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CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA AULAS

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CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
Docente: José Francisco Belfort Brito 
UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Contabilidade Fiscal e Tributária
UNIDADE I - INTRODUÇÃO A CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
Sistema Tributário Nacional 
Principais legislações tributárias 
Principais funções e atividades da contabilidade tributária; 
Tipos de tributação: Suspensão, Isenção, Não incidência, Redução da base de cálculo, Substituição tributária, Tributação integral, Diferimento. 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Aula 01: Sistema Tributário Nacional 
06/02/2017
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 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONCEITO:
É o complexo formado pelos tributos, legislação e os princípios a eles inerentes.
Atualmente é regido pelos art. 145 a 162 da CF/1988, onde são definidos as competências e limitações de cada ente do pacto federativo, os quais interagirão com as pessoas naturais e jurídicas quando em exercicio suas atividades economicas. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
ESTRUTURA
Constituição Federal;
Código Tributário Nacional;
Leis federais;
Constituições Estaduais;
Leis estaduais;
Leis municipais;
Tributos.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
TRIBUTO – Conceito
Art. 3. do CTN:
Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA: 
É a habilidade privativa e constitucionalmente atribuída ao ente político para que este, com base na lei, proceda à instituição da exação tributária, competindo ao STF a decisão sobre conflitos de competência, conforme art.102 da CF e, às Justiças Estaduais os conflitos entre municípios de mesmo Estado, de acordo com as constituições estaduais. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
No Brasil, a competência tributária: 
É estabelecida em lei (artigos 153 a 156 da Constituição de 1988.)
Obedece ao Princípio do Federalismo
Estabelece que o contribuinte é súdito, ao mesmo tempo, de 3 Governos distintos
É indelegável e plena
Facultativa
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CTN, Art. 6º:
A atribuição constitucional de competência tributária compreende a competência legislativa plena, ressalvadas as limitações contidas na Constituição Federal, nas Constituições dos Estados e nas Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios, e observado o disposto nesta Lei.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CLASSIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
PRIVATIVA
COMUM
RESIDUAL
CUMULATIVA
ESPECIAL
EXTRAORDINÁRIA
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
PRIVATIVA: São aquelas destinadas apenas a determinado ente político
COMUM: São aquelas conferidas a todos os entes políticos, concomitantemente
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA RESIDUAL
atribuída apenas a União, que pode instituir tributos que não são expressamente previstos na constituição
Art. 154 - A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
COMPETÊNCIA CUMULATIVA
Art. 147 da CF/88
Competem à União, em Território Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os impostos municipais. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
COMPETÊNCIA ESPECIAL: 
Possibilita a instituição de empréstimos compulsórios e contribuições especiais (art. 148 e 149 CF);
COMPETÊNCIA EXTRAORDINÁRIA (ART. 154, II CF):
ATRIBUÍDA TÃO SOMENTE Á UNIÃO PARA INSTITUIR IMPOSTO EXTRAORDINÁRIO DE GUERRA. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DENOMINAÇÃO COMPETÊNCIA
TRIBUTOS
ENTIDADES POLÍTICAS
Privativa
Impostos, como regra.
União, Estados, Municípios e DF
Comum
Taxas e Contribuições Melhoria
União, Estados, Municípios e DF
Cumulativa
Impostos em Geral
União e DF
Especial
Empréstimos Compulsórios e Contribuições Especiais
União
Residual
Impostos e ContribuiçõesSeguridade Social
União
Extraordinária
Imposto ExtraordinárioGuerra
União
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
In Manual de Direito Tributário, Sabbag Eduardo.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Competência tributária X Capacidade Tributária
“A capacidade tributária ativa é a aptidão para figurar no pólo ativo da obrigação tributária” (Febretti)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CTN, Art. 7º:
A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Assim....
Capacidade tributária é o exercício das funções de arrecadar, fiscalizar e cobrar o tributo.
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 SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
No Brasil, a capacidade tributária é:
 - Delegável (Art. 7. Parágrafo 3. CTN)
- Instituída por ato administrativo
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS
O modelo brasileiro de estado federado:
Privilegia a União (concentração de receitas);
Disciplina que a divisão sempre ocorrerá do maior para o menor ente político;
Determina que a divisão será direta ou indireta;
Dispõe que a repartição ocorrerá apenas com relação aos impostos. (art. 167, IV CF)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Modalidades de repartição direta de receitas tributárias:
1. Art. 157, I da CF:
Determina que a União deverá repassar integralmente o IR incidente sobre os rendimentos pagos pelos Estados, Distrito Federal, suas autarquias e fundações a seus servidores ou pensionistas.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
2. Art. 157, II da CF:
Estabelece que no caso de a União, valendo-se de sua competência residual, instituir novos impostos, terá que repassar 20% para os Estados e Distrito Federal
3. Art. 158, I CF:
Dispõe que a União deverá repassar, integralmente, o IR incidente sobre os rendimentos pagos pelos municípios, suas autarquias e fundações a seus
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
4. Art. 158, II CF:
Disciplina que 50% do ITR será dividido com o município sede do imóvel rural, caso não haja delegação da capacidade tributária
Disciplina que 100% do ITR será repassado ao município que receber delegação da capacidade tributária
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
5. Art. 158, III CF
Estabelece que aos municípios cabe 50% do IPVA relativos aos veículos licenciados em seu território 
6. Art. 158, IV:
Dispõe que os Estados deverão repassar 25% do ICMS aos muncípios 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 159,III CF
10% do IPI aos Estados e DF
Art. 159, III CF
Do produto da CIDE deverá ser entregue 29% pela União aos Estados e DF (infraestrutura e transporte)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DAS ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS:
IMPOSTOS
TAXAS
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
CONTRIBUIÇÕES
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
MODALIDADES DE REPARTIÇÃO INDIRETA DE RECEITAS TRIBUTÁRIAS:
Art. 159, I:
Determina que o IR, será assim dividido: 
 21,5% aos Estados e do Distrito Federal (fundo Participação) 
 22,5% aos municípios (fundo Participação) 
 3% aos programas de financiamento do setor produtivo das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
 1% ao fundo de participação dos municípios (até 10/12) + 1% EC 55/2007
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS
ART. 16 CTN:
Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
“Impostos são espécies de tributos incidentes sobre as revelações de riqueza do contribuinte.” (Leandro Palsen)
“O imposto se define como tributo não-vinculado à atividade estatal.” (Eduardo Sabbag)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS:
Diretos e Indiretos
Pessoais e Reais
Fiscais e Extrafiscais
Progressivos
Proporcionais
Seletivos
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS DIRETOS: São aqueles em que o ônus financeiro do tributo é suportado pela pessoa que praticou o Fato Gerador. Ex.: IR
IMPOSTOS INDIRETOS: São aqueles em que o ônus financeiro do tributo é suportado pelo consumidor final, ou seja, terceira pessoa a qual não praticou o fato gerador. Ex.: ICMS e IPI
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS PESSOAIS: Levam em conta a condição econômico-financeira particular do indivíduo. Obedecem ao princípio da capacidade contributiva. Ex.: IR
IMPOSTOS REAIS: Consideram o bem em si, a coisa (res), sem observar a situação econômico-financeira particular de seu proprietário. Ex.: IPVA
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS FISCAIS: Tem finalidade meramente arrecadatória. Ex.: ITBI e ITCMD
IMPOSTOS EXTRAFISCAIS: Além da finalidade de carrear recursos para os cofres públicos, tem também a finalidade de regulação do mercado e da economia. Ex.: IPI
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS PROGRESSIVOS: São os tributos em que há estipulação de alíquotas variadas, com finalidade de onerar mais, quem tem maior riqueza e também de modular condutas aos anseios da sociedade e do Estado. Ex.: IR, ITR, IPTU.
Alíquota Renda
12% ..................................
15%...................................
22%...................................
27,5%................................
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS PROPORCIONAIS: Neles aplica-se alíquota única sobre base de cálculo variável. Dessa forma, o desembolso do contribuinte é proporcional à grandeza da expressão econômica do fato tributado. Ex.: ITBI
Alíquota Valor operação Tributo
 4% 1.000 40
 4% 2.000 80 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
IMPOSTOS SELETIVOS: Modalidade de classificação aplicável somente aos impostos indiretos, consistente na diminuição das alíquotas para produtos essenciais ou que se quer incentivar o consumo. Ex. ICMS e IPI
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CLASSIFICAÇÃO DOS IMPOSTOS SEGUNDO O CTN (Pouco aceita pela doutrina e jurisprudência)
Impostos sobre o comércio exterior : II e IE
Impostos sobre o patrimônio e a renda: IR, ITR, IPVA, IPTU, ITBI, ITCMD, ISGF
Impostos sobre a produção e circulação: ICMS, IOF, IPI E ISS
Impostos especiais: IEG
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
TAXA
 Art. 77. 
As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Poder de Polícia: Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou a abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
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Conceito de serviço público:
“Será toda e qualquer atividade prestacional realizada pelo Estado, ou por quem fizer suas vezes, para satisfazer, de modo concreto e de forma direta, necessidades coletivas.” (Hugo de Brito Machado)
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Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:
I - utilizados pelo contribuinte:
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CARACTERÍSTICAS PREPONDERANTES DAS TAXAS:
Tributo vinculado a atuação estatal (poder de polícia ou prestação de serviço público)
Independe de ação do particular
Todos os entes políticos poderão instituir as taxas, desde que presentes seu fato gerador (art. 145, II CF) .
Sua Base de Cálculo não poderá coincidir com aquela própria dos impostos, sob pena de bitributação. (art. 145, Parágrafo 2. CF)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
(Art. 78 CTN) Taxa de polícia- exigida no exercício de atividade administrativa: 
		* limitadora de direitos
		* impositiva de condutas comissivas ou 	omissivas
Finalidade: vistoria e fiscalização
Somente será devida, se o Estado efetivamente exercer o Poder de Polícia.
Os atos decorrentes do Poder de Polícia são indelegáveis (STF – ADInMC 1.717)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
(Art. 79 CTN) Taxa de Serviço- Decorre da prestação de serviço público específico e divisível, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição.
Súmula vinculante n. 19:
“A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II da Constituição Federal.”
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
TAXAS X TARIFAS
Taxa: Sempre que o serviço for propriamente estatal ou essencial ao interesse público e deva ser prestado diretamente pela Adm. Pública. A taxa sempre decorre da lei, regras direito público
Ex.: Taxa Judiciária e Taxa de água e esgoto
Tarifa: Adotada nos casos em que há concessão ou permissão a particulares do Serviço Público não essencial. A tarifa decorre de contrato, regras direito privado.
Ex.: Tarifa de telefonia fixa.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Atenção!!!!!
“o critério relevante para diferenciar taxa e tarifa deve ser verificar se a atividade concretamente executada pelo Poder Público é serviço público ou não.” (Eduardo Sabbag)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
O Serviço Público pode ser:
Propriamente Estatal: competência exclusiva do
Estado, como extensão de sua soberania. São indelegáveis e remunerados por taxa.
Essenciais ao Interesse Público: serão remunerados por taxa, desde que a lei os considere de utilização obrigatória.
Não Essenciais: São passíveis de delegação
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
 (Art. 81, CTN). 
A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Exige prestação estatal específica: realização de obra pública que implique valorização imobiliária.
Seu pagamento é único, devendo realizar-se após o término da obra, desde que verificada a valorização dos imóveis localizados em sua área de incidência.
Ex.: cobrança pavimentação asfáltica dos imóveis onde a obra já foi concluída.
Impossibilidade de cobrança por meio de taxa á vista da não incidência da especificidade e divisibilidade. 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Art. 82 CTN: A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos:
Publicação prévia dos seguintes elementos:
Memorial descritivo do projeto;
Orçamento do custo da obra;
Determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição;
Delimitação da zona beneficiada;
Determinação do fator de absorção do benefício de valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas nela contidas
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Sujeito Passivo: O proprietário do imóvel valorizado
Base de Cálculo: valor relativo a valorização:
 Valor do Imóvel após a obra pública
-
Valor do Imóvel antes da obra pública
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Parâmetro para cobrança:
Limite total: exato custo da obra
Limite individual: mais valia que aderiu ao imóvel
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
As contribuições de melhoria ensejam:
a divisão proporcional do benefício decorrente de obra pública recebido pelo contribuinte. 
a recuperação pelo ente político do valor total ou parcial gasto na obra pública
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
EMPRÉSTIMOS COMPULSÓRIOS
 Art. 148. 
A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b. (anterioridade)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Natureza Jurídica do Empréstimo Compulsório:
TRIBUTO
Tributo cuja aplicação é vinculada à despesa que o fundamentou (art. 148 CF)
Restituibilidade em moeda e acréscimos legais
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Despesa extraordinárias: imprevisíveis – para a instituição do Empréstimo compulsório faz-se necessário o esgotamento dos fundos públicos (se houver fontes orçamentárias suficientes não se justifica a cobrança do tributo)
Investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional: antecipação de receita
“O investimento deve irradiar seus efeitos em base territorial nacional” Eduardo Sabbag
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Empréstimo Compulsório e o princípio da anterioridade
Inciso I: Exceção à anterioridade anual e nonagesimal
Inciso II: Regra 
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONTRIBUIÇÕES
Art. 149 – 
Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no Art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS:
1. Para seguridade social – pagas pelo empregador sobre os salários de sua folha de pagamento; pelo empregado em razão do salário recebido; pelo empresário em razão da receita/faturamento/lucro, sobre os rendimentos das loterias (CF, art. 195, I, II e III)
2. Para o salário educação (CF, art. 212, parág. 5.)
3. Para o Sistema “S” (CF, art. 240) 
4. Para o Pis e Pasep (CF, art. 239)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 	(CIDE)
Cobradas dos integrantes do setor ao qual seja dirigida a atuação de intervenção da União, tais como financiamento de projetos ambientais, infraestrutura em transportes, etc. 
CIDE – Combustível= Incide sobre a importação e a comercialização de petróleo, gás natural, seus derivados, e etanol.
Exigida pelo Instituto do Açúcar e do Álcool
Exigida pelo Instituto Brasileiro do Café.
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas
Para a OAB, CRC, CREA, CRM
Para o sindicatos (art. 578 CLT)
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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
 As contribuições, em regra, são instituídas por LEI ORDINÁRIA.
Para definição da norma gerais (obrigação tributária, lançamento, crédito, decadência e prescrição) sujeitam-se aos CTN.
Obedecem ao princípio da legalidade (anual e nonagesimal) – exceção CIDE – Combustíveis (art. 174, Parag. 4., I, ‘b’ CF)
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CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
Docente: José Francisco Belfort Brito 
UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
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Aula 02:
- Principais legislações tributárias 
- Principais funções e atividades da contabilidade tributária
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LEGISLAÇÃO
 Lei Complementar nº 118, de 9 de Fevereiro de 2005
 Altera e acrescenta dispositivos à Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional, e dispõe sobre a interpretação do inciso I do art. 168 da mesma Lei.
Lei Complementar nº 104, de 10 de Janeiro de 2001
Altera dispositivos da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional.
Lei nº 5.172, de 25 de Outubro de 1966
Dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional e institui normas gerais de direito tributário aplicáveis à União, Estados e Municípios.
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1. Tributos - Conceitos
O Código Tributário Nacional prescreve, em seu art. 3º, a seguinte definição para o termo:
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. 
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1. Tributos - Conceitos
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO TRIBUTO:
Contribuinte – sujeito passivo da obrigação tributária
Responsável – quando não contribuinte, mas por determinação legal seja obrigado
Fato gerador – previsão legal/hipótese de incidência
Base de cálculo – valor representativo do fato gerador a qual será aplicada uma alíquota ou valor
Alíquota – percentual legal atribuído na base de calculo
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Tratados e Convenções Internacionais
Leis Complementares
Lei Ordinária, Resolução do Senado, MP
Decretos Administrativos
Normas Complementares (IN, Portarias, etc)
Principais Legislações
Tributária: 
Hierarquia do Sistema Tributário Nacional
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1. Tributos 
Os limites ao poder de tributar são definidos pela Constituição Federal, são:
Princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º) 
Princípio da legalidade (art. 150, I)
Princípio da anterioridade (art. 150, III, b)
Princípio da Igualdade ou Isonomia (Art. 5º, I)
Princípio da Irretroatividade da Lei (Art.5, XXXVI)
Princípio do Direito à proteção Jurisdicional (Art.5, XXXV)
Princípio da Uniformidade da Tributação (Art. 151, I, II e III)
Princípio da Capacidade Contributiva (Art.145, § 1º)
Princípio da proibição de confisco (Art.150, IV)
Demais Princípios Implícitos.
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1. Tributos - conceitos
Existem 3 tipos diferentes de tributos, de acordo com a função específica de sua existência, que são:
Impostos;
Taxas;
Contribuições de Melhoria.
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Tributos – Conceitos - Impostos
O Art. 16 do código tributário nacional define: “ Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte....”. Dividem-se em:
Impostos federais
II - Imposto sobre a importação de produtos estrangeiros
IE - Imposto sobre a exportação de produtos nacionais ou nacionalizados.
IR - Imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza
IPI - Imposto sobre Produtos Industrializados
IOF - Imposto sobre Operações Financeiras
ITR - Imposto Territorial Rural
IGF - Imposto sobre Grandes Fortunas
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Tributos – Conceitos - Impostos
Impostos Estaduais
ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços 
IPVA - Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores 
ITD - Imposto sobre Transmissões Causa Mortis e Doações de Qualquer Bem ou Direito 
Impostos Municipais
IPTU - Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
ITBI - Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens e Imóveis e de Direitos Reais Relativos 
IVVC - Imposto sobre Vendas a Varejo de Combustíveis Líquidos e Gasosos
ISS - Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza
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Tributos – Conceitos 
Impostos
IMPOSTOS FEDERAIS NO SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO
 
O art. 153 da CF/1988 enumera quais os fatos econômicos que geram incidência de tributação dos impostos federais, além de nominalizar quais são:
Tambem no art. 154 da CF/1988, a união pode instituir impostos: não previstos no art. 153, mediante lei complementar, desde que não cumulativos, não tendo base de calculo ou fato gerador tb discriminados na CF/1988; Extraordinários, mediante guerra iminente, suprimindo-os gradativamente após cessados a causa de sua criação. 
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Tributos – Conceitos
Taxas
O Artigo 77 do CTN define: “As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.”
Exemplos de Taxas são as de lixo, a de água e esgoto, a de pedágio. A taxa, portanto é um pagamento específico e direto pela utilização daquele serviço determinado.
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Tributos – Conceitos
Contribuição de Melhoria
O Art. 81 do CTN define:
”A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.”
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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A CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA SOB 
O PONTO DE VISTA GOVERNAMENTAL
 
A tributação sob a ótica governamental sempre será fonte de receitas. Dessa forma, o estado sempre determinará instrumentos para suprir seu objetivo de melhorar a eficiência do aparelho arrecadador para cumprir suas três funções básicas, quais sejam, ALOCATIVA, REDISTRIBUITIVA e ESTABILIZADORA 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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CONTABILIDADE TRIBUTARIA SOB O 
PONTO DE VISTA EMPRESARIAL
 O impacto tributário nas organizações empresariais é alvo constante de preocupações, o que gera aspectos específicos na contabilidade, fazendo com que haja um planejamento e uma gestão na mesma, criando uma contabilidade tributária.
O correto enquadramento dos regimes de tributação (lucros real, presumido, arbitrado, Simples e MEI) bem como o enquadramento no RTT – Regime Tributário de Transição (Lei 11.941/2009), as operações de reestruturação societária, de equivalência patrimonial, fusão, cisão e incorporação, a busca pela elisão fiscal é o diferencial da contabilidade tributária.
O gestor empresarial tem pra si o planejamento e controle da tributação, que pode trazer benefícios fiscais absolutamente legais com reflexo positivo no lucro da empresa.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Impostos Diretos: Recaem sobre o patrimônio e renda. Exemplo: IR, ITR, IPTU, IGF.
Impostos Indiretos: Estão incluídos no preço de venda. Exemplo: ICMS, IPI, ISS, II.
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IPI: Imposto sobre Produto Industrializado.
Fato Gerador: Industrialização de produtos;
Transformação – Modifica a natureza, importa na obtenção de nova espécie;
Beneficiamento – Altera o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência;
Montagem – Reunião de peças ou partes, resulta em novo produto ou unidade autônoma;
Acondicionamento – Altera a apresentação do produto, colocação de embalagem comercial;
Renovação – Renova ou restaura produto usado, deteriorado ou inutilizado.
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IPI: Imposto sobre Produto Industrializado.
Regulamentado pelo art. 46 a 52 do CTN, Lei 7.798/89 e alterações, bem como o Decreto Lei nº 6006/2002.
Origina o tributo qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para o consumo.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Devido a partir do registro da declaração de importação na repartição aduaneira
(base art. 19, CTN)
Possui duas modalidades de alíquotas: fixa – calculada em dinheiro com base em uma unidade de medida (metro, kg, metro cubico, tonelada, etc; Ad valorem – percentual de uma base de calculo fixada em moeda. Essa base é o valor de venda da mercadoria acrescido de segur e frete. A alíquota pode ser variada de acordo com o § 1º, do art. 19, da CF/88.
IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS ESTRANGEIROS
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Criada a partir da CF/1988, em seu art. 155, § 2º, XII, foi regulamentada somente em 1996, por meio da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir). Em função de não ter havido tempo hábil pra edição da lei complementar quando da promulgação da CF/1988, daí na própria Carta Magna se estabeleceu nos ADCT, art. 34, § 8º , que os estados poderiam regular o imposto por meio de convênios.
A regulação é feita por meio da Lei Complementar nº 87/1996, legislação estadual, resoluções do Senado Federal e convênios ratificados por decretos.
ICMS – Imposto sobre a Circulação de mercadorias e serviços de transporte e de telecomunicação.
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Os fatos que podem ser objeto de tributação do ICMS foram elencados pela CF/1988 e Lei complementar 87/96 são os seguintes:
a) operação relativa a circulação de mercadorias (art.2, I,IV e V e art. 12 da LC 87/96);
b) Operação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicações (art. 2º, II e III da LC 87/96);
c) Operação relativa a energia elétrica, petróleo, combustíveis e minerais (art. 155, § 3º da CF/88);
d) Entrada de mercadoria ou bem importado, bem como serviço prestado no exterior (art. 2º, § 1º, I da LC 87/96).
ICMS – Imposto sobre a Circulação de mercadorias e serviços de transporte e de telecomunicação.
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ICMS – Alíquotas e Coeficientes
2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Alíquota do
ICMS
Coeficientes
Sem IPI
Coeficiente
Com IPI – 10%
7%
7,527%
8,342%
12%
17%
18%
25%
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ICMS – Alíquotas Interestaduais 
Operações (prestações) interestaduais com contribuintes:
12% Sul e Sudeste;
7% Norte, Nordeste e Centro-Oeste;
25% Serviços de Comunicação e Mercadorias Supérfluas.
Diferencial de Alíquota.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Regulamentado por Legislação estadual. Sua base de calculo é o valor venal do veiculo (valor de mercado) e o fato gerador a propriedade do veiculo.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE DE VEÍCULOS AUTOMOTOR - IPVA
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Regulamentado pelos art. 29 a 31 do CTN, Leis nº 8847/94 e nº 9393/96.
Incide sobre a propriedade, domínio ou posse de imóvel fora da zona urbana do município.
IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL
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Ainda não foi regulamentado.
IMPOSTO SOBRE GRANDES FURTUNAS
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IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS DE QUALQUER NATUREZA- ISSQN
Definido na CF/88, art. 156, III, § 3º, a competência aos municípios, sendo sua atual regulamentação por meio da Lei complementar nº 116/2003, a qual definiu base de cálculo e fato gerador.
O contribuinte é o prestador de serviços. Contudo, não é contribuinte quem presta serviços com relação de emprego, quem é trabalhador avulso, diretor e membros de conselhos, além de diretores de sociedades.
A alíquota máxima em todo o território nacional é de no máximo 5%, exceto diversões publicas que podem atingir até 10%. 
O imposto poderá ser pago no município sede do contribuinte ou no local onde é prestado o serviço. O art. 1, § 1º da LC 116/2003, definirá a situação.
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IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU
Tem como fato gerador a propriedade o domínio ou a posse de bem imóvel por natureza ou acessão física, localizado em zona urbana. Sua base de calculo é o valor venal do imóvel (art. 33 do CTN).
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IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU
ZONA URBANA (art. 32, §§ 1º e 2º do CTN)
Art. 32. O imposto, de competência dos Municípios, sobre a propriedade predial e territorial urbana tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, como definido na lei civil, localizado na zona urbana do Município.
§ 1º Para os efeitos deste imposto, entende-se como zona urbana a definida em lei municipal; observado o requisito mínimo da existência de melhoramentos indicados em pelo menos 2 (dois) dos incisos seguintes, construídos ou mantidos pelo Poder Público:
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais;
II - abastecimento de água;
III - sistema de esgotos sanitários;
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar;
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) quilômetros do imóvel considerado.
§ 2º A lei municipal pode considerar urbanas as áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior.”
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E TERRITORIAL URBANA – IPTU
A Emenda Constitucional nº 29/2000, admitiu a progressividade do IPTU e esta progressividade foi regulada no art. 7º da Lei 10.257/2001 (Estatuto da Cidade). Criando o instrumento denominado de IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO, o qual força o proprietário a cumprir a função social do imóvel.
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IRPJ – Imposto sobre a Renda e Proventos
 de Qualquer Natureza. 
A base são os art. 43 a 45 do CTN, mas diversas Leis federais, Decretos Lei federais, medidas provisórias, resoluções, atos normativos, instruções, sumulas do STJ, regulam a tributação tanto da Pessoa Jurídica quanto da Pessoa Física. 
Fato Gerador (Art.43 do CTN) : Disponibilidade econômica ou jurídica.
Renda e Proventos de qualquer natureza;
Acréscimo Patrimonial
Contribuintes: Sociedades e PF equiparada.
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IRPJ – Imposto sobre a Renda e Proventos
 de Qualquer Natureza. 
Simples Nacional: Opção apenas para empresas que faturam até R$ 200.000,00 mensais (LC 123/06 ).
Envolvem 8 Tributos:
6 Federais – IRPJ, CSLL, IPI, PIS, COFINS e INSS;
1 Estadual – ICMS;
1 Municipal – ISS.
Enquadramento conforme a atividade em um dos 5 anexos à lei complementar 116/.
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IRPJ – Imposto sobre a Renda e Proventos
 de Qualquer Natureza. 
Lucro Presumido: Opção Tributária com base em presunção de lucro conforme atividade.
Não Podem Optar as empresas que:
Aufiram receita bruta superior a R$ 48 milhões ao ano;
Tenha Lucros ou rendimentos do exterior;
Desfrute de benefício de redução ou isenção;
Tenha a opção do regime de estimativa;
Atividades Financeiras;
Factoring.
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IRPJ – Imposto sobre a Renda e Proventos
 de Qualquer Natureza. 
Lucro Presumido
% de Presunção de Lucro:
8% Venda de Mercadoria e Produtos;
32% Prestadoras de Serviços
Base de Cálculo:
% da Receita Bruta + Outras receitas e rendimentos + ganhos de capital;
Receita Bruta = Faturamento
Exclusões:
Vendas Canceladas;
Descontos Incondicionais;
IPI.
Nota: O Regime de Caixa é aceito no lucro presumido (IN 247/2003).
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IRPJ – Imposto sobre a Renda e Proventos
 de Qualquer Natureza. 
Lucro Arbitrado
Ocorre quando:
Falta escrituração e demonstrações Contábeis;
Não apresenta livros e documentos;
Opta indevidamente pelo lucro presumido.
Base de Cálculo
% do Presumido + 20%
Outros elementos
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Lucro Arbitrado – Bases alternativas
Se a receita bruta apresentar indícios de fraude ou erros, pode ser utilizado alternativamente:
BASE ALTERNATIVA
COEFICIENTE
Lucro Real referente ao último período em que a PJ manteve a escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais.
1,50
Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente existente no último balanço patrimonial conhecido.
0,04
Valor do capital, inclusive correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante no último balanço patrimonial conhecido.
0,07
Valor do patrimônio líquido constante do último balanço patrimonial conhecido.
0,05
Valor das compras de mercadorias efetuadas no mês
0,40
Soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matéria prima, produtos intermediários e materiais de embalagem.
0,40
Soma dos valores devidos no mês a empregados
0,80
Valor mensal do aluguel
0,90
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
LUCRO REAL; Lucro Contábil, segundo a lei 6.404/76, ajustado pelas adições, exclusões e compensações.
 Escrituração do LALUR (Livro de apuração do lucro real), dividido em:
Parte A: Destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições, exclusões e compensações);
Parte B: Destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem na escrituração comercial, mas que devam influenciar a determinação do lucro real em períodos futuros. Exemplo: compensações, diferenças temporais, etc.
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
LUCRO REAL
Ajustes ao Lucro Contábil:
 Despesas Não dedutíveis
– Adições.
Receitas Não Tributáveis – Exclusões.
Permanentes e temporários – IR Diferido – Compensações.
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Demonstração do LUCRO REAL
D.R.E.
(+)Receita Bruta 10.000
( - ) Deduções (945)
(=) Receita Líquida 9.055
( - ) Custos Operacionais (6.000)
(= ) Lucro Bruto 3.055
( - ) Despesas Operacionais (2.005)
( + ) Outras Receitas 450 
( = ) Lucro Operacional 1.500
( - ) Prejuízo Não Operacional (500)
( = ) LAIR 1.000
Demonstração do Lucro Real
LAIR Contábil 1.000
( + ) Adições Exigidas 220
( - ) Exclusões Permitidas (120)
( = ) Lucro Real 1.100
( - ) Compensação Prejuízos (300)
( = ) Lucro Real 800
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100
2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Despesas Dedutíveis ao LUCRO REAL – “Serão dedutíveis as despesas operacionais, não computadas nos custos, necessárias à atividade da empresa e à manutenção da respectiva fonte produtora. As despesas operacionais admitidas como dedutíveis são as usuais ou normais à operação ou atividade da empresa, entendendo-se como necessárias as pagas ou incorridas para a realização.”
Pelo Disposto no Decreto 3.000/99, são indedutíveis para efeito de apuração ao lucro real:
1.Qualquer Provisão, com exceção apenas daquelas constituída para: férias de empregados e 13º Salário; reserva técnica das companhias de seguro e de capitalização, bem como das entidades de previdência privada, cuja constituição é exigida pela legislação especial a elas aplicável;
2. As contraprestações de arrendamento mercantil e do aluguel de bens móveis ou imóveis, exceto quando relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização dos bens e serviços;
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. As despesas de depreciação, amortização, manutenção, reparo conservação, impostos, taxas, seguros, e quaisquer outro gastos com bens móveis e imóveis, exceto se relacionados intrinsecamente com a produção ou comercialização.
4. As despesas com alimentação de sócios, acionistas e administradores, desde que não fornecida pela pessoa jurídica, indistintamente, a todos os seus empregados;
5. As contribuições não compulsórias, exceto as destinadas a custear seguros e planos de saúde e benefícios complementares assemelhados aos da previdência social, instituídos de empregados e dirigentes da pessoa jurídica;
6. As doações, exceto as instituídas em lei;
7. As despesas com Brindes;
8. O Valor da CSLL;
9. As Multas de trânsito;
10. Resultado negativo de Equivalência Patrimonial;
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Exclusões ao LUCRO REAL
Dividendos: As pessoas jurídicas que tem investimento avaliados ao custo do aquisição, ao receber dividendos, será registrado contabilmente como receita, porém essa receita será excluída da base do lucro real;
Resultado Positivo com Equivalência Patrimonial;
Reversão de Provisões indedutíveis
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Compensações ao LUCRO REAL
Poderão ser compensados os prejuízos fiscais apurados em períodos encerrados a partir de 1995, bem como os saldos ainda não compensados, existentes em 31.12.1994, de prejuízos fiscais apurados a partir do ano calendário de 1991. Limitada a 30% do Imposto devido no período.
Incentivos Fiscais
1. Doações ao fundo da criança e do adolescente: A PJ poderá deduzir até 1% do imposto devido;
2. PAT – Programa de Amparo ao Trabalhador: O Valor do incentivo deverá ser calculado pelo menor valor numa das seguintes opções:
15% do valor total das despesas com gastos de alimentação, incluindo o desconto dos funcionários;
O resultado de multiplicação de R$0,30 pelo número de refeição fornecida no período.
Obs.: De acordo do o RIR/99 ART.582, a dedução está limitada a 4% do IR devido em cada período de apuração.
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2. INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
Incentivos Fiscais (Continuação):
3. Programa de desenvolvimento Tecnológico industrial ou agropecuário – PDT ou PDTA: De acordo com os artigos 504, I, 526, 540, 543 e 581 a 588 do RIR/99 é permitido o abatimento de 15% dos dispêndios com base no PDTI/PDTA incorridos no período base, limitado a 4% do IRPJ devido do período.
4. Operações de Caráter cultural e artístico: Limitada a 4% do IR devido, pode ser:
Projetos aprovados com base no artigo 26 da lei 8.313./91 até 40% das doações e 30% dos patrocínios;
Projetos aprovados com base na lei 9.874/99 até 100% do somatório de doações e patrocínios – Lei Rouanet;
5. Atividade Audiovisual: Valores efetivamente aplicados na aquisição primária de certificados de investimentos sem projetos aprovados pelo Ministério da cultura. Limitada individualmente a 3% do IR devido.
6. Doações a entidades civis sem fins lucrativos, legalmente constituída no Brasil reconhecida como de utilidade pública por at formal de órgão competente da união. O Valor da doação é limitada a 2% do lucro operacional.
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CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
Docente: José Francisco Belfort Brito 
UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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Aula 03: 
Tipos de Tributação: Suspenção; Isenção; Não incidência tributária; Redução da base de cálculo; Substituição tributária; tributação integral; diferimento.
20/02/2017
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 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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DESONERAÇÕES DE TRIBUTAÇÃO
Suspensão 
É uma forma de desonerar um produto ou uma operação do IPI, através de Lei ou Ato do Poder Executivo, que devido a sua natureza é concedida para saídas de produtos condicionadas ao cumprimento de requisitos relacionados ao seu destino. A suspensão do IPI também poderá ser concedida mediante regimes especiais para atribuição, a terceiro, da responsabilidade como contribuinte substituto, do pagamento do imposto relativo às operações anteriores, concomitantes ou posteriores às saídas que promover.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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DESONERAÇÕES DE TRIBUTAÇÃO
Há 2 tipos de suspensão de tributos:
1) a denominada "SUSPENSÃO DA EXIGÊNCIA TRIBUTÁRIA", no momento em que se forma o fato gerador - em que o tributo é suspenso e passa a ficar condicionado a evento futuro definido na legislação. Exemplo: aquisição de matérias-primas destinadas à posterior exportação (suspensão do IPI).
2) a SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO, onde a exigência do pagamento do tributo em débito com a fazenda é adiado para o futuro, conforme previsto no Código Tributário Nacional – CTN, art. 151, paragrafo unico.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SUSPENSÃO DA EXIGÊNCIA/ EXIGIBILIDADE TRIBUTÁRIA
É praticada de acordo com a norma tributária em vigor, no momento do fato gerador. 
Normalmente, a suspensão aplica-se nos regimes especiais de tributos, como no Drawback.
Observe-se que o fato gerador, no caso de suspensão, ocorre, porém o pagamento do tributo é adiado para uma fase posterior ou simplesmente transformado em isenção ou não incidência, após completado determinadas condições previstas em lei.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
Como dispõe o artigo 151 do CTN, suspendem a exigibilidade do crédito tributário: 
a) A moratória, que corresponde a uma dilação de prazo, ou seja, á concessão de um prazo maior para pagamento de uma dívida tributária vencida. 
A maneira mais comum de moratória ocorre através do parcelamento do débito em prestações mensais, concedido pela entidade tributante (artigos 152 ao 155 do CTN). 
b) O depósito do seu montante integral, o qual refere-se á situação do depósito feito para que se possa discutir,
administrativa ou judicialmente, um lançamento feito e notificado ao contribuinte. 
Até que seja decidido o lançamento, fica suspenso o direito do Estado de exigir o crédito tributário. 
c) As reclamações e os recursos, desde que feitos nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo. 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SUSPENSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
d) A concessão de medida liminar em mandado de segurança, que constitui uma garantia constitucional, suspendendo, até julgamento definitivo do mandado de segurança, o direito da Fazenda Pública exigir o crédito tributário. 
e) A concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial. 
f) O parcelamento.  
Ressalve-se que a ocorrência dessas hipóteses de suspensão da exigibilidade do crédito tributário, não dispensa o sujeito passivo do cumprimento das obrigações acessórias dependentes da obrigação principal, cujo crédito seja suspenso, ou dela consequentes (Art. 151, parágrafo único, do CTN)
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
A não-incidência de um tributo corresponde aos fatos ou atos que não estão constantes na lei para dar nascimento à obrigação tributária. 
não há sequer fato gerador que possa ser assinalado.
O acontecimento material não se sujeita ao tributo por não se enquadrar à hipótese legal da respectiva incidência. Lhe falta o elemento material que é o conteúdo econômico.
Ex: Ausência de lucro tributável em operação comercial
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA 
E prevista na Constituição Federal, funcionando como uma proteção que impede certas operações de serem tributadas.
Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão;
Produtos industrializados destinados ao exterior;
Ouro, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial;
Energia elétrica, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA
É um privilégio concedido através de Lei ou outro Ato Legal com força de Lei;
É um caso de exclusão, de dispensa do crédito tributário (artigo 175, inciso I, do Código Tributário Nacional -CTN);
Nela a obrigação tributária surge, mas a lei dispensa o pagamento do tributo.
Pode ser revogada ou modificada por lei, a qualquer tempo, salvo se concedida por prazo certo e em função de determinadas condições, conforme Art. 178 do CTN.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
EXEMPLOS:
1- Produtos industrializados por instituições de educação ou de assistência social, quando se destinarem, exclusivamente, a uso próprio ou a distribuição gratuita a seus educandos ou assistidos, no cumprimento de suas finalidades. (art. 54, inciso I)
2- Produtos industrializados por estabelecimentos públicos e autárquicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que não se destinarem a comércio. (art. 54, inciso II)
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
EXEMPLOS:
3- Amostras de produtos para distribuição gratuita, de diminuto ou nenhum valor comercial, assim considerados os fragmentos ou partes de qualquer mercadoria, em quantidade estritamente necessária a dar a conhecer a sua natureza, espécie e qualidade, atendidas as seguintes condições:
a) indicação no produto e no seu envoltório da expressão “Amostra Grátis”, em caracteres com destaque;
b) quantidade não excedente de vinte por cento do conteúdo ou do número de unidades da menor embalagem da apresentação comercial do mesmo produto, para venda ao consumidor; e
c) distribuição exclusivamente a médicos, veterinários e dentistas, bem como a estabelecimentos hospitalares, quando se tratar de produtos da indústria farmacêutica. (art. 54, inciso III)
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
118
NÃO INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
EXEMPLOS:
4- Amostras de tecidos de qualquer largura, e de comprimento até quarenta e cinco centímetros para os de algodão estampado, e até trinta centímetros para os demais, desde que contenham, em qualquer caso, impressa tipograficamente ou a carimbo, a expressão “Sem Valor Comercial”, dispensadas desta exigência as amostras cujo comprimento não exceda de vinte e cinco centímetros e de quinze centímetros nas hipóteses supra, respectivamente. (art. 54, inciso IV)
5- Pés isolados de calçados, conduzidos por viajante do estabelecimento industrial, desde que tenham gravada, no solado, a expressão “Amostra para Viajante”. (art. 54, inciso V)
6- Aeronaves de uso militar e suas partes e peças, vendidas à União. (art. 54, inciso VI)
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
119
NÃO INCIDENCIA DE TRIBUTAÇÃO -OUTRAS DESONERAÇÕES
PRODUTOS COM ALÍQUOTA ZERO 
São produtos que estão no campo da incidência do IPI, mas que por opção do Poder Executivo são mantidos com alíquota zero, pelo tempo que entender conveniente, para regulação do mercado e alcance de objetivos traçados na política econômica governamental.
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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NÃO INCIDÊNCIA DE TRIBUTAÇÃO -OUTRAS DESONERAÇÕES
REDUÇÃO DE ALÍQUOTAS 
Autorizada por Lei ou Ato do Poder Executivo, aplica-se a produtos que o Governo entenda como importante para regulação do mercado ou para desenvolvimento de determinada atividade, observando-se que as reduções têm como ponto de partida as alíquotas previstas na Tabela de Incidência do IPI.
Tabela de Incidência do IPI: 
http://www.receita.fazenda.gov.br/aliquotas/downloadarqtipi.htm
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TRIBUTAÇÃO E ALÍQUOTAS
Estado do Maranhão: 
SEFAZ – MA: Link com legislação e demais publicações:
http://portal.sefaz.ma.gov.br/portalsefaz/jsp/pagina/pagina.jsf?codigo=95
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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TRIBUTAÇÃO E ALÍQUOTAS
Estado do Maranhão/ SEFAZ – MA:
Produtos, Operações ou Serviços - Benefícios Fiscais:
Beneficiados com Isenção por Tempo Indeterminado
Beneficiados com Isenção por Tempo Determinado
Beneficiados com Diferimento
Beneficiados com Redução de Base de Cálculo
Beneficiados com Crédito Presumido
http://portal.sefaz.ma.gov.br/portalsefaz/jsp/pagina/pagina.jsf?codigo=108
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
O Regime de Substituição Tributária tem como principal objetivo concentrar a arrecadação dos tributos em mãos de poucos contribuintes, atribuindo a estes a condição de contribuintes substitutos, responsáveis pela retenção e recolhimento do imposto devido pelas operações de terceiros – contribuinte substituído, nas operações ou prestações antecedentes, concomitantes ou subsequentes, inclusive ao valor decorrente do diferencial entre as alíquotas interna e interestadual, nas operações e prestações interestaduais que destinem bens e serviços a consumidor final localizado neste Estado, que seja contribuinte do ICMS. 
Como regra geral, tal sistemática encerra todo o ciclo de tributação de uma mercadoria sujeita ao ICMS/ST, não mais sofrendo incidência do imposto nas operações subsequentes.
Distingue-se, portanto, da mercadoria sujeita ao regime dito “normal” onde o confronto entre débitos e créditos é apurado em períodos de tempo legalmente definidos, enquanto houver sua circulação. 
 CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Tome-se como exemplo uma operação de saída de cerveja, de fábrica localizada no Estado da Bahia, para estabelecimento distribuidor situado no Ceará. 
A legislação atribui ao fabricante a responsabilidade pela substituição tributária. 
Significa, de modo simplista, que, na primeira saída do produto do estabelecimento industrial, o total do valor do imposto devido até a sua venda final no balcão do bar, pelo varejista para o consumidor, já terá sido calculado e cobrado antecipadamente do primeiro adquirente. 
O fabricante, no prazo previsto, deverá recolher o montante do ICMS/ST aos cofres cearenses, separadamente do imposto devido pelas operações próprias, ICMS normal, devido ao Estado
da Bahia. 
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: normas gerais
A substituição tributária é uma instituição jurídica introduzida na Constituição Federal de 1988, no artigo 150, § 7º, através da Emenda Constitucional nº 3, de 17/03/93, que autoriza os entes públicos nacionais (federal, estadual e municipal), mediante lei, à cobrança antecipada de imposto ou contribuição decorrente de um fato gerador futuro. 
“Art. 150” – (OMISSIS) 
§ 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador p
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: normas gerais
No tocante ao ICMS, a CF/88, no inciso XII do art. 155, determina que caberá à lei complementar dispor sobre a substituição tributária: 
Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I -.......................................................................................................................... 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
................................................................................................................... 
§ 2º - O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: ...........................................................................................................................
XII - cabe à lei complementar: 
a) definir seus contribuintes; 
b) dispor sobre substituição tributária; ..............................................................................................................................” 
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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA: normas gerais
LEI COMPLEMENTAR 87/96: 
No âmbito nacional, consoante determina a Constituição Federal, a substituição tributária está definida na Lei Complementar nº 87, 13/09/96, publicada no Diário Oficial da União em 16/09/96, a qual, segundo a sua Ementa: 
“Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Federal sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, e dá outras providências.” 
Anteriormente à vigência da LC 87/96, o instituto da substituição tributária era contestado por muitos contribuintes. Para se eximir de suas obrigações de retenção e recolhimento do ICMS/ST, alegavam a falta da norma infraconstitucional legal prevista na CF/88 – lei complementar. Na época, o ICMS/ST era regulado pelo Convênio ICM 66/88, que aprovou as normas constantes de seu Anexo único, destinadas a regular provisoriamente o ICMS. Alegavam, os litigantes, que o Conv. 66/88 não teria o condão de suprir a falta da lei complementar. Não obstante, reiteradas decisões judiciais, inclusive em última instância, foram favoráveis aos entes públicos contestados. 
Da Lei Complementar 87/96, podemos extrair as determinações basilares que fundamentam a cobrança do ICMS nas operações internas e interestaduais com mercadorias sujeitas à substituição tributária. 
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TRIBUTAÇÃO INTEGRAL
O diferimento do imposto é a postergação do seu pagamento. 
Por ex.: saída de mercadoria para industrialização. A remessa do produto para o industrializador sai com diferimento porque a tributação vai ocorrer no momento da venda do produto quando já estiver industrializado.
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DIFERIMENTO
O diferimento do imposto é a postergação do seu pagamento. 
Por ex.: saída de mercadoria para industrialização. A remessa do produto para o industrializador sai com diferimento porque a tributação vai ocorrer no momento da venda do produto quando já estiver industrializado.
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CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA
Docente: José Francisco Belfort Brito 
UNIVERSIDADE CEUMA
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
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Aula 04: Normas para escrituração dos livros contábeis, fiscais e societários.
06/03/2017
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NORMAS PARA ESCRITURAÇÃO DOS LIVROS CONTÁBEIS, FISCAIS e SOCIETÁRIOS
A escrituração contábil é incontestavelmente necessária à empresa de qualquer porte, como principal instrumento de defesa, monitoramento e gestão do seu patrimônio.
Principal instrumento de controle das operações das empresas e base para apuração de resultados e situação patrimonial que serão utilizados para diversas finalidades, tais como: 
análise gerencial;
distribuição de lucros;
cálculo de Tributos;
decisão de investimentos,
dentre outras. 
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ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
Resolução CFC 563/93 NBC T 2 
Formalidades extrínsecas – Abertura e Encerramento; 
Formalidades intrínsecas – Fórmula/ métodos de Escrituração, tais como:
em moeda nacional;
ordem cronológica; e,
proibição de rasuras. 
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ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
Resolução CFC n°563/93 - NBCT 2, procedimentos: 
I- A escrituração será executada em moeda corrente nacional, em forma contábil, em ordem cronológica de dias, mês, e ano, com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens e, ainda, com base em documentos probantes.
II- A terminologia adotada deverá expressar o verdadeiro significado da transação efetuada, admitindo-se o uso de código e/ou abreviaturas de históricos.
III-O diário poderá ser escriturado por partidas mensais ou de forma sintetizada, desde que apoiado em registros auxiliares que permitam a identificação individualizada dos registros.
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ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
As formalidades inerentes às Demonstrações Contábeis estão contidas nas NBCT2.7 e NBCT3, que trazem esclarecimentos importantes sobre a elaboração do Balanço Patrimonial e outros demonstrativos previsto em lei, definido os seus conceitos, conteúdos e estruturas.
A NBCT19.13 baixada pelo CFC, por meio da Resolução 1115/2007, trata escrituração Contábil Simplificada para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, diferenciando das demais empresas e proporcionando tratamento diferenciado a este seguimento empresarial.
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ASPECTOS TRIBUTÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
O decreto 3.000/99, que regulamenta o Imposto de Renda determina em seu art. 251 que a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais. 
A escrituração deve abranger todas as operações do contribuinte, os resultados apurados em sua atividade nacionais, bem como os lucros, rendimentos e ganhos de capital no exterior.
Às empresas enquadradas no lucro presumido é dispensada a escrituração contábil completa, mas esse benefício se aplica no regulamento do imposto de renda, não contemplando à legislação empresarial, societária e previdenciária, entre outras.
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ASPECTOS TRIBUTÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
O ART. 3º da LC 123/2006 define como ME ou EPP as empresas segundo sua receita bruta anual proporcional ao numero de meses em atuação em cada ano calendário.
As empresas de MÉDIO porte são aquelas que PODEM optar pelo sistema de tributação com base no lucro presumido, exceto as ME e EPP.
As empresas de GRANDE porte são aquelas OBRIGADAS a optar pelo sistema de tributação com base no lucro real.
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ASPECTOS TRIBUTÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO 
A lei complementar 123/06 estabelece regras gerais relativo ao tratamento diferenciado e favorecido,
aplicados às microempresas e empresas de pequeno porte no âmbito dos poderes da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios.
O artigo 27 da lei complementar diz que as microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional poderão, opcionalmente, adotar contabilidade simplificada para os registros e controle das operações realizadas, conforme regulamentação do Comitê Gestor. 
Lei Ordinária nº 12.973/14: A escrituração prevista deverá ser entregue em meio digital ao Sistema Público de Escrituração Digital ( SPED ).
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
Deverá ser mantida em registros permanentes, em idioma e moeda correntes nacionais, observando os princípios da Contabilidade;
 Registros devem ser feitos com clareza, diariamente, em ordem cronológica de dia, mês e ano, sem rasuras;
Os registros contábeis devem ser lastreados em documentos hábeis, segundo sua natureza ou assim definidos em preceitos legais e, devem permanecer à disposição da fiscalização; 
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
 A individualização da escrituração compreende as características principais dos documentos ou papéis que lhe deram origem;
 Na escrituração comercial é admitido o uso de abreviaturas ou códigos, desde que constem em livros próprios;
 Os livros ou fichas do Diário devem conter termos de abertura e encerramento e ser submetido à autenticação do órgão competente;
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
O capítulo XV da Lei 6.404/76 determina que ao fim de cada exercícios social a diretoria  deverá elaborar com base na escrituração mercantil das companhia, as demonstrações financeiras e contábeis.
No art. 177 da mesma lei, estabelece que a escrituração das empresas deve ser mantida em registros permanentes, com obediência aos preceitos da legislação empresarial e aos princípios de contabilidade, devendo observar métodos ou critérios contábeis uniformes, segundo o regime de competência.
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
Os art. nº 1.179 a 1.195 da Lei 10.406/02 (Novo Código Civil Brasileiro), preveem a obrigatoriedade da escrituração contábil nas sociedades empresariais, obrigadas a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros em documentos hábeis e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. E
Ainda essa lei (Novo Código Civil), dispensa da escrituração os pequenos empresários, conforme art. 68 da Lei Complementar 123/06, e considera como pequeno empresário, os mandamentos dos artigos 970 e 1.179 da Lei 10.406/02 (novo código civil) e o empresário individual enquadrado como microempresa que auferir receita bruta anual até R$36.000,00.
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ASPECTOS SOCIETÁRIOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
A legislação que regula a recuperação judicial, a extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresaria, menciona(Lei 11.101/05, na forma do art. 51, inciso II, e no parágrafo 2°): para instruir o pedido do beneficio de recuperação judicial devem ser juntadas as demonstrações e os demais documentos contábeis. 
Esta mesma lei estabelece severas punições pela não execução ou pela apresentação de falhas na escrituração contábil conforme artigos (168 a182).
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ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS NA ESCRITURAÇÃO
A escrituração dos livros têm várias finalidades. Servem para registrar as compras, as vendas, controlar os estoques, os lucros ou prejuízos fiscais, registrar os empregados, Atas das Assembleias. 
Enfim, podemos dividir os livros em três grupos:
livros fiscais;
livros contábeis; e,
livros sociais.
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LIVROS FISCAIS
São os exigidos pelo fisco das fazendas Federal, Estadual ou Municipal, do MTEb, do MPAS. Os mais comuns são:
Registro de Entradas
Registro de Saídas
Registro de Impressão de Documentos Fiscais
Registro de Inventário
Registro de Apuração de IPI
Registro de Apuração de ICMS
Registro de Apuração de ISSQN
Livro de Apuração do Lucro Real - LALUR
Livro de Movimentação de Combustíveis – LMC
Livro de Registro de Empregados
Livro de Inspeção do Trabalho
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LIVROS CONTÁBEIS
São aqueles utilizados pelo setor de Contabilidade. Destinam-se à escrituração contábil dos atos e dos fatos administrativos/contábeis que ocorrem na empresa.
Para o Código Comercial Brasileiro, todos os comerciantes estão obrigados a seguir uma ordem uniforme de contabilidade e escrituração e a manter os livros necessários para esse fim. Deverão, ainda, conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondências e demais papéis pertencentes ao giro de seu comércio, enquanto não prescreverem as ações que lhes possam ser relativas.
Os principais livros utilizados pela Contabilidade são:
Livro Diário
Livro Razão
Registro de Duplicatas
Livro Caixa
Livro Contas-correntes
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LIVROS SOCIAIS
São os livros exigidos pela Lei nº. 6.404/76 (Manual das Sociedades por Ações).
A Companhia deve ter os seguintes livros, além daqueles obrigatórios para qualquer comerciante, revestidos das mesmas formalidades legais:
Livro de Registro de Ações Nominativas
Livro de Registro de Ações Endossáveis
Livro de Transferências de Ações Nominativas
Livro de Registro de Partes Beneficiárias
Livro de Registro de Partes Beneficiárias Endossáveis
Livro de Atas das Assembleias Gerais
Livro de Presença de Acionistas
Livro de Atas das Reuniões do Conselho de Administração
Livro de Atas das Reuniões da Diretoria
Livro de Atas e Pareceres do Conselho Fiscal
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Instrução Normativa DREI nº. 11 de 05.12.2013, D.O.U.: 09.12.2013
Dispõe sobre procedimentos para a validade e eficácia dos instrumentos de escrituração dos empresários individuais, das empresas individual de responsabilidade Ltda - Eireli, das sociedades empresárias, das cooperativas, dos consórcios, dos grupos de sociedades, dos leiloeiros, dos tradutores públicos e intérpretes comerciais.
O DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE REGISTRO EMPRESARIAL E INTEGRAÇÃO - DREI, no uso das atribuições que lhe confere o art. 4º do Decreto nº 1.800, de 30 de janeiro de 1996, e o art. 8º, inciso VI, do Anexo I, do Decreto nº 8.001, de 10 de maio de 2013, e
Considerando as disposições contidas no inciso III do art. 32 da Lei nº 8.934, de 18 de novembro de 1994; no art. 14 do Decreto-lei nº 486, de 3 de março de 1969, regulamentado pelo Decreto Federal nº 64.567, de 22 de maio de 1969; no inciso I do art. 78 do Decreto nº 1.800, de 1996; e nos artigos 1.179 a 1.195 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
Considerando a necessidade de uniformizar e atualizar os procedimentos relativos à autenticação dos instrumentos de escrituração empresários individuais, das empresas individual de responsabilidade Ltda - Eireli, das sociedades empresárias, das cooperativas, dos consórcios, dos grupos de sociedades, dos leiloeiros, dos tradutores públicos e intérpretes comerciais para lhes dar validade e eficácia,
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Instrução Normativa DREI nº. 11 de 05.12.2013, D.O.U.: 09.12.2013
Capítulo I - Dos Instrumentos de Escrituração
Art. 1º- Os procedimentos para validade e eficácia dos instrumentos de escrituração dos empresários individuais, da empresa individual de responsabilidade Ltda - Eireli, das sociedades empresárias, das cooperativa, dos consórcios, dos grupos de sociedades, dos leiloeiros, dos tradutores públicos e intérpretes comerciais ficam disciplinados pelo disposto nesta Instrução Normativa, sem prejuízo da legislação específica aplicável à matéria.
Parágrafo único. As disposições desta Instrução Normativa aplicam-se às filiais, sucursais ou agências,
no País, aos empresários individuais, a empresa individual de responsabilidade Ltda - Eireli, as sociedades empresárias, as cooperativas, aos consórcios, aos grupos de sociedades autorizados a funcionar no País, com sede em país estrangeiro (art. 1.195 do Código Civil de 2002).
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Instrução Normativa DREI nº. 11 de 05.12.2013, D.O.U.: 09.12.2013
Art. 2º - São instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias:
I - livros, em papel;
II - conjunto de fichas avulsas (art.1.180 do Código Civil de 2002);
III - conjunto de fichas ou folhas contínuas (art.1.180 do Código Civil de 2002);
IV - livros em microfichas geradas através de microfilmagem de saída direta do computador - COM, para fatos ocorridos até 31.12.2014; e
V - livros digitais.
Parágrafo único. O empresário ou a sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele (art. 1.185 do Código Civil de 2002).
Art. 3ºAplicam-se aos instrumentos de escrituração dos leiloeiros e tradutores públicos e intérpretes comerciais as disposições desta Instrução Normativa referentes a livro em papel, obedecida a legislação que lhes é pertinente.
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Instrução Normativa DREI nº. 11 de 05.12.2013, D.O.U.: 09.12.2013
Art. 4º - No Diário serão lançadas as demonstrações contábeis, devendo:
I - no caso de livro em papel, serem assinadas pelas pessoas físicas a quem os atos constitutivos ou atos específicos atribuírem tal poder e pelo contador ou técnico em contabilidade legalmente habilitado;
II - em se tratando de livro digital, as assinaturas digitais das pessoas acima citadas, nele lançadas, serão efetuadas utilizando-se de certificado digital, de segurança mínima tipo A3, emitido por entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil) e suprem as exigências do inciso anterior, e, ainda, quando couber identificação de auditores independentes e o registro na CVM (art. 3º da Lei Federal 11.638, de 2007);
§ 1º A adoção de fichas de escrituração não dispensa o uso de livro diário para o lançamento das demonstrações contábeis (Parágrafo único do art. 1.180 do Código Civil de 2002), ao qual deve ser atribuído o número subsequente ao do livro diário escriturado em fichas.
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§ 2º- O livro conterá, no máximo, um exercício social, podendo, em relação a um mesmo exercício, ser escriturado mais de um livro, observados períodos parciais e numeração sequenciais, constantes dos respectivos Termos de Encerramento, de acordo com a necessidade.
§ 3º - A numeração das folhas ou páginas de cada livro em papel ou microficha observará ordem sequencial única, iniciando-se pelo numeral um, incluído na sequência da escrituração as demonstrações contábeis, quando for o caso.
§ 4º - Quando escriturados apenas no anverso, os livros em papel ou em fichas conterão, no máximo, 500 (quinhentas) folhas, incluídas as folhas em que foram lavrados os termos de abertura e encerramento.
§ 5º - Quando escriturados no anverso e no verso, os livros em papel ou em fichas conterão, no máximo, 1.000 (mil) páginas, incluídas as folhas em que foram lavrados os termos de abertura e encerramento.
§ 6º Os livros digitais, quando relativos a mais de um mês, obedecerão aos seguintes limites:
I - o tamanho não pode ultrapassar 1 (um) gigabyte;
II - todos os meses devem estar contidos no mesmo ano civil.
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Art. 5º- Outros livros de natureza não contábil exigidos pela legislação comercial obedecerão, no que couber, as disposições desta Instrução Normativa.
Art. 6º- Na escrituração, quando utilizados códigos de números ou de abreviaturas, esses deverão constar (art. 1.183 do Código Civil de 2002):
I - de livro próprio, regularmente autenticado, no caso de livro em papel;
II - do próprio instrumento de escrituração, observado o Leiaute da Escrituração Contábil Digital - LECD publicado no anexo I da Instrução Normativa RFB nº 787, de 19 de novembro de 2007, ora ratificado por esta Instrução Normativa, no caso de livro digital.
Parágrafo Único. O código de histórico padronizado deverá ser único para o período da escrituração, não podendo ser alterado no mesmo período.
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Art. 7º- Quando adotada a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede, deverão ser utilizados livros auxiliares do Diário, regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação (§ 1º do art. 1.184 do Código Civil de 2002).
§ 1º Os livros auxiliares observarão o mesmo meio, digital ou papel, do Livro Diário com Escrituração Resumida.
§ 2º Quando o Livro Diário com Escrituração Resumida na forma digital, os livros auxiliares correspondentes deverão se referir ao mesmo período de escrituração e constar de arquivos independentes, observadas as formalidades quanto aos Termos de Abertura e de Encerramento e o LECD.
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Art. 8º - As fichas que substituírem os livros, para o caso de escrituração mecanizada ou eletrônica, poderão ser:
I - contínuas, em forma de sanfona, em blocos, com subdivisões numeradas mecânica ou tipograficamente por dobras, sendo vedado o destaque ou ruptura das mesmas (art. 8º do Decreto nº 64.567, de 1969);
II - avulsas, as quais serão numeradas tipograficamente (art. 9º do Decreto nº 64.567, de 1969).
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Capítulo II - Dos Termos de Abertura e de Encerramento
Art. 9º- Os instrumentos de escrituração das entidades conterão termos de abertura e de encerramento, que indicarão:
I - Termo de Abertura:
a) o nome empresarial do empresário ou da sociedade empresária a que pertença o instrumento de escrituração; b) o Número de Identificação do Registro de Empresas - NIRE e a data do arquivamento dos atos constitutivos ou do ato de conversão de sociedade simples em sociedade empresária pela Junta Comercial; c) o município da sede ou filial; d) a finalidade a que se destina o instrumento de escrituração (denominação do livro); e) o número de ordem do instrumento de escrituração; f) a quantidade de: f.1 - folhas, se numeradas apenas no anverso; f.2 - páginas, se numeradas no anverso e verso; f.3 - fotogramas, se microfichas; f.4 - registros, se livro digital; g) o número da inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ, administrado pela Receita Federal do Brasil; h) data de encerramento do exercício social.
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Instrução Normativa DREI nº. 11 de 05.12.2013, D.O.U.: 09.12.2013
II - Termo de Encerramento:
a) o nome da entidade a que pertença o instrumento de escrituração; b) o fim a que se destinou o instrumento escriturado (denominação do livro); c) o período a que se refere a escrituração, nos livros contábeis; d) a data de início do período da escrituração, nos livros de natureza não contábil, quando apresentados em branco para autenticação; e) o número de ordem do instrumento de escrituração; f) a quantidade de: f.1 - folhas, se numeradas apenas no anverso; f.2 - páginas, se numeradas no anverso e verso; f.3 - fotogramas, se microfichas; f.4 - registros, se livro digital.
§ 1º No Termo de Encerramento do livro Diário com escrituração resumida deverá constar relação que identifique todos os livros auxiliares a ele associados, com indicação da

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