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Aula_4_Kant

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*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Kant
Idealismo alemão – Iluminismo (Aufklärung) europeu
Prof. Giorgio Romano
4a aula
http://tidia.ufabc.edu.br:8080/
Membership: Prof. Giorgio Romano
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18
Nasceu 1724 na Prússia (Frederico, o Grande)
Morreu 1804
Revolução Americana: 1776
Revolução Francesa: 1789
1781 Crítica da Razão Pura
Depois Crítica da Razão Prática e Crítica do Julgamento
1795 Paz Perpétua
 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18
 Dialoga com Rousseau e David Hume
	Hume atacou base do direito natural e defendeu separação razão, fatos e valores (empirismo moderno)
	1739/1740 Tratado da Natureza Humana
Kant considerou as conclusões de Hume inaceitáveis (ceticismo) .
	Teleologia / metafísica: estudo filosófico dos fins/ propósitos=> ver na história um processo linear em direção à racionalização, à estruturação do Estado, ao progresso.
	
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – Ótimismo iluminsta
Possibilidade de o homem seguir por sua própria razão.
Abdicação da religião em favor da razão como suprema autoridade intelectual.
Razão/ entendimento que nos fornece categorias a priori – aqueles que não vêm da experiência - que nos permitem emitir juizos sobre o mundo.
Filosofia racional > pretensão de universalidade.
A república ideal é objetivamente necessária e universalmente válida.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – Força da Razão
A razão incorpora os valores e os fatos gerando valores absolutos (para Engels: filosfia idealista mistificadora)
O conhecimento não é mera reflexão dos objetos, ele parte do sujeito, da mente humana que produz a imagem das coisas e as organiza para explicar o universo
O ser humano só age com autodeterminação se é guiado pela moral e a razão e não pelos instintos, os sentidos, as necessidades ou inclinações.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – Racionalismo moderno
	Racionalismo moderno universalisa a razão humana:
reconhecimento de que a natureza humana é fonte do direito natural
admissão da existência, em épocas remotas, do estado de natureza
contrato social como origem da sociedade
existência de direitos naturais inatos (pertencem à natureza)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18
“Todos os seres humanos são, pela sua natureza, 
igualmente livres e independentes, e possuem certos
direitos inatos, dos quais, ao entrarem no estado de
sociedade, não podem, por nenhum tipo de pacto, privar
ou despojar sua posteridade; nomeadamente, a fruição da
vida e da liberdade, com os meios de adquirir e possuir a
propriedade de bens, bem como de procurar e obter a
felicidade e a segurança” 
Art. 1o. Declaração de Direitos da Virgínia, 1787
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18
“Os homens nascem livres e permanecem
livres e iguais em direitos. As distinções
sociais só podem fundar-se na utilidade
comum” 
Declaração Universal dos Direitos do Homem e
do Cidadão, 1789
Kant enxergava na Revolução Francesa uma 
tentativa de instaurar o domínio da razão e da
liberdade. Pronuncia-se favorável em particular à
secularização resultante => Friedrich Wilhelm II o
proíbe se pronunciar sobre temas religiosos.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18
Ilustração/Esclarecimento (Anfklärung): saída do
homem de sua menoridade... fazer uso de
entendimento sem a condução de um outro...usar
sue próprio entendimento.
“	...a passagem à maioridade seja tida como muito difícil e perigosa pela maior parte da humanidade (e por todo o belo sexo) deve-se a que os guardiões de bom grado se encarregam da sua tutela”. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Immanuel Kant – século 18: Ilustração/ ilumunismo (Afklärung)
“A história da humanidade pode ser encarada, em geral, 
como a realização do plano secreto da natureza para
estabelecer uma Constituição política perfeita...” 
e
 “relação entre Estados que seja perfeitamente adequada
 a esse fim”.
Comandos a priori da razão: os homens devem organizar-
se segundo o direito, adotar a forma republicana de
governo e estabelecer a paz internacional.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Direito natural 
Suposição da existência de certos princípios
como uma idéia superior de Justiça, aos
quais os homens não se podem/devem
contrapor=> ademais das leis "particulares“
que cada povo tem que estabelecer para si
próprio, há uma lei "comum" conforme à
natureza. Comando da lei variava de acordo com o
lugar, mas o que era "por natureza" deveria ser o
mesmo em qualquer lugar 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Direito natural 
Todas as leis humanas deveriam ser medidas pela sua conformidade com o direito natural. 
No cristianismo: direito natural se confunde
	com direito divino (Tomás de Aquino, século 13)
O pensamento jusnaturalista dos séculos	XVII (Hugo Grócio) e XVIII: direito natural
	independente da teologia (Deus não se importa com os assuntos humanos) 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Direito natural e a Razão
Novas idéias predominantes: 
atribuíam a verdade das ciências à razão, não mais à
	entidade teológica sobre-humana
essência do direito se encontra na natureza humana e na natureza das coisas, inexistindo elemento religioso
Direito natural continua um direito que antecede e
subordina o direito positivo de origem política ou social.
Este não deveria entrar em conflito com as regras do
direito natural e, se entrar, pode perder sua validade/
legitimidade
direitos descritos na Declaração não simplesmente
	como fundados na decisão da assembléia que os aprovou, mas na natureza mesma do homem 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Crítica ao Direito natural 
Conceito positivista do direito: o problema que se coloca
 não é a busca do bem, mas de equilíbrio de poderes. 
Na raiz dessa crítica está o relativismo ético –
condições principais da democracia, porque o relativismo
garantiria a tolerância e o respeito recíproco das pessoas 
Thomas Jefferson, (seguindo John Locke) menciona
"direitos inalienáveis 
art 38 Corte Internacional Princípios gerais de direito
reconhecidos pelas maioria das ´nações civilizadas´ como
fonte Direito Público Internacional
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Direito natural x Direito positivo
direito natural, que vale em toda parte, ao positivo, que vale apenas em alguns lugares
o direito natural é imutável no tempo, o direito positivo muda (ou universalidade no espaço, mas não imutabilidade no tempo, também o direito natural pode mudar no tempo);
fonte do direito funda-se na antítese natura-potestas populus
o direito natural é aquele que conhecemos através de nossa razão
o direito natural estabelece aquilo que é bom, o direito positivo estabelece aquilo que é útil
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Direito natural x Direito positivo
os comportamentos regulados pelo direito natural são bons ou maus por si mesmos, enquanto aqueles regulados pelo direito positivo são por si mesmos indiferentes e assumem uma certa qualificação apenas porque (e depois que) foram disciplinados de um certo modo pelo direito positivo: é justo aquilo que é ordenado, injusto o que é vetado.
Lei natural – não requer promulgação pública
Lei positiva (direito público) – vontade do legislador
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Contrato originário
Contrato originário legitima o Estado:
legislador encarregado de zelar pelo bem comum
cidadãos que se submetem voluntariamente às leis
	vigentes
Contrato originário não constitui a sociedade: ele a explica
tal como ela deve ser (padrão racional da sociedade)
Ato pelo qual o próprio povo se constitui em Estado: 
“...todos abrem mão de sua liberdade externa a fim de
reavê-la de novo como membros de uma república,isto é,
enquanto povo visto como Estado”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Contrato originário
“...ele abandonou completamente sua liberdade selvagem,
sem lei, a fim de recuperá-la por inteiro num âmbito de
relações legais de dependência...essa dependência deriva
de sua própria vontade legislativa”.
Espírito do contrato originário: conformar a forma de 
governo à idéia do contrato => “...antigas formas empíricas (positivamente definidas na legislação) do Estado, cuja única serventia é sujeitar o povo, têm de ser transformadas na forma originária (racional) que é a única que faz da liberdade o seu princípio”.
 
“Constituição republicana...o fim último de todo o direito
 público”. 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
De Contrato Originário à Constituição
Constituição republicana:
a lei é autônoma, manifesta a vontade do povo ( e não a vontade de indivíduos ou grupos particulares) => Liberdade política exige que a esfera pública se mantenha imune a influências particulares
cada pessoa pode valer-se da coação pública para garantir seus direitos (incl propriedade)
As leis de direito público se referem apenas à forma jurídica da convivência entre os homens. Leis de conteúdo substantivo exceção: para prover a subsistência dos que não podem viver por sues próprios meios (garantir o Estado jurídico)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Sociedade Civil
Transição à sociedade civil é um dever universal e
objetivo, decorre a priori da razão. Passagem de
um estado a outro não obedece a motivos de
utilidade, mas é imperativo moral: o estado civil é
a realização da idéia da liberdade.
Propriedade:
originalmente todos têm a posse coletiva de todos os bens.
base legal para a posse individual é o ato da vontade coletiva que a autoriza.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Tese da história universal
as disposições naturais estão destinadas a desenvolver
	-se completamente e conforme um fim
no homem isso acontece apenas na espécie (não em nível individual)
o propósito mais elevado da natureza: o desenvolvimento de todas as disposições humanas => A natureza encaminha o homem para “a realização de uma sociedade civil universal que estabelece universalmente o direito”. 
“O meio empregado pela natureza para propiciar o desenvolvimento de todas as disposições humanas é o sue antagonismo...que...é a causa de um ordenamento segundo leis dessa sociedade”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Antagonismo kantiano
o homem tem duas faces:
inclinação para associar-se com outros, porque em
	sociedade ele se sente mais humano
forte propensão a se isolar dos outros, porque deseja
	fazer tudo em seu próprio proveito
“... impulsionado pela vaidade, desejo de poder ou ganância, busca uma posição entre seus semelhantes, que ele não tolera, mas dos quais não pode prescindir”.
	“Sem essas características da insociabilidade...todos os talentos permaneceriam ocultos, não desenvolvidos...”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Antagonismo kantiano
Obs antagonismo em Rousseau (Locke, Hobbes) negativo
porque antítese da sociabilidade. 
Em Kant competição e guerra mediações para o progresso.
Forma de superar hiato entre razão e matéria da existência
social. Compare Adam Smith: homem procura maximizar
lucro no mercado, promovendo a prosperidade geral.
Não somos inerentes e inalteravelmente bons, mas temos a predisposição ao progresso moral. 
Garantir o progresso: liberdade de opinião, de imprensa, alargamento do debate público. 
Progresso (aperfeiçoamento moral) como resultante não intencional da interação humana.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito
Kant (como Rousseau) rejeita dilema hobbesiano: 
liberdade sem paz ou paz sem liberdade (submissão ao
Estado). 
Resposta: Liberdade e Estado 
as leis do soberano são as leis que nos demos a nós
	próprios 
Estado como instrumento necessário da liberdade de sujeitos individuais
Roussau: individuo exerce somente liberdade na medida
em que integra o sujeito coletivo. 
		
Kant: primazia do indivíduo.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito
Estado de natureza: a posse física ( indivíduos não podem
ter certeza de sua segurança contra a violência mútua) 
X
posse de jure (abandonar o estado de natureza: unir-se a
todos os demais, sujeitando-se a uma coerção pública legal
externa)
Em relação a uma posse externa uma vontade unilateral
não pode servir como uma lei coercitiva para todos =>
somente vontade coletiva, universal e dotado de poder é
capaz de fornecer a necessária garantia.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito
Sociedade civil – Constituição – Estado
União que procede do interesse de todos em participar de
uma sociedade juridicamente regulada =>
cidadão
liberdade legal: obedecer somente a lei à qual ele deu
	seu consentimento
2) 	igualdade civil : não ter entre seus concidadãos ninguém superior a ele (outra pessoa, possuindo ele a faculdade moral de obrigá-la juridicamente tanto quanto ela pode obrigá-lo)
3) 	independência civil (com próprios direitos e poderes como um membro da república)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito
Agir segundo o direito é uma exigência da ética (e não de
direito)
Idéia da reciprocidade: obrigação para cada um dos demais
a respeito o que é deles.
A liberdade paradoxalmente requer a coerção: é justa 
quando exercida pela vontade geral do povo unido numa
sociedade civil, contra o exercício da liberdade que
obstaculiza a liberdade de outro(s)
A autorização para usar a coerção é vinculada ao direito
contra quem o viole (prevenção de um impedimento à
liberdade)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito: Imperativo Categórico
O Imperativo Universal: “age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por tua vontade, lei universal da natureza”.
O Imperativo Prático: “age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio”.
	Trata-se uma obrigação incondicional, ou uma obrigação que temos independentemente da nossa vontade ou desejos =>
	grande pilar para a construção da idéia de direito
	moderno: minha liberdade vai até onde esbarra na do
	outro
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito: Imperativo Categórico
A Declaração dos direitos do Homem e do
Cidadão
Art. 4.º A liberdade consiste em poder fazer tudo que não prejudique o próximo: assim, o exercício dos direitos naturais de cada homem não tem por limites senão aqueles que asseguram aos outros membros da sociedade o gozo dos mesmos direitos. Estes limites apenas podem ser determinados pela lei.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito: Imperativo Categórico
Kant opõe-se explicitamente ao utilitarismo como doutrina
moral (leis reguladores do comportamento são
instrumentais com respeito aos valores materiais)
A razão define objetivamente o dever ser,
mas os homens por sua constituição subjetiva não
conduzem necessariamente à realização daquela finalidade
moral
Agora: o princípio subjetivo da ação (que varia segundo a
situação e o indivíduo) não determina valor moral. => 
a conduta moral é vinculada a uma norma universal.
As normas morais que nos conduzem são elaboradas 
por nós mesmos enquanto seres racionais=> 
Obedecer as suas próprias leis é ser livre.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito: Imperativo Categórico
Tudo na natureza funciona segundo leis. Somente um ser racional tem a capacidade de agira segundo a representação das leis, agir segundo princípios.
Problema: a vontade não é em si mesmo inteiramente conforme a razão (natureza imperfeita do homem) 
Solução: comando imperativo – princípio objetivo que constrange a vontade (bom)
Princípios objetivos? Princípios validos para todo ser racional X sensações,princípios puramente subjetivos que valem apensar para a sensibilidade dessa ou daquela pessoa (agradável).
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
a priori – a posteriori
Formas de conhecimento
A priori: conhecimento puro, produz juízos necessários e universais; extrai do sujeito aquilo que já está contido nele 
A posteriori: conhecimento emprírico, reduz-se aos dados fornecidos pelas experiências sensíveis
A consciência original e inalterável, não é uma
realidade propriamente, mas aquilo que torna
possível a realidade=> dedução transcendental
nada impõe de subjetivo à realidade
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
a priori – a posteriori
A razão cria o mundo moral =>
	a moral é concebida como independente de todos os impulsos e tendências naturais ou sensíveis
Liberdade como postulado necessário da vida
	moral
O mundo natural: dominado pela necessidade
	
	O mundo da liberdade: dominado pela ideia de fim
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito: Imperativo Categórico
Diferenciar
Legalidade: conformidade da ação à norma
(na esfera jurídica o homem é responsável perante os
demais)
Moralidade: conformidade da ação pelo dever
(na esfera dos deveres morais, o homem é responsável
perante si mesmo)
Liberdade = liberdade de agir segundo leis
Conceito negativo da liberdade: ausência de determinações
externas do comportamento (liberdade como autonomia)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Cidadania x igualdade
cidadão ativo: apto a votar (direito de conduzir o Estado, 
elaborar leis)
cidadão passivo: os que dependem de outro para o seu
sustento (subsistência e proteção) Ex. menores, mulheres –
carecem de personalidade civil
“ 	elementos passivos do Estado, podem ainda assim exigir que os outros os tratem segundo as leis da liberdade e igualdade naturais...igualdade segundo a qual cada um é capaz de passar da cidadania passiva à cidadania ativa”.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Estado de direito – trias política
Há, em cada Estado, três espécies de poderes: o poder
legislativo, o poder executivo das coisas que dependem do
direito das gentes, e o executivo das que dependem do
direito civil (...) Chamaremos este último o poder de julgar
e, o outro, simplesmente o poder executivo do Estado”
(Montesquieu, Do espírito das leis, Livro XI, capítulo VI)
Kant: Unidade da vontade geral (Estado) composta de:
Soberania (legislador)
Governante (poder executivo
Poder judiciário
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Formas de organização do Estado
Segundo as pessoas que possuem o poder soberano:
	- autocracia (um possui o poder)
	- aristocracia ( alguns se associam para juntos possuírem o poder)
	- democracia (todos possuem o poder)
Maneira pela qual o Estado utiliza o seu poder:
	- republicano 
	- despótico 
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Formas de organização do Estado
Republicanismo = princípio de organização do Estado que estabelece a separação entre o poder executivo (o governo) e o legislativo
Despotismo = execução autônoma pelo Estado das leis que ele mesmo decretou (vontade pública é administrada pelo governante como se fosse a sua própria vontade)
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Revolução x Reforma
Todos os Estados existentes se fundamentam no consenso
 =>	povo unificado sob a vontade legislativa geral em
 	virtude do pacto originário => dever de obediência às
 	leis vigentes ainda que elas sejam injustas. 
		
Em princípio as reformas necessárias para aperfeiçoar a constituição no sentido republicano devem ser efetuadas pelo soberano através do poder legislativo.
Nenhuma Constituição pode outorgar ao povo o direito à revolta, sob pena de contradizer-se.
A idéia do contrato originário obriga todo legislador a considerar suas leis como podendo ter sido emanadas da vontade coletiva de todo o povo (legitimidade de toda a lei pública).
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Revolução x Reforma
Direito de necessidade: destronamento tirano. Se os direitos do povo são violados, não há injustiça em depor o tirano. 
	
O sucesso eventual de uma revolta demonstra que a necessária suposição de que o soberano detinha efetivamente o poder supremo era falsa.
Para destruição de um despotismo pessoal ou da opressão gananciosa ou tirânica, mas não realizará “nunca uma verdadeira reforma nas maneiras de pensar”. => novos preconceitos servirão tão bem quanto os antigos para atrelar as grandes massas não pensantes.
*Giorgio Romano, 14.maio.2008
 
*
*
Paz Perpetua
Dois contratos: nacional e internacional (comunidade
jurídica internacional para dar forma racional a um novo
mundo e a paz entre as nações).
Estados em suas relações externas vivem ainda em estado
não-jurídico
A paz é um princípio moral a priori. Mas precisa de um
acordo real => Liga das nações para a paz. Não constitui
um soberano por sobre os estados nacionais.
Federação dos Estados: obrigação de não intromissão
uma associação (colaboração entre iguais) -princípio da
subsidiaridade
Obs. Isso pressupõe a república como regime político nos países contratantes. Estado de natureza é estado de guerra

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