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NOÇÃO DE LÍNGUA,TEXTO,TEXTUALIDADE E PROCESSOS DE TEXTUALIZAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDEREAL RURAL DE PERNAMBUCO MARIANA ALCÂNTARA MAGALHÃES 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL,ANÁLISE DE GÊNEROS E COMPREENSÃO. (LUIZ ANTÔNIO MARCUSCHI) 
RECIFE 2019 
	
NOÇÃO DE LÍNGUA,TEXTO,TEXTUALIDADE E PROCESSOS DE TEXTUALIZAÇÃO 
 “Texto e discurso não distinguem fala e escrita como querem alguns nem distinguem de maneira dicotômica duas abordagens. São muito mais duas maneiras complementares de enfocar a produção linguística em funcionamento.”(p.58) 
“A língua pode ser vista - e foi vista - de vários ângulos teóricos, mas nós adotaremos uma posição bem definida para o trabalho com a produção textual na perspectiva sociointerativa. De acordo com as diferentes posições existentes, pode-se ver a língua: a) como forma ou estrutura - um sistema de regras que defende a autonomia do sistema diante das condições de produção (posição assumida pela visão formalista); b) como instrumento - transmissor de informações, sistema de codificação; aqui se usa a metáfora do conduto (posição assumida pela teoria da comunicação); c) como atividade cognitiva - ato de criação e expressão do pensamento típica da espécie humana (representada pelo cognitivismo) d) como atividade sociointerativa situada - a perspectiva sociointeracionista relaciona os aspectos históricos e discursivos”(p.59) 
 Língua: 
Segundo Marcuschi,a língua não é apenas um código para comunicação interpessoal,mas uma atividade interativa de natureza sóciocultural e histórica. 
Parafraseando Halliday , uma língua pode ser entendida como o meio de comunicação global usado por um corpo social. Podemos definir “meio de comunicação” como o código linguístico, o sistema e todas as suas unidades (fonemas, morfemas, sintagmas), com suas infinitas possibilidades de combinação, e também os modos utilizados pelos falantes em sua interação (os gêneros do discurso, as normas linguísticas) que englobam todas as variações inerentes à realização de uma língua, concluindo assim que uma língua é um contínuo de variedades. 
 Texto e Textualidade 
Texto: Evento em forma de linguagem inserido em contextos comunicativos. 
” (…) o texto deve ser visto como uma sequência de atos de linguagem (escritos e falados) e não uma sequência de frases de algum modo coesas.” (Marcuschi, 1983:22)
Para Marcuschi,o texto é a unidade de manifestação da linguagem, ou seja, o texto é o ambiente no qual a comunicação se materializa. Ele não é um amontoado de palavras, portanto precisa se adequar ao sistema, pois a sequenciação é primordial, entendendo que as partes de um todo semântico devem estar interligadas por vários critérios de textualidade. O texto é, pois, a materialização máxima da língua. Na comunicação, o todo significativo pode ser verbal e não verbal. Segundo Koch (2014), a LT trata o texto como um ato de comunicação unificado num complexo universo de ações humanas. A textualidade são as características que fazem com que um texto seja considerado como tal, e não como um amontoado de palavras e frases. 
Processos de textualização: 
Esses critérios ajudam a estabelecer o texto e, dessa maneira, garantir-lhe a coerência. “Esses,por sua vez, dão uma ancoragem ao texto em uma situação comunicativa determinada. Sem eles, não poderia haver qualquer coerência na produção linguística” (KOCH e TRAVAGLIA, 2015, p.81). 
 
COESÃO E COERÊNCIA 
 “Os fatores que regem a conexão referencial(realizada por aspectos mais especificamente semânticos) e a conexão sequencial (realizada mais por elementos conectivos) em especial no nível da co-texualidade ,geralmente conhecidos como coesão ,formam partes dos critérios tidos como construtivos da textualidade para muito,a coesão é o critério mais importante da textualidade.São dessa opiniã,sobretudo,aqueles que não distinguem entre coesão e coerência(cf.detalhes em Marcuschi,1983 e Koch 2000).”(p.99) “ (...) sabemos que vários enunciados corretamente construídos, quando postos em sequência imediata, podem não formar uma sequência aceitável. Isso quer dizer que um texto não é uma simples sequência de frases bem-formadas. Essa sequência deve preencher certos requisitos. A coesão é justamente a parte da LT que determina um subconjunto importante desses requisitos de sequencialidade textual.”(p.100) “De modo geral, podemos dizer, com Koch (1989: l9) que "o conceito de coesão textual diz respeito a todos os processos de sequencialização que asseguram (ou tornam recuperável) uma ligação linguística significativa entre os elementos que ocorrem na superfície textual".É desejável que ela apareça como facilitador da compreensão e da produção de sentido.”(p.108) “(...)podemos distinguir cinco grandes mecanismos de coesão: 1. Referência (pessoal, demonstrativa, comparativa) 2. Substituição (nominal, verbal, frasal) 3. Elipse (nominal, verbal, frasal) 4. Conjunção (aditiva, adversativa etc.) 5. Coesão lexical (repetição, sinonímia, colocação etc.)”(p.108) “Tomando por base a função dos mecanismos coesivos na construção da textualidade, proponho que se considere a existência de duas grandes modalidades de coesão: a coesão referencial (referenciação, remissão) e a coesão sequencial (sequenciação).”(p.108) “Como se viu até aqui com algum detalhamento, os mecanismos da coesão dão conta da estruturação da sequência superficial do texto (seja por recursos conectivos ou referenciais); não são simplesmente princípios sintáticos e sim uma espécie de semântica da sintaxe textual, onde se analisa como as pessoas usam os padrões formais para transmitir conhecimentos e produzir sentidos com recursos linguísticos”(p.118) “A coesão textual caracteriza-se como sendo as articulações gramaticais existentes entre palavras, frases, orações, parágrafos e partes maiores de um texto, garantindo dessa maneira a unidade entre essas diversas partes que o compõem.” Koch (2009, p. 35)” Ao tratar da coesão como critério de textualização, Marcuschi (2008) considera que os processos coesivos estruturam a sequência [superficial] do texto, mas não são simplesmente princípios sintáticos. De acordo com o autor, esses processos constituem os padrões formais para transmitir conhecimentos e sentidos. É por isso, explica o linguista, que em alguns textos a coesão superficial não é necessária para a textualidade, embora ela não seja irrelevante. Para Halliday e Hassan a coesão concerne ao modo com os componentes da superfície textual – isto é, as palavras e frases que compõem um texto – encontram-se conectadas entre si numa sequência linear, por meio de dependências de ordem gramatical. “A coerência é, sobretudo, uma relação de sentido que se manifesta entre os enunciados, em geral de maneira global e não localizada. Na verdade, a coerência providencia a continuidade de sentido no texto e a ligação dos próprios tópicos discursivos. Não é observável como fenômeno empírico, mas se dá por razões conceituais, cognitivas, pragmáticas e outras. (Para maiores detalhes, cf. Koch/Travaglia, 1989 e 1990; Marcuschi, 1983; Koch, 2000)”. (p.121) “(...)assim, a coerência é também fruto de domínios discursivos dos quais procede o texto em questão. Seria equivocado analisar apenas o texto em si mesmo e na sua imanência para tratar a coerência.” (p.122) “Se a coerência é uma articulação de vários planos do texto e ocorre como um "complexo de interdependências" realizado verticalmente (pela intenção comunicativa global unificadora) e horizontalmente (inter-relação entre enunciados sequenciados), o texto é de fato uma articulação em dois níveis. Mas isto é uma visão também redutora na medida em que terá dificuldade de integrar a interação entre produtor e receptor, já que não prevê, no modelo, o lugar da cooperação”(p.125) A coerência textual pode ser compreendida como sendo as articulações de ideias que conferem sentido a um texto. Ela se deve à organização global do mesmo, assegurando-lhe um princípio, um meio, um fim e ainda, uma adequação de linguagem ao tipo de texto e a observância do seu sentido, das palavras nele empregadas e das ideias expostas. A respeito de coerência textual, Koch e Travaglia (2004, p. 21-22) conceituam-na como uma unidade ou uma relação de sentido entre os elementos do texto e acrescentam dizendo que a coerência é global. Ela “está diretamente ligada à possibilidade de estabelecer um sentido para o texto”, ou seja, ela proporciona um significado parao leitor, possibilitando a sua compreensão e o seu entendimento numa situação de comunicação. Para Van Djik, a noção de coerência dificilmente pode ser explicada em termos puramente linguísticos e gramaticais, pois a unidade intuitiva do discurso não está baseada na ligação conceitual entre palavras ou sentenças numa sequência textual, mas em condições referenciais (extensionais) (VAN DIJK, 2011[1992], p. 158).

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