar plenamente todas as 
ferramentas da autorregulação. 
Por meio desse processo de aprendizagem pautada no princípio da autorregulação, contribui-se 
para o desenvolvimento de habilidades e competências fundamentais para o aprender-a-aprender, o 
aprender-a-conhecer, o aprender-a-fazer, o aprender-a-conviver e o aprender-a-ser. 
 A elaboração destas atividades foi conduzida pela Diretoria de Articulação Curricular, da 
Superintendência Pedagógica desta SEEDUC, em conjunto com uma equipe de professores da rede 
estadual. Este documento encontra-se disponível em nosso site www.conexaoprofessor.rj.gov.br, a fim 
de que os professores de nossa rede também possam utilizá-lo como contribuição e complementação às 
suas aulas. 
Estamos à disposição através do e-mail curriculominimo@educacao.rj.gov.br para quaisquer 
esclarecimentos necessários e críticas construtivas que contribuam com a elaboração deste material. 
 
Secretaria de Estado de Educação 
 
 
 
Apresentação 
 
3 
Caro Tutor, 
Neste caderno, você encontrará atividades diretamente relacionadas a algumas 
habilidades e competências do 1° Bimestre do Currículo Mínimo de História da 1ª Série 
do Ensino Médio. Estas atividades correspondem aos estudos durante o período de um 
mês. 
 A nossa proposta é que você atue como tutor na realização destas atividades 
com a turma, estimulando a autonomia dos alunos nessa empreitada, mediando as 
trocas de conhecimentos, reflexões, dúvidas e questionamentos que venham a surgir no 
percurso. Esta é uma ótima oportunidade para você estimular o desenvolvimento da 
disciplina e independência indispensáveis ao sucesso na vida pessoal e profissional de 
nossos alunos no mundo do conhecimento do século XXI. 
Neste Caderno de Atividades, os alunos conhecerão melhor a própria disciplina 
História! Além disso, trataremos dos instrumentos de trabalho do historiador, chamadas 
de fontes históricas e compreender que toda e qualquer pessoa é agente da História. 
Abordaremos também um período da História que ficou conhecido com período 
Medieval, ou Idade Média. Vamos discutir próprio conceito de Idade média, além de 
conhecer um pouco a sociedade medieval e o papel da religiosidade e da Igreja Católica 
no período. 
Para os assuntos abordados em cada bimestre, vamos apresentar algumas 
relações diretas com todos os materiais que estão disponibilizados em nosso portal 
eletrônico Conexão Professor, fornecendo diversos recursos de apoio pedagógico para o 
Professor Tutor. 
Este documento apresenta 3 (três) aulas. As aulas podem ser compostas por uma 
explicação base, para que você seja capaz de compreender as principais ideias 
relacionadas às habilidades e competências principais do bimestre em questão, e 
atividades respectivas. Estimule os alunos a ler o texto e, em seguida, resolver as 
Atividades propostas. As Atividades são referentes a dois tempos de aulas. Para reforçar 
a aprendizagem, propõe-se, ainda, uma pesquisa e uma avaliação sobre o assunto. 
 
Um abraço e bom trabalho! 
Equipe de Elaboração 
 
4 
 
 
 
 
 Introdução ............................................................................................... 03 
 Objetivos Gerais ...................................................................................... 
 Materiais de Apoio Pedagógico .............................................................. 
 Orientação Didático-Pedagógica ............................................................ 
 Aula 1 : Introdução à História................................................................... 
 Aula 2: Democracia Ontem e Hoje .......................................................... 
 Aula 3: A Idade Média .............................................................................. 
 Avaliação ................................................................................................ 
 Pesquisa ................................................................................................... 
 Referências ............................................................................................. 
05 
06 
07 
08 
14 
17 
22 
26 
27 
 
 
 
Sumário 
 
 
5 
 
 
 Nesse caderno de atividades vamos abordar alguns conteúdos do primeiro 
bimestre do 1º ano do Ensino Médio. Introduziremos o aluno nos estudos de História, 
abordando alguns conceitos que serão importantes para a própria compreensão da 
disciplina. Dessa forma, julgamos ser importante que os alunos compreendam quem 
são os sujeitos históricos e reflitam sobre o fato de não haver neutralidade na 
transmissão do conhecimento. Nessa primeira aula vamos falar também das fontes 
históricas, que são o instrumento de trabalho dos historiadores. Na segunda aula 
trataremos do conceito de democracia, a partir de uma abordagem histórica, 
comparando a democracia quando de seu surgimento em Atenas da antiguidade e a 
democracia como a entendemos nos dias de hoje. Finalizamos esse caderno 
abordando o período conhecido por Idade Média, ou período Medieval. Discutiremos 
o próprio conceito de Idade Média, de forma a historicizar o conceito, levando-se em 
conta o momento histórico em que ele foi cunhado, propondo aos alunos uma 
reflexão sobre o conceito. Abordaremos a sociedade medieval, em suas principais 
características, tais como economia, divisão social e organização e o papel da Igreja 
Católica no período.Objetivos Gerais 
 
6 
 
 
 No portal eletrônico Conexão Professor, é possível encontrar alguns materiais 
que podem auxiliá-los. Você pode acessar os materiais listados abaixo através do link: 
http://www.conexaoprofessor.rj.gov.br/cm_materia_periodo.asp?M=10&P=6A 
 
Orientações 
Pedagógicas do CM 
 
 
 ─ Orientações Pedagógicas – 1° Bimestre 
─ Recursos Digitais – 1° Bimestre 
─ Orientações Metodológicas - Autonomia – 1° Bimestre 
─ Mais Educação - Planos de Aula 01 
─ Mais Educação - Planos de Aula 02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Materiais de Apoio Pedagógico 
 
7 
 
 
 Para que os alunos realizem as Atividades referentes a cada dia de aula, 
sugerimos os seguintes procedimentos para cada uma das atividades propostas no 
Caderno do Aluno: 
1° - Explique aos alunos que o material foi elaborado que o aluno possa compreendê-lo 
sem o auxílio de um professor. 
2° - Leia para a turma a Carta aos Alunos, contida na página 3. 
3° - Reproduza as atividades para que os alunos possam realizá-las de forma individual 
ou em dupla. 
4° - Se houver possibilidade de exibir vídeos ou páginas eletrônicas sugeridas na seção 
Materiais de Apoio Pedagógico, faça-o. 
5° - Peça que os alunos leiam o material e tentem compreender os conceitos 
abordados no texto base. 
6° - Após a leitura do material, os alunos devem resolver as questões propostas nas 
ATIVIDADES. 
7° - As respostas apresentadas pelos alunos devem ser comentadas e debatidas com 
toda a turma. O gabarito pode ser exposto em algum quadro ou mural da sala para 
que os alunos possam verificar se acertaram as questões propostas na Atividade. 
 Todas as atividades devem seguir esses passos para sua implementação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientação Didático-Pedagógica 
 
8 
 
 
Caro aluno, nessa aula, vamos conversar sobre História. Você já se perguntou 
quem escreve a História? Você acha que a História é uma ciência neutra, ou seja, que 
existe apenas uma visão sobre os fatos históricos? E quem são os “personagens” da 
História, ou seja, quem são os agentes da História? Você acha que a História é uma 
ciência neutra, ou seja, que existe apenas uma visão sobre os fatos históricos? 
 Vamos tentar, aqui, responder essas perguntas. Em primeiro lugar, é preciso 
compreendermos que todos nós somos parte da História e somos agentes da História. 
Durante muito tempo, apenas “grandes personagens”, como Reis, Rainhas e generais 
entravam nos livros de História. Mas hoje em dia isso mudou e as “pessoas comuns” 
também passaram a ser vistas como sujeitos da história. Assim, ganhou lugar nos livros 
os escravos, as mulheres, os trabalhadores, etc. Isso quer dizer que você, aluno, 
também tem um papel na história da sua Cidade, de seu Estado e de seu País. Através 
das suas ações você está fazendo História. 
Mas quem, afinal, coloca essa história no papel, nos livros? Quem escreve 
sobre história são profissionais chamados de HISTORIADORES. 
 
 
Eusébio de Cesareia, 
historiador. 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Historiografia_eclesi%C3%A1stica_medieval 
 
Aula 1: Introdução à História 
 
Os historiadores são profissionais que 
pesquisam e escrevem sobre os fatos 
históricos, não apenas narrando o fato, 
mas analisando-os em seu conjunto, 
refletindo sobre as implicações 
econômicas, sociais, políticas etc. dos 
acontecimentos. 
 
9 
Assim como todo profissional, os historiadores estão inseridos em um contexto 
social. São pessoas que possuem posições políticas, afinidades religiosas, preferências 
e opções diversas. Tudo isso reflete em sua versão sobre o fato histórico sobre o qual 
ele irá escrever. Isso não quer dizer, no entanto, que os fatos históricos podem ser 
contados de qualquer forma e que cada um pode abordar a história da maneira que 
bem entender. E, sim, que as análises sobre os fatos podem ser diferentes. Por isso, 
dizemos que a história não é neutra. 
É possível caro aluno, que você esteja se perguntando como os historiadores 
conseguem saber de tantas coisas que aconteceram há tanto tempo atrás. Mesmo 
podendo existir pontos de vistas diversos sobre determinado fato histórico, o “fato 
histórico” em si precisa ser conhecido antes de ser interpretado. É justamente aí que 
entram as Fontes Históricas, principal instrumento de trabalho dos historiadores. As 
fontes Históricas são vestígios da passagem dos seres humanos pela história através 
dos tempos. São documentos que ajudam os historiadores a interpretar e contar os 
fatos do passado. 
As Fontes Históricas podem ser: 
Escritas: livros, jornais, certidões de nascimento, testamentos, etc.
 
http://www.infoescola.com/historia-do-brasil/lei-aurea/ 
 
 
 
 
10 
Iconográfica: pinturas, desenhos, fotografias. 
 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=22180 
 
Orais: depoimentos, histórias contadas. 
 
http://www.historia.uff.br/labhoi/node/1287 
 
Materiais: vestígios de construções, instrumentos, utensílios e fósseis (restos 
petrificados de animais e vegetais). 
 
http://ciencia.hsw.uol.com.br/ossos-de-dinossauros.htm 
 
11 
Durante muito tempo, as fontes escritas foram mais valorizadas que os outros 
tipos de fontes. Isso acontecia porque se acreditava que apenas as culturas letradas 
das elites eram dignas de atenção e confiança e, assim, de uma História. No entanto, 
isso mudou e, atualmente, os historiadores acreditam que todos os povos e grupos 
sociais possuem suas formas de transmissão e produção do conhecimento e que todas 
elas devem ser valorizadas. Na África, por exemplo, muitos povos não conheciam a 
escrita antes do contato com europeus. No entanto, esses povos transmitiam 
conhecimento através da oralidade, da contação de histórias. Dessa forma as “fontes 
orais” são essenciais para compreender a história desses povos. 
Agora que já identificamos o que são as fontes históricas, vamos exercitar 
nossos conhecimentos. 
 
 
1. Caro aluno, essa atividade poderá ajudar você a compreender melhor o 
assunto abordado em nossa primeira aula. Leia atentamente o texto a 
seguir e reflita. 
Perguntas de um Operário que lê 
 
Quem construiu Tebas, a das sete portas? 
Nos livros vem o nome dos reis, 
Mas foram os reis que transportaram as pedras? 
Babilônia, tantas vezes destruída, 
Quem outras tantas a reconstruiu? Em que casas 
Da Lima Dourada moravam seus obreiros? 
No dia em que ficou pronta a Muralha da China para onde 
Foram os seus pedreiros? A grande Roma 
Está cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem 
Triunfaram os Césares? 
(...) 
O jovem Alexandre conquistou as Índias 
Sozinho? 
César venceu os gauleses. 
Nem sequer tinha um cozinheiro ao seu serviço? 
(...) 
 
Atividades Comentadas 
 
12 
Em cada página uma vitória. 
Quem cozinhava os festins? 
Em cada década um grande homem. 
Quem pagava as despesas? 
 
Tantas histórias 
Quantas perguntas 
 
Disponível em: 
http://literaturaemcontagotas.wordpress.com/2010/03/06/perguntas-de-um-
trabalhador-que-le/ 
 
Quem escreveu o poema acima foi o poeta alemão Bertold Brecht, nascido em 
1898 e morto em 1956. Através de suas palavras, podemos fazer uma 
importante reflexão sobre o que estudamos, a História. Após a leitura do texto, 
reflita sobre os pontos abaixo. 
 Quem, afinal, construiu a cidade de Tebas, a Muralha da China e os arcos de 
Roma? Os trabalhadores (pedreiros, operários, escravos) 
 Os Reis que aparecem nos livros (como Alexandre e César) alcançam seus 
grandes feitos sozinhos? Não 
 Se as históriasque aparecem nos livros tivessem sido escritas pelos 
operários que transportavam as pedras, pelos pedreiros que construíram os 
monumentos ou pelo cozinheiro de César, que personagens apareceriam 
nesses livros? Pessoas que fazem parte da realidade deles, trabalhadores 
como eles. 
 A história escrita pelos reis, generais e “grandes homens” citados no texto 
seria a mesma escrita pelos trabalhadores? Por quê? Não, seria diferente, 
pois seriam escritas a partir de suas opções. 
 Em um trecho, diz que “o jovem Alexandre conquistou as Índias” e, em 
outro, que “César venceu os gauleses”. A história dessas batalhas escrita 
por Alexandre e por César seria a mesma escrita pelos Indianos e pelos 
gauleses? Por quê? Não, pois teriam o ponto de vista dos dominados. 
 Que fatores você acha que influenciam nessa diferença na forma de contar 
a mesma história? Opções políticas, grupo social, religiosidade, etc. de 
quem escreve ou conta a história. 
 
13 
 Você acha importante que os livros abordem essas diferentes histórias (a 
dos reis, mas também a dos trabalhadores)? Por quê? Sim, pois é preciso 
que se conte não somente a história dos reis e “grandes homens”, mas 
também que se aborde o ponto de vista e a participação das pessoas ditas 
comuns, como trabalhadores, escravos, etc. 
 
Agora, e escreva um pequeno texto com as suas conclusões. 
Professor, nessa atividade, espera-se que o aluo seja capaz de perceber, através da 
reflexão das questões levantadas sobre a poesia, que a história não é neutra e que 
uma mesma história pode ser escrita de formas diferentes dependendo de quem as 
conta. Essa diferença de percepção se dá por muitos fatores, sendo um deles (o 
exposto no poema) o grupo social a que pertence o “escritor” ou “contador” da 
história. Além disso, o aluno deverá compreender que a história é feita por múltiplos 
sujeitos e não apenas por “grandes homens”, tais como reis e generais (Alexandre e 
César, por exemplo), mas também pelas “pessoas comuns” (como os operários que 
construíram a Muralha da China ou os soldados de Alexandre). Importante também 
seria o aluno compreender que ele, assim como qualquer pessoa “comum”, também 
é agente dessa história, ou seja, faz história e ajuda a escrevê-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 Caro aluno, você já parou pra pensar sobre sua participação na política de seu 
país? Você sabia que você tem direito a essa participação, afinal, é considerado cidadão 
brasileiro? Essa participação pode ser de várias formas: através do voto (aos maiores de 
16 anos); da participação em associações que vão desde o grêmio da sua escola até um 
partido político ou sindicato; ou através de abaixo-assinados ou manifestações públicas 
(como atos e passeatas). Esse direito, que é de TODOS os cidadãos, existem porque vive 
em um regime político chamado DEMOCRACIA. 
 
 Mas será que todos os países do mundo vivem em uma democracia? E onde e 
quando surgiu o sistema de governo democrático? Será que do surgimento da 
democracia até os dias de hoje a democracia sofreu alguma transformação? Vamos 
conversar um pouco sobre essas questões. 
 
 
 
 
 
 
Péricles, líder democrático de Atenas 
http://www.voltairenet.org/article128255.html 
 
 
 
Aula 2: Democracia Ontem e Hoje 
 
A palavra DEMOCRACIA vem do grego 
DEMO (povo) + KRATOS (poder). Ou 
seja, PODER DO POVO. 
 
 
15 
 A Democracia surgiu em Atenas, uma Cidade-Estado da Grécia Antiga, por volta 
do século VI a. C. No entanto, naquele tempo, a democracia era bem diferente do que 
entendemos hoje por democracia. Lá, apenas os cidadãos podiam participar da política 
e tomar decisões. No entanto, nem todo mundo era considerado cidadão em Atenas. 
Assim, apenas os homens, maiores de 21 anos, nascidos em Atenas e filhos de pai e mãe 
atenienses eram cidadãos e tinham direito a participação política. Assim, a maior parte 
da população (como mulheres, estrangeiros e escravos) não eram cidadãos e ficavam de 
fora das decisões políticas. 
 Outra diferença é que, na democracia que conhecemos, escolhemos 
representantes através do voto. Esses representantes são os políticos que estão nos 
cargos do executivo (prefeito, governador, presidente) e legislativo (vereadores, 
deputados, etc.). Esse tipo de sistema e chamado DEMOCRACIA INDIRETA OU 
REPRESENTATIVA. Já a democracia ateniense era DIRETA, ou seja, todos os cidadãos 
tinham direito a participar da “Assembleia do Povo”, reuniões onde discutiam e 
votavam as questões atenienses. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 
1. Observe a charge abaixo: 
 
http://mundo-de-ideias.blogspot.com.br/2010/07/mafalda-democracia.html 
Reflita sobre o quadrinho acima e diga com suas palavras por que você acha 
que a Mafalda (personagem do quadrinho) dá risadas após ler o significado do 
conceito de democracia. 
Os alunos devem ser capazes de compreender que, apesar do conceito de 
democracia garantir o povo a soberania, essa soberania não é respeitada na prática. 
É importante que eles compreendam que a Mafalda ri justamente por perceber esse 
abismo existente entre a teoria e a prática democrática. 
 
 
 
 
 
 
 
Atividades Comentadas 
 
17 
 
 
Caro aluno, você já ouviu falar no termo “medieval”? Já utilizou esse termo em 
alguma ocasião? Até hoje, é muito comum que as pessoas usem “medieval” para se 
referir a alguma coisa muito ultrapassada, mais especificamente alguma coisa ruim, 
sombria, uma situação de opressão, etc. Mas, afinal, que termo é esse e a que período 
da história ele se refere? 
 Chamamos de Idade Média ou Medieval o período histórico que vai do século 
V ao XV. No entanto, é importante compreendermos que esse termo “Idade Média” foi 
cunhado posteriormente, no século XVI por pessoas que queriam se referir àquele 
período passado. As pessoas que viveram naqueles séculos não se referiam ao seu 
tempo como “período medieval” ou “Idade Média”. 
 
 Erasmo de Rotterdam 
 http://pt.wikipedia.org/wiki/Erasmo_de_Roterd%C3%A3o 
 
Mas será que esse termo é um termo neutro, desprovido de intenções? Alguns 
historiadores afirmam que não. Mas por quê? Ao nomearem o período de “médio”, os 
homens do XVI estavam, na verdade, tentando glorificar determinado tempo em 
detrimento de outro. Assim, “Idade Média” seria um tempo que ficava entre o 
aclamado período da Antiguidade Clássica, onde floresceu a civilização greco-romana, 
 
 
Aula 3: A Idade Média 
 
Caro Aluno, é importante que 
você saiba que quando nós, 
humanistas do século XVI, 
criamos o termo “Idade Média”, 
estávamos referindo à Europa 
Ocidental entre os séculos V e 
XV. Não estávamos tratando dos 
povos da Ásia, África ou da 
América... 
 
 
18 
e alvorecer do mundo moderno, ou seja, o próprio séulo XVI, visto pelos 
contemporâneos como o período de resnascimento artístico e cultural da valorizada 
civilização greco-romana. Dessa forma, tudo que estava entre esses dois períodos (o 
clássico e o moderno) seria, na visão dos modernos, uma espécie de intervalo, um 
tempo onde a sociedade estava estagnada, em que nada era criado. Talvez, por isso, o 
período é muitas vezes chamado de “Idade das Trevas” e até hoje é udaso como 
referência pejorativa à determinadas coisas, instituições e situações. No entanto, é 
preciso refletir se essas denominações não comportam um tanto de preconceito. 
 Mas e a sciedade Medieval, como era? Você já viu algum filme cuja história se 
passa no período? Geralmente esses filmes mostram castelos guardadospor uma 
muralha e cavaleiros com armaduras, lança e escudo. Não raro aparecem princesas 
encasteladas, mas também camponeses muito pobres. É sobre a sociedade desse 
período, muito retratado em filmes e livros, que vamos tratar aqui.A partir do século V 
a Europa ocidental sofreu profundas transformações que fizeram com que a maioria 
das regiões tivessem seu comércio enfraquecido e a economia fosse ruralizada, ou 
seja, passasse a se basear nas atividades rurais agrícolas. Por isso, a Idade Média é 
muito associada ao feudalismo, sistema de organização social que girava em torno do 
feudo, ou seja, da terra. Nesse sistema, a posse da terra determinava o poder, ou seja, 
os poderosos eram os proprietários de terra, os senhores feudais. Vamos conhecer 
melhor as pessoas que compunham essa organização feudal durante a Idade Média. 
Basicamente, a sociedade medieval era dividida em três grupos sociais, ou 
“ordens”, representadas na pirâmide abaixo: 
 
http://www.historiajaragua.com.br/2012/03/piramide-social-feudalismo-
7oanosee.html 
 
 
19 
Clero: eram os membros da Igreja Católica, que naquele período tinha um 
enorme poder. O papa, bispos, cardeais, padres, etc., faziam parte do clero. 
Nobreza: era composta por reis, duques, marqueses, condes, viscondes barões, 
etc. E sua principal atividade era a guerra. 
Sevos: eram os camponeses que trabalhavam nas terras dos senhores feudais, 
ou seja, no feudo. Em troca de usar a terra do senhor, o servo era obrigado a prestar 
serviços e pagar uma série de tributos a este. Entre estes tributos estão a corveia 
(obrigação de prestar serviços nas terras do senhor);s nas terras do senhor); talha (o 
servo deveria entregar ao senhor uma percentagem de sua produção); banalidade 
(pagamento por utilização de instrumentos do senhor, como o moinho ou o forno). 
É muito importante, aluno, entender que nesse período a sociedade era 
extremamente estratificada, ou seja, não havia mobilidade social. Dessa forma, o que 
determinava a que grupo social você pertenceria é o seu nascimento. Assim, era 
praticamente impossível um camponês se tornar um nobre, da mesma forma que um 
nobre jamais deixaria de ser nobre para se tornar camponês. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A nobreza e o clero eram grandes proprietários de terra na Idade Média e, 
portanto, eram senhores feudais. A relação estabelecida entre os senhores feudais e 
os servos eram denominada de Relações de Suserania e Vassalagem. O suserano era o 
senhor feudal que entregava um feudo a um vassalo, em troca do juramento de 
fidelidade. O vassalo era o nobre que recebia o feudo de seu suserano e a ele jurava 
fidelidade e proteção. O rei, geralmente, era o suserano com mais poder na Idade 
Média, sendo que seus vassalos eram, principalmente, senhores feudais e cavaleiros. 
Resumindo, em troca de fidelidade e lealdade ao suserano, os vassalos recebiam 
Aluno, uma das características da na Idade Média era o enorme poder da 
Igreja Católica. Ela era a instituição mais poderosa da Idade Média, 
interferindo diretamente em assuntos políticos e na vida das pessoas. Todas 
as pessoas eram obrigadas a serem católicas, a frequentarem e seguirem os 
rituais da Igreja Católica. Quem não o fizesse, poderia pagar caro, correndo o 
risco de ser preso e até morto se acusado de heresia. Existia um tribunal 
chamado Tribunal da Inquisição, que tinha poder de prender, julgar e 
condenar os que fossem acusados de serem hereges, ou seja, de não 
seguirem a risca os dogmas católicos. Geralmente, os condenados eram 
queimados vivos em uma fogueira em praça pública. 
 
20 
benefícios, como o feudo. O mais comum era que os vassalos demonstrassem a 
fidelidade ao suserano atuando militarmente em guerras promovidas por estes. 
 
 
http://www.pixton.com/comic/h2f8ymsm 
 Caro aluno, agora que conversamos um pouco sobre o termo “Idade Média”, 
vamos aprofundar nosso conhecimento fazendo uma atividade sobre o assunto? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
1. Veja a charge abaixo e reflita 
 
 http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/fotos-charges-e-tirinhas-382 
 
Pela referência à Copa e as Olimpíadas, vemos que essa charge é bastante 
atual. Porque o autor da charge faz uso do termo Idade Média para se referir a 
um contexto atual? Reflita e escreva suas conclusões. 
Uma das principais características da Idade Média é o poderio da Igreja 
Católica, que se fazia sentir não somente ao plano espiritual, mas também 
político, uma vez que ele interferia diretamente nas decisões políticas e na 
elaboração de leis. A charge é uma crítica à crescente interferência da religião 
na política atualmente, em um momento em que o Estado é laico e política e 
religião são coisas separadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividades Comentadas 
 
22 
 
 
1. Porque é possível afirmar que a História não é neutra? 
Os alunos deverão ser capazes de compreender que a história não é neutra, 
pois não existe uma verdade absoluta e aquele que conta, narra ou escreve 
determinada história o faz a partir de seus critérios, visões de mundo, opções 
políticas, grupo social em que está inserido, etc. 
 
2. Observe as imagens e responda: 
 
 
http://ciaterreiro.br.tripod.com/negro.htm 
 
 
 
Avaliação 
 
 
23 
 
http://www.nethistoria.com.br/secao/documentos/987/jornal_do_senado_en
carte_abolicao/ 
 
a) A que categoria de fontes históricas elas pertencem? 
1ª Fonte: Fonte iconográfica 
2ª Fonte: Fonte escrita 
 
b) Agora que você já identificou a categoria das fontes históricas acima, seja 
você o historiador e identifique a que período da história elas pertencem 
escrevendo uma frase sobre o assunto a partir da análise das fontes: 
Os documentos fazem parte da História da Escravidão no Brasil. Frase: 
Durante a escravidão no Brasil, os cativos podiam ser castigados pelos 
seus senhores. Esse regime teve fim em 1888 com a assinatura da Lei 
Áurea, que aboliu a escravidão em nosso país. 
 
3. Que opção abaixo não podemos associar ao conceito de democracia? 
a) voto 
b) ditadura 
c) liberdade de expressão 
d) poder do povo 
Resposta: letra B 
 
24 
 
4. Compare a democracia ateniense com a democracia que conhecemos nos dias 
de hoje. 
Espera-se que os alunos comentem o fato de em Atenas, apenas eram 
considerados cidadãos os homens livres, maiores de 21 anos e nascidos em 
Atenas, sendo filhos de pai e mãe atenienses. Em nossa democracia, todos os 
brasileiros somos cidadãos. Além disso, devem saber diferenciar que na 
Grécia, a democracia era direta, enquanto na que conhecemos, votamos em 
representantes, ou seja, democracia Indireta. 
 
5. Observe o quadrinho abaixo e responda: 
 
http://extestemunhasdejeova.net/forum/viewtopic.php?f=24&p=208477 
 
Porque o garoto canhoto do quadrinho estava sendo acusado pelo religioso de 
pecador? Que associação podemos fazer entre o quadrinho e os dias atuais? 
Na Idade Média, ser canhoto era considerado uma coisa “anormal”, 
“diferente”, por isso a Igreja e a sociedade (que se baseava nos preceitos 
 
25 
morais da igreja católica) discriminavam os canhotos e tudo mais o que era 
diferente. Apesar de muita coisa ter mudado, como o reconhecimento do 
canhoto como normal, ainda existe muitos preconceitos estimulados pela 
alguns setores da igreja (católica ou protestante), como por exemplo, o 
homossexualismo. 
 
6. Qual opção abaixo NÃO representa uma característica do período medieval? 
a) Sociedade ruralizada 
b) Supremacia da Igreja Católicac) Desenvolvimento das grandes cidades 
d) Sociedade estratificada 
Resposta: letra C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
Caro aluno, agora que já estudamos alguns dos principais assuntos relativos ao 
1° bimestre, é hora de discutir um pouco sobre a importância deles na nossa vida. 
Então, vamos lá? 
 Use a imaginação e pense que daqui a alguns anos, um historiador vai escrever 
a sua história e de sua família! Faça uma pesquisa na sua casa e descubra que fontes 
históricas podem ajudar esse historiador a contar essa história. Liste alguns desses 
documentos e diga que informações importantes sobre você e sua família esses 
documentos podem trazer para esse pesquisador. Mãos à obra! 
R: Pessoal 
 
Pesquisa 
 
 
27 
 
 
[1] BARROS, José D’Assunção. A expansão documental e a conquista das fontes 
dialógicas. Revista Albuquerque. V. 3, n. 1, 2010. 
 Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/46523419/Fontes-Historicas-Revista-
Albuquerque-2010. 
 
[2] BEARD, M. & HENDERSON, J. Antiguidade Clássica: uma brevíssima Introdução. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1998. 
 
[3] BEZERRA, Holien Gonçalves. Ensino de História: conteúdos e conceitos básicos. In: 
KARNAL, Leandro (org.). História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. 5 ed. 
São Paulo: Contexto, 2008 
[4] CARDOSO, Ciro Flamarion & VAIFAS, Ronaldo (org.). Novos domínios da história. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. 
 
 
 
 
Referências 
 
 
28 
 
 
 
 
 
COORDENADORES DO PROJETO 
 
Diretoria de Articulação Curricular 
 
Adriana Tavares Maurício Lessa 
 
Coordenação de Áreas do Conhecimento 
 
Bianca Neuberger Leda 
Raquel Costa da Silva Nascimento 
Fabiano Farias de Souza 
Peterson Soares da Silva 
Ivete Silva de Oliveira 
Marília Silva 
 
PROFESSORES ELABORADORES 
 
Daniel de Oliveira Gomes 
Erica Patricia Di Carlantonio Teixeira 
Erika Bastos Arantes 
Renata Figueiredo Moraes 
Sabrina Machado Campos 
 
Equipe de Elaboração

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