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Aula 3 - Contabilidade Internacional

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Contabilidade Internacional - Aula 3: Políticas Contábeis, Estimativas, Erros e Eventos Subsequentes (IAS 8 e 10)
Ao final desta aula, você será capaz de:
1- Reconhecer o pronunciamento internacional IAS 8;
2- Identificar a IAS 10 como a norma que deverá ser observada na contabilização e divulgação de eventos ocorridos após a data de balanço;
3- Estabelecer que a IAS 10 deverá ser aplicada especificamente no ajuste de demonstrações contábeis e de divulgações.
IAS 8 – Generalidades sobre a norma internacional
O pronunciamento internacional IAS 8 deve ser aplicado por empresas para:
A definição das políticas contábeis.
A contabilização dos efeitos de mudanças das políticas contábeis adotadas e para.
A efetiva contabilização dos efeitos de mudanças de estimativas contábeis e correção de erros.
Durante o processo de seleção das políticas contábeis empresariais, a administração deve considerar, em princípio, as normas internacionais, divididas entre pronunciamentos IAS e IFRS, além das interpretações SIC e IFRIC. Todas quantas sejam aplicáveis às especificidades das atividades empresariais.
SAIBA MAIS
Quando, eventualmente, não houver uma norma diretamente aplicável ou uma interpretação de norma, a gestão empresarial deve tomar como referência o julgamento próprio para o desenvolvimento e a aplicação das políticas contábeis relevantes para os usuários das demonstrações contábeis das empresas, fazendo com que estas se tornem confiáveis quando analisadas em conjunto.
Considerando suas atribuições primárias, a administração empresarial, durante o julgamento para desenvolver uma política contábil a ser utilizada, deve considerar as seguintes fontes:
Verificar todas as orientações ou recomendações existentes e associá-las às normas e/ou interpretações, procurando por temáticas relacionadas ou similares.
Trabalhar com as definições previamente existentes, utilizando os critérios de reconhecimento e os conceitos de mensuração para os ativos, os passivos, as receitas e as despesas, tendo sempre como referência a estrutura conceitual básica das normas internacionais.
De maneira adicional, a gestão empresarial também poderá considerar, na ausência de norma ou interpretação de norma internacional, pronunciamentos específicos de outros órgãos internacionais, desde que possuam uma estrutura conceitual básica semelhante às normas internacionais mais comumente utilizadas e que também não gere qualquer conflito com pronunciamentos IFRS já em vigor.
Todas as políticas contábeis determinadas pelas empresas devem ser aplicadas de maneira consistente e uniforme quando forem tomadas como base atividades operacionais similares.
Por fim, toma-se como mandatória a divulgação de qualquer mudança nas políticas contábeis, de estimativas e correção de erros.
SAIBA MAIS
Pode-se afirmar que existem alguns termos chave que são utilizados e que devem ser entendidos para a aplicação do IAS 8.
Alguns termos chave que são utilizados e que devem ser 
entendidos para a aplicação do IAS 8
	
Termo
	
Definição
	Erro de período anterior
	Pode se referir a informações falsas ou omissas nas demonstrações de um ou mais períodos e que podem surgir de mau uso ou uso incorreto de informação confiável e que estava disponível naquele momento e que poderia ter sido obtida e considerada na preparação e apresentação dos relatórios contábeis.
	Material
	Representadas por omissões de forma individual ou coletivamente influenciar as decisões de usuários com base nas informações contábeis. A materialidade pode depender do tamanho e da natureza da omissão ou inexatidão, sendo que o tamanho ou a natureza do item ou até mesmo a combinação de ambos pode ser um fator determinante para dizer se o fator é material ou não.
	Mudança de estimativa contábil
	Relacionada a um ajuste nos valores de ativos e passivos ou ainda no consumo periódico de um ativo, resultante da avaliação presente de tais itens, além dos benefícios futuros esperados e obrigações associadas com esses ativos e passivos.
	Política contábil
	São as normas, as convenções e as práticas aplicadas pela entidade na preparação e apresentação de demonstrações contábeis.
Fonte: Adaptado de Lemes e Carvalho (2010)
Alterações em práticas contábeis
São modificações que, em decorrência de pronunciamentos, interpretações ou por resultar em melhor apresentação das demonstrações contábeis podem gerar ajustes nas demonstrações. Estes ajustes, em situação de ocorrência, devem obrigatoriamente ser divulgados em notas explicativas da maneira mais detalhada possível.
Adicionalmente, se qualquer mudança em práticas contábeis adotadas for requisitada por uma norma ou interpretação, ela deve seguir o requisito de transição da norma a que estiver relacionada.
ATENÇÃO
Em não sendo especificado ou, ainda, se a mudança for voluntária, deve ser aplicada a alteração de uma prática contábil de forma retroativa por meio de mudanças nas demonstrações de períodos anteriores e a correção do lucro acumulado do período anterior. Se não for praticável esta aplicação em períodos prévios, deve ser adicionado o efeito cumulativo da mudança da prática contábil no resultado do período considerado em questão.
As empresas também devem realizar a divulgação de existência de nova norma ou interpretação que tenha sido emitida e que ainda não tenha entrado em vigor de maneira efetiva, além dos possíveis impactos que elas possam gerar sobre as demonstrações contábeis.
Mudanças nas estimativas contábeis
Estas mudanças são aquelas que influenciam diretamente nos critérios ou métodos de avaliação dos valores previamente estimados, que devem estar descritos em notas explicativas, já que acarretam impactos na comparabilidade dos números apresentados.
Tais cálculos contábeis estão relacionados diretamente com:
- Estimativas de perdas relacionadas a clientes considerados duvidosos;
- Estimativas de perdas relacionadas a estoques obsoletos, estimativas de vidas úteis de bens imobilizados para fins dos cálculos das depreciações;
- Estimativas de prazos de benefícios de ativos intangíveis para fins de cálculos das amortizações etc.
O conjunto destas estimativas deve ser periodicamente revisado, sempre quando existirem situações novas ou fatos considerados inéditos na avaliação patrimonial.
Mudanças nas estimativas contábeis
As mudanças de estimativas contábeis devem ser refletidas sempre no resultado do exercício, não acarretando alterações em quaisquer demonstrações contábeis de períodos passados.
No Brasil, o pronunciamento publicado com base na norma internacional IAS 8 é o CPC 23, o qual reforça que a revisão de uma estimativa contábil não pode estar associada a exercícios financeiros anteriores.
Desta forma, elas podem acontecer em decorrência de situações de incerteza para a realização de estimativa passada, podendo esse nível se alterar no decorrer dos períodos. Como consequência, não pode ser confundida a alteração de estimativa com a retificação de erros, já que este significa a utilização de maneira incorreta ou, ainda, a ausência de informação provida de confiabilidade na época da estimativa.
Em linhas gerais...
Estes efeitos da mudança em uma estimativa contábil, devem ser reconhecidos relacionados com transações empresariais ou outros eventos ligados à mudança da estimativa, com a inclusão no período da mudança (no caso de afetar apenas um período, o corrente) ou, em outras situações, podendo afetar períodos futuros.
ATENÇÃO
Ainda pode acontecer destas mudanças afetarem tanto ativos quanto passivos e, ainda, contas do Patrimônio Líquido, quando deverão ser ajustados todos os componentes patrimoniais relacionados à mudança em cada período, presente ou futuro.
Exemplos
De acordo com Iudícibus et al. (2010), alguns exemplos podem ser citados para esta temática.
1 - O primeiro deles se relaciona à alteração da forma de cálculo para a definição das obrigações com provisões de garantia, que deverá ser ajustada a valor presente. A base de avaliaçãofoi alterada e acaba por representar uma mudança das políticas contábeis normalmente utilizadas por uma empresa.
2 - O segundo exemplo é uma mudança na estimativa de perdas com estoques, a qual afeta apenas os resultados do período corrente. Tome-se a situação de um supermercado que utiliza um percentual estimado para as perdas com estoques nos balanços trimestrais e faz o inventário somente no final do mês de outubro de cada ano. Quando se verifica, nesta data, qual o montante efetivo do ajuste, a diferença entre o estimado e o real é tratada como receita ou despesa (a depender da diferença), na data do ajuste.
Em que essa mudança afeta?
Esta mudança nas estimativas atuariais, utilizadas para a avaliação da obrigação relacionada a benefícios a empregados, acaba por afetar a provisão do exercício corrente e de cada um dos exercícios financeiros vindouros, os quais serão baseados nestas novas estimativas. 
Em todos os casos, o efeito da mudança relacionada com o período atual é reconhecido como receita ou despesa no exercício atual. Nas situações em que ocorrer este efeito em períodos vindouros, ele será reconhecido como receita ou despesa em exercícios vindouros.
SAIBA MAIS
Retificação de erros
Durante o processo de registro das operações empresariais que afetem a estrutura financeira das empresas, é possível que ocorram erros, intencionais ou não, sendo os primeiros, considerados como fraudes. 
Estes erros, quando identificados em períodos posteriores, denotam que o registro, a avaliação, a apresentação ou a divulgação dos elementos que compõem as demonstrações contábeis, não reflitam a realidade patrimonial, não estando em total conformidade com as normas pertinentes.
Desta forma, erros que possuam materialidade e que tenham sido registrados em períodos passados, devem ser corrigidos nas informações para que mantenham seus efeitos comparativos. Isto deve ocorrer mesmo com os erros imateriais, também considerados como fraudes, os quais tenham sido cometidos intencionalmente, com o objetivo específico de alterar a apresentação patrimonial da empresa. 
Neste sentido, a norma internacional acaba por ter uma maior exigência quanto à retratação dos atos considerados como intencionais, pois estes devem ser corrigidos mesmo quando forem considerados como imateriais.
O pronunciamento CPC 23 ainda estabelece que erros com materialidade de exercícios passados devam ser corrigidos, de maneira retrospectiva, no primeiro conjunto de demonstrações contábeis confeccionado após a descoberta do erro, sendo consideradas duas situações citadas por Iudícibus et al. (2010):
1) por reapresentação dos valores comparativos para o período anterior apresentado em que tenha ocorrido o erro; ou
2) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação dos saldos de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período anterior mais antigo apresentado.
O respectivo efeito do erro referente a um ou mais exercícios passados, deve ser retirado quando da determinação do lucro ou do prejuízo do exercício em que o erro foi descoberto.
Estimativas
Para que seja feita a preparação das demonstrações financeiras e das divulgações em conformidade com as IFRS é preciso que a administração faça julgamentos, estimativas e suposições que afetarão os valores de ativos e passivos bem como a divulgação de ativos e passivos contingentes na data das demonstrações financeiras.
Pode-se afirmar que estas estimativas e suposições são baseadas na experiência histórica e alguns outros fatores que podem ser considerados relevantes. No caso, por exemplo, da crise econômica iniciada em meados de 2008, foi preciso fazer algumas suposições sobre o desempenho futuro, e isso poderá levar a ajustes contábeis em alguns itens do balanço, pois as previsões acabam sendo afetadas por estes fatos, uma vez que alguns itens não podem ser estimados nem previstos.
Alguns dos principais itens que sofrem com esse tipo de situação:
As provisões para devedores duvidosos e estoques.
Ativos não correntes, tanto os tangíveis quanto os não tangíveis.
Alguns valores residuais arrendados que não sob lease operacional ou vendidos com cláusula de recompra.
Fundos de pensão e outros benefícios de empregados.
Impostos fiscais diferidos.
Exemplo – estimativas
Para que o IAS 8 seja melhor compreendido segue um exemplo adaptado de Lemes e Carvalho (2010).
A Cia. Muda Tudo S.A. alterou sua política contábil em 2001 com relação aos estoques, sendo que até 2000 os estoques eram avaliados usando a média ponderada. Já em 2001, a empresa passou a adotar a técnica PEPS, pois a considerava mais apropriada para refletir o uso e o fluxo de mercadorias durante seu ciclo econômico.
A Cia. Muda Tudo S.A. alterou sua polo impacto acumulado nos estoques foi determinado conforme segue:
Em 31 de dezembro de 1999: aumento de R$20.000,00
Em 31 de dezembro de 2000: aumento de R$25.000,00
Em 31 de dezembro de 2001: aumento de R$30.000,00
As demonstrações anteriores aos ajustes (desconsiderando os impostos) eram:
Com este caso é possível ver qual é o impacto das políticas contábeis, estimativas e erros e como estas deverão ser aplicadas seguindo a IAS 8.
SAIBA MAIS
Alguns fatos que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras, ou seja, a data do balanço e o exato momento em que estas são publicadas, isso, por vezes traz impactos na posição financeira da entidade.
IAS 10 – Eventos após a data do Balanço
Alguns fatos que ocorrem entre a data das demonstrações financeiras, ou seja, a data do balanço e o exato momento em que estas são publicadas, isso, por vezes traz impactos na posição financeira da entidade.
Estes fatos mesmo não provocando modificações financeiras podem ser importantes e necessários que sejam divulgados em notas explicativas que poderão auxiliar os tomadores de decisão a respeito da análise da situação econômica e financeira.
A IAS 10 prescreve mais especificamente 2 casos:
Nos casos em que a entidade deve ajustar as demonstrações contábeis em consequência de eventos ocorridos após a data do balanço (aqueles tanto favoráveis quanto desfavoráveis) e que ocorreram até a data em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para emissão.
As divulgações deverão ser feitas sobre a data em que as demonstrações foram autorizadas para a emissão e sobre os eventos ocorridos até esta data. 
Além disso, é preciso observar que as entidades não deverão preparar suas demonstrações contábeis em uma base de continuidade se os eventos após a data indicarem o contrário deste fato, demonstrados pela intenção da administração liquidar a empresa, neste caso a empresa deve elaborar as demonstrações em uma base de descontinuidade e ainda observar o IAS1.
Para que a IAS 10 seja cumprida é preciso definir a data de autorização das demonstrações que para isto deverá levar em conta os seguintes fatores:
No momento em que a entidade submete as demonstrações aos acionistas e após estas terem sido emitidas, a data de autorização será a data de emissão original e não a de aprovação pelos acionistas;
Quando da submissão das demonstrações contábeis a um supervisor do conselho de administração (não composto por executivos) a data de autorização será aquela em que a administração autoriza a emissão para tal órgão.
Eventos que geram e que não geram ajustes
Pode-se definir como eventos que geram ajustes aqueles que fornecem evidências de condições já existentes na data do balanço, embora não fossem conhecidos naquela época. Assim, as demonstrações deverão refletir esses fatos. 
Seguem alguns exemplos de fatos que provocam ajustes e que devem ser divulgados:
Acordo entre as partes em processo judicial, demonstrando que a empresa tinha uma obrigação presente no fim do período contábil, uma vez que a saída dos recursos é provável;
A falência de um cliente, o que indica que haverá perdas em Contas a Receber na data do balanço;
Caso haja a venda de um estoque abaixo do seu preço de custo, indicando seu valor realizávellíquido na data de balanço;
O registro de uma perda por impairment por venda de ativo imobilizado com preço de venda de um ativo menor que seu valor contábil;
Se a empresa tiver obrigação legal ou implícita de pagar participação nos lucros ou bonificações;
Fraudes ou erros que demonstram a inexatidão das demonstrações;
Já os eventos que não geram ajustes são aqueles que não resultam em correções das demonstrações contábeis após a data de balanço, entre eles estão:
Declaração de dividendos que declarados e sendo reconhecidos após a data de balanço não poderão ser adotados como passivos nos relatórios contábeis, desta forma os dividendos são eventos subsequentes, mas não geram ajustes nas demonstrações contábeis;
Queda do valor de mercado após a data do balanço, essa situação não reflete uma condição que existia até a data do balanço e sim a situações que ocorreram depois;
Início de ação judicial e que estão relacionados a eventos que ocorreram após a data do balanço.
Evidenciação
De acordo com o IAS 10 existem basicamente 3 divulgações:
Deverá ser divulgada a data de emissão das demonstrações e quem foi o responsável por conceder essa autorização. Se por ventura os proprietários ou alguma outra pessoa tiver o poder de alterar as demonstrações isso também deverá ser divulgado.
Mesmo que as informações contábeis geradas durante um determinado período e após a data de autorização do balanço for comprovado que essa informação já existia, as informações ligadas a esse fato deverão ser divulgadas.
Se os eventos ocorrerem após a data do balanço e não gerarem ajustes contábeis materiais, não influenciando os usuários das informações contábeis, deverão ser divulgada para cada categoria desses eventos, sua natureza e uma possível estimativa de seu efeito financeiro ou uma demonstração de que tal estimativa não pode ser feita.
Exemplo – evidenciação
Conforme Lemes e Carvalho (2010, p. 60), segue um exemplo permitindo que a IAS 10 seja melhor compreendida.
A Cia. Muda Tudo S.A. alterou sua política contábil em 2001 com relação aos estoques, sendo que até 2000 os estoques eram avaliados usando a média ponderada. Já em 2001, a empresa passou a adotar a técnica PEPS, pois a considerava mais apropriada para refletir o uso e o fluxo de mercadorias durante seu ciclo econômico. 
A administração da Global S.A. finaliza, em 14 de março de 2008, as demonstrações contábeis para o período concluído em 31 de dezembro de 2007.
Em 31 de março de 2008, a diretoria revisou as demonstrações contábeis e autorizou sua emissão.
A entidade divulgou seu lucro e outras informações selecionadas em 5 de abril de 2008.
As demonstrações contábeis tornaram-se disponíveis aos acionistas em 10 de abril de 2008.
A assembleia geral dos acionistas (AGO), realizada em 15 de abril de 2008, aprovou as demonstrações contábeis e autorizou sua emissão, as quais foram arquivadas junto à agência reguladora em 20 de abril de 2008.
Conforme Lemes e Carvalho (2010, p. 60), segue um exemplo permitindo que a IAS 10 seja melhor compreendida.
Neste caso em específico, qual seria a data de autorização das demonstrações contábeis conforme a IAS10?
A data de autorização para a emissão é 31 de março de 2008, ou seja, a data de autorização de emissão pela diretoria e não a de aprovação pela AGO. Assim, todos os eventos ocorridos entre 31 de dezembro de 2007 e 31 de março de 2008 precisarão ser avaliados pela Global S.A., quanto à necessidade de ajustar as demonstrações contábeis e/ou divulgar tais fatos de acordo com a IAS 10.
SAIBA MAIS
De acordo com o estudo de caso e utilizando a interpretação da IAS 10 é possível perceber que as demonstrações contábeis deverão ser autorizadas para emissão na data de emissão pela diretoria e não da aprovação pela AGO ou quaisquer datas posteriores ou diferentes da primeira data estabelecida.
Nesta aula, você:
Reconheceu o pronunciamento internacional IAS 8, que deverá ser aplicado para a definição de políticas contábeis, para a contabilização de efeitos de mudanças das políticas contábeis adotadas e para a efetiva contabilização dos efeitos e estimativas contábeis e correção de erros;
Estabeleceu a IAS 10 como a norma que deverá ser observada na contabilização e divulgação de eventos ocorridos após a data de balanço;
Reconheceu que a IAS 10 deverá ser aplicada especificamente no ajuste de demonstrações contábeis em consequência de eventos ocorridos após a data do balanço e de divulgações que devem ser feitas sobre a data em que as demonstrações contábeis foram autorizadas para a emissão e sobre os eventos ocorridos nesta data.
1.Assinale a alternativa que mostra o procedimento a ser seguido quando uma empresa apresenta mudanças em suas estimativas contábeis:
Parte superior do formulário
 1) Deve ser refletida apenas no Ativo, alterando períodos anteriores. 
 2) Deve sempre alterar o resultado do exercício, não alterando períodos anteriores. 
 3) Apenas deve alterar períodos anteriores. 
 4) Não se deve alterar nada na estrutura patrimonial. 
 5) Deve ser refletida apenas no Passivo, alterando períodos anteriores. 
Parte inferior do formulário
2.Assinale a alternativa que identifica o que deve ser feito quando se encontra erros registrados:
Parte superior do formulário
 1) Apenas devem ser corrigidos em períodos anteriores se possuírem materialidade. 
 2) Não necessitam ser corrigidos em períodos passados, apenas no presente e nos futuros. 
 3) Devem ser corrigidos também em períodos passados, para manter efeitos comparativos. 
 4) Os erros só necessitam ser corrigidos quando forem comprovados como fraude. 
 5) Erros não podem ser corrigidos em nenhuma hipótese. 
Parte inferior do formulário
3.No caso de demonstrações que sejam submetidas a acionistas, qual a sua data de autorização?
Parte superior do formulário
 1) A data de aprovação pelos acionistas. 
 2) A data de aprovação pela diretoria. 
 3) A data de emissão original. 
 4) Não existe data definida. 
 5) Uma data entre a aprovação dos acionistas e da diretoria. 
 
Parte inferior do formulário

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