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* Sensação e Percepção Processos Psicológicos Básicos Profa. Lorena Magalhães * Sensação ≠ Percepção Sensação: Experiências associadas com estímulos simples (como uma luz vermelha piscando). Envolvem os órgãos do sentido e as rotas neurais que se originam deles e dirigem-se ao cérebro. Percepção: Integração e interpretação significativa das sensações. Elaboração de um relato sobre o estímulo e nomeação do mesmo. Envolve níveis superiores do córtex, relacionados com o significado. * Sensação ≠ Percepção A diferenciação é principalmente didática, já que ambos os processos estão intimamente relacionados. * Sensação: Características Gerais Sensibilidade As modalidades sensoriais (os 5 sentidos) são extremamente sensíveis para detectar a presença ou alteração de um objeto ou evento. Limiares Absolutos: Mínima quantidade necessária de estímulo para ativar algo. A partir de onde ele pode ser seguramente discriminado da ausência absoluta de estímulo. * Limiar Modificado por fatores psicológicos e farmacológicos * Sensação: Características Gerais Estímulos mínimos aproximados Visão: a chama de uma vela a 48 km numa noite clara. Audição: O tique taque de um relógio a 6 metros num ambiente silencioso. * Sensação: Características Gerais Gustação: Uma colher de chá de açúcar em 7 litros e meio de água. Olfato: Uma gota de perfume espalhada no volume total de seis salas. Tato: As asas de uma mosca caindo sobre o rosto a uma distância de um centímetro. * Sensação: Características Gerais Limiar de diferença: Diferença mínima na magnitude de um estímulo necessária para distinguir dois estímulos. Quanto a intensidade do estímulo deve ser aumentada, a partir de zero, para ser diferente de zero * Compara-se um par de estímulos: o estímulo padrão e outro chamado estímulo de comparação. Mede-se o limiar diferencial – diferença mínima na intensidade do estímulo necessária para distinguir dois estímulos. Sensação: Características Gerais * Sensação: Características Gerais Quanto maior é o valor do estímulo padrão, menos sensível é o sistema sensorial para as mudanças de intensidade. Em uma sala com 25 velas acesas, percebe-se a inclusão de duas (8%). Assim, numa sala com 100 velas, percebe-se a partir da inclusão de oito. * Sensação: Características Gerais Menores diferenças perceptíveis. Intensidade da luz___________8% Intensidade do som__________5% Freqüência do som___________1% Concentração do odor________15% Concentração de sal__________20% Pesos______________________2% Choque Elétrico______________1% * Sensação: Características Gerais Tempo de Reação Há ocasiões em que dois pares de estímulos são perfeitamente diferenciáveis, mas um par é mais rapidamente identificado como diferente que outro. Para medir essa facilidade de diferenciação, utiliza-se o tempo de resposta como medida. * Sensação: Características Gerais Ex. Diferenciação entre cores. Identificação mais rápida Identificação mais lenta * Sensação: Características Gerais Codificação Sensorial Cada sentido responde a um certo tipo de estímulo. O cérebro não interpreta nenhum desses diretamente. Processo de transdução: Traduz a energia física em sinais elétricos que possam ser conduzidos ao cérebro. – Realizado pelos receptores. * Transdução Transformação de uma energia em uma energia de natureza diferente. Audre Geras * Transdução * Sensação: Características Gerais Receptor: Tipo especializado de neurônio que pode ser ativado por estímulos físicos. Essa ativação origina um impulso elétrico que é transmitido até a área receptora no córtex. Estímulo Físico Neurônio Receptor Transdução Estímulo elétrico Córtex * Visão A visão é o sentido humano que responde a estímulos luminosos. É considerado o sentido mais aperfeiçoado na nossa espécie. * Visão Luz: A luz é um tipo de energia eletromagnética, definida como a amplitude de freqüência do espectro que podemos detectar. É a visão humana que determina que parte do espectro eletromagnético é luz . Espectro eletromagnético: ondas eletromagnéticas de diferentes frequências (microondas, ondas de rádio, luz visível, inframermelhos...) * Visão Sistema Visual É formado pelos olhos, por diversas partes do cérebro e pelas rotas que as conectam. Luz Córtex * Visão Receptores Os receptores da visão estão localizados na retina. São de dois tipos: Cones e Bastonetes. Cones: Ativados sob muita luz, Localizados mais no centro e mais sensíveis a cores. Bastonetes: Ativados sob pouca luz, localizados mais na periferia e menos sensíveis a cores. * Visão Campo Visual Região Foveal: Região central do campo visual, localizada na direção da pupila. A fóvea é a região do campo de maior nitidez. Região parafoveal: Região periférica do campo, de menor nitidez. Ponto cego: Parte do campo que corresponde à junção do nervo óptico com a retina. Esse ponto não é sensível à luz. * Visão Esquema do Campo Visual Fóvea Região Parafoveal Ponto Cego * Visão Ponto Cego * Visão Vendo o Padrão Acuidade visual: Capacidade do sistema visual de distinguir detalhes. Acuidade Espacial: Capacidade de ver formas. Acuidade de Contraste: Capacidade de ver diferenças de brilho. * Visão Acuidade visual Espacial * Visão Acuidade visual de contraste * Visão Vendo a Cor As cores são construções do cérebro baseadas numa análise dos comprimentos de onda da luz. O ser humano é capaz de distinguir cerca de 7 milhões de cores. Matiz: A cor em si (vermelho, amarelo etc.). Brilho: Quantidade de luz refletida. Saturação: Pureza da cor (Pouca mistura). * Visão Fenômeno da cor antagônica Ocorre quando se olha fixamente para uma cor por um tempo e desvia-se depois para o branco. Uma imagem se forma com a cor oposta àquela anteriormente encarada. * Visão * Visão * Audição A audição: Pequenas alterações na pressão fazem vibrar uma membrana no interior do ouvido. Principal canal de comunicação humana. * Audição Audição e o som A onda sonora é o movimento ondulatório de moléculas do ar. * Audição A onda sonora possui freqüência, amplitude e timbre. Frequência: Quantidade de ciclos por segundo. Base da nossa percepção da altura de um som. – Agudo (alto) ou Grave (baixo). Amplitude: O “tamanho” da onda, a distância da crista à depressão. Base da nossa sensação de intensidade. * Audição Timbre: Refere-se à complexidade de um som. Distingue, por exemplo, uma nota de piano de uma nota de saxofone. * Audição Mesmo som, diferença de volume * Olfato É sentido através de um contato direto com a substância, através de moléculas voláteis que entram pelo nariz e tocam os receptores olfatórios. Somos, em média, capazes de distinguir entre 10 mil a 40 mil odores diferentes. * Olfato Auxilia o paladar ao detectar a qualidade do alimento mastigado. * Gustação A gustação interpreta a qualidade de substâncias dissolvidas na saliva. A qualidade dessa substância pode ser salgada, doce, azeda, amarga ou uma combinação desses gostos. * * Gustação * Gustação * * Tato O tato é atualmente visto como incluindo 3 sentidos distintos da pele. Esses sentidos respondem à pressão, à temperatura e à dor. * Tato Pressão: O tato possibilita a distinção de variações de pressão na superfície do corpo. Algumas partes são mais sensíveis (lábios, nariz, rosto e pontas dos dedos da mão), enquanto outras são menos sensíveis (dedão do pé). O sistema de pressão apresenta um eficiente efeito de adaptação. * Tato Temperatura: Nossa pele detecta também o aumento e a diminuição da temperatura. Nosso senso de temperatura se adapta completamente a mudanças moderadas de temperatura, de modo que após alguns minutos, o estímulo não parece mais ser frio ou quente. Ex.: Acostumar-se à água da piscina, inicialmente fria. * Tato Dor: qualquer estímulo que é intenso o bastante para causar dano aos tecidos pode ser um estímulo para a dor. Dor fásica: Sentida imediatamente após o ferimento. Aguda e de curta duração. Dor Tônica: Sentida depois do ferimento. Difusa e de longa duração. * Tato Vários fatores podem influenciar na sensação da dor: estado psicológico, antecipação da dor, estimulação de pontos específicos (massagem e acupuntura) e substâncias químicas (analgésicos). * Alterações da sensação Hiperestesia Aumento da intensidade das sensações Aumento da sensibilidade Um barulho normalmente baixo pode parecer ensurdecedor. Um leve toque pode parecer incômodo ou mesmo doloroso. Qualquer iluminação pode parecer ofuscante * Alterações da sensação Hiperestesia Acompanha A exaltação de reflexos tendinosos Diminuição do limiar da sensibilidade fisiológica Aceleração do ritmo dos processos psíquicos * Alterações da sensação Hiperestesia Patologias Excitação maníaca Hipertireoidismo Enxaqueca Alguns casos de epilepsia * Alterações da sensação Hipoestesia Diminuição da intensidade das sensações Diminuição da sensibilidade O estímulo precisa ser forte para ser detectado * Alterações da sensação Hipoestesia Acompanha Diminuição dos reflexos Lentidão dos processos psíquicos * Alterações da sensação Hipoestesia Patologias Estados depressivos * Alterações da sensação Anestesia Perda total da sensibilidade Casos de danos neurológicos Intoxicação química Transtornos Psicológicos – Histeria * Alterações da sensação Analgesia Perda de sensibilidade à dor A perda é seletiva, mantendo o tato intacto. Geralmente ligada a questões neurológicas. * Percepção Perceber é elaborar um relato, nomear, reconhecer uma forma ou padrão. Sentimos o estímulo, percebemos o que ele significa. * Percepção * Percepção Vaca * Percepção Vaca Olho Focinho * * * Percepção * * Percepção Conjunto de processos pelos quais reconhecemos, organizamos e entendemos as sensações recebidas dos estímulos ambientais. * Percepção História Estruturalismo: Percepção é igual à sensação. Perceber é decompor o estímulo em sua estrutura. * Percepção História Estruturalismo * Percepção História Estruturalismo * Percepção História Estruturalismo: A configuração não importava, apenas os elementos da nossa percepção. * Percepção História Estruturalismo: Treinamento na introspecção: decompor mentalmente o que você enxerga ao invés de simplesmente relatar. * Percepção História Gestalt O que mais importa é a configuração. O todo é diferente (maior) da soma das partes. * Percepção História Gestalt Início da diferença entre sensação e percepção. Desidentificação da percepção com a natureza física do estímulo. O que vale é o que a pessoa enxerga na imagem e não o que a constitui. * Percepção História Gestalt Um mesmo conjunto de estímulos pode ter percepções diferentes. * * Percepção Gestalt Previa que nós percebemos “boas formas”, formas preferenciais ao invés dos estímulos, eles mesmos. * Percepção Gestalt Tendemos, por exemplo a perceber retângulos, onde eles não existem. * * Percepção Gestalt Ou Triângulos * * Percepção Gestalt Ou um círculo * * Percepção Gestalt E até um cubo * * Percepção Gestalt Esse princípio é chamado de closura ou fechamento. É a nossa tendência de fechar estímulos para garantir a completude de uma boa forma. * Percepção Gestalt Semelhança ou similaridade O princípio da semelhança diz que percebemos estímulos semelhantes como fazendo parte de um conjunto. * * * * Percepção Gestalt Simetria: Tendemos a enxergar objetos simétricos como um conjunto. * * Percepção Gestalt Proximidade: Estímulos próximos formam grupos. * Percepção Gestalt Continuidade: Pontos que são conectados por linhas retas ou curvas são vistos de uma forma que se segue o caminho mais suave. Ao invés de ver linhas separadas e os ângulos, as linhas são vistos como pertencentes ao mesmo elemento. * * Percepção Gestalt Figura & Fundo: Percebemos os estímulos em um contexto onde o significado emerge e se destaca desse contexto. O que percebemos é chamado figura e o contexto é chamado fundo. * Percepção Gestalt Figura & Fundo Em algumas configurações específicas, figura e fundo se alternam. * * * * * * Figura (Orlando Morais) “A mim não importa ser a sombra quando você é a figura ser a situação quando você é o assunto Eu nasci pra estar ao seu lado mesmo se não estamos juntos e é por isto que quando gritas permaneço calado como o sol determina retrato falado, meu pé de laranja lima nós somos assim como um desenho talvez reflexo e refletor Você, as imagens que tenho as que quero as que tenho amor...” * Percepção Importância do contexto A percepção depende do contexto em que ela ocorre, sendo que aspectos particulares de determinados estímulos são percebidos de forma diferente a depender dos outros estímulos presentes. * Percepção * * * * * * * * * * * * * Percepção Os estímulos são percebidos em comparação com o contexto. Cor, tamanho e forma são estabelecidos no sistema perceptivo com base nos outros estímulos adjacentes. * Percepção Ilusão de Muller-Lyer * Percepção Ilusão de Ponzo * * Percepção Ilusão de Jastrow * Percepção Diferenças individuais A motivação e a história do percebedor são importantes para a percepção. Estímulos anteriores primam percepções posteriores. * Percepção * Percepção * Percepção O psicólogo russo Luria, colaborador de Vygotsky, chamou a atenção para questões culturais envolvidas na percepção. Pessoas sem instrução formal tendem a perceber de forma objeto-orientada. Assim as percepções são construídas em comparação a um objeto familiar. * Percepção Luria Com isso, ficou claro que a educação tinha um importante papel na percepção, indo de encontro à idéia gestaltista de que a percepção é regida por leis universais. * Percepção A orientação da figura também direciona a percepção. Nossa capacidade de percepção em figuras de cabeça para baixo, por exemplo, é bastante rudimentar e icônica, aceitando imagens como signos. * * * Percepção A distância da imagem é outro fator importante não apenas em relação à acuidade visual, mas à interpretação. * Percepção Percepção tridimensional Recebemos imagens bidimensionais em nossas retinas. Deste modo, como enxergamos um mundo tridimensional? * Percepção Percepção tridimensional Nosso cérebro interpreta pistas, indícios de profundidade, que nos informam a respeito da tridimensionalidade. * Indícios de Profundidade Os indícios podem ser de dois tipos Monculares: Dependem de apenas um olho. Binoculares: Depende da convergência entre as imagens formadas por cada olho. * Indícios de profundidade Tamanho relativo: Quanto menor, aparenta mais longe e quanto maior, mais perto. Longe Perto * Indícios de Profundidade Interposição: O objeto que está atrás é oculto parcialmente pelo que está na frente. Mais Longe Mais Perto * Indícios de Profundidade Perspectiva linear: Linhas convergem com a distância e divergem com a proximidade. Perto Longe * Indícios de profundidade A perspectiva linear está na base da ilusão de pozo. * * * * * * * Indícios de profundidade A ilusão de Muller-Lyer também está apoiada nessa tendência. * * * Indícios de profundidade Perspectiva aérea: A diferença de foco dá a pista para a percepção de profundidade. Longe Perto * Indícios de profundidade Convergência binocular: Os olhos movem-se para dentro com a proximidade do objeto alvo. * Indícios de profundidade Disparidade binocular: Quanto maior a diferença entre a imagem captada pelo olho direito e a imagem captada pelo olho esquerdo, mais próximo está o objeto. Se você conseguir olhar uma cadeira com cada olho (aproximando a imagem e relaxando a visão, como se olhasse para trás da imagem), verá uma ilusão de tridimensionalidade. * Indícios de profundidade Estereogramas: Imagens construídas para oferecer uma ilusão de tridimensionalidade através da disparidade binocular. Tente relaxar a visão até que os personagens convirjam para ter a ilusão 3D. * Indícios de profundidade Estereogramas: A ilusão ocorre quando olhamos uma imagem com cada olho. Sem ilusão Com ilusão * Indícios de profundidade Anaglyphs: Outra forma de fazer a ilusão de tridimensionalidade. Neste caso, funde-se as duas imagens em uma, sendo que cada imagem de uma cor (azul ou vermelha) predominante. Ao usar óculos especiais, é possível ver uma imagem com cada olho, já que a lente azul anula a imagem azul e a lente vermelha anula a imagem vermelha. * Indícios de profundidade Figuras impossíveis: Indicios contraditórios de profundidade. Neste ponto, a coluna que parecia mais distante oculta a murada que está ligada à outra coluna, parecendo agora mais próxima. Esta coluna é oculta pela primeira, parecendo mais distante. Esta coluna oculta a outra, sinal de que está na frente desta, por interposição. * * * morfina aumenta o umbral da dor pelos 2 mecanismos abaixo . Marihuana tb: so aumenta o limiar de resposta, nao diminui a deteccao do estimulo, de forma q ele se mantem doloroso Esporte competitivo tb altera Joelma nasceu em Timon, cidade banhada pelo rio Paranaíba, na divisa com o Piauí, e distante 450 quilômetros de São Luís. A atleta vai disputar o revezamento 4 x 400m e tem muitas chances de ganhar medalha * conversão de sinal *
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