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Resumo Teorias do Texto - Unidade I

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TEORIAS DO TEXTO 
Unidade I 
Objetivos 
Desenvolver e aperfeiçoar a competência linguística. 
Desenvolver a capacidade de análise e de identificação de diferentes possibilidades de discurso, nas modalidades oral e escrita. 
Aprofundar o conhecimento e as possibilidades de textualidade. 
Refletir sobre o funcionamento da língua nas diversas situações de interação. 
Assegurar ao aluno/futuro professor a reflexão e o estudo de questões relevantes para o ensino-aprendizagem da língua. 
Linguística 
Linguística estrutural: 
Saussure; 
unidades mínimas: fonemas, morfemas. 
Linguística gerativo-transformacional: 
Chomsky; 
unidade mínima: oração. 
Linguística textual: 
Van Dijk; 
unidade mínima: texto. 
Linguística textual
Ir além dos limites da frase. 
Reintegrar o sujeito e a situação sociocomunicativa. 
Desenvolver e ampliar o estudo do texto: 
modalidades oral e escrita; 
organização estrutural; 
processamento cognitivo e 
funcionamento sociointeracional.
Fases da linguística textual 
1ª fase - transfrástica: 
Parte-se da frase para o texto. 
Relações estabelecidas entre as frases e os períodos, de forma que construa uma unidade de sentido. 
2ª fase da gramática textual: 
Objetivo de criar gramáticas textuais. 
Texto - sistema uniforme, estável e abstrato. 
Charolles - três capacidades:
1ª - a capacidade formativa: produzir e compreender. 
2ª - a capacidade transformativa: reformular, parafrasear e resumir. 
3ª - a capacidade qualificativa: reconhecer e tipificar narração, descrição, argumentação. 
3ª fase da teoria do texto 
A constituição, o funcionamento, a produção e a compreensão dos textos em uso. 
Contexto pragmático: condições externas da produção, recepção e interpretação dos textos. 
Texto: produto formal pronto e acabado (ideal), e passa a ser entendido como um processo (real) em funcionamento. 
Conceito de texto 
I. Em um primeiro momento (fase transfrástica), o texto é concebido como: 
“uma sequência pronominal ininterrupta”; 
“uma sequência coerente de enunciados”; 
“forma de organização do material linguístico”; 
“unidade linguística superior à frase”. 
II. Em um segundo momento (fase da gramática textual), o texto é concebido como: 
“complexo de proposições sintáticosemânticas”(apresenta um conjunto de conteúdos); 
“estrutura pronta e acabada”; 
“produto de uma competência linguística idealizada” (ênfase no aspecto formal do texto - extensão e constituintes); 
“maior unidade linguística com uma sequência coerente e consistente de signos linguísticos”. 
Texto
Texto: “sequências linguísticas coerentes entre si”.
Não texto: “sequências linguísticas incoerentes entre si”.
III. Em um terceiro momento: 
O texto não pode ser entendido como uma estrutura pronta e acabada, um produto, mas como um processo com atividades globais de comunicação - planejamento, verbalização e construção. 
Definição de texto I 
A produção textual é uma atividade verbal: 
o falante/ouvinte pratica ações, atos de fala; 
há sempre um objetivo a ser atingido; 
os enunciados são dotados de certa força (atos): saudação, pergunta, asserção, solicitação, convite, despedida; 
esses atos estão inseridos em contextos situacionais, sociocognitivos e culturais. 
Definição de texto II 
A produção textual é uma atividade verbal consciente: 
o falante/ouvinte tem objetivos e intenções - ele sabe o que faz, como faz e porque faz; 
o sujeito/falante tem um papel ativo na produção textual - dizer é fazer; 
há uma consciência no uso do conhecimento, elementos linguísticos e fatores pragmáticos e interacionais. 
Definição de texto III 
A produção textual é uma atividade verbal, consciente e interacional: 
O texto é o produto da interação entre falante/ouvinte, autor/leitor. 
Os interlocutores estão obrigatoriamente envolvidos nos processos de construção e compreensão do texto. 
Definições de texto de diferentes autores 
Bakhtin (1929) - para ele, a palavra:
comporta duas faces: procede de alguém e se dirige para alguém; produto da interação (locutor + ouvinte) 
serve de expressão a um em relação ao outro: defino-me em relação ao outro (à coletividade); 
é uma espécie de ponte lançada entre mim e os outros; 
é o território comum do locutor e do interlocutor”. 
Koch (1997) - para a autora, o texto:
é uma manifestação verbal constituída de elementos linguísticos selecionados e ordenados pelos falantes durante a atividade verbal, e envolve: 
interação (eu + outro); 
conteúdos semânticos; 
processos e estratégias de ordem cognitiva. 
interação (ou atuação) de acordo com práticas socioculturais. 
Marcuschi (1983) - a linguística do texto: 
estuda as operações linguísticas e cognitivas reguladoras e controladoras da produção, construção, funcionamento e recepção de textos escritos ou orais; 
abrange a coesão e a coerência; 
Pressuposições e implicações trata o texto como um ato de comunicação. 
Ver a organização linear e a não linear: níveis do sentido/semântico e intenções/pragmáticas. 
Processamento textual 
Texto: 
Um processo. 
Processamento textual: 
Sistemas de conhecimento acionados no texto e no contexto de produção. 
Na produção textual, toda ação (fazer) é acompanhada de processos de ordem cognitiva - modelos e tipos de operações mentais saberes acumulados na memória e ativados. 
Conhecimento linguístico. 
Conhecimento enciclopédico ou de mundo. 
Conhecimento interacional. 
Conhecimento linguístico 
Conhecimento do léxico. 
Conhecimento da gramática. 
Responsável pela escolha dos termos.
Responsável pela organização do material linguístico na superfície textual, inclusive dos elementos coesivos. 
Conhecimento enciclopédico ou de mundo 
Informações armazenadas na memória. 
Conhecimento declarativo, manifestado por enunciações acerca dos fatos do mundo. 
Ex.: “A Ponta do Seixas, na Paraíba, é o extremo leste do continente americano”. 
“São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil”. 
Conhecimento episódico e intuitivo, adquirido por via da experiência. 
Ex.: “Não dá para fritar o ovo sem quebrar a casca”. 
Conhecimento interacional 
Compreende a dimensão interpessoal da linguagem. 
Realização de certas ações por meio da linguagem. 
Divide-se em: 
conhecimento ilocucional - meios diretos e indiretos para atingir um objetivo; 
conhecimento comunicacional - meios adequados para atingir os objetivos desejados. 
conhecimento metacomunicativo: meios de prevenir e evitar distúrbios na comunicação - atenuação, paráfrases, parênteses de esclarecimento etc. 
conhecimento superestrutural: modelos textuais globais que permitem aos usuários reconhecer um texto como pertencente a determinado gênero ou a certos esquemas cognitivos. 
Estruturas textuais 
Superestrutural: de nível global, com ênfase nas relações esquemáticocognitivas. 
Macroestrutural: de nível semântico, com ênfase nas relações de coerência textual. 
Microestrutural: de nível de superfície linguística, com ênfase nas relações de coesão textual. 
Organização estrutural: superestrutural 
Estruturas textuais globais que permitem o reconhecimento dos gêneros ou tipos. 
Envolve o conhecimento sobre estratégias esquemáticas cognitivas relacionadas à significação global da base textual. 
São estratégias facilitadoras na produção/recepção de textos que acionam na memória o conhecimento armazenado, através de modelos globais como esquemas, frames, scripts e planos. 
Frames: conjunto convencional de elementos armazenados na memória sem uma organização sequencial, acionado cognitivamente numa situação de uso. 
Ex.: frame “festa de aniversário” - “balões, brigadeiros, bolo, vela, crianças, salgados, presente etc.” sem uma necessária ordem desses elementos. 
Outros exemplos de frames: Natal, Carnaval, correios etc. 
Esquemas: conjunto convencional de elementos armazenados na memória e organizados sequencialmente, acionado cognitivamente numa situação de uso. 
Ex.: esquema “um dia de trabalho” - conjunto numa determinada ordem - “acordar, levantar,fazer xixi, tomar banho, vestir-se, tomar café, sair de casa, chegar ao trabalho, trabalhar até meio dia, sair para o almoço etc.” 
Planos: modelos de comportamento manifestados pelas pessoas no sentido de alcançarem um certo propósito, e que são acionados numa situação de uso. Ao deparar-se com uma situação típica produzida pelo falante, o ouvinte já interpreta suas intenções. 
Ex.: um adolescente que organiza um plano para conseguir dos pais permissão para viajar sozinho. 
Scripts: São planos mais estabilizados ou estereotipados com rotina bem estabelecida e que geralmente especificam papéis e ações dos interlocutores. 
Ex.: carta de amor, infância, novela etc. 
Organização estrutural: macroestrutural 
Refere-se às relações de coerência textual, responsáveis por construir a significação global no texto através dos processos de produção e compreensão textual (leitura top-down). 
A coerência textual é considerada fundamental para a textualidade, pois dela depende em grande parte o sentido do texto. 
A construção da coerência textual depende da organização tentacular de fatores de diversas ordens: linguísticos, cognitivos, socioculturais, interacionais e pragmáticos. 
Níveis de coerência 
Coerência narrativa: implicações lógicas existentes entre as partes da narrativa. 
Coerência argumentativa: implicação ou adequação entre pressupostos ou afirmações explícitas no texto e as conclusões que se tira deles, as consequências que se fazem deles decorrer. 
Coerência figurativa: combinatória de figuras para manifestar um dado tema ou a compatibilidade de figuras entre si.
Coerência temporal: leis da sucessividade dos eventos ou compatibilidade entre os enunciados do texto do ponto de vista da localização no tempo. 
Coerência espacial: compatibilidade entre os enunciados do ponto de vista da localização espacial. 
Coerência no nível de linguagem: compatibilidade do ponto de vista da variante linguística escolhida, no nível do léxico e das estruturas sintéticas utilizados no texto.
Critérios de textualidade 
Princípio de interpretabilidade: 
Depende da coparticipação entre produtor e receptor na situação de comunicação e da intenção comunicativa. 
Não há textos incoerentes em si, eles são coerentes dentro de um contexto interacional, e o que pode ser incoerente para um pode fazer todo sentido para outro. 
Situação comunicativa: 
Interfere na produção/recepção do texto; pode ser entendida em sentido estrito (contexto imediato) e em sentido amplo (contexto sócio-políticocultural). 
Conhecimento de mundo e conhecimento partilhado: 
Conhecimento de mundo - é toda memória de vida social, histórica e individual armazenada mentalmente. 
Conhecimento partilhado - é a intersecção de conhecimentos comuns compartilhados por produtor e receptor na interação comunicativa. 
Polifonia (várias vozes): 
Diz respeito ao jogo de vozes e pontos de vista presentes no texto. 
Muitas vezes, a mudança de vozes não aparece nitidamente marcada no texto. 
Inferência: 
Relaciona-se às estratégias cognitivas com base no conhecimento de mundo. 
Aciona os modelos globais de estruturas textuais: frames, esquemas, planos, scripts. 
Intertextualidade: 
Recorre ao conhecimento de outros textos. 
Todo texto traz em si, em níveis variáveis, um grau de intertextualidade, seja ela explícita (quando há indicação da fonte) ou implícita (quando não há indicação da fonte). 
Intencionalidade: 
Tem relação com a argumentatividade. 
Refere-se à forma como os sujeitos usam os textos a fim de perseguir e realizar suas intenções. 
Modo como os textos são adequados para a obtenção dos efeitos desejados. 
Informatividade: 
É o grau de previsibilidade informacional presente no texto que também está condicionado à intencionalidade e é regulado pelo contexto situacional mais amplo. 
O grau de informatividade vem imediatamente da relação “dado novo” referente às informações do texto pode trazer um nível de informações novas alto, intermediário ou baixo depende da interação emissor/receptor. 
O texto “a terra é redonda” pode ter nível zero de informação para um e ter nível alto de informação para outro (uma criança, por exemplo). 
Organização estrutural: microestrutural 
Microestrutura se refere às relações coesivas lineares: o modo como os elementos da língua presentes na superfície textual estão interconectados, constituindo sequências de sentido. 
Coesão: 
Estrutura formal do texto. 
Manifestação linguística da coerência. 
Apresenta-se na forma de conceitos e relações. 
Mecanismos gramaticais: pronomes anafóricos, catafóricos, artigos, elipse, concordância, correlação entre os tempos verbais, conjunções etc. definem as relações entre frases e sequência de frases. 
Lexicais: reiteração, substituição e associação. 
Tipos de coesão 
Coesão referencial: tem a função de estabelecer referência. Os elementos não são interpretados pelo seu sentido próprio, mas se referem a alguma outra coisa, relacionando o signo a um objeto. A coesão referencial é obtida por meio da substituição e reiteração de termos. 
Coesão recorrencial: se dá quando, apesar de retomadas estruturais, a informação progride, o discurso segue adiante. A coesão recorrencial é obtida por meio da recorrência de termos, paralelismo, paráfrase e recursos fonológicos. 
Coesão sequencial: tem por função fazer o texto progredir, encaminhar o fluxo informacional, porém não pela retomada de itens ou estruturas, mas pela sequenciação das sentenças através de mecanismos temporais e conectivos. 
Sociolinguística 
Objeto: diversidade linguística. 
Investiga a relação entre linguagem e sociedade através dos textos. 
Postula o princípio da diversidade linguística observável em uma comunidade e as diferenciações existentes na estrutura social desta mesma sociedade.
Prioritariamente língua falada, observada, descrita e analisada em seu contexto social, isto é, em situações reais de uso. 
Pragmática 
Analisa o uso concreto da linguagem pelos usuários na prática linguística + as condições que governam essa prática. 
Pretende definir o que é linguagem e analisá-la (através de textos) conceitos de sociedade e de comunicação. 
Ideologia e condições de produção do discurso. 
Formações: discursiva, ideológica e imaginária. 
Intertextualidade, interdiscursividade e intradiscursividade. 
Paráfrase, polissemia e efeitos de sentido. 
Dialogismo, polifonia e intertextualidade. 
Subjetividade e identidade: sujeitos e sentidos. 
Análise do discurso 
Objeto de estudo: o discurso como a prática social de produção de textos. 
O discurso é um construto social, não individual. 
Análise do discurso (de linha francesa): analisa formações ideológicas por meio de textos análise de textos polêmicos, relacionados aos contextos político, pedagógico, religioso, jurídico, científico, midiático, artístico, de protesto, das minorias marginalizadas, em busca das ideologias que trazem em si. 
Semiótica discursiva 
Texto: objeto de estudo. 
Procura explicar os sentidos do texto. 
Texto 
linguístico 
visual, olfativo 
gestual 
história em quadrinhos, filmes etc. 
Análise da conversação 
Texto: objeto de estudos oral, natural e presencial (face to face); texto produzido em situações espontâneas. 
Tópico discursivo: aquilo sobre o que se fala; fio condutor da conversação. 
Turno: período de tempo que cada falante ocupa; unidade funcional da conversação.

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