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PROVAS ILÍCITAS

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Art. 5º da CF: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no 
País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à 
segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos
-Prova vedada, defesa ou proibida x prova admitida ou genética
Distinção entre prova ilícita e ilegítima
Ilícita: Tortura (Lei 9.455/97), violação de domicílio (CP, artigo 150), 
interceptação telefônica ilícita ( lei 9.296/96 ), CF, art. 5º : X, XI, XII, e XLIX 
(respeito à integridade física e moral do preso)
Ilegítima: CPP, 479, caput; CPP, 207; CPP, 158; CPP,155 parágrafo único >> 
CPP, 564, III, b ( prova nula).
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Art. 157, CPP, São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do 
processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a 
normas constitucionais ou legais. 
(Aparentemente acabou com a distinção entre prova ilícita e ilegítima) 
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Art. 157
1) § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, 
2) salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e 
outras, 
3) ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte 
independente das primeiras.
Art. 157:
1) § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas... 
Provas Ilícitas por Derivação – Fruits of the Poisonous Tree.
Bíblia - Mateus 7:17: “Toda árvore boa da frutos bons, mas arvore ruim 
da frutos ruins”
Caso Silverthorne Lumber Co v. United States (1920)
CPP, art. 573 § 1º - Princípio da sequencialidade ou causalidade.
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2) ... “salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas 
e outras..., 
Independent Source Limitation
Teoria da: Conditio Sine Qua Non
Critério da eliminação hipotética
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3) ...ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte 
independente das primeiras. 
Limitação da descoberta inevitável 
(inevitable discovery limitation) - Caso Nix x Williams - julho de 1984
Iowa - Des Moines - Davenport
(“A systematic search of the area that was being conducted with the AID of 200 
volunteers, and that had been iniated before the respondent made the 
incriminating statements, was terminated when respondent guided police to the 
body” – Busca sistemática foi feita com a ajuda de 200 voluntários, e iniciou-se 
antes dos entrevistadores elaborarem as questões incriminadoras)
Art. 157
§ 2o Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os 
trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria 
capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
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Inviolabilidade da comunicação por carta ou epistolar e telegráfica 
CF, art. 5º, XII
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de 
dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, 
nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal;
CF, art. 5º, X
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua 
violação;
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Comunicação por carta e telegráfica
Correspondência por carta ou epistolar é a comunicação por meio de cartas ou 
qualquer outro instrumento de comunicação escrita. Telegráfica é a comunicação 
por telegrama. 
“...nenhuma liberdade individual é absoluta”.
Art. 41 - Constituem direitos do preso:
XV - contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e 
de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes.
cc
Parágrafo único. Os direitos previstos nos incisos V, X e XV poderão ser suspensos ou 
restringidos mediante ato motivado do diretor do estabelecimento.
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Comunicações telefônicas. 
“Comunicação telefônica é a transmissão, emissão, receptação e 
decodificação de sinais linguísticos, caracteres escritos, imagens, sons, 
símbolos de qualquer natureza veiculados pelo telefone estático ou 
móvel (celular)”
Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996.
Art. 1º A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer 
natureza, para prova em investigação criminal e em instrução processual 
penal, observará o disposto nesta Lei e dependerá de ordem do juiz 
competente da ação principal, sob segredo de justiça.
Parágrafo único. O disposto nesta Lei aplica-se à interceptação do fluxo 
de comunicações em sistemas de informática e telemática.
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Telemática
“é a ciência que cuida da comunicação de dados, sinais, imagens, 
escritos e informações por meio do uso combinado da informática com 
telecomunicação.
CF, art.5º, XII X art. 1º, parágrafo único, Lei 9296/96.
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Interceptação telefônica:
Conceito. 
Interceptação provém de interceptar – intrometer, interromper, 
interferir, colocar-se entre duas pessoas, alcançando a conduta de 
terceiro que, estranho à conversa, se intromete e toma conhecimento 
do assunto tratado entre os interlocutores. 
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a) interceptação telefônica em sentido estrito: 
consiste na captação da conversa telefônica por um terceiro, sem o 
conhecimento dos interlocutores (é o chamado “grampeamento”); 
b) escuta telefônica: 
é a captação da conversa com o consentimento de apenas um dos 
interlocutores (a polícia costuma fazer escuta em casos de 
sequestro)
c) gravação telefônica: 
É a captação por um dos interlocutores, sem o conhecimento dos 
demais.
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c) interceptação ambiental: 
É a captação da conversa entre presentes, efetuada por terceiro, 
dentro do ambiente em que se situam os interlocutores, sem o 
conhecimento por parte destes; 
d) escuta ambiental: 
É a interceptação de conversa entre presentes, realizada por 
terceiro, com o conhecimento de um ou alguns; 
e) gravação ambiental: 
É a praticada pelo próprio interlocutor ao registrar sua conversa 
(telefônica ou não), sem o conhecimento da outra parte.
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Interceptação. Requisitos legais constantes da Lei n. 9.296/96
Convém notar que a autorização judicial somente será dispensada em 
hipótese expressamente prevista no próprio texto constitucional, como na 
hipótese de estado de defesa (CF, art. 136, § 1º, I, c) e estado de sítio (CF, art. 
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a) Ordem do juiz competente para o julgamento da ação principal (DIPO);
b) Indícios razoáveis de autoria ou participação em infração penal;
c) Que a infração penal seja crime punido com reclusão (crime de ameaça 
art.147);
d) Que não exista outro meio de se produzir a prova;
e) Que tenha por finalidade instruir investigação policial ou processo criminal.
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Comissões Parlamentares de Inquérito, que têm “poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais” (CF, art. 58, § 3º), desde que o pedido de 
quebra tenha sido aprovado pela maioria absoluta de seus membros.
STF: “Postulado constitucional da reserva de jurisdição:
A cláusula constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre 
determinadas matérias, como a busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), a 
interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e a decretação da prisão de 
qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância (CF, art. 5º, LXI).
Quebra de sigilo telefônico, bancários e fiscal.
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Quebra de sigilo por autoridades administrativas sem ordem judicial.
As autoridades administrativas do Banco Central e agentes de fiscalização de quaisquer das 
esferas federativas, sem autorização do Poder Judiciário, mediante requisição direta ou 
inspeção de funcionários do Governo, quando houver procedimento administrativo em 
andamento ou fundada suspeita de lavagem de dinheiro, evasão de divisas para paraísos 
fiscais etc. 
LC n. 105/2001
Art. 2 § 1 O sigilo, inclusive quanto a contas de depósitos, aplicações e investimentosmantidos em instituições financeiras, não pode ser oposto ao Banco Central do Brasil:
I – no desempenho de suas funções de fiscalização, compreendendo a apuração, a qualquer 
tempo, de ilícitos praticados por controladores, administradores, membros de conselhos 
estatutários, gerentes, mandatários e prepostos de instituições financeiras;
II – ao proceder a inquérito em instituição financeira submetida a regime especial.
Art. 6
As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições 
financeiras, inclusive os referentes a contas de depósitos e aplicações financeiras, quando 
houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em curso e tais exames 
sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. 16
Quebra do sigilo diretamente pelo Ministério Público
Lei Complementar nº 75, de 20 de maio de 1993 
Art. 8º Para o exercício de suas atribuições, o Ministério Público da União poderá, 
nos procedimentos de sua competência:
§ 2º Nenhuma autoridade poderá opor ao Ministério Público, sob qualquer 
pretexto, a exceção de sigilo, sem prejuízo da subsistência do caráter sigiloso da 
informação, do registro, do dado ou do documento que lhe seja fornecido.
c.c.
(Lei nº 8.625, de 12 de fevereiro de 1993).
Art. 80. Aplicam-se aos Ministérios Públicos dos Estados, subsidiariamente, as 
normas da Lei Orgânica do Ministério Público da União. 
O STF, no entanto, por maioria de votos, proferiu decisão no sentido da 
constitucionalidade de dispositivo da Lei Orgânica do Ministério Público da União, 
que permite a quebra do sigilo bancário, sem necessidade de prévia autorização 
judicial, desde que a investigação tenha por finalidade a apuração de dano ao 
erário,
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