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DA I 3 Estrutura. A Org. da Adm. dir. esquema

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3 ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
1 Organização do Estado nacional
Esquema:
	* Estado nacional
- pessoa jurídica de direito público externo
- soberano
(CF, art. 1º, I; CC, art. 42)
	* Unidades federadas
- pessoas jurídicas de direito público interno
- todas autônomas, nos termos da Constituição (CF, arts. 1º e 18; CC, art. 41, I, II e III)
	* “Poderes”
- órgãos fundamentais
- todos independentes e harmônicos, nos termos da Constituição (CF, art. 2º)
	* Órgãos internos
- hierarquizados e subordinados, nos termos da lei
 
	República Federativa 
do Brasil
	UF (CF, arts. 21, 22, 23, 24)
	P. Leg. (CF, art. 44 e ss.)
	Para a Adm. dir. fed., cfr. L 10.683/03, arts. 1º, 2º, 2º-A, 3º, 4º e ss. (organizam a Presidência da República); e arts. 25, 27, 28, 29 e ss. (organizam os Ministérios), 
V. também DL 200/67.
	
	
	P. Exec. (CF art. 76 e ss.)
	
	
	
	P. Jud. (CF art. 91 e ss.)
	
	
	Estados/DF (CF, arts. 23, 24, 25, 32)
	P. Leg.
	
	
	
	P. Exec.
	
	
	
	P. Jud.
	
	
	Municípios (CF, arts. 23, 30)
	P. Leg.
	
	
	
	P. Exec.
	
2 Administração Pública direta
	
2.1 Órgãos Públicos
	São unidades abstratas de atuação do Estado, que sintetizam plexos de competências legais.
É a “unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta” (L 9.784/97, art. 1º, § 2º, I).
	 Teoria do Órgão
	Segundo esta teoria, a pessoa jurídica estatal manifesta sua vontade através de seus órgãos (imputação volitiva); quando o agente público integrante de um dado órgão age, é como se o Estado estivesse agindo, porque o órgão onde funciona o agente é integrante do Estado.
	Características
	(a) Não têm personalidade jurídica, não podendo ser, destarte, sujeitos de direitos e obrigações.
Obs.: Doutrina e jurisprudência dominante admitem que tenha personalidade judiciária, em casos de conflitos interorgânicos (interna corporis) entre Órgãos Independentes (“Poderes”).
Obs.: A EC 19/98 alterou o § 8º do art. 37 da CF, prevendo a possibilidade de ampliação da autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos públicos mediante a celebração de contratos entre seus administradores e o Poder Público – muito criticado na doutrina por que a autonomia deriva da delimitação das competências pela lei e porque órgãos não têm personalidade jurídica, não podendo, destarte, ser sujeitos de direitos e obrigações (os órgãos representam a pessoa jurídica na qual se inserem, de maneira que se dois órgãos de uma mesma entidade celebrassem contrato, seria como se a pessoa fizesse contrato consigo mesma).
(b) Sua criação e extinção ocorrem por lei (CF, arts. 48, XI; 84, VI, “a”; e 88). Ex.: L 10.683/03 1º, 2º, 2º-A, 3º, 4º, e ss. (para a Presidência da República); 25, 27, 28, 29 e ss. (para os Ministérios).
Obs.: Segundo a doutrina crítica, o que o pode o Chefe do P. Executivo, por meio de decreto, é alterar a distribuição de algumas competências de um para outro órgão (não todas, sob pena de extinção), ou alocar um órgão menor (Ex.: Departamento) de um para outro órgão maior (Ex.: Secretaria ou Ministério).
(c) A competência para iniciar o processo legislativo de aprovação da lei que cria ou extingue órgãos é sempre privativa do respectivo Órgão (ou “Poder”) no qual se insere (CF, art. 61, § 1º, II, “e”).
	Classificação
	Quanto à estrutura
	a) simples: quando suas decisões sejam tomadas por apenas um de seus agentes (Ex.: decisões administrativas de Ministro de Estado, Secretários de Estado ou Municípios, etc.);
b) colegiais: quando suas decisões sejam tomadas pelo conjunto de agentes que os integram (Ex.: decisões administrativas de Conselhos e Comissões).
	
	Quanto às funções
	a) ativos: são os órgãos de direção superior da Adm.
b) de controle: fiscalizam e controlam outros órgãos;
c) consultivos: assessoram os demais órgãos;
d) verificadores: são os incumbidos de constatar e atestar a existência de um fato (através de laudos, etc.);
e) contenciosos: são os que solucionam conflitos internos.
	2.2 Competência
	É sinônimo de atribuição, de dever; não exatamente de “poder”. O poder é a face reversa do dever; apenas para se desincumbir de seu dever é que os entes, órgãos e agentes públicos exercitam o poder, que, destarte, tem caráter meramente instrumental; é meio através de cujo exercício se realizam as finalidades legais de interesse público (dever). Nem o Estado, nem seus órgãos, nem seus agentes têm competência para auto-satisfação.
As competências dos órgãos das pessoas políticas estão situadas nas leis de organização de cada um (no âmbito federal, v. L 10.683/03 e DL 200/67).
	Características
	- de exercício obrigatório: o seu exercício não depende da vontade dos órgãos e agentes;
- irrenunciáveis: o titular não pode abrir mão delas;
- intransferíveis: não podem ser objeto de transação ou alienação; excepcionalmente a lei permite que o titular de um órgão delegue o exercício de algumas competências a seus subordinados, sem que perca a possibilidade de avocá-las (Ex.: CF, art. 84, par. único);
- imodificáveis pela própria vontade do titular: somente por lei pode ser modificada, restringida ou ampliada; o que excepcionalmente a lei permite é que o titular de um órgão avoque competências de seus subordinados (ampliando assim as suas competências), nos casos previstos em lei;
- imprescritíveis: não deixam de existir pela inércia em sua utilização.
3 Centralização, desconcentração e descentralização administrativas
	3.1 Centralização
	Fenômeno que ocorre quando a função administrativa é desempenhada de forma direta pela Administração Pública das pessoas políticas (UF, Estados, DF e Municípios). V. DL 200/67, art. 4º, I
Obs.: Algumas funções administrativas não podem ser descentralizadas do Estado em razão de sua essencialidade, como é o caso da administração tributária de UF, Estados, DF e Municípios (CF, art. 37, XXII).
	3.2 Desconcentração
	Fenômeno de distribuição interna (isto é, dentro de um mesmo órgão independente ou entidade) de competências decisórias.
	Critérios
	- material, em que os órgãos são criados em razão do assunto de interesse público (Ex.: Min. da Saúde, da Educação, etc.);
- hierárquico, em que os órgãos são criados em razão do grau de responsabilidade decisória do titular (Ex.: Ministro, Secretário, Diretor de Departamento, Chefe de Divisão, Chefe de Seção, encarregado de Setor, etc.);
- territorial, em que os órgãos são criados em razão de divisão geográfica (Ex.: Delegacia Regional das Receitas Federal e da Receita Estadual, Subprefeituras de São Paulo).
	Poderes de hierarquia
	- de comando, através do qual expede determinações gerais (instruções, cf. CF, art. 87, par. único, II) e específicas (ordens);
- de fiscalização, controle ou tutela, através do qual exerce as atividades de fiscalização dos atos de seus subordinados, bem como de revisão dos considerados inconvenientes ou inoportunos (revogação) ou ilegais (anulação) (CF, art. 87, par. único, I);
- disciplinar, através do qual aplica sanções a seus subordinados, nos casos legalmente previstos; 
- de dirimir controvérsias, através do qual soluciona conflito positivo ou negativo de competência;
- de delegar e avocar competências.
Obs.: Para órgãos que mantêm entre si relação de superior-inferior hierarquia, a relação entre eles é de subordinação dos inferiores aos superiores. Alguns órgãos são chamados de coordenados, não mantendo relação de hierarquia com o restante da estrutura orgânica administrativa.
	3.3 Descentralização 
	Ocorre quando o Estado desenvolve a função administrativa não por intermédio dos órgãos de sua Administração direta, mas através da criação de outras pessoas jurídicas, a quem atribui a titularidade e/ou a execução de determinada atividade.
O conjunto das pessoas jurídicas criadas pelo Estado para desenvolvimento descentralizado da função administrativa chama-seAdministração Pública Indireta (DL 200/67, art. 4º, II).
	Pessoas jurídicas que podem ser criadas pelo Estado:
	Autarquias (AUT);
Empresas Públicas (EP);
Sociedades de Economia Mista (SEM);
Fundações Públicas (FP).
Siglas e abreviações:
Adm. dir. fed. – Administração direta federal
AUT – Autarquia
DL – Decreto-lei
EC – Emenda Constitucional
EP – Empresas Públicas
FP – Fundações Públicas
L – Lei 
SEM – Sociedade de Economia Mista
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